A rádio e a cidadania: notas de um debate O programa do Clube de Jornalistas de ontem teve por tema os programas de antena aberta aos ouvintes, que a TSF, a RDP e a RR mantêm diariamente no ar. Não sei se a ideia foi do moderador, João Paulo Meneses, ele próprio jornalista da rádio e estudioso deste meio: seja de quem for, foi uma excelente ideia. É importante que, nas temáticas abordadas pelo CJ, se reforce a atenção ao lado das práticas sociais, das percepções das pessoas sobre o jornalismo, dos direitos de cidadania face aos media. E os fóruns da rádios são, claramente, uma modalidade com o seu lugar já conquistado nesta materia, que pode ainda ampliar-se e diversificar-se, como foi observado pelos vários intervenientes. Mais do que as televisões, certamente, e mais também do que os jornais e revistas - as rádios têm criado espaços de participação e de discussão de temas de actualidade que talvez não tenhamos sabido valorizar devidamente. Foi o Passageiro da Noite, que Cândido Mota criou e animou, nos anos 80; foi o Fórum da TSF, nascido há uma dúzia de nos, com a marca de Francisco Sena Santos, passando pela Antena Aberta da Antena 1; e foi o espaço um pouco diferente na Rádio Renascença (de terça a sexta, da meia noite às 2). A TSF merece, neste quadro, uma menção especial: além da persistência e do prestígio do seu Fórum, criou, nos últimos anos, outros espaços igualmente reconhecidos e pautados pelo mesmo espírito: o Fórum Mulher e a Bancada Central. Isto significa que a experiência existente poderá vir a fazer com que o Clube de Jornalistas regresse ao tema, noutra oportunidade. Seria interessante ouvir também Fernando Correia, Eduarda Maio, Ana Bravo, Óscar Daniel. (Em tempo: O programa Clube de Jornalistas estava marcado para as 23.30. Começou cerca de 25 minutos depois. Sem uma explicação. Nâo é forma de um serviço público tratar os cidadãos).
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