Sexo explícito na Consoada da SIC Não vi televisão na véspera de Natal, mas, pelos vistos, a SIC decidiu apimentar a consoada. Enquanto lá em casa se fazia rabanadas e sonhos, às crianças oferecia a estação de Carnaxide nada menos que Shrek. Isto foi o que vinha no programa. O que se passou, porém, conta-o hoje o Correio da Manhã (CM): "O ogre e o burro andavam às voltas para salvar a princesa de um dragão, quando, no intervalo do filme (?Shrek?) transmitido pela SIC na noite da Consoada, foram interrompidos por duas mulheres seminuas em poses sexualmente explícitas, protagonistas de um anúncio para telemóveis". As cenas do anúncio terão sido objecto de reptição numerosas vezes, nos vários intervalos do filme. A explicação da SIC nãopodia ser mais "esfarrapada": "O horário da exibição do filme foi antecipado e, por lapso, o ?break? publicitário em questão não foi recolocado na hora inicialmente prevista (pós 24h00)". Ou seja, deviam estar a pensar emitir Shrek depois da meia-noite. A moribunda Alta Autoridade diz ao CM que abriu um processo. o presidente da CONFAP - Confederação das Associações de Pais é que não se conforma e exige responsabilidades directamente a Francisco Pinto Balsemão. "Nenhuma razão económica justifica o atentado. Na noite de Natal não pode valer tudo" -denuncia. Faz, assim, todo o sentido o que escreve no mesmo jornal o jornalista Miguel Martins: "Quando um canal televisivo autoriza a inserção de publicidade da indústria do sexo no meio de filmes para miúdos torna-se imperativo abrir uma discussão sobre os limites do aceitável e a falência do bom-senso". Sobretudo numa altura em que se processa a revisão da licença dos canais privados.
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