Música portuguesa na rádio pública: há ou não há "Índex"? A propósito de um texto que dois deputados social-democratas assinam hoje no "Público", sobre a eficácia e exequibilidade de medidas legislativas tendentes a assegurar tempos de emissão de música portuguesa no meio radiofónico, seria de recordar um tema que tem vindo a ser repetidamente apresentado por Álvaro José Ferreira, agora com expressão no blogue A Nossa Rádio. Refiro-me à alegada existência, na RDP, de uma 'play list' que pura e simplesmente ignora nomes ou grupos como Galandum Galundaina, Ronda dos Quatro Caminhos, Janita Salomé, José Afonso, Vicente da Câmara, Rão Kyao, Frei Fado d´El-Rei, Pedro Barroso, Quinteto de Jazz de Lisboa, Bernardo Sassetti, Mísia, Brigada Victor Jara, Canto Nono, António Chaínho, António Pinho Vargas, Amália Rodrigues, Lua Extravagante, Amélia Muge e muitos outros. Álvaro José Ferreira, que tem sido um caso raro, em Portugal, de assunção da cidadania face aos media e, em particular face à RDP (a campanha que desenvolve - muitas vezes quase sozinho - pelo reconhecimento de programas como Lugar ao Sul, de Rafael Correia, é m bom exemplo disso), constituiu uma lista, à qual alguém já chamou - talvez um pouco exageradamente, o Índex - das largas dezenas de autores banidos da música de continuidade da Antena 1 da RDP, bem como uma outra de autores só de longe a longe emitidos. A pergunta óbvia é: isto é verdade? Trata-se do resultado do gosto de alguém ou de directiva nesse sentido? Em qualquer dos casos, o facto é grave. E é grave que, tendo a RDP sido alertada para a situação há algum tempo, o problema aparentemente persista. É ainda preocupante que o assunto não seja objecto de abordagem nos grandes media, tanto quanto me tenha apercebido. Não há quem pergunte aos responsáveis da RDP o que se passa?
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