Weblogue colectivo do projecto Mediascópio - CECS / Universidade do Minho | RSS: ATOM 0.3 |



Alejandro Piscitelli publicou um artigo nos Quaderns Digitals, há duas semanas, com uma saraivada de críticas à "epidemia" de weblogs. Um autêntico "fenómeno viral", clama, desgostoso de ver tanto espaço da rede universal ocupado com, passo a traduzir do espanhol, "uma certa obsessão por despir-se em público". Aqui vai um excerto: "Tanto los weblogs como el periodismo online sirven para saciar el insaciable apetito de la gente de ser entretenida, y de tomarse un saludable respiro del mundo excesivamente correcto garantizado por Yahoo o incluso Google. Es cierto que de los 45.000 weblogs que cada mes engendra Blogger, la mayoría son una mezcla de pavadas, trivialidades, egos inflados y redacción de muy baja calaña". Não posso deixar de discordar desta posição elitista, insuflada pela prosa que se segue, onde Pisticelli faz a apologia dos blogs - honrosa minoria - que, suponho, produzem os seus amigos: "(...) no hay duda de que los mejores weblogs son los que desde el punto de vista de la objetividad periodística serian siempre los peores ranqueados. Se trata de notiopiniones y de opinoticias, de personalidades fuertes que eligen arbitrariamente sus temas, y que los ventilan a la luz de la web universal, defendiendo a capa y espada posiciones que generalmente no son compartidas por muchos, y visiones del mundo que no necesariamente son las que atraerían a lectores comunes a sitios comunes". Primeiro, não há nada de errado em ser uma pessoa comum em busca de entretenimento na net. Eu sou vidrada num blog de um catalão neurótico e divertidíssimo (espreitem lá) e nas trivialidades que escreve. Não me parece que seja errado fazer literatura das trivialidades da nossa vida num blog, se for bem feita e cativar as pessoas. Depois, acho insustentada e abusiva a associação que faz entre blogs, jornalismo online e entretenimento. Isto daria, pelo menos, dois debates na perspectiva do jornalismo: os weblogs são jornalismo online? O jornalismo que se faz actualmente é mais entretenimento do que informação (seja ele online ou noutro suporte)?. Bom, o certo é que o artigo foi o destaque da semana...

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Um jornalista que esteja, em cima da hora de fecho de edição, à procura de qualquer coisa na Internet pode deparar-se com o problema da excessiva quantidade de informação que encontra sobre o assunto. No Google, na minha perspectiva o melhor motor de pesquisa que existe, qualquer pesquisa apresenta resultudos na ordem dos milhares. Charles Bowen, autor de uma coluna no Editor and Publisher, diz que a solução passa por motores de pesquisa "topic-target", ou seja, sobre temas ou sites específicos, como os noticiosos ou os weblogs. E aconselha o Daypop. À primeira vista, este motor tem uma vantagem: permite pesquisar só em weblogs ou só em sites de notícias. Ou, em alternativa, nos dois ao mesmo tempo. Experimentei uma pesquisa em weblogs e os resultados pareceram-me bons. Além disso, o site do Daypop inclui um weblog.

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Como saber que a informação disponível na Internet é ou não credível. Para quem está habituado a circular na rede talvez não seja difícil distinguir o que é bom e o que é mau. Mas por vezes é fácil enganarmo-nos. Jonathan Dube, um dos autores da Web Tips, do Poynter Institute criou uma lista com cinco dicas sobre o assunto.

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Acho boa ideia a sugestão do Amaro e já tinha pensado nisso. Devia fazer parte da nossa apresentação pessoal, além da profissão e do sítio onde trabalhamos, o tema da nossa tese de mestrado. Ao que parece, o trânsito nem tem estado mau por este blog e talvez possamos colher boas dicas e ajudar outras pessoas também. Afinal, unimo-nos neste projecto num contexto académico e não profissional. E... somos investigadores, não é? Não sei se estranharam a minha ausência prolongada, mas foi por um bom motivo: férias! Desde que sou jornalista, tenho um dilema nas férias - só descanso realmente se não ler jornais e não ouvir notícias, mas quando regresso fico piursa porque não sei nada do que se passo e sinto-me uma náufraga da ilha da desinformação.

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Edward Cone, um jornalista autor de um weblog (a pro with a blog) escreveu um texto sobre o assunto - Edward Cone: A Personal Look at Blogging - publicado pelo Dave Winer na coluna Dave Net. Um texto interessante.

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Novamente o jornalismo digital. "Ten ways to make newspaper Web sites better" é um texto de Dave Copland, um jornalista americano. O jornalista publicou-o no seu weblog pessoal. Parece-me muito interessante e acho que destaca pontos essenciais como o uso de todas as potencialidades do meio, dar a conhecer informação e os contactos do jornalista, utilizar o espaço para publicar outras coisas além dos texto e fotografia habituais. E mais algumas sugestões. O melhor mesmo é ler.

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Acabo de receber o último número da revista Journalism & Mass Communication Quarterly(vol.78, n.4). Título: Newsroom Behavior. Merece destaque o artigo de S.D. Reese e J. Ballinger, "The roots of a sociology of news: remembering mister Gates and social control in the newsroom". De referir ainda dois outros textos relacionados com a investigação a a propriedade intelectual na era da Internet.

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"Os blogs complementam os media e são cada vez mais importantes fontes de notícias e contacto com espacialistas", diz o jornalista freelancer norte-americano JD Lasica. Autor de um excelente blog, Lasica respondeu a um conjunto de questões colocadas por um estudante da Stanford University e colocou a entrevista completa no seu weblog. Além do papel dos blogs actualmente, Lasica aborda a relação entre os diários online e o jornalismo. Lembra que a "audiência dos weblogs é geralmente pequena" mas que a relação com os leitores "é satisfatória e compensadora". Um texto de leitura obrigatória para quem se interessa por estas questões.

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Ainda o jornalismo de causas. «Um jornalismo sem causas é um jornalismo moribundo. No REGIÃO DE LEIRIA orgulhamo-nos hoje, muito, por não termos hesitado em tomar partido e emitir opinião em defesa de um ideal de libertação que em Timor se escreveu a letras de sangue.Timor Leste é desde 20 de Maio uma nação livre e independente. (...) Importa agora que não olhemos para Timor Leste independente como uma missão cumprida. Não há democracia que resista à fome e não há desenvolvimento sem democracia. (...) A todos nós cidadãos que nos manifestámos nas ruas em defesa de um povo martirizado, impõe-se que sejamos vigilantes. É que a causa de Timor Leste ainda não terminou. Na verdade, só agora começou», editorial do RdL de 24.05.02. Afinal, não estamos sós!

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Mais um bom artigo do Dave Winer, autor do Scripting News, desta vez sobre laptops ligados à rede são usados em conferências por autores de weblogs que vão assim noticiando do evoluir da situação. Noticiando deveria vir em itálico?

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Talvez seja disparate...mas a vida também é feita deles. E se colocássemos aqui no nosso blog os temas das dissertações de mestrado, alunos e orientadores? Talvez nos pudéssemos ajudar, mais facilmente, uns aos outros. Há livros, artigos, pessoas...que sempre podem ajudar. Se a ideia for muito disparatada, perdoem...

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Há alguns dias dava conta da III Convención de Periodistas de España. A resolução final do encontro pode ser encontrada aqui.

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Os "pais" da Internet - Tim Berners-Lee, Larry Roberts, Vinton Cerf e Robert Kahn - receberam o galardão espanhol Prémio Princípe das Astúrias de Investigação e Humanidades 2002. A notícia é avançada pelo Navegante, o suplemento de tecnologia do El Mundo. E traz, como complemento, um pequeno suplemento sobre a Internet.

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John Hatcher, director de educação do Center for Community Journalism e colunista do Daily Messenger in Canandaigua, N.Y, encetou uma pesquisa interessante: saber, na perspectiva dos jornalistas, qual o melhor conselho que já receberam sobre a melhor forma para desempenhar a profissão. O caminho percorrido e os resultados do trabalho já desenvolvido estão descritos neste artigo, publicado no Poynter. A discussão ainda não terminou e há a possiblidade de participar no fórum do Poynter sobre o assunto. Já agora, nós também aceitamos sugestões neste weblog.

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Durante o fim de semana, decorreu em Espanha a III Convención de Periodistas de España. As conclusões finais do encontro não são muito animadoras. Os jornalistas do país vizinho revindicam a regulação laboral do sector. Os números são impressionantes: mais de 40% dos jornalistas têm contratos a prazo. A notícia do Vanguardia Digital.

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Aqui vai um texto sobre esta questão dos weblogs e sua relação com o jornalismo.

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Como complemento à sugestão deixada no post anterior pelo prof. Manuel Pinto, sugiro um texto publicado na Online Journalism Review intitulado "News by the people, for the people". Neste artigo, Paul Andrews, um blogger e colunista, aborda, de uma forma original, a velha questão: será o trabalho dos autores de weblogs jornalismo? A resposta de Andrews é igual à minha. Os weblogs não são jornais, o que os seus autores fazem não é jornalismo no sentido tradicional do termo, mas o trabalho que realizam é importante. Os weblogs complementam a informação dos media tradicionais e são excelentes fontes de informação. Há algum tempo que vejo o futuro da Internet passar por comunidades. Os weblogs e as listas de discussão são excelentes exemplos de como as comunidades online funcionam. De acordo com os seus interesses pessoais, profissão, estudos, cultura os utilizadores da Internet juntam-se a outros com características semelhantes e trocam informação personalizada, discutem o tema, realizam trabalhos conjuntos (depois do software open source, já se fala em jornalismo open source). Desde que comecei a escrever neste weblog e no Jornalismo Digital que tenho estabelecido contacto, via e-mail, com outros jornalistas e autores de blogs de quem recebo sugestões de páginas e artigos interessantes e a quem envio, por vezes, informação. O jornalismo e os jornalistas terão que se adaptar a esta nova situação. Como? Alguém quer responder?

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A revista "Quill - a magazine for the professional journalist" publica, no seu vol. 90, n.4, relativo a Maio deste ano, um conjunto de textos sobre a questão "The Path to Online Profits - Can electronic news make money?". Uma referência para dois textos da jornalista Gina Barton ("What is a journalist?" e "Do classes make a journalist?").

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O debate em torno da RTP parece que está ainda a dar os primeiros passos. Os próximos capítulos serão com toda a certeza bastante interessantes e, digo eu, também preocupantes. Relativamente ao assunto gostaria de deixar as seguintes ideias: 1. A RTP não tem cumprido o serviço público. O canal 1 optou pela entrada no "jogo" das audiências secundarizando de uma forma descarada o seu dever que é o de prestar aos portugueses um serviço público de qualidade. A RTP2 tem colocado em antena um serviço público dirigido às minorias. Grande parte dos portugueses não tem, então, beneficiado do serviço público pelo qual os contribuintes pagam. 2. A RTP tem funcionários a mais. Necessita de reformas estruturais urgentes. É possível fazer mais com menos gente. 3. Um serviço público plural e de qualidade só é possível com dois canais. Por isso, a RTP deve continuar com dois canais. 4. O que tem que acabar são os contratos milionários, o desbaratar de dinheiro para garantir exclusivos que depois nem sequer são colocados em antena, os gastos supérfluos em concursos de qualidade medíocre e talk shows escabrosos passados em canais que deviam primar pela qualidade. 5. A RTP deve continuar a ter na publicidade uma fonte de receitas. Deve é ser devidamente limitada no Canal 1 e vedada no Canal 2. A extinção ou venda de um canal da RTP tem como únicos beneficiários os canais privados, que têm estado tão interessados nestas matérias e tanto apoio têm dispensado às posições governamentais. Nunca um jornal, dito de referência, como o Expresso, se mostrou tão descaradamente partidário de uma posição governamental como no caso da RTP. 6. Todos devemos estar indignados com a gestão danosa da RTP, mas também o devemos estar com o roubo e destruição do serviço público. Com a RTP reduzida a um só canal o panorama audiovisual português ficará muito mais pobre e o serviço público, ou o que dele restar, estará sujeito a uma programação desconexa. 7. Os portugueses ficarão mais pobres e o panorama audiovisual nacional perderá muita qualidade. Estaremos cada vez mais entregues à ditadura dos Reality Shows e das Telenovelas, cada vez mais longe de nós próprios, submersos num mundo imaginário que as televisões querem tornar real. Até a imprensa, sobretudo a tablóide, já nos está a fazer submergir numa roda viva que tem como eixo a televisão. Quem vê a SIC ou a TVI - e são muitos os portugueses que o fazem, pode encontrar o enquadramento, os ídolos e as cenas dos próximos capítulos no 24 Horas, no Correio da Manhã ou no Tal & Qual. Ao que nós estamos a chegar! 7.

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Permitam-me que traga para esta "mesa comum" (JF dixit e eu gostei!) o assunto do momento: a RTP, o serviço público e a acção do Governo. Enquanto membro do Conselho de Opinião (CO) da RTP fui dos que estiveram na reunião que deu parecer desfavorável à nomeação do novo Conselho de Administração do operador público. O meu voto foi também nesse sentido, por, no uso de uma prerrogativa legal, não poder dissociar a composição desse órgão do mandato específico que os próprios, através do Dr. Almerindo Marques, declararam expressamente assumir, numa intervenção durante a reunião do CO. Uma posição de resto tão legítima como a de cerca de uma dezena de conselheiros que votam em sentido contrário. Devo dizer que não sou favorável ao carácter vinculativo do parecer do CO nesta matéria. A natureza vinculativa desse parecer seria muito mais relevante, por exemplo, se incidisse sobre o modo como um Conselho de Administração ou um director de Antena conduzem a programação. Mas, sendo solicitado um parecer ao abrigo da lei em vigor, é evidente que é essa lei que deve ser aplicada. É estranho, por isso, que o Governo decida mudar a lei não por discordar do normativo em causa, mas por, do uso desse normativo, ter saído um resultado de que discorda. Por outro lado, se considera a actuação do CO, além de ilegítima, ilegal, porque não accionar a justiça, em vez de mudar a lei? Finalmente, não deixa de ser curioso o coro de opiniões que pretende desqualificar o parecer do CO com base na natureza dos seus membros. Salvo o meu caso e o de mais três ou quatro membros, que fomos cooptados no própiro Conselho, este órgão conta com a participação - além dos partidos da AR , do Governo e das regiões autónomas - de representantes das associações de família, da juventude, das associações recreativas e culturais, das centrais sindicais, das associações de consumidores, dos telespectadores, das universidades, das federações desportivas, das confissões religiosas, dos trabalhadores da RTP, etc. Como é evidente, a sua legitimidade é diferente da de qualquer órgão de soberania e decorre daquilo que a lei lhe confere. Durante anos, o CO foi um órgão apagado. Nos últimos anos dos governos de Cavaco Silva, reunia raramente e ninguém dava conta de que existia. Em tempos mais recentes, começou a intervir mais e tornou-se matéria de notícia pela crítica contundente que assumiu relativamente ao modo desastrado como a RTP (não) assumia o serviço público e, em particular, à orientação implementada por Emídio Rangel.

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A Elisabete falou-me de um blog sobre televisão e, como há lá textos interessantes, resolvi deixar a dica. O blog em si não será muito aliciante para quem não estiver interessado em novas tecnologias da televisão e da internet, mas as colunas de opinião recomendam-se. Por exemplo, o texto "A nova doença do jornalismo", onde Cory Bergman drescreve os sintomas desta maleita que contagiou ainda mais jornalistas depois do 11 de Setembro - a compulsão para mudar o mundo, abraçando vorazmente todas as causas de todos os desvalidos do planeta. Além de ser um interessante subsídio para o nosso debate sobre o "jornalismo de causas", vale pela ironia e é impossível não nos revermos nas situações que descreve. Quantas vezes, buscando o slogan da TSF, vamos ao fim do mundo e nos esquecemos de ir ao fim da rua? O artigo de Steve Safran não se aplica só ao jornalismo, mas é aos jornalistas que ele vai buscar inspiração para se indignar contra quem faz "posts" anónimos na internet. "Porque os "posters" anónimos são cobardes e anti-jornalismo" e Safran os odeia, decidiu falar de alguns casos. "If you're hiding because you want to insult someone from the safety of your own keyboard, you're not only a coward - you're not even a journalist". Eu assino, eu assino!...

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Nos EUA um jornalista freelancer de 70 anos, chamado Paul Trummel está preso porque não pertence a nenhuma organização noticiosa. A justificação do juiz foi a seguinte: "It is my finding specifically that his claim to be a journalist is a bogus claim insofar as he has no useful journalistic purpose. He is not employed by anyone but himself. There is no publisher involved. There is merely the misguided use of an obviously well-developed talent." No entanto, Paul Trummel está inscrito, por exemplo, na Society for Professional Journalists e na International Federation for Journalists. Na base da prisão do jornalista estão textos que escreveu para um site. O jornalista americano JD Lasica deixa no seu weblog, de onde retirei esta informação, esta pergunta: quando é que um jornalista é um jornalista? Alguém quer responder?

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Espero ter, finalmente, conseguido maneira de enviar os meus contributos para esta mesa comum. A ver se resulta... Aproveito para informar de uma "newsletter" actualmente distribuída (às sextas-feiras) por um jornalista, Pedro Fonseca, e que versa temáticas da comunicação. Esta semana, especificamente, recolhe um conjunto de textos sobre o serviço público de televisão. Quem estiver interessado em recebê-la contacte o responsável, através do e-mail pedrof@mail.pt . Não sei se há outra maneira de a visualizar por via de "link", mas julgo que não.

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Esta notícia já tem uns dias mas merece reflexão. O Andrew Sullivan é um conhecido e respeitado blogger americano. Aliás, é um dos mais conhecidos. Como, no seu weblog, escreveu algumas críticas ao New York Times, jornal para cuja revista escrevia uma coluna, foi, nas palavras do próprio (citado pelo Washington Post) "barred indefinitely from writing any more" para a referida revista. Sullivan também disse que preferia deixar de escrever para a revista do NYT do que deixar de dizer o que pensa no seu weblog. Seja qual for a atitude que se adopte em relação aos weblogs é necessário reconhecer que a grande vantagem desta tecnologia é que as pessoas podem escrever o que querem, sem sofrerem qualquer tipo de censura. Os melhores, isto é, os que divulgam informações correctas e interessantes, os que mantêm a actualidade, os que têm alguma coisa para dizer, terão sempre leitores e serão (alguns já atingiram este patamar) importantes no futuro. Esta situação acontece com alguma frequência. Não só com os jornalistas com com muitas pessoas que pensam e o dizem. Fica a sugestão para uma discussão.

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A net tem destas coisas: navegava à cata de um autor catalão no Google quando esbarrei neste site, que me parece um óptimo auxiliar para quem (como eu) vai passar os próximos meses (sejamos optimistas...) debruçado sobre o tema da Televisão. É um site em língua francesa, embora com algumas partes traduzidas em inglês e - pasme-se - português sobre a História da Televisão. Tem uma antologia dos primeiros textos sobre televisão (incluindo os primeiros escritos científicos e o primeiro manuscrito sobre o assunto, datado de 1878), uma lista imensa de bibliografia e sites, uma base de dados sobre cinema e televisão na Europa e outros recursos quem quiser saber o mais possível sobre a caixinha que mudou o mundo. Não consegui saber a autoria (é certo que, mal o vi, corri a deixar aqui a dica), mas agradeço desde já a quem se dá a este trabalho para usufruto dos demais...

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Dave Winer, programador e autor do "mais antigo weblog ainda activo", o Scripting News, tem uma coluna chamada Davenet onde, frequentemente, escreve sobre o jornalismo. A edição de sexta-feira da coluna inclui um texto de Adam Curry, um norte-americano que vive actualmente na Holanda. Curry tem um weblog onde, durante os últimos dias, tem escrito sobre a morte do político holandês, Pim Fortuyn. O texto incluído a Davenet chama-se "The big lie" e é uma crítica à forma como as grandes companhias informativas trataram o assunto.

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Qual o futuro da televisão na era digital? A revista The Economist publicou um extenso dossier sobre o assunto no mês passado. Os interessados em perscrutar as tendências que se registam relativamente ao meio televisivo podem consultar e fazer download do conjunto de artigos que integram o dossier e que cobrem, além da dimensão tecnológica, a questão das grelhas e lógicas de programação, entre outros aspectos.

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Num momento conturbado da vida dos media portugueses, com a anúncio por parte do Governo da refundação da RTP e a alienação de um dos seus canais, perpectivando-se o despedimento, reforma antecipada ou outras formas de saída dos quadros da empresa, de muitos dos seus prifissionais, a Dora trouxe-nos um testemunho impressionante da friesa e crueldade com que são tratados este tipo de problemas. As pessoas, os seres humanos, são relegados para a mais ínfima das condições, imperando apenas e só critérios económico-financeiros. Na RTP foi esquecido o serviço público - ninguém sabe o que é na perspectiva do Governo - no Comércio do Porto esqueceu-se o serviço que os responsáveis agora demitidos prestaram aquela casa em momentos extraordinariamente difíceis da sua vida. Ao Paulo Ferreira, amigo, colega de estudos e excelente profissional, assim como a todos aqueles que hoje vivem numa incerteza cruel, deixo uma palavra de admiração e a certeza de que, num mundo gélido, irracional e impessoal, ainda resta uma pequena luz para os bons profissionais e para aqueles que acreditam que ainda é possível fazer bom jornalismo, jornalismo de qualidade em Portugal.

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Agradeço o texto-testemunho da Dora. Tinha acabado de ler a notícia nos jornais do dia, de resto com aspectos não totalmente coincidentes com os que ela nos conta. Ele traz a sua própria implicação neste processo, o que carrega o texto de uma força enorme que nenhuma notícia pode dar. Processo análogo foi recentemente vivido no Público, envolvendo alguns dos bons jornalistas e fundadores daquele jornal (cf. texto sobre o assunto). Estes casos não nos colocam apenas diante de processos decorrentes da "concorrência feroz" e da "lógica implacável" do mercado. Revelam-nos também a face de chumbo, desumana, de um capitalismo selvagem que põe de pernas para o ar os valores que fundam a nossa civilização. (Estas expressões que, noutros contextos, surgem como um cliché, adquirem, diante da crueza dos factos, uma impressionante eloquência).

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O Comércio do Porto tem a partir de hoje uma nova direcção e chefia de redacção, depois dos três jornalistas que ocupavam esses cargos - António Soares (director-interino), Paulo Ferreira e Carlos Pereira Santos (chefes de redacção) - terem sido convidados pela administração a sair. Carlos Pereira Santos rescindiu o contrato na terça-feira e ontem foi a vez dos restantes anunciarem a sua saída do jornal onde trabalham há cerca de três anos. Hoje, que trabalho pela primeira vez sem os colegas que me ensinaram a abraçar o jornalismo com paixão e persistência, mesmo em todos os (inúmeros) momentos de adversidade por que passámos, é um dia de indizível pesar. A violência e a brusquidão com que o processo foi conduzido pela administração - o jornal é, desde Novembro, propriedade do grupo espanhol Prensa Ibérica - não encontram sustentação no trabalho dos três jornalistas, em cuja liderança assentaram as reformas feitas nos últimos tempos, nomeadamente a mudança interna ao nível de editorias e secções e a reformulação gráfica. Aos jornalistas da redacção foi sumariamente explicado pela administração que a mudança se deveu a "desencontros" entre o projecto desejado para o jornal e a condução desse intuito pelos três jornalistas destituídos. Desde hoje, pontificam na direcção a jornalista Fátima Dias Iken, como directora-interina, e Virgínia Capôto e Carlos Pontes como chefes de redacção. Cheguei a este jornal recém-saída do estágio, ainda estudante de Comunicação Social. Os colegas que agora saem foram muito mais do que companheiros de trabalho. Todos nós, jornalistas, sabemos como a tarimba mais deliciosa se faz de oportunos amparos, de pequenas atenções, de estórias contadas em intervalos de café, de intempéries passadas em cuplicidades, de trabalho de equipa, de abnegações partilhadas, de vitórias gozadas em uníssono e, porque não, de amizades que nascem nesses entretantos. Tive a sorte de, com eles e outros, ter vivido tudo isso neste jornalismo de combate que fizemos todos juntos, num jornal sempre na corda bamba da sobrevivência. Já sabia que este mundo é traiçoeiro, que se traçam e destraçam destinos de forma imprevisível, que ninguém é indispensável, que o ofício é nómada por natureza, que o capital tem razões que a razão desconhece. Não podia supor que fosse tão cruel e tão ingrato assim. Nestes últimos dois dias, tive uma lição de vida que irá seguramente marcar a maneira - ainda algo optimista e missionária - com que encaro a minha profissão. Aos meus colegas que partem, António, Carlos e Paulo (meu colega de mestrado também) desejo a sorte que merecem. Pode ser que agora - já que não tem que trabalhar 14 horas por dia, com folgas de 15 em 15 dias - o Paulo Ferreira se possa dedicar mais a este nosso weblog...

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Publico, em seguida, um texto que me foi enviado pelo Prof. Joaquim Fidalgo: --------------------------- Betting on journalism blogs --------------------------- "An advocate of 'blogging' (Internet's very fast updating websites, most of the times a personal diary) put his money where his mouth is his week by betting about US$ 1,000 (Euro 1,100) that weblog journalism will overtake The New York Times website by 2007. Dave Winer, CEO of Userland.com, which produces blogging software, reckons that five years from now, more websites will link to a blog for the top stories of the day than the NY Times. Mr Winer believes that blogging is journalism "created for the love of writing". It allows journalists and members of the public to provide alternative angles on the news and to break out the "narrow" channels that constrain big publications. "Informed people will look to amateurs they trust for information they want," he claims. Punting in for traditional media is Martin Nisenholtz, CEO of New York Times Digital. Mr Nisenholtz counters that publishers like the Times can guarantee accurate, unbiased and coherent information and furthermore, that blogging is not a particularly new phenomenon: "The New York Times has been publishing individual points of view for 100 years"." A fonte, é o EPN World Reporter.

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Ainda sobre a liberdade de imprensa, que temos vindo a discutir, o jornalista Josep Pernau foi galardoado com prémio "Josep Maria Lladó a la Libertad de Expresión 2002". O prémio foi atribuído ao jornalista catalão pelo seu trabalho na "defesa dos valores democráticos e pelas suas ideias progressistas".

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Já que andamos a debater jornalismo de causas, vem a propósito um bom exemplo de quem não se ficou pelo debate e deitou pés ao caminho. Durante o primeiro semestre deste ano, um grupo de jornalistas dos jornais australianos Sydney Morning Herald e The Age vão percorrer diversas regiões do mundo a contar estórias de pessoas e das suas causas. As reportagens podem ser lidas no site do projecto "Web Sight", patrocinado pela Fred Hollows Foundation, uma ong sem fins lucrativos apostada em promover um desenvolvimento local sustentado. Eritreia, Nepal, África do Sul, Paquistão, China, Camboja e Vietname são algumas das rotas escolhidas. Um dos objectivos é fomentar a troca de impressões e debate entre os repórteres em trânsito e os leitores, que são convidados a deixar mensagens.

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Celebrando-se hoje o "Dia Mundial da Liberdade de Imprensa", urge também reflectir sobre o direito a ser informado o que, invariavelmente, nos conduz para a grande discussão que se gerou neste fórum em torno do jornalismo de causas, discussão lançada com mestria pelo Dr. Pacheco Pereira. Gostaria de publicamente afirmar que acredito no jornalismo de causas, de algumas causas para ser mais preciso. O jornalismo de causas pode colocar em causa o direito a ser informado e pode subverter um dos grandes objectivos da educação para os media, que é o de formar cidadãos leitores, capazes de descodificar as mensagens e os seus contornos, e cidadãos com espírito crítico, preparados para procederem à interpretação dos factos e tirarem as suas próprias conclusões. Ora um jornalismo de causas tem a tendência para mostrar apenas um lado, uma face do problema, escamoteando tudo o resto. Para um cidadão que necessita de todos os elementos para tirar as suas próprias conclusões, o jornalismo de causas não serve. No entanto, existem causas que, pela sua complexidade e peso na sociedade podem, e devem, ser abraçadas pelos jornalistas. A causa do combate às drogas, a causa da protecção das crianças e jovens dos maus tratos e abandono, a causa do combate à pobreza e à exclusão, etc., etc. são causas com uma só face que devem ser transformadas em bandeira e bem agitadas pelos jornalistas. As outras, sinceramente, creio que trazem consigo mais inconvenientes do que vantagens.

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Hoje é o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o pretexto e motivo das iniciativas a que a Elisabete se referia. É uma causa fundamental dos jornalismos e das democracias. Algumas sugestões de visitas com materiais alusivos: UNESCO; World Association of Newspapers; IFEX - International Freedom of Expression Exhange e RSF - Repórteres Sem Fronteiras. O sítio da UNESCO tem um link para textos relacionados com a temática deste ano: a liberdade de imprensa no contexto da luta contra o terrorismo.

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Discordâncias e equívocos. Num registo que é, claramente, do domínio do desejo, seria tentado a concordar com a Dora Mota quando advoga, enquanto causa, um jornalismo reflexivo. Todavia, julgo que a função primeira do jornalismo tem um cariz menos épico, cabendo-lhe, antes de mais, informar os seus consumidores do que é prioritário na vida, fornecendo-lhes pistas, senão os instrumentos, que se encontram acessíveis para assegurar a sobrevivência num quotidiano de complexidade crescente e armadilhas difusas. Isto é, o jornalismo, na minha óptica, desempenha uma função vicária - contribuindo para situar as pessoas no seu ambiente fornecendo-lhes pequenas informações sobre o devir das instituições e do seu contexto social, e que lhes afectam, no imediato ou a prazo, o quotidiano, ou que, por outro lado, possam repercutir-se na sua esfera de relações mais próxima. Eis porque o jornalismo regional terá, conforme julgo, importância crescente nos tempos que se aproximam. Caso invista na qualificação dos seus recursos, o que, manifestamente, não acontece (longe disso). Afirmar-se defensor de causas, quando não se declara a causa - e mesmo nesta circunstância - que se advoga é, creio, subverter as premissas do contrato implícito entre jornalista e consumidor, em que este acredita que aquele está a reportar-lhe todos os dados disponíveis sobre o assunto objecto de cobertura jornalistica. Além disso, não raro os defensores de causas servem ingenuamente interesses inconfessados e obscuros sem o saberem, sendo passíveis de manipulação fácil apenas por recusarem uma perspectiva racional dos factos. E as paixões (as causas são um eufemismo que as designa sem as enunciar) são, como é sabido, uma outra expressão da loucura. Saudável, talvez, mas loucura. Decorre daqui que o jornalismo de causas - e, já agora, de que causas estamos a falar, se nunca nenhum jornalista as enuncia a priori... - é, claramente, uma patologia do jornalismo. Acredito, outrossim, que quisessem dizer jornalismo ético, que nos reporta para toda uma outra discussão.

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Em Barcelona decorrem, desde ontem, as III Jornades per la Llibertat d'Informació al Món. As jornadas deste ano são dedicadas aos paises islâmicos. Vários jornalistas falaram na sessão de ontem sobre o seu trabalho. Em Manila, encerrou ontem a conferência da Unesco sobre terrorismo e imprensa.

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Jornalismo de causas. É ou não é? E porque razão não haveria de ser? É claro que o caminho que a Dora aponta é o ideal..mas por esse lado ninguém poderia aderir a causas. Bater-se por uma causa, mesmo perdida, é um exercício de carácter e de cidadania. Penso, ao contrário de JPP, que em Portugal falta «jornalismo de causas» e sobra do outro jornalismo: de futilidades, de faits-divers, de personagenszinhas...de nutícias, de caras&coiros e de vips...etc.etc... Nas redacções de direita tb. há causas à sombra dos factos, mas são as dos poderosos (políticos e económicos). Quanto à falta de noções básicas de história e filosofia penso que não são as causas as culpadas, mas a preguiça e o deslumbramento de muitos que andam por aí. E mais: penso não ser preciso ler todos os manuais de história e filosofia para se ter capacidade para discernir...Logo JPP não tem razão na sua louvada e incensada erudição. Trata-se, efectivamente, de um erudito, mas nunca de um sábio, pois o que lhe sobra em saberes falta-lhe em sabores. E não há sábios sem sabores e alguns saberes. Os saberes têm a ver com a razão e os sabores com o coração. E só o coração é que pode transformar o mundo e bater-se por causas...e essa é também uma tarefa do jornalismo na sua mais nobre dimensão social. Assim, onde há causas pode haver jornalismo e há jornalismo desde que o jornalista não perca a noção das coisas: não deixe de ver, de ouvir, de escutar, de observar, de medir, de julgar, de escolher... de ajuizar... e as causas não impedem isso: exigem-no. Depois junta-se um pouco de indignação ( ou o jornalista não tem esse direito?) que é a única forma decente de o jornalista não pactuar com a ignomínia, como foi por exemplo a invasão da Cisjordânia por Israel.Ou alguém tem dúvidas da desproporção entre o crime de uns e a pena aplicada por outros? Porque será que não querem lá a ONU a investigar? Têm medo dos factos? Sabemos que as verdadeiras causas só o são quando se baseiam rigorosamente nos factos - quer isto agrade ou não a JPP. E os factos de JPP nem sempre são tão límpidos como quer fazer crer.

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Foram introduzidas algumas mudanças no nosso weblog. O espaço para escrever era reduzido e foi necessário mudar o layout. São apenas mudanças de grafismo (que ainda não estão totalmente concluídas). O conteúdo continua a ser o mesmo. Brevemente, haverá a possibilidade de comentar os diferentes posts de forma rápida e simples. Por enquanto aceitamos sugestões por e-mail.

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