Presidenciais: dispositivos que não funcionam Um dos aspectos que tem chamado a atenção, quer no discurso de Manuel Alegre quer no de Mário Soares, é o pouco cuidado com a qualidade do dispositivo televisivo ou, se se quiser, da encenação. Manuel Alegre aparecia, pelo menos em dois canais, de cara quase coberta pela quantidade de microfones presentes na tribuna. E por mais de uma vez criou ruído ao procurar algo que, depois, se veio a perceber ser o copo da água. Mário Soares começou por um exercício de metacomunicação: em vez de falar directamente para os presentes e para o país, pôs-se a agradecer aos jornalistas o facto de fazerem aquilo que é a sua profissão: informar. E aquelas interrupções da instalação sonora são reveladoras de um amadorismo que não se compreende, em quem já tem traquejo nestas andanças. Podem parecer questões menores, mas contam. E quando não se cuida delas, a atenção à mensagem necessariamente decai.
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