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Debates necessários Faz hoje oito dias que o presidente da República falou ao país, defendendo a necessidade de ver para lá além da já célebre "novela judiciária". Na altura, interroguei-me porque é que o presidente não falou de outras "novelas" que se cruzam e chocam com a "novela judiciária", e, em particular, a "novela mediática". Que Sampaio está inquieto com o papel que alguns media têm tido neste folhetim tem-se percebido noutras circunstâncias, em que tem sido abordado por jornalistas, nos últimos dias. Mas a ausência de uma referência expressa e directa ao papel da comunicação social não tem sido apenas do Presidente. Tenho a impressão que a generalidade dos agentes e comentadores que se têm pronunciado sobre o caso - em particular sobre a revelação de documentos em segredo de justiça - não vai além de uma genérica referência ao desnorte que grassaria também pelo terreno mediático-jornalístico. Praticamente ninguém - o texto de hoje de Estrela Serrano, no DN, já referenciado aqui, constitui uma das excepções - afronta directamente casos e práticas concretos. A não ser alguns jornalistas que têm, nos últimos dias, comentado o assunto, nomeadamente José Manuel Fernandes e Helena Matos, no Público. Há questões fundamentais em jogo, que o director do Público ainda ontem equacionava. Mas vale a pena que nos perguntemos porque é que, havendo uma posição generalizada de repúdio pelas práticas de alguns media, o facto não é muito mais verberado e denunciado. Uma hipótese que poderia explicar esse comedimento é obviamente o medo das consequências. Todavia, se tal hipótese tivesse porventura sustentação, isso seria da maior gravidade, do ponto de vista da vida democrática. A questão não é de somenos. Fazer de conta que os jornalistas são meras caixas de correio ou amplificadores de interesses e estratégias particulares, numa matéria tão sensível e num contexto público tão toldado como o actual, pode contribuir objectivamente para o agravamento do clima de degenerescência que diversos observadores têm apontado. Seria, assim, importante que prosseguíssemos este debate sobre as responsabilidades dos media face às estratégias dos interesses em presença e face ao direito dos cidadãos à informação pertinente e de interesse público.


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