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As escolhas de Vitorino Antes que a AACS tenha oportunidade de se pronunciar de novo sobre a exclusividade do espaço de opinião de Marcelo Rebelo de Sousa, a RTP acaba de estrear o "Notas Soltas", uma espécie de "As escolhas de Vitorino". Interpelado por Judite de Sousa, o responsável pelo programa de governo do PS nas últimas legislativas passa a ter um espaço de opinião semanal. Diz a RTP que se trata de "Comentar, observar, escolher, identificar, sugerir..."

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Já saiu "Sociologia do Jornalismo", de Erik Neveu Acaba de ser publicado pela Porto Editora o livro de Erik Neveu intitulado Sociologia do Jornalismo. Trata-se de uma pequena obra que tem sido assinalada como manual de referência sobre o jornalismo e a respectiva profissão. Do índice destacam-se os seis capítulos seguintes: - Origens de uma profissão - O espaço dos jornalistas na actualidade - Os jornalistas no trabalho - A escrita jornalística - Os «poderes» do jornalismo - Crises e renovações do jornalismo Rogério Santos publicou há dias, no Indústrias Culturais, uma recensão desta obra, feita a partir da edição original francesa.

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Arte e Comunicação Começa na próxima quinta-feira, e prolonga-se até sábado, no CCB, em Lisboa, um conjunto de debates, seminários e workshops sobre "novos_media_novas_práticas". Este encontro é promovido pelo Centro de Estudos em Comunicação e Linguagens e prevê abordagens a temas como "Arte e interactividade", "Interactividade e Jogos", "Arte e Media", "Novas plasticidades", etc. Das intervenções destacam-se, por exemplo, as participações de José Bragança de Miranda, José Augusto Mourão, Maria Teresa Cruz, Bernardo Pinto, Paulo Cunha e Silva, Francisco Rui Cádima, Moisés Martins, bem como a presença de vários investigadores estrangeiros.

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Congresso de Jornalistas do Alto Minho debate blogues e media regionais A Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Alto Minho está a promover hoje e amanhã o seu V Congresso de Jornalismo, no Centro Cultural de Paredes de Coura. Durante os dois dias decorrerão cinco painéis temáticos: ?Os Novos Desafios da Imprensa Regional: Incentivos?, ?Blogs: Moda ou Futuro?, ?A relação dos Jornalistas e as Fontes?, ?Jornais Escolares: imprescindíveis no ensino??, ?Televisão Regional: Utopia ou Realidade??. Como palestrantes estão confirmados os jornalistas Alfredo Maia (Sindicato de Jornalistas), Manso Preto (Expresso), Elmano Madail, (Jornal de Notícias), António Freitas Sousa (Diário Económico), Fernando Zamith (Agência Lusa), Ana Peixoto (TVI), Maria Cerqueira (RTP), Eduardo Sardinha (Blitz), Paulo Gomes (Noticias de Viana), JB César (Semanário Transmontano). João Canavilhas, da Universidade da Beira Interior, e Octávio Cardoso, responsável do blog do PCP marcarão também presença. O congresso contará ainda com a presença de dois jornalistas pertencentes ao Colexio de Periodistas de Galicia: Francisco González Sarria e Victor Rodrigues. O blogue do congresso está a fazer um acompanhamento em permanência, editando o essencial de cada uma das intervenções.

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Contradições Jornal de Notícias: Avaliada causa-efeito entre Viagra e cegueira "A associação americana de regulamentação de alimentos e medicamentos (FDA - Food and Drug Administration) afirmou não haver qualquer indicação da existência de uma relação de causa-efeito entre o uso de Viagra e um tipo raro de cegueira - neuropatia óptica ("NAION").A associação recebeu cerca de 38 relatórios de utilizadores de Viagra a quem tinha sido diagnosticada esta patologia. No entanto, de acordo com sua a porta-voz, Susan Cruzan, este tipo de cegueira não se deve à administração do medicamento.(...) Diário de Notícias: Agência americana diz que Viagra pode causar cegueira Uma investigação levada a cabo pela agência americana de drogas e alimentos (FDA) identificou 50 casos de pessoas que tomam viagra e apresentam diversos graus de perda de visibilidade. A FDA pretende confirmar se existe alguma ligação entre o uso do medicamento para a impotência e a perda de visão. Público: FDA conclui que Viagra não provoca cegueira A autoridade norte-americana que regula o sector do medicamento (FDA) avançou ontem que não existe qualquer relação entre o Viagra e os casos de cegueira detectados entre os utilizadores do medicamento para a impotência.

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Outra vez Marcelo Rebelo de Sousa Depois de, em Outubro passado, ter sido "corrido" da TVI, Marcelo Rebelo de Sousa pode estar a ser outra vez uma "pedra no sapato" da televisão. Ontem, no final do Telejornal, uma deliberação da Alta Autoridade para a Comunicação Social retomava uma ideia de José Sócrates, por altura das eleições legislativas: a de que do serviço público de televisão se espera, sobretudo, pluralismo e não monopólio de opinião por parte de um quadrante político. Ipsis verbis: «... a AACS delibera a) Considerar que, independentemente do facto de aquele comentador ter o pleno direito de exprimir a sua opinião política, ser ele, com a sua inserção e carreira partidárias, o único comentador com programa exclusivo na RTP, constitui uma violação por parte desta dos seus deveres legais de pluralismo e de abertura às diversas correntes de opinião b)...» (fonte: Clube de Jornalistas) Embora este processo seja circunstancialmente diferente do de Outubro, vamos ver como é que a RTP "descalça a bota".

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Novas contas à difusão Chega-nos de Espanha uma novidade curiosa: dentro em breve, os dados numéricos sobre a circulação de jornais vão passar a contar também com os «exemplares» recebidos por via digital. A informação foi recolhida no Poynter Online e a explicação mais detalhada das regras deste novo sistema pode ler-se aqui. Parece uma medida lógica, esta de considerar que os números sobre a real difusão de um determinado jornal, hoje em dia, devem também levar em linha de conta a quantidade de pessoas que o lêem ou consultam através do computador, e já não só através da edição em papel. Mas não espanta que surjam novas polémicas sobre o modo mais correcto de contabilizar os «exemplares» vendidos (nuns casos) ou oferecidos (noutros casos) por via digital. Se só com as edições em papel, aparentemente muito mais fáceis de contar, há volta e meia números discordantes...

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"Os desafios da televisão pública na Europa" Já está marcado para 10 e 11 de Novembro o XX Congresso Internacional de Comunicação da Universidade de Navarra (Pamplona). Este ano, o tema do encontro é a Televisão Pública na Europa. O programa provisório prevê várias conferências:

  • "O mercado audiovisual europeu"
  • "A gestão da TV pública num modelo dual"
  • "O financiamento da TV pública"
  • "Governo e controlo da TV pública"
  • "A qualidade na produção de programas na TV pública"
  • "Estratégias de programação"
  • "Novas tecnologias e participação cidadã"
  • "Representação de maiorias e minorias"
  • "Representação do poder político: informação vs propaganda"

Os resumos para apresentação de comunicações deverão ser enviados até 27 de Junho. (Apesar de ter recebido a convocatória por e-mail, julgo que a organização disponibilizará toda a informação em www.unav.es/fcom/cicom, site do XIX Congresso.)

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"Fazer e comunicar política económica" O ISCTE realiza hoje, entre as 14h30 e as 17h00, no Auditório Afonso Barros, um debate sobre "Economia e Mass Media na era das expectativas voláteis". Realizado no âmbito do lançamento da nova Pós-Graduação/Mestrado de Economia e Políticas Públicas (ICSTE), este seminário conta com as intervenções de José Pacheco Pereira, que falará sobre "Política governamental e política de informação", João Ramos de Almeida (do Público), referindo-se aos "Impactos da Investigação Jornalística", Alfredo Maia, que falará sobre "A Indústria dos Media", e Paquete de Oliveira, conferenciando sobre "O interesse próprio do jornalista". José Maria Castro Caldas (ISCTE) modera a sessão. (informação do jornal PÚBLICO. No site do ISCTE e das suas pós-graduações/mestrados não encontrei nenhuma informação sobre este evento.)

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Territórios do Jornalismo Está marcado para o próximo dia 8 de Junho o lançamento do nº 5/6 da Caleidoscópio. Especialmente dedicado ao Jornalismo, este número da Revista de Comunicação e Cultura da Universidade Lusófona é organizado por Mário Mesquita, professor naquela Universidade. A apresentação é no El Corte Inglés, às 18h30.

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Fontes jornalísticas são muito masculinas", conclui estudo Um estudo do PEJ - Project for Excellence in Journalism, que acaba de ser publicado, conclui que as notícias sobre a actualidade incorporam ainda uma visão predominantemente masculina, isto apesar de um crescente número de mulheres nas redacções e nas escolas de jornalismo. "A broad look across the American news media over the course of nine months reveals that men are relied on as sources in the news more than twice as often as women. (...)More than three quarters of all stories contain male sources, while only a third of stories contain even a single female source, according to the study, which was drawn from an examination of 16,800 news stories across 45 different news outlets during 20 randomly selected days over nine months. The disparity, moreover, holds true across newspapers, cable, network news and the online world."

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"Información completa sobre las cosas que se hacen" "Qué quieren, que caigan todos los periódicos de Galicia?". A pergunta-resposta é de Manuel Fraga Iribarne, aos jornalistas que o interrogavam sobre a notícia de há dias, de El País, segundo a qual o governo da Galiza assinou em Abril passado com os media regionais galegos vários acordos que, a troco de um total dois milhões de euros, prevêem uma cobertura da actividade do Governo regional e do próprio Manuel Fraga. A imprensa galega "necesita ayuda para poder cumplir su insustituible labor. Y nosotros nos limitamos a pedirle que dé información completa de las cosas que se hacen y eso es todo. No hay nada nuevo", aseveró. "Ustedes lo saben también porque todos participan en esta práctica", agregó Fraga, citado pela Europa Press. Sobre este assunto, o director de La Voz de Galicia, Bieito Rubido, disse estar em curso uma campanha para minar a credibilidde da imprensa galega, acrescentando ser estranho que este assunto seja trazido precisamente a público neste momento, e não, por exemplo, há um ano atrás, quando a verdade é que os subsídios existem há mais de 20 anos. Rubido sugeriu que existe, na divulgação deste assunto, uma concertação entre meios como El País e Cadena Ser, do grupo Prisa, e os meios públicos como a TVE, RNE e agência EFE. Importa sublinhar que a Galiza se encontra em pleno processo eleitoral, no qual Fraga volta a ser candidato pelo PP galego.

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Carta aos leitores da Newsweek Na sequência da crise gerada pela edição do passado dia 9 da Newsweek (em que se afirmava que militares norte-americanos desrespeitaram o Corão, tendo os protestos dos muçulmanos resultado em várias mortes), o editor-chefe da revista escreve uma carta aos leitores, pedindo desculpa pelo sucedido: «we got an important story wrong, and honor requires us to admit our mistake and redouble our efforts to make sure that nothing like this ever happens again.» Garantindo que, nas próximas semanas, vão rever os procedimentos jornalísticos, Richard M. Smith assegura nesta carta que, para já, serão tomados os seguintes passos, no que diz respeito ao uso de fontes anónimas:

  • «We will raise the standards for the use of anonymous sources throughout the magazine.»
  • «We will step up our commitment to help the reader understand the nature of a confidential source's access to information and his or her reasons for demanding anonymity.»
  • «The cryptic phrase "sources said" will never again be the sole attribution for a story in NEWSWEEK.»
  • «When information provided by a source wishing to remain anonymous is essential to a sensitive story?alleging misconduct or reflecting a highly contentious point of view, for example?we pledge a renewed effort to seek a second independent source or other corroborating evidence. »
  • «When the pursuit of the public interest requires the use of a single confidential source in such a story, we will attempt to provide the comment and the context to the subject of the story in advance of publication for confirmation, denial or correction.»
  • «Tacit affirmation, by anyone, no matter how highly placed or apparently knowledgeable, will not qualify as a secondary source.»

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Women in Photojournalism Conference Vai decorrer, nos EUA, de 26 a 28 de Agosto a 16ª edicção da Women in Photojournalism Conference, promovida pela National Press Photographers Association. Segundo a organização, o programa prevê um encontro entre profissionais, professores e estudantes de fotojornalismo e tem como objectivo providenciar uma oportunidade para o debate sobre o jornalista de imagem e sublinhar o trabalho que vem sendo feito por mulheres na profissão.

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Congresso de Jornalismo no Alto Minho A Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Alto Minho vai realizar o seu V Congresso de Jornalismo, nos próximos dias 28 e 29 de Maio, no Centro Cultural de Paredes de Coura. Durante os dois dias terão lugar cinco painéis temáticos: Os Novos Desafios da Imprensa Regional: Incentivos, Blogs: Moda ou Futuro, A relação dos Jornalistas e as Fontes, Jornais Escolares: imprescindíveis no ensino?, Televisão Regional: Utopia ou Realidade?. Como palestrantes estão confirmados os jornalistas Alfredo Maia (Sindicato de Jornalistas), Manso Preto (Expresso), Elmano Madail, (Jornal de Notícias), António Freitas Sousa (Diário Económico), Fernando Zamith (Agência Lusa), Ana Peixoto (TVI), Maria Cerqueira (RTP), Eduardo Sardinha (Blitz), Paulo Gomes (Noticias de Viana), JB César (Semanário Transmontano). João Canavilhas, da Universidade da Beira Interior, e Octávio Cardoso, responsável do blog do PCP marcarão também presença. O congresso contará ainda com a presença de dois jornalistas pertencentes ao Colexio de Periodistas de Galicia: Francisco González Sarria e Victor Rodrigues. Helena Sousa

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Sugestões para o Clube de Jornalistas A próxima edição do Clube de Jornalistas tem como convidado principal António Barreto. Fernando Madrinha e Fernanda Câncio também vão estar no programa, moderado por Estrela Serrano. Amanhã, às 23h30, na Dois, com repetição na 5ª feira, às 15h00. Não tendo esquecido a interpelação de Estrela Serrano, na semana passada, para que se façam sugestões concretas para melhorar o programa, anoto, em jeito de apontamento algumas. Pode ser que outras se juntem entretanto.

  • Era bom que o programa fosse um bocadinho mais dinâmico. Às vezes, a moderação fica encerrada num "passar palavra" que nos fica no ouvido sempre pela mesma expressão: "Gostava que me falasse agora de..." ou "O que eu queria que me dissesse agora era..."
  • Sendo um programa de jornalistas (ou ex-jornalistas) com jornalistas, em boa parte dos casos, não era pior que este espaço fosse mais "rebelde", mais ousado. O estilo é muito sereno e as questões do jornalismo não são serenas, pois não?
  • Por outro lado, julgo que o programa ganharia se se conseguisse que ele interessasse a um público mais vasto e não apenas a um quadrante especializado, como o são os próprios jornalistas e os académicos da área. Não sei se resultaria, até porque o programa passa já um bocadinho tarde, num canal que pouca gente vê, mas talvez se pudesse experimentar uma fórmula em que um grupo de telespectadores interrogasse os jornalistas, do género: "Que perguntas gostaria de fazer a um jornalista?"
  • A comparação poderá parecer bizarra, mas talvez funcionasse, se se aproximasse o modelo do "Clube de Jornalistas na TV" a um "Prós e Contras", na medida em que o programa pudesse ser de maior interacção entre os intervenientes. Na verdade, muitas vezes não chega a haver debate. Cada um limita-se a dizer o que pensa, sem que isso represente "combate" relativamente a outras opiniões.

Como disse, são apenas alguns apontamentos. Quando, na semana passada, admitia que às vezes se roça o insulto à profissão, queria apenas dizer que o estilo é demasiado moderado. Os jornalistas não são, por natureza, moderados. Numa entrevista que deu ao Diário de Notícias, em 2001, o Fernando Alves, da TSF, dizia que "se não se der umas quecas com a mesa do estúdio não se toca o ouvinte". Entendida em sentido figurado (naturalmente!), a expressão assenta bem ao Clube de Jornalistas - de facto, não se toca o telespectador... Talvez porque não se fala de jornalismo com o entusiasmo de quem, diria de novo o Fernando Alves, é da profissão! (era, aliás, uma boa sugestão para um dos próximos programas, porque tem o jornalismo à flor da pele!)

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Conferência de provedores abre com reflexão sobre blogues e jornalismo Ian Mayes, provedor do leitor do jornal The Guardian é o anfitrião da conferência anual da Organization of News Ombudsmen (ONO) que amanhá tem início na capital britânica. O programa de trabalho propriamente dito inicia-se na segunda-feira, com uma conferência sobre "Participatory journalism: The journalist joins the bloggers", em que intervirá Emily Bell, editor-in-chief do Guardian. "The rules of the game: online journalism and archives"; "Changing the culture in favour of accountability"; "The way forward: The BBC after the Andrew Gilligan affair and the restructuring of its complaints and corrections system"; "Thoughts for the day: Future of newspapers, correcting broadcast journalism" - são alguns dos temas de discussão nos quatro dias de trabalho. NOTA: A participação neste evento poderá implicar um abrandamento no ritmo de actualização deste blogue.

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O caso República: um incidente crítico Um estudo de Mário Mesquita A propósito dos 30 anos do conflito que eclodiu em torno do controlo do jornal República, aqui evocado há dias, Mário Mesquita fez-nos chegar um texto de grande riqueza documental e com propostas de leitura pertinentes. Dada a sua extensão, é disponibilizado num novo espaço de apoio a este blogue. Deixo aqui uma passagem da introdução: " (...) Qualquer jovem desperto para a política após a simbólica queda do muro de Berlim terá alguma dificuldade, se não em entender a reconstituição dos acontecimentos, pelo menos em compreender plenamente as paixões desencadeadas pelo conflito à volta do jornal da Rua da Misericórdia, em perceber por que motivo o escritor Álvaro Guerra, ele próprio redactor do República, na altura do conflito, afirmou a este respeito: «Não me lembro se chorei materialmente com lágrimas, mas por dentro chorei com certeza, porque foi a destruição de um símbolo que representava muito da luta contra o regime de repressão...».O caso do jornal República conferiu, a partir de Maio de 1975, dimensão internacional, ao problema da liberdade de Imprensa e da definição do regime político em Portugal. Em nome da Revolução e da liberdade de Imprensa destruiu-se o símbolo da própria liberdade de Imprensa.A luta fratricida entre os vencedores de Abril assumiu proporções dramáticas. A principal clivagem da vida política portuguesa já não se situava, em 1975, entre salazaristas e anti-salazaristas. Desde o 11 de Março, o confronto processava-se entre defensores da democracia representativa e adeptos da ditadura de desenvolvimento, sob a forma de «democracia popular» ou de regime «terceiro-mundista». (...) Leitura do texto integral aqui.

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Internet: um perigo para o regime chinês Idas a tribunal e condenações pesadas por causa do uso da Internet fora das baias permitidas pelas autoridades chinesas têm sido denunciadas com frequência nos últimos anos. Espanta (ou talvez não) é até onde vai a minúcia dos filtros oficiais, para tentar caçar os prevaricadores ou, pelo menos complicar-lhes a vida. Uma lista de palavras problemáticas pode ser consultada aqui (os que souberem chinês sairão naturalmente beneficiados). Aí se encontram palavras como freedom, big news, chinaliberal, sex, playboy, bitch, fuck, paper....

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Google "personaliza-se" O Google acaba de lançar o Fusion project, um novo serviço que permite modificar e enriquecer a informação a que se pode ter acesso a partir da página de base do Google.com. Ao abrir o motor de pesquisa pode-se, assim, aceder aos títulos das notícias (incluindo as da BBC News ou do New York Times), às mensagens do Gmail e a outras funcionalidades do Google, de uma lista que poderia ser mais completa. Mas a empresa anuncia para breve a introdução de suporte para RSS, o que permitirá uma personalização ainda maior. A versão tem semelhanças com o my.yahoo.com.

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Blogues e prática jornalística "Blogging and Journalistic Practice" é o título de um trabalho de Christopher Harper, da Temple University, que analisa "how the theories of agenda setting and gatekeeping apply to the practice of blogging". Procura também averiguar "whether bloggers have used the Web as a means to step outside of the traditional journalistic standards of accuracy, fairness, and objectivity to return to perhaps a mixture of the partisan press during the 18th and 19th centuries and the muckrakers of the early 20th Century". Algumas conclusões:

  • "At times, blogs establish agendas. For the most part, however, the blogs react to the agendas set by the mainstream media and those who create and make the news, such as politicians".
  • "Blogs play the role of dissectors and expanders of the agendas by framing debate over current events, primarily on the political blogs about U.S. domestic and international issues."
  • "It is somewhat ironic that blogs tend to correct errors more quickly and perhaps more frequently than the mainstream media. At the same time, however, blogs often reject the mainstream media?s preoccupation with fairness and objectivity. Blogs usually present a point of view with the ability of readers to respond and react to that viewpoint. Whatever the case, it is the author?s firm belief that blogs have provided people with an ability to interpret and discuss the issues of the day in a far more expansive and engaging way than when the mainstream media dominated the news. As a result, the Internet has enabled individuals to assume more control over what they read, what is said, and how that information is interpreted in the public sphere". (dica de Ponto Media)

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Liberdade, diversidade e cidadania «Todos nós constituímos uma opinião pública adormecida.» - esta foi a ideia com que Felisbela Lopes rematou esta noite as intervenções do debate sobre Liberdade de Imprensa, organizado pela Bibliopólis de Braga. Atravessando de algum modo as opiniões de todos os oradores, o papel dos cidadãos na "arbitragem" do trabalho dos jornalistas foi amplamente sublinhado como uma das garantias do exercício de uma liberdade de imprensa responsável e equilibrada. Manuel Pinto, provedor dos leitores do JN, recusou uma perspectiva conspiracionista (que, na sua opinião, seria pouco operativa para mudar a realidade), mas lembrou que a experiência da liberdade de imprensa em Portugal é uma experiência muito recente. Sistematicamente, apresentou também os sinais de perigo no que concerne ao exercício da liberdade: a) por um lado, a tendência para a precarização da profissão e para a evacuação dos "veteranos" que, nas redacções, "capitalizavam uma experiência muito grande que permitiria ajudar a formar as gerações mais jovens"; b) por outro, as novas tecnologias ao serviço do jornalismo, que suscitam mais uma lógica de fluxo constante de informação do que uma lógica de trabalho periódico; c)finalmente, o perigo da formatação das audiências e a necessidade de promover canais de interacção entre os media e os públicos. Preferindo falar primeiro de liberdade de expressão, por a considerar uma liberdade fundadora, "instrumento de reivindicação das outras liberdades", Joaquim Fidalgo, ex-provedor dos leitores do Público, questionou a necessidade de estabelecer ou regulamentar os abusos da liberdade de imprensa. Para o director do UMJornal, «o trabalho dos jornalistas deve ser a expressão da liberdade de expressão dos cidadãos.» Por isso, anotou a necessidade de: a) aplicar as leis que já existem; b) melhorar as leis que existem; e c) verificar se ainda será preciso de proibir mais. Por seu turno, Eduardo Jorge Madureira, coordenador do projecto "Público na Escola", advertiu para o facto de a censura hoje se poder fazer também por via do excesso de informação, na medida em que a abundância pode prender a atenção a assuntos não extraordinariamente relevantes. Referindo-se à mensagem da UNESCO sobre o Dia da Liberdade de Imprensa, considerou que «um bom governo só tem a lucrar se tiver uma imprensa livre que sirva para escrutinar a sua acção».

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Blogues do sim e do não Depois do safanão dado por Pacheco Pereira nas águas do (não) debate sobre a Constituição europeia, e da criação do "Sítio do Não", surgiu já, em resposta, o "Sítio do Sim".

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"Liberdade de Imprensa: desafios e ameaças" A Biblioteca Craveiro da Silva de Braga evoca esta noite o Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social com uma palestra-debate sobre a Liberdade de Imprensa. São oradores convidados Eduardo Jorge Madureira, coordenador do projecto "Público na Escola" e três professores do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho: Manuel Pinto (Provedor dos Leitores do JN); Joaquim Fidalgo (ex-Provedor dos Leitores do PÚBLICO e actual director do UMJornal) e Felisbela Lopes (comentadora da RTP-N). O encontro começa às 21h30, no auditório da Bibliopólis. (podemos levar ao debate, logo à noite, os desafios e ameaças apontados nos comentários a este post. Actualização prometida!)

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Caso República 30 anos depois Republica"Quando um jornal se torna o protagonista da luta política" é o título da evocação dos 30 anos do conflito em trono do jornal República, apresentada no JN pelo jornalista João Mesquita. A decisão da Comissão Coordenadora dos Trabalhadores do jornal de sanear a Direcção de Raul Rego e Vítor Direito e de fazer do "República" um jornal "ao serviço dos trabalhadores" desencadeou uma reacção protagonizada sobretudo pelo PS, que se tornou, nas palavras de João Mesquita, "peça maior do confronto entre a legalidade institucional e a legalidade revolucionária", através da qual os socialistas "selam divórcio com as restantes forças de Esquerda". O Editorial do República, em 19 de Maio de 1975 declarava: "Elegemos uma Comissão de Trabalhadores e essa comissão afirmou, no dia 5 de Maio, que a totalidade dos seus redactores deveria colocar acima de todos os interesses a Informação, em benefício dos leitores da "República".A comissão diz hoje não à direcção literária do jornal - são elementos marcadamente antifascistas mas também marcadamente partidários. Devemos-lhes uma palavra de respeito, mas propomos que se retirem, para continuarem a merecer essa palavra". Republica de 25 Abril 74A resposta dos jornalistas do República denunciava, por sua vez: "Os jornalistas da "República" estão impedidos de exercerem a sua actividade. Uma comissão de trabalhadores exorbitando totalmente as funções para que foi eleita ("Dialogar com a direcção e a administração") está neste momento a pressionar a demissão da direcção e da chefia da redacção". Alguns dos documentos deste processo que teve não só repercussão nacional mas até internacional podem ser consultados nos sítios seguintes: - República: Histórias de uma Luta - Crise do República, cronologia do caso, feita por Manuel Catarino no CM - "A velha calúnia", uma perspectiva do lado do PCP - "O caso do jornal República", um trabalho académico. (Créditos: cartoon: Plantu/Le Monde; foto: Correio da Manhã).

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Imprensa desportiva em alta Não é só em Portugal (e, já agora, em Espanha...) que a imprensa desportiva diária anda no topo das tiragens. O jornal El Mundo acaba de noticiar que o desportivo francês L'Équipe se converteu, em 2004, no diário de âmbito nacional com maior tiragem, atingindo uma média de 335.135 exemplares/dia. A título de curiosidade, comparem-se os números relativos ao último ano: L'Équipe --- 355.135 ex. Le Monde --- 330.768 Le Figaro --- 329.721 Le Parisien --- 153.097 Libération --- 139.479 Mas nenhum destes periódicos chega perto do diário regional Ouest France, com os seus 762.208 exemplares diários. É uma já antiga singularidade francesa, a de jornais regionais especialmente fortes: para além do Ouest France, também o Aujourd'hui en France (346.696 exemplares diários) e o Sud Ouest (317.728), entre outros. Convém precisar, já agora, que estes números se referem a tiragem - exemplares impressos e distribuídos -, não a circulação ou difusão efectiva. Ou seja, há que subtrair a percentagem de «sobras» aos valores da tiragem. E, no caso francês, os exemplares não vendidos atingem uma média global de 35,8 por cento!... Valor tão alto pode, porventura, dar algum conforto aos proprietários dos jornais portugueses, que se esforçam tanto (e nem sempre com sucesso...) para manter as suas percentagens de «sobras» entre os 20 e os 25 por cento da tiragem.

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O iPod dos projectores? Já tem uns dias, mas vale a pena ler este texto publicado em El Comércio, do Perú, intitulado "El iPod de los Proyectores Multimedia". Tem tudo a ver com o que escreve João Lopes, referenciado no post anterior.

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Perto de quatro mil jornalistas no Festival de Cannes A crónica de João Lopes sobre o Festival de Cinema de Cannes arranca assim, no DN: "Na terça-feira, os cerca de quatro mil jornalistas que acompanham o Festival de Cannes receberam, nos respectivos cacifos, informações que não tinham a ver com nenhum dos filmes a concurso. Era uma caixa sobre James Dean, cuja morte ocorreu há meio século (a 30 de Setembro de 1955)". Prossegue depois com o argumento de que "a verdadeira avalancha do DVD, com vendas em crescimento constante, está a transfigurar por completo o mundo dos filmes, desde as estratégias industriais até ao funcionamento dos mercados" e de que "na prática, cada filme tende a render nos circuitos do DVD pelo menos tanto quanto nas salas (muitas vezes, mais)". O tema e o argumento merecem, sem dúvida, análise e o autor até adianta alguns tópicos interessantes. Mas eu fiquei-me por uma anotação à margem, uma pergunta bem mais simples: cerca de quatro mil jornalistas no Festival de Cannes? As hipóteses e deduções que este dado não permite!

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Uma passagem intrigante Sob o título "Um golpe profundo", o centrista Manuel Queiró comenta hoje, no Público, as investigações que a justiça leva a cabo acerca de suspeitas de tráfico de influência e que envolvem ex-ministros e outras figuras do CDS. A dado passo, e depois de se congratular por a posição oficial do Partido não ter enveredado pela teoria da conspiração, Queiró escreve: "Simpatizei instintivamente com a reacção do ex-vice-presidente António Pires de Lima. Não virou a cara e não negou os danos que o caso pode provocar ao CDS. Mas, sem nunca descambar para a teoria da cabala, não deixou de colocar as instâncias responsáveis pela investigação sob uma pressão inteiramente legítima. Em democracia toda a gente deve explicações. (...) Que essa pressão se justifica demonstrou-o o tom com que a maioria dos media e os restantes partidos passaram a tratar o caso. Tem imperado a prudência, e o acento tónico foi colocado em questões gerais e abstractas, tais como a relação do poder com o financiamento dos partidos, comum a várias forças políticas. E imediatamente surgiram notícias de outras supostas investigações envolvendo outros partidos. Má consciência por verem o CDS como paradigma do autofinanciamento a partir do poder?" Conclusões, para já: - Houve uma mudança de "tom" sobre este caso, nomeadamente nos media; seria inicialmente um e passou a ser outro; - Sugere-se, ainda que indirectamente, que essa mudança de tom tem a ver com a "pressão inteiramente legítima" em que foi posta a investigação judicial; - Explicita-se a tal mudança de tom: "o acento tónico foi colocado em questões gerais e abstractas, tais como a relação do poder com o financiamento dos partidos, comum a várias forças políticas". "E imediatamente surgiram notícias de outras supostas investigações envolvendo outros partidos". "À bon entendeur..." ou estarei a tresler? Alguém quer comentar?

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Prós e contras do jornalismo digital Merece leitura atenta a peça de El Mundo em que se reporta um debate promovida em Madrid pela Associação de Jornalistas Europeus. Alguns excertos: "En un periódico convencional, cuando llega el cierre, la primera edición viaja a la rotativa como esté, tengan final o no las historias que incluya. En la radio, los pitidos de las señales horarias marcan también el momento de 'soltar' los temas. En Internet no. En los medios digitales, la información crece con cada detalle y puede que no concluya en días. ¿Es eso una ventaja o un inconveniente?" Jean-François Fogel, assessor da edição digital de Le Monde, explicou no mesmo debate, aqueles que são, em sua opinião os prós e contras no jornalismo digital: "la ausencia de cierre, el anonimato del medio y su audiencia, la novedad de la tecnología utilizada y la ausencia de información teórica al respecto, algo que, según su criterio, provoca que el periodista se encuentre sin referencias a la hora de buscar las consecuencias del trabajo que realiza". Esta posição foi rebatida por Gumersindo Lafuente, director da edição onlne de El Mundo, "que considera una ventaja que en Internet no exista esa hora límite para poner el punto y final a las noticias: "La frustración verdadera es tener que imprimir una información porque haya que cerrar". En su opinión, Internet "es absolutamente invencible, hay inmadurez periodística, tecnológica y profesional, pero las herramientas de rigor no son distintas a las que estamos acostumbrados a usar".

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The New York Times cria acesso pago a alguns conteúdos Por uma "modesta quantia" de 49,95 dólares anuais, o diário The New York Times passará em setembro próximo a dar acesso, entre outros privilégios, a um vasto conjunto dos seus colunistas e à vastidão do arquivo do jornal, segundo anunciou a empresa. Esta é uma forma de dizer que, a partir desse momento, o leitor que não adira ao TimesSelect, o programa de acesso reservado agora instituído, deixará de poder ler os colunistas. Segundo o Editor & Publisher, gestores e empresários simpatizam com a decisão; os bloggers, no entanto, manifestam-se negativamente. Apesar de tudo, o acesso ao arquivo do NYT constitui um factor de peso para a assinatura. Não se compreende que, entre nós, o Público não faça o mesmo.

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Jornadas do GACSUM em novos moldes Começam amanhã, em Braga, as jornadas anuais promovidas pelo Grupo de Alunos de Comunicação Social (GACSUM) da Universidade do Minho, sob o signo da responsabilidade e da inovação. Este ano, os diferentes paineis abordarão temas transversais às diferentes áreas do curso, designadamente: os media e o poder; os media e as novas tecnologias; e a responsabiulidade social dos media. Seguir-se-á, na quarta-feira, um conjunto de wokshops, versando ciberjornalismo, comunicação de crise, edição de imagem e design de comunicação. No último dia, haverá uma apresentação sobre "Fantasporto: 25 anos de cinema". A transversalidade dos paineis e os workshops constituem algumas das inovações da edição deste ano das jornadas, que mantêm como fonto forte o encontro dos estudantes com os profissionais do sector da comunicação e dos media.

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A ler "From Print to Pod: The Innovative Power of Small Ideas", de Tim Porter, no First Draft. Diz o autor: "Podcasts are small media that hold the power to remake a big medium - newspapers".

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"PJ nega investigação a Sócrates" Em post scriptum à sua coluna de hoje, escreve José Manuel Fernandes "O PÚBLICO noticiou ontem que a Judiciária de Setúbal estava a investigar um empreendimento viabilizado por Sócrates quando era ministro do Ambiente. 'Por suspeita de tráfico de influências', escrevíamos, acrescentando que não existiam ainda conclusões. De manhã o director-geral da Judiciária distribuiu um comunicado dizendo que 'não existem quaisquer elementos que permitam concluir (...) [pela] prática de um crime de tráfico de influências'. Mas não desmentiu que a investigação existia. A agência Lusa fez com esse comunicado uma notícia com o título 'PJ sem provas contra Sócrates'. Menos de uma hora depois corrigiu o título para 'PJ nega investigação a Sócrates', o que não estava escrito no comunicado. A Lusa pertence ao Estado". Sobre este assunto, o DN confirma o que diz o director do Público, relativamente à interpretação que faz do comunicado da PJ: "Apesar de estar a investigar o caso há mais de quatro meses e de já ter ouvido algumas pessoas enquanto testemunhas, a Polícia Judiciária (PJ) negou ontem haver elementos que permitam envolver José Sócrates em crime de tráfico de influências". A notícia do JN referente ao comunicado da PJ contradiz o jornal dirigido por José Manuel Fernandes: "O comunicado assinado pelo director nacional da PJ, Santos Cabral, nega também a existência de uma investigação noticiada, ontem, pelo Público". Já o Correio da Manhã diz uma coisa no título ("PJ nega investigação a Sócrates e Capoulas") e outra no corpo da peça: a PJ "negou ontem existirem 'quaisquer elementos' que permitam concluir pelo envolvimento de José Sócrates e Capoulas Santos num crime de tráfico de influências relativamente ao projecto ?Nova Setúbal?" Convém dizer que não li o texto do comunicado da PJ - ainda não está disponível no respectivo site. Mas notícias e interpretações tão desencontradas levam-me a deixar três perguntas: 1. A Lusa justificou o comportamento que teve neste caso? Não o deveria fazer? 2. Afinal, o comunicado da PJ diz que não há investigação ou que não há indícios de responsabilidade do actual PM ou as duas coisas? 3. Que critério jornalístico leva o Publico a fazer, agora, manchete com um assunto que, salvo erro, é conhecido há mais de meio ano e foi objecto de manchete num semanário e de igual desmentido da PJ?

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"Proibição de publicidade é proibição de pensamento" De acordo com o jornal alemão "Die Welt", os editores de jornais da Alemanha protestaram contra a proposta de lei do Governo que pretende proibir totalmente a publicidade ao tabaco em jornais, bem como nas revistas e na Internet. Se a medida avançar, só as editoras de revistas perdem 40 milhões de euros de receitas por ano. A Associação Alemã de Editores de Imprensa (Bundesverband Deutscher Zeitunsverleger) entende que "publicidade proibida é pensamento proibido".

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Jornalistas e Magistrados O programa Clube de Jornalistas retoma, na próxima segunda-feira, o tema da relação entre o jornalismo e a justiça. Entre outros assuntos, os convidados (Sofia Pinto Coelho, Orlando Afonso e Carlos Pinto de Abreu) vão discutir as diferenças destes dois campos:

  • as lógicas de produção jornalística e organização judiciária;
  • o tempo de actuação de jornalistas e magistrados;
  • a linguagem dos meios de comunicação social e dos tribunais;
  • o ímpeto de revelação e de espectáculo do jornalismo e a reserva em segredo da Justiça.

O programa é emitido às 23h30, na Dois, e reposto na quinta-feira, às 15h00.

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Regulação e provedores - algumas notas O comunicado do Conselho de Ministros que aprova a proposta de nova entidade reguladora dos media e institui a função de provedor do telespectador e do ouvinte na RTP e na RDP, respectivamente, está disponível on-line. Algumas notas, a propósito: 1. É positiva a redução do número de membros de nova entidade. Desde que o sector técnico seja claramente reforçado. O texto do comunicado é muito genérico na formulação: "Reforço da operacionalidade administrativa e técnica da entidade reguladora, através da dotação de meios humanos e financeiros necessários à boa regulação do mercado da comunicação social...". 2. A nova entidade "deve promover a co-regulação e incentivar a adopção de mecanismos subsidiários de auto-regulação pelas entidades que prosseguem actividades de comunicação social e pelos sindicatos, associações e outras entidades do sector". O entendimento da co-regulação e da auto-regulação como "mecanismos subsidiários" (supõe-se que da regulação) parece-me um erro. 3. C'os diabos: não haverá um nome mais interessante para a criatura do que ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social)? Ainda se está a tempo de melhorar. Quem quer dar sugestões? 4. Sobre os provedores: a) especialmente positiva a obrigação de um programa semanal para apresentar e debater a informação e programação do operador público; b) positivo, igualmente, que seja salvaguardada, embora de forma não muito explícita, a faculdade de iniciativa do provedor; c) apoio para o voto vincultivo do Conselho de Opinião - e porque não do Conselho de Redacção? d) Uma pergunta: com a complexidade do meio televisivo e com a vastidão do pelouro, é imaginável um provedor sem staff? 5. É discutivel que a criação dos provedores deva ser objecto de uma lei do Parlamento. Se a Lei de Televisão vai ser revista, porque não avançar com a função em regime experimental e consagrar esta inovação na futura lei revista?

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"A entrevista no jornalismo contemporâneo" Um novo livro do jornalista Orlando Raimundo intitulado "A entrevista no jornalismo contemporâneo" vai ser apresentado na próxima terça-feira, dia 17, pelas 18 horas, no piso 7 de El Corte Inglés, em Lisboa. A apresentadora desta obra, que tem a chancela das Edições MinervaCoimbra, será Judite de Sousa, da RTP. Sobre este livro escreve Paquete de Oliveira: "Numa época em que os géneros jornalísticos facilmente «se trasvestem» ou, arbitrariamente, são utilizados numa mescla pouco distintiva, analisar questões estilísticas, deontológicas e éticas, a propósito da entrevista, é construir um contributo de grande repercussão para investigar problemáticas que marcam a arte e a técnica de fazer jornalismo hoje. Orlando Raimundo desenvolve um trabalho metódico, minucioso, crítico e muito bem documentado, que vai constituir, por certo, um manual orientador para o ensino de jornalismo e um livro de profunda reflexão para aqueles que se preocupam em fazer desta profissão uma missão de responsabilidade social.A polémica que esta tese abre sobre a autoria da entrevista é mais um valor bastante positivo do projecto de investigação empreendido e realizado. Contribuo, com a minha posição, para dar início à discussão e controvérsia que bem merece um estudo que vem suprir uma lacuna no espólio da bibliografia disponível para aprofundar os estudos e a investigação científica na área do jornalismo. Um mérito indiscutível deste estudo e um serviço inestimável que Orlando Raimundo presta ao Jornalismo, uma actividade profissional com decisivo papel na construção da realidade política e social que nos cerca e do futuro que aí vem".

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Leituras Seis reflexiones sobre periodismo impresoy periodismo digital, de Rubén Darío Buitrón Carencias y retos del Periodismo en la Red, de Bárbara Yuste e María Teresa Sandoval Periodismo electrónico, el cuarto medio de comunicación, de Inma Martín

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O nosso herói do Dubai Sobre o post da Madalena Oliveira, que subscrevo por inteiro, direi apenas que o caso não é novo. Recordam-se do co-piloto preso na Venezuela? O estendal mediático que o caso não proporcionou. E também aí a nossa diplomacia se mexeu, não sei se com a mesma eficácia. No caso presente, o herói mediático do Dubai - com cuja libertação naturalmente me congratulo - deu uma conferência de imprensa no regresso à pátria, tendo na mesa o porta-voz do MNE, na qual aconselhou os media - ouvi-o num dos canais de TV - a não transformarem o seu caso numa "novela mexicana".

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"Gosto mais da gatinha, mas não diga nada à boneca" A mentira piedosa do puritano regime salazarento vinha num dos livros de leitura que estava em vigor pelos anos 60 e serve na perfeição para caracterizar o comportamento dos portugueses relativamente à televisão. Quando perguntados sobre os programas preferidos, a resposta sai pronta e segura: os noticiários. A grande distância deixam tudo o resto. A gente vai, depois, ver para onde apontam os audímetros e a bota não bate de todo com a perdigota. Nos últimos dias, circulou a notícia de um indefinido estudo da Multidados que reitera tudo isto, com este remate saboroso: segundo "os portugueses", a melhor programação é a de A Dois.

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Entidade reguladora e provedores na agenda do Conselho de Ministros O Conselho de Ministros aprova amanhã uma proposta de lei que cria a nova entidade reguladora da comunicação social, segundo noticia o Diário Digital. O diploma deverá ser entregue no Parlamento ainda este mês, devendo contar com os votos de dois terços dos deputados para produzir efeitos. Também amanhã, e de acordo com a mesma fonte, o Governo aprova a criação dos cargos de provedores nos canais públicos de televisão e de rádio, que terão como missão receber e eventualmente actuar sobre as queixas dos telespectadores e ouvintes.

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Em Roma sê romano É natural que cause algum choque a minha reacção ao tratamento informativo da prisão de Ivo Ferreira no Dubai, mas até gostava de conhecer comentários de outros "bloguistas". Na verdade, não querendo fazer juízos sobre o consumo de haxixe propriamente dito, foi com muita estranheza que assisti à permanência da notícia na agenda dos media portugueses nas duas últimas semanas. Não tenho uma noção rigorosa do tempo de exposição mediática do assunto, mas pareceu-me excessivo. Pareceu-me, aliás, que a insistente cobertura do caso se revelava a determinada altura algo conivente com os pedidos de clemência da diplomacia portuguesa, já de si discutíveis. Costuma dizer-se "em Roma sê romano". Se no Dubai é proibído o consumo de drogas, não percebo muito bem onde está o verdadeiro tópico da notícia. Na demora do decurso do processo judicial? No facto de, em Portugal, não ser crime acender um "charro"? Percebo que a diplomacia portuguesa tivesse um dever de zelar pela integridade deste cidadão, mas não terá sido excessiva a preocupação dos jornalistas nesta matéria? As insistências no contacto com Ivo Ferreira não são quase uma forma de o "vitimizar"? Terá sido ele, de facto, uma vítima ou passou apenas pelas consequências previsíveis de um acto ilícito? Tenho sobre isto muitas, muitas dúvidas... Serei excessivamente intolerante? Mas, e os portugueses explorados em Espanha, ao jeito de escravos do século XXI?

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Sobre a atitude de "A Bola": "No pasa nada" O jornal "A Bola" decidiu pôr em prática, durante uma semana, um 'blackout' relativamente a apelos "de dirigentes, de treinadores, jogadores, de árbitros e até colunistas (...) que apelem à violência, ao desrespeito por princípios éticos desportivos (..)", manifestando-se contra uma alegada manipulação dos media para esse fim. As reacções - poucas, até agora - balançaram entre o apoio (presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas), o cepticismo (um sociólogo do desporto, citado pelo DN) e o alijar de responsabilidades (directores do "Record" e de "O Jogo"). Estes últimos publicaram depoimentos no "Correio da Manhã", nos quais procuram fazer crer que, a existir qualquer problema neste campo, ele reside em "A Bola" e não na restante imprensa desportiva, nos media, em geral, ou no universo dos clubes e respectivos adeptos. Se fosse preciso mais, esta reacção mostra que algum problema existe. Não se pode ser ingénuo perante a campanha de "A Bola". O lamento de que a decisão tem custos comerciais (embora compensados pela credibilidade asim conquistada) assinala que, no lançamento da iniciativa, houve cálculo. E não pequeno. Mas os sinais positivos nem sempre nos chegam pelos caminhos mais óbvios. E "A Bola", calculista ou não, ao lançar a "semana do futebol", veio dizer que há problemas no desporto que não são do foro desportivo e problemas no no jornalismo de desporto que não são jornalismo . O mais provável é continuarmos a fazer de conta. Até ao dia em que... (De destacar: o acompanhamento deste assunto no Blogouve-se).

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"O jornalismo do futuro já começou" Daniela Bertocchi, do Intermezzo, estreia colaboração no Observatório da Imprensa, fazendo a recensão do livro "Nós os Media", de Dan Gillmor. "O jornalismo do futuro já começou" - assim se intitula o texto que escreveu. De resto, a edição desta semana do Observatório contém vários assuntos de interesse, nomeadamente sobre blogues.

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Segredo de justiça "Mais um partido vocifera contra ?a quebra do segredo de Justiça?. Agora coube ao CDS de José Ribeiro e Castro o triste papel de virgem ofendida pela transparência necessária a um dos exercícios mais nobres que a democracia exige: informar os cidadãos de tudo o que de relevante acontece na vida pública." Octávio Ribeiro, subdirector do Correio da Manhã

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Porquê o silêncio da RTP? Na edição do "Clube de Jornalistas" de ontem, a moderadora, Carla Martins, revelou a dada altura, que a RTP não tinha aceite participar num programa que se destinava precisamente a debater a criação do provedor do telespectador no operador público. O JN referia, também ontem, na programação de TV, que o jornalista da RTP João Fernando Ramos iria participar, o que não veio a acontecer. A que se deve esta aparente retracção? Prudência? Temor? A não ser que a Administração da RTP esteja a sugerir que deva ser o Governo a instituir o cargo.

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Um curso polémico com funcionários chineses Cerca de 40 quadros chineses vão frequentar um curso, em Harvard (EUA), na prestigiada Nieman Foundation, para aprender como lidar com os jornalistas, durante os Jogos Olímpicos de 2008. A notícia não teria nada de especial, não fora o facto de ter colocado o curador da fundação debaixo de fogo, nomeadamente por ter aceite uma tarefa que implica desenvolver competências que, num regime repressivo, poderão vir a ser usadas contra os jornalistas (Fonte: NYT).

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"Preservar a confiança dos leitores" O "New York Times" (NYT) publica hoje um extenso relatório de revisão de medidas de restauração da credibilidade do jornal e de recomendações para o futuro, ainda na sequência da crise aberta em 2003 pelo caso Jayson Blair. O trabalho, que foi elaborado nos últimos seis meses por uma equipa de 19 elementos do NYT, emite recomendações sobre os tópicos seguintes: 1. A Dialogue With Our Publics 2. Reaching Out to Readers, Improving Our Use of Sources 3. Unidentified Sources: Some Next Steps 4. Reducing Factual Errors 5. The News/Opinion Divide.

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10 de Maio: "desligar televisão em prol da qualidade" A organização portuguesa de defesa dos consumidores de media ACMedia apela aos cidadãos para que, durante o dia de amanhã, não liguem o aparelho de televisão e liguem, antes, à vida. A ACMedia apoia assim a campanha lançada pela sétima vez pela Federação Ibérica de Telespectadores e Radiouvintes (FIATYR), que tem por lema "Um dia sem ver TV - a favor de um televisão de qualidade", apoiada num texto em que se enunciam as condições e requisitos dessa mesma qualidade.

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"A leveza intimista da pluma" Não vi a entrevista de Valentim Loureiro a Judite de Sousa. Mas, se é verdade que, como refere Miguel Gaspar, in "A leveza intimista da pluma", o major recorreu a um processo de cumplicidade ou de "cerco" à jornalista, fica a pairar uma sensação incómoda, antes de mais para aquela profissional e, depois, para os colegas de profissão.

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Mitos e ditos sobre o jornalismo

De entre as muitas coisas que se dizem acerca do Jornalismo, o Sun Herald, em 'Journalism has its share of myths, too' referenciava e reflectia, há dias, sobre estas:

  • Reporters are liberals.
  • Reporters are secular, even anti-religion.
  • The press tells only part of the story.
  • The press gets nothing right.
  • Reporters run in packs, are aggressive, intrusive and rude.
  • Journalists are underpaid.

E concluía deste modo, pensando especialmnete nos que querem ser jornalistas: "The big picture is that it breaks my heart to know that many young people who would make great journalists won't even think about trying it because of erroneous harangues about what a disreputable way it is to make a living.I don't mind saying it because Thomas Jefferson said it first: Communication - an informed public - is not optional in a democracy. If people don't know what's going on, freedom is an illusion.Good reporters are not scum. They are communicators. We need more".

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Na morte de Claude Julien Claude JulienTomo conhecimento da morte do jornalista Claude Julien. Ocupou lugares de responsabilidade em Le Monde, onde chegou a ser editor de Internacional, e sobretudo, em Le Monde Diplomatique, onde foi chefe de Redacção e, depois, director. Foi sob a sua direcção que este mensário deixou de ser um jornal das elites político-diplomáticas, crescendo significativamente na audiência internacional. Era ele director, quando foi experimentada a primeira edição do Diplomatique em Português, sob a direcção de Snu Abecassis, nos anos posteriores ao 25 de Abril. Tive uma longa entrevista com ele, em Julho de 1987, na Redacção daquele jornal, num périplo que fiz para recolher informação com vista ao lançamento da Escola Superior de Comunicação Social, que viria a ser construída em Benfica. Recordo uma ideia que sublinhou mais de uma vez, nessa entrevista: a importância de a escola investir na formação ética e cultural dos futuros jornalistas. A prática pode ser experimentada, mas onde se aprende mesmo a fazer jornalismo é nas redacções. (Crédito da foto: René Jean, da AFP)

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Dia Mundial das Comunicações Sociais A Igreja Católica celebrou hoje, pelo 39 ano consecutivo, o Dia Mundial das Comunicações Sociais. João Paulo II tinha deixado, em Janeiro passado, uma mensagem para este dia, intitulada "Os meios de comunicação: ao serviço da compreensão entre os povos". No mesmo dia, difundiria aquela que viria a ser a sua última carta apostólica, igualmente sobre os media e intitulada "O rápido desenvolvimento".

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Provedores na TV e na Rádio? O principal animador deste blogue, Manuel Pinto, participa com Joaquim Vieira e Maria José Mata na próxima edição do Clube de Jornalistas. Debatendo a eventual criação de provedores dos espectadores e dos ouvintes, o programa debaterá as seguintes questões: «Enquanto mecanismos de auto-regulação, poderão os provedores contribuir para aumentar a qualidade e credibililidade da informação? Quem deve designar os provedores? Como se pode garantir o estatuto de independência? Deverá actuar individualmente ou apoiado por uma equipa, dada a dimensão e a diversidade do seu universo de acção? Será aconselhável a separação entre informação e programação / entretenimento? Como poderá promover a ligação entre as organizações e os públicos? Deverá ter um espaço em antena para a apresentação das suas reflexões? »

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INTERCOM: Congresso no Rio de Janeiro Já estão disponíveis no site http://www.intercom.org.br/ informações sobre o Congresso Intercom 2005, agendado para Setembro - Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A temática é o Estudo e a Pesquisa em Comunicação e a submissão de trabalhos (completos e não apenas resumos) termina a 31 de Maio.

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Encontro marcado Andámos muito? Andámos pouco? Sabemos, porventura, para onde estamos a ir? Ou, pelo menos, para onde queremos ir? Quais as vantagens e quais os riscos? O que largar e o que pegar? Estas perguntas poder-se-iam fazer para muitas outras realidades. Na Universidade do Minho, quisemos colocá-las ao jornalismo on-line, tal como vem sendo (ou não) posto em prática: tal como se está (ou não) a desenhar para os próximos anos. Com vista a perceber se adormecemos ou nos inquietamos, se parámos ou regredimos, se nos metemos em becos sem saída ou se aguardamos apenas a melhor altura para uma nova etapa. Reunir-se-ão profissionais, académicos, peritos, nacionais e estrangeiros. Conversando, pondo em comum experiências e avaliações, partilhando conhecimentos e prospectiva, poderemos, pelo menos, ganhar uma consciência mais viva do ponto em que nos encontramos e do rumo que tomamos. Nos próximos dias, surgirão mais pormenores sobre o programa. Por conseguinte, está marcado o encontro: em Braga, em 2 e 3 de Junho.

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Novidades no "Público" anunciadas pelo DE Ainda antes do Verão, o "Público" vai sofrer algumas alterações gráficas e de conteúdo aos domingos e passará a editar uma revista dominical para a faixa dos 7 aos 14 anos. Segundo o "Diário Económico" (DE), o Público vai estar, nesse dia da semana, em que os leitores dispõem de mais tempo, apostado numa "transversalidade maior de temas" e "menos virado para a notícia". Quer a "Pública" quer o corpo do jornal terão um novo grafismo. A "Kulto", a revista para os mais novos, será coordenada por Luís Pedro Nunes, do Inimigo Público. Sobre esta revista, o nome não parece ser especialmente feliz. E estou para ver como se vai conjugar, na mesma publicação o mundo do grupo dos 7-10 com o dos 11-14. É a diferença entre o passarinho que vive no ninho ou com os papás por perto e o passarão que começa a ensaiar os primeiros voos e que não aprecia especialmente a proximidade dos cotas. A seguir com atenção.

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Inquérito On-line sobre o futuro do Jornalismo O Institut für Kommunikations- und Medienwissenschaft da Universidade de Leipzig está a desenvolver um projecto de investigação sobre o Futuro do Jornalismo. Para isso, colocou on-line um inquérito que pretende recolher dados acerca dos tipos de contratação dos profissionais que se sujeitem aos 15-20 minutos necessários para responder a todas as questões, bem como acerca das suas opiniões sobre as tendências redactoriais, económicas e tecnológicas do jornalismo. A ideia é perceber as trasnformações das condições de trabalho no jornalismo e melhorar a formação dos jornalistas.

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O ABRUPTO e o impacto na blogosfera O segundo aniversário do ABRUPTO, de Pacheco Pereira, não passou despercebido à imprensa. Foi, aliás, o pretexto para se falar mais uma vez da blogosfera e do carácter político de alguns blogues. Ao jeito de "clipping": "Impacto dos blogues no debate político ainda é reduzido" e "Militantes na Blogosfera", no PÚBLICO (acessível apenas para assinantes) "Dois anos de comentários abruptos na blogosfera", no DIÁRIO DE NOTÍCIAS.

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Pelo debate alargado sobre a nova entidade de regulação dos media Desde que se começou a desenhar o cenário da entrada em cena de uma nova entidade reguladora dos media, aquando da última revisão constitucional, que defendi, nomeadamente no JN, que o assunto deveria ser objecto de um debate mais alargado na sociedade. Quer o PS quer o PSD, de quem depende, no essencial, o acordo que poderá viabilizar um novo quadro legal na matéria, nunca deram sinais de abertura nesse campo. É como se uma questão destas constituísse um mero problema jurídico-legal, reservado a especialistas e objecto de negociação nos bastidores dos dois maiores partidos. O sentido profundo da regulação está na sociedade, está nos cidadãos, pelo que deveria ser aí, também, que o debate deveria ser colocado. E há muitas formas de o fazer. Aplaudo, por conseguinte, a opinião nesse sentido manifestada por Miguel Gaspar no DN e só estranho que, até agora, o que se diz e escreve sobre a matéria quase não vá além de saber qual o perfil ou a proveniência dos elementos a escolher para a função de regulação. (A propósito: saúdo o trabalho que o DN tem publicado sobre este assunto, nomeadmente na edição de ontem. No sentido de abrir o debate que Miguel Gaspar defende, só não entendo por que é que o DN não publica na íntegra o documento de trabalho a que teve acesso, já que o Governo não o faz).

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Congresso da SOPCOM "Repensar os Media: Novos Contextos da Comunicação e da Informação" O prazo das propostas de comunicação a apresentar ao 4º Congresso da SOPCOM- Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação foi prolongado até ao próximo dia 15, segundo anunciou a equipa da Universidade de Aveiro que está a organizar o evento. Centrado no tema "Repensar os Media: Novos contextos da Comunicação e da Informação", o congresso terá lugar em 20 e 21 de Outubro próximo, abarcando conferências e paineis em plenário esessões em torno das áreas temáticas seguintes: - Teorias da Comunicação - Semiótica e Texto - Economia e Políticas da Comunicação - Retórica e Argumentação - Estudos Fílmicos - Novas Tecnologias / Novas Linguagens - Direito e Ética da Comunicação - Arte e Design - Publicidade - Jornalismo - Estudos Culturais e de Género - Comunicação e Educação - Opinião Pública e Audiências - Comunicação nas Organizações e Relações Públicas - Cibercultura - Comunicação e Ludicidade - Comunicação e Política - Comunicação Audiovisual - Sociologia da Comunicação.

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Assertividade Diz, em entrevista ao ABC, uma jovem estrela do segundo canal da TVE: "Hay que ser conscientes de que la objetividad hace mucho tiempo que dejó de existir, lo que hay que hacer es ser fiel a lo que cuentan unos y lo que cuentan otros". É difíicl dizer tanto com tão poucas palavras. Dizê-lo, para mais, com tanta segurança e assertividade. Como se fosse assim líquido quer o que diz sobre a objectividade quer sobre o jornalismo de "o que dizem uns e o que dizem outros". Notável, sem dúvida.

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Futebol "derrota" o papa Em Abril morreu o papa João Paulo II. As televisões, em particular, mobilizaram-se para a morte, as homenagens e o funeral e, depois para a eleição e entrada em funções do seu sucessor. Foi boa parte do mês com os focos voltados para o Vaticano, a ponto de ter havido sinais de algum cansaço ou queixa de exagero, da parte de alguns sectores. Corresponderam esses acontecimentos de levada carga cerimonial a picos de audiência? Nem pensar. Pelo menos em Portugal.

Segundo os dados da Marktest Audimetria/MediaMonitor, os dez programas mais vistos em Abril foram todos, todos, de futebol. E se fôssemos para os doze mais vistos, seria a mesma coisa. Os três jogos da taça UEFA que envolveram o Sporting e que foram transmitidos pela RTP1 ocupam os três primeiros lugares do 'ranking'. O que é mais espantoso é que em quarto lugar se tenha posicionado um programa que é de ...comentários aos jogos da Superliga, à frente, portanto, do próprio jogo emitido.

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Google planeia hierarquizar pesquisa pelo valor dos documentos Até agora, uma pesquisa no motor Google proporicona-nos resultados por data e relevância. Nos laboratórios da empresa prepara-se uma ferramenta que, segundo a revista New Scientist, permitirá hierarquizar os resultados pela qualidade dos documentos (dica do Intermezzo).

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"Tour" por alguns blogues

  • Sobre matemáticos, publicitários e cientistas, ler um interessante post no Retorica e Persuasao;
  • A ler também os posts dos últimos dias, de Beth Saad no Intermezzo, na sequência de um périplo que a levou à Universidade do Minho, de Navarra e à Escola de Jornalismo de Columbia. No mesmo blogue vale a pena ler um texto do escritor João Ubaldo Ribeiro, sobre alegada intenção do governo do Brasil de instituir uma "Polícia da língua".
  • Uma tese sobre a influência da Internet no jornalismo sobre ciência, que o seu autor está a terminar na Universidade de Leeds, leva o Ponto Media a ser actualizado apenas excepcionalmente. A pena de muitos é compensada pelo forte motivo.

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Jornalistas mortos no exercício do direito e dever de informar Os países mais mortíferos (1995-2004) Iraque . . . . . . . . 36 Argélia . . . . . . . .33 Colômbia . . . . . .30 Rússia . . . . . . . . 29 Filipinas . . . . . . 22 TOTAL. . . . . . . 337 Os anos mais negros (1995-2004) 2004. . . . . . . . . .56 1995. . . . . . . . . . 51 2003 . . . . . . . . . 39 2001 . . . . . . . . . 37 1999 . . . . . . . . . 36 Fonte: Comitte to Protect Journalists (A WAN - World Association of Newspapers, que tem uma malha mais larga de contabilização, calcula que, nos últimos dez anos, o número de jornalistas e afins mortos se eleva a cerca de 500, 70% dos quais assassinados. "Em mais de 80% dos assassínios, ninguém foi levado perante a justiça", acrescenta a WAN. Mais recursos sobre esta matéria: AQUI).

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3 Maio: Dia Mundial da Liberdade de Imprensa sitlibpresse (Legenda: carmesim - situação muito grave)

  • África e Ásia são os continentes onde a situação da imprensa é considerada "muito grave"
  • No Magreb e no Médio Oriente a liberdade de imprensa "está a encolher"
  • Iraque: o país em que morreram mais jornalistas em 2004: 19.
  • China: o país em que mais jornalistas estão presos: 27.
  • "Nos piores regimes autocráticos - Irão, Síria, Arábia Saudita, Líbia e Tunísia -, serviços de segurança brutais perseguem qualquer tentativa de noticiar honestamente os factos ou de investigar assuntos sensíveis como a corrupção, o islamismo, os tabus sociais e religiosos ou as relações com os Estádios Unidos".

(Dados do relatório anual dos Repórteres SemFronteiras, citado pelo Público).

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Liberdade de imprensa: cinco documentários no Canal História Entre hoje e sexta-feira, às 16 e 22 horas, o Canal de História exibe uma semana temática em que "procura enfatizar a importância da liberdade de Imprensa, como um tema de crucial importância para o bom funcionamento das sociedades democráticas ", refere hoje o JN. É a forma de o canal se associar ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que amanhã se evoca. São os seguintes os documentários (em boa parte espanhóis) a difundir: - Desaparecidos em combate, sobre a cobertura da guerra do Vietnam - Repórteres de Guerra, sobre a cobertura da invasão do Iraque, em 2003 - Hotel Palestina, sobre o bombardeamento do Hotel, que matou Jose Couso - Miguel Gil, sobre a morte deste jornalista, na Serra Leoa - Cem anos de imprensa escrita, centrada na história do jornalismo em Espanha.

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Notícias baseadas na fé "Stations of the Cross: the Rise of Faith-Based News" nos Estados Unidos da América é o tema de capa do número de Maio-Junho da Columbia Journalism Review. O mote na apresentação do texto: "It is bouncing off satellites, radiating from broadcast towers, winding through cable systems, and glowing on screens in millions of living rooms. Evangelical Christians have created a vast and expanding alternative media universe that includes music, movies, sitcoms, and reality TV -- all infused with a conservative worldview. But the brightest constellation now is news public affairs programs, a potent mix of God, news, and right-wing politics".

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O anjo do rico e o anjo do pobre "Vivemos um momento angélico, para usar a metáfora do anjo que transporta a mensagem. O anjo do rico, e também da classe média, é o rato do computador. Quem pode, fala com o mundo inteiro. Esta é a função do anjo na nossa sociedade: pura circulação de mensagem. E qual é o anjo do pobre? A televisão!" Muniz Sodré, entrevista á Pública, 1.5.2005

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Ipsis verbis "Nem quero pensar que o poder do futebol é tanto que os jornalistas ou os seus patrões prefiram estar quietinhos e tenham medo de averiguar, não vá encontrarem algo que faça tremer os poderes instituídos. Se assim é, lá se vai aquele título de 'quarto poder' que a Comunicação Social já ostentou". Rui Azeredo, in O Comércio do Porto "O escritor e ensaísta Umberto Eco manifestava-se (...), em determinada ocasião, contra as pessoas que resolviam privar-se definitivamente da televisão. Dizia ele que colocar o aparelho no caixote do lixo era uma atitude semelhante a de um marido que resolvia castrar-se para desagradar à esposa. Como a televisão tem bons e maus programas, acrescentava Umberto Eco, o que importa fazer é, obviamente, ver os bons e não ver os maus. Em determinadas ocasiões, a comparação de Umberto Eco entre um aparelho de televisão e um marido pode parecer que não tem sentido. Os programas que tantas vezes estão à disposição dos espectadores nos períodos de tempo em que mais se vê televisão sugerem que o marido não tem nada para castrar". Eduardo Jorge Madureira, in Diário do Minho, 1.5.2005 "Manchete do 'Diário de Notícias': 'Governo substitui por serviço cívico penas de prisão até 3 anos'. No corpo do texto, ainda em primeira página, lê-se o seguinte: 'Alberto Costa disse ao DN que o Governo vai avançar em breve com o alargamento para três anos das penas de prisão convertíveis em trabalho prestado à comunidade'. À partida, trata-se de uma informação apurada por este periódico. Ao folhear o 'Público', encontramos na secção 'nacional' uma caixa com este 'lead': 'A medida de prestação de trabalho a favor da comunidade será, segundo a intenção do ministro da Justiça, Alberto Costa, ampliada para três anos como pena substitutiva à pena de prisão, disse o próprio ministro em declarações ao 'Público' no final do debate mensal'. Com menos destaque, esta notícia é igualmente reclamada pelo 'Público' como uma informação que lhe foi transmitida apenas a si. Não foi. Para além do ministro da Justiça ter feito estas afirmações a vários jornalistas, trata-se de um dado que está ainda ao nível das intenções, mas quem lê o DN toma o que aí é escrito como uma resolução do Governo. O que não corresponde à verdade. No 'Expresso', o título principal diz que 'Isaltino espera ajuda do PS'. Continuamos a ler para saber mais. Escreve-se, então, isto: 'PS está a testar nomes quase desconhecidos para a Câmara de Oeiras. E Isaltino Morais disse a dirigentes do PSD que contava com a garantia de Jorge Coelho de que os socialistas não apresentariam um candidato forte se ele se candidatasse'. Quais foram as fontes do jornalista? Quem assegura a veracidade disto? Estamos aqui perante informação ou especulação?" Felisbela Lopes, in Correio do Minho, 1.5.2005

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Nepal, "um país silenciado" É assim que a organização Committee to Protect Journalists classifica a situação dos media no Nepal, num relatório - "A Country Silenced: Nepal after the Coup" - que acaba de divulgar. Censura generalizada, intimidação policial e militar e pressão financeira sobre as emrpesas jornalísticas - eis as vias, de resto pouco originais, para o sufoco da liberdade de imprensa, a que deitou mãos o rei Gyanendra.

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Carlos Santos Pereira apresenta "Guerras da Informação" Amanhã, dia 2, o jornalista Carlos Santos Pereira estará na Universidade do Minho para apresentar o seu livro Guerras da Informação - Militares e Media em Cenários de Crise. A sessão decorrerá no auditório 103 do CP3, pelas 16h, com entrada é livre. Carlos Santos Pereira dedicou boa parte dos seus mais de 25 anos de trabalho como jornalista à cobertura dos conflitos políticos e militares que marcaram as últimas décadas. É autor de "A Gesta do princípe Igor" (1993), "Da Jugoslávia à Jugoslávia ­os Balcãs e a nova ordem europeia" (1999), "Os novos muros da Europa: ­ a expansão da NATO e as oportunidades perdidas do pós-guerra fria" (2001) e "António de Spínola e Amílcar Cabral: ­ uma encruzilhada de destinos" (em preparação).

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