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Mais de 3,4 milhões (correspondente a 41,3%) os portugueses maiores de 14 anos residentes no Continente que dizem utilizar habitualmente a Internet, de acordo com os resultados da 1ª vaga de 2006 do estudo Bareme Internet, da Marktest. A ocupação, a classe social e a idade são as variáveis que mais discriminam os indivíduos relativamente a este uso, de acordo com aquela empresa. "A taxa de utilização da internet em Portugal tem crescido sistematicamente nos últimos anos. Entre 1997 e 2006, a taxa de variação média tem sido de 29.7% ao ano, sendo em 2006 mais de sete vezes superior ao valor observado em 1997", refere a newsletter da Marktest.

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Segundo a edição de hoje do PÚBLICO, a Câmara Municipal de Gaia assinou um acordo que visa garantir a distribuição equitativa dos gastos do município em publicidade institucional obrigatória, a troco de uma cobertura adequada dos actos públicos e de toda a actividade da câmara e empresas municipais. Embora o gabinete da Presidência da CM garanta não querer interferir na linha editorial dos títulos, dizendo mesmo que «nunca houve qualquer condicionamento da atitude editorial de nenhum jornal», não podemos perguntar se isto não é uma forma de comprar agendas? A liberdade editorial não é também a liberdade de escolher sobre o que se quer ou não noticiar? A imprensa regional já padecia, em muitas localidades, do mal de servir interesses políticos e económicos... assim, parece-me, a coisa agrava-se!

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O Provedor do Telespectador e o Provedor do Ouvinte, da RTP e da RDP, respectivamente José Manuel Paquete de Oliveira e José Nuno Martins, têm já abertos os seus sites. Integrando-se a TV e a Rádio públicas no mesmo grupo de comunicação, os espaços na internet posssuem uma idêntica estrutura: estatuto do proevdor, apresentação e propósitos de quem exerce actualmente os cargos, eventos, formas de contacto e programa em antena. Sobre o programa, que vai ter periodicidade semanal e será emitido em prime time, não são ainda adiantados pormenores: apenas que se encontra em preparação. Quanto aos contactos, vão ser anunciados dentro de dias. O Gabinete dos Provedores está provisoriamente instalado nos Estúdios da RTP no Lumiar, em Lisboa, prevendo-se a sua transferência para a sede do grupo, nos Olivais, mal terminem as obras de adaptação que estão a correr. Esse Gabinete é chefiado pela jornalista Fernanda Mestrinho e contará "em breve" com "um conjunto de outros profissionais de Rádio e de Televisão", os quais terão por tarefa "preparar o acolhimento e o consequente tratamento e classificação das questões que virão a ser dirigidas quer ao Provedor do Ouvinte, quer ao Provedor do Telespectador".

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O Correio da Manhã presta hoje alguma atenção à deliberação da ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) de renovar as licenças de emissão da SIC e da TVI. Fá-lo através de uma notícia e de um curto texto de opinião, este de Artur Portela, ex-membro da Alta Autoridade. Também o Diário de Notícias publica uma peça com comentários diversos sobre o documento da ERC. O facto mais interessante é, a meu ver, a reserva assumida, por agora, pelos dois operadores dos canais televisivos. De acordo com o DN, a Media Capital (detentora da TVI) "está a analisar o relatório da ERC antes de fazer comentário", enquanto que a SIC está a "estudar atentamente as recomendações" da Entidade Reguladora, adiantando um quadro da Impresa que a estação vai "fazer os melhores esforços para reduzir o número de recomendações não cumpridas". O pronunciamento da ERC não é simples nem linear. Em minha opinião, além de se fundamentar nos dados que existem, exprime, por outro lado, a vontade de superar as lacunas actualmente existentes no que respeita a dados fiáveis em que este tipo de análises se tem que apoiar. Essa análise permanente é imprescindível. Por tudo isto, a ERC não podia deixar de atribuir a licença aos operadores (nem podia emaranhar-se nas posições dicotómicas em que a pretende colocar Artur Portela, na sua nota de hoje no Correio da Manhã). Preferiu chamar a atenção para os aspectos problemáticos e sensíveis e, sobretudo, elencar requisitos e termos de referência para o futuro. É esta dimensão de acção criteriosa no futuro que mais emerge como linha de força do texto divulgado. Resta saber se e como a vai pôr em campo.

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[Sócrates] "Acrescenta [ao facto de ser socialista] um remake de positivismo cientista, crendo com deslumbramento que as tecnologias mudam a sociedade e não vice-versa, como se percebe no chamado 'choque tecnológico', investindo-se em tecnologias de ponta sem se cuidar das literacias necessárias ao seu uso". J. Pacheco Pereira, Público, 29.6.2006

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Nos dias que precederam o jogo Espanha-França a imprensa espanhola insistiu em duas ideias fortes: a selecção nacional francesa estava 'de rastos' e para Zinedine Zidane este seria o jogo da reforma. É neste enquadramento que o diário desportivo Marca publica, no dia do jogo (ontem), a primeira página da esquerda, onde se pode ler: "Se tu tens medo a França tem pânico". O jornal opta por deixar claro um posicionamento tentando, eventualmente, tranquilizar os adeptos da equipa nacional (as chamadas 'favas contadas'). Na sequência da expressiva (e convincente) vitória francesa, o jornal faz, no dia seguinte (hoje), uma primeira página que sinaliza uma retracção quase absoluta. A tomada de posição anterior não está presente em parte alguma e a opção é antes uma de confortar os leitores, sendo que se presume: "todos fomos apanhados de surpresa". O desconforto com a postura do jornal neste assunto - diga-se em abono daquele diário - começa em casa e está à vista de todos, no blog de um dos jornalistas que acompanham o Mundial (Escreve Fernando Carreño: "Bueno, pues nosotros nos hemos pasado casi una semana diciendo que íbamos a jubilar a Zidane. Un Zidane que es un grande, que es un gran campeón, y no nos hemos acordado de que los grandes campeones cuando sacan lo mejor es cuando peor se ven. Y ha pasado lo lógico en estos casos: que ha sido Zidane quien nos ha jubilado a nosotros"). Porquê falar disto agora? Porque o discurso inflamatório pelo qual não se assumem consequências é uma prática de natureza viral que não se restringe a Espanha.

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É interesssante ver como os jornais tratam a deliberação do Conselho Regulador da ERC relativa à renovação das licenças da SIC e da TVI (ver post abaixo). À hora a que escrevo não pude ver senão as edições on-line. E o que da leitura se pode concluir é que: - O Jornal de Notícias ( "ERC defende obrigações claras para televisões") não leu ou não quis valorizar o documento; limita-se a um breve take da Lusa relativo à ida do presidente da ERC ao Parlamento; - O Público diz que a "ERC sugere caderno de encargos para SIC e TVI", complementando com uma outra peça em que a sugestão passa a determinação: "O que os operadores privados têm de cumprir" (acesso só para assinantes). Este é o único jornal a dar a conhecer o endereço do site da ERC, onde o documento pode ser lido na íntegra. - O Diário de Notícias considera, da leitura do documento em referência, o "Desempenho da SIC e TVI 'pouco satisfatório' "; curiosamente trata com alguma minúcia os resultados da análise a que a Entidade Reguladora procedeu, mas é totalmente omisso quanto ao 'caderno de encargos' definido para o futuro dos canais. - O Correio da Manhã ignora o assunto, preferindo destacar a alegada vontade de Herman José de se transferir da SIC para a TVI. Tendo em conta a relevância da matéria, os ecos que este assunto teve no Outono passado e o valor do documento, não se pode considerar brilhante o tratamento dado. Sobretudo é de sublinhar a ausência de inclusão de pontos de vista dos responsáveis dos canais televisivos escrutinados pela ERC. Não quiseram ainda pronunciar-se? Ninguém os questionou? Os diários online aqui analisados não nos dizem nada sobre o assunto. Veremos se o tema irá ter sequência.

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A Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) acaba de divulgar os fundamentos da sua decisão de renovar as licenças de emissão aos operadores privados SIC e TVI. É um documento extenso (102 páginas) e que vai seguramente constituir uma referência para as análises a fazer ao trabalho dos dois canais comerciais de sinal aberto. Alguns comentários, após uma leitura necessariamente rápida do documento: - Em primeiro lugar, se o processo tivesse sido outro, nos últimos anos, e não se tivesse seguido uma política de "laissez faire, laisser passer", não é seguro que os operadores privados não vissem, agora, a renovação ser-lhes recusada. Os dados e os argumentos da ERC são suficientemente fortes, no que toca à inversão de trajectória - e ao deitar pela borda fora compromissos assumidos - por parte dos dois canais, quanto aos programas de informação, à programação para a infância e aos programas de índole cultural. Isto é, tem estado em causa o carácter generalista dos canais, tal como o mostrou a investigação de Felisbela Lopes (sobre a informação) e de Sara Pereira (sobre a programação para as crianças). - Por outro lado, é salutar que a ERC, ao dar luz verde às emissões da SIC e da TVI, comprometa estes canais com um conjunto de obrigações especificadas (cf. pp.98-102). Dir-se-á que se trata, ao fim e ao cabo, de uma listagem de obrigações que decorrem da Lei da Televisão e das promessas oportunamente formuladas pelos próprios canais. Mas é bom que fiquem explicitadas. Resta ver agora como a programação futura desses canais irá traduzir na prática as linhas definidas. - Finalmente, é de sublinhar que a ERC fez o seu trabalho de casa. Seguindo um rumo que tem caracterizado a sua intervenção, procurou fundamentar a deliberação tomada recorrendo aos normativos legais, à pouca investigação existente e aos igualmente escassos dados sistematizados sobre a programação dos nossos canais televisivos. Pode - e deve - discutir-se a substância do seu pronunciamento ou a metodologia de trabalho seguida. Mas parece-me que não se pode criticá-la por não ter estudado o assunto e fundamentado os seus juízos. Ora, para credibilizar a sua acção, isso parece-me fundamental. Complemento: Aspectos de incumprimento da SIC:

  • Diminuição progressiva do número de 'jornais informativos': quatro em 1990; três em 1999; dois em 2005;
  • Desaparecimento de «programas especializados no campo da reportagem nacional e internacional, da entrevista e do debate' com autonomia relativamente aos blocos informativos das 13h00 e das 20h00, em claro incumprimento dos compromissos assumidos em 1999;
  • Eliminação do 'flash' informativo diário, contemplado no projecto de 1999;
  • Emissões destinadas a públicos infantis remetidas para horários pouco adequados, de Segunda a Sexta e desaparecidos da grelha de programas em 2006;
  • Programação cultural com presença reduzida na grelha e emitida em horários de audiência diminuta.
Aspectos de incumprimento da TVI:
  • Emissões destinadas a públicos infantis remetidas para o fim-de-semana. O compromisso assumido em 1999 envolvia a emissão de programas infantis nas manhãs de Segunda a Domingo e nas tardes dos 'dias úteis';
  • Programação cultural 'esporádica' e emitida em horários de audiência reduzida. Apesar de o projecto de 1999 não contemplar programação cultural, assumia-se como um projecto com preocupações de natureza cultural;
  • Ausência de 'programas especializados no campo da reportagem nacional e internacional, da entrevista e do debate', autónomos em relação aos blocos informativos das 13h00 e das 20h00, em claro incumprimento dos compromissos assumidos em 1999;
  • Eliminação do flash informativo diário contemplado no projecto de 1999.

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O PÚBLICO noticia hoje que «o ministro da Presidência do Conselho de Ministros (PCM), Pedro Silva Pereira, tem a trabalhar no seu gabinete desde Abril deste ano a filha do antigo Presidente da República, Jorge Sampaio.» Estranho? Acho que não. Absolutamente normal! Novo? Não, desde Abril. Irregular? Também me pareceu que não! O jornal até explica que «Vera Sampaio, licenciada em Direito, foi nomeada "para exercer as funções de adjunta", a 20 de Abril, por despacho de Pedro Silva Pereira, que foi publicado ontem em Diário da República. A lei dá ao governante o direito de nomear e exonerar "livremente" os membros do seu gabinete.» Então? Não consigo perceber o que há de notícia neste texto que tem por título «Ministro da Presidência nomeia como adjunta filha de ex-Presidente Jorge Sampaio». O texto até é interessante, porque ficamos a saber quanto ganha, por lei, um adjunto de um ministro, mas e quê? É isso que define notícia? Ou por se ser filha de um ex-Presidente da República não se pode trabalhar para o Governo? É que não há mais nada a apontar, pelo menos a crer no texto da notícia, a Vera Sampaio, que foi nomeada como qualquer outro adjunto do Governo...

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Dois casos de natureza muito distinta, mas que são sinais dos tempos que vivemos:

  • Vida ou morte do Libé decidida em Setembro: "O accionista maioritário do diário francês Libération, Edouard de Rothschild, dá até Setembro para que estejam reunidas todas as condições para que o jornal sobreviva. A decisão acontece 14 dias depois do afastamento de Serge July, há 33 anos na direcção do Libération" (Diário de Notícias).
  • Novo jornal de economia OJE ultrapassa as 10 mil assinaturas: O novo diário de economia e negócios OJE, desenvolvido pela sociedade editorial Megafin, anunciou ontem já ter ultrapassado o número de dez mil assinantes, atingindo assim o objectivo mínimo de circulação definido pelos responsáveis da editora para o lançamento do projecto. Está, assim, iminente a saída do primeiro número deste jornal" (Meios e Publicidade, acesso sujeito a registo).

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"A chegada do Campeonato Mundial de Futebol trouxe com ela grandes mudanças nas grelhas televisivas. Programas de grande informação saíram dos ecrãs, dando lugar a longos debates diários sobre a selecção nacional e respectivos protagonistas". Assim apresenta o Clube de Jornalistas o tema e razão de ser do programa de amanhã na Dois. Os convidados são Luís Marinho, director de informação da RTP; Rui Santos, comentador desportivo, e Miguel Gaspar, crítico de televisão e chefe de redacção do "Diário de Notícias". O debate será moderado por Fernando Esteves

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A Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica apresenta hoje, em Lisboa, o primeiro número da revista "Comunicação & Cultura", dedicado ao tema "A cor dos media". Com a chancela da editora Quimera, esta nova revista científica tem periodicidade semestral e é dirigida por Isabel Gil, directora da Faculdade. A nova publicação "pretende dar visibilidade a uma articulação de saberes nas áreas das ciências da comunicação e dos estudos culturais, com o objectivo de explorar perspectivas inovadoras e repensar o campo de estudos de forma interdisciplinar". Está já aberto um "call for papers" para o terceiro número,dedicado ao tema "Comunidade e Mobilidade" (engloba dimensões como Comunidades e media; Criação e desenvolvimento de comunidades; Comunidades de aprendizagem;Comunidades virtuais, etc). O 2º número que sairá ainda este ano versa sobre "Lobbying e marketing político".

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A analogia entre o futebol e a guerra é antiga e ter-se-á sobreposto àqueloutra que pareceria ser a mais natural: a do futebol como jogo desportivo. Claro que gostei que Portugal ganhasse e vibrei com o bonito golo de Maniche. Mas é preciso dizer que, salvo alguns momentos interessantes, não foi pela prática do futebol que as duas equipas (e o árbitro) se notabilizaram, nos quase cem minutos que durou a competição. E isto por uma razão muito simples: instalou-se a regra - agora já claramente assumida -de que aquilo que interessa é ganhar, nem que seja à sarrafada. Já poucos falam no jogo: o que verdadeiramente importa é a capacidade de resistir e de atacar, o "heroísmo" (termo hoje utilizado pelo DN) no campo de combate, a arte de evitar mortos e feridos (vermelhos e amarelos). Resultado: "Portugal ganhou a guerra", escreve, com lógica, o diário El Mundo. (Foto: bola de futebol utilizada no final do séc. XIX; crédito para o site brasileito Campeões de Futebol)

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A sentença judicial relativa a uma queixa do diário El Mundo contra o jornal online Periodico Digital (PD) acaba de ter um desfecho desfavorável ao queixoso. Segundo a sentença, transcrita no PD, o juiz entendeu que, ao contrário do que pretendia Pedro J. Ramírez, director de El Mundo, não houve prática de concorrência desleal nem violação de direitos de propriedade intelectual por parte do jornal digital. El Mundo já anunciou a intenção de recorrer da sentença.

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A França terá querido criar uma alternativa (interna) ao Google Earth, com o seu Geoportail acabado de lançar. O arranque foi, a um tempo, promissor (pelo número de utilizadores que o procuraram experimentar) e decepcionante (porque um tão grande número deixou o sítio paralisado). Este site "interministerial inovador" assume-se como "portal dos territórios e dos cidadãos". Complemento: The Independent: 10m users crash Gallic answer to Google Nouvel Observateur: Geoportail.fr victimede son succès Le Monde: Géoportail.fr : la France vue d'en haut sur la Toile Site do Eliseu: Présentation du site geoportail.fr au Président de la République.

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José Tengarrinha é hoje entrevistado por António Melo, no Público (acesso limitado a assinantes), a propósito do seu recente livro "Imprensa e Opinião Pública em Portugal" (Ed. Minerva). Dois sublinhados: Sobre o jornalismo que hoje se pratica entre nós: "Penso que o jornalismo tenha perdido qualidade, penso até que a qualidade geral do jornalismo que hoje se pratica é superior àquele em que eu vivi. Há outros meios, outra especialização. A especialização nas redacções era uma coisa rudimentar. A partir da altura em que o jornalista tem uma formação académica, a partir da altura em que há uma especialização crescente, naturalmente que o jornalismo sobe de qualidade". Sobre a paisagem mediática portuguesa: "É fácil fazer uma observação sobre as limitações que a nossa sociedade democrática sofre devido às limitações que os media têm. A crítica é fácil. Pode até pôr-se em causa a existência de uma opinião pública verdadeira, na medida em que esta exige uma opinião pública crítica, livre num espaço amplo de debate de ideias. Parece-me óbvio haver condicionamentos a que os media estão sujeitos, por via dos vários poderes da sociedade - dos económicos, mas sobretudo dos políticos. A questão é até onde poderá ir a corrosão sem afectar profundamente a estabilidade do regime democrático, mas a resposta é política. Uma via de solução passa pela intervenção dos cidadãos. A cidadania tem aqui um papel fundamental. A organização e consciência dos cidadãos do perigo real que isto tem para a democracia está a ser assumida."

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Quarenta por cento dos noticiários televisivos dedicados ao mundial de futebol é razoável? E que quererá dizer razoável no meio da irrazoabilidade generalizada? Ocorrem estas perguntas a propósito de dados recentes da Marktest relativos à semana passada. Entre 12 e 18 de Junho, foram emitidas 425 notícias sobre o mundial de futebol, o que corresponde a 28,7 por cento do total. Vistas pelo lado da duração, equivalem a 39,7 por cento do tempo total dedicado aos servios noticiosos, nas televisões de sinal aberto. A SIC foi, como seria de esperar, o canal que mais notícias deu e que mais tempo ocupou. A audiência das peças futebolísticas, por sua vez, parece ter ido para a RTP1, ainda que, em geral, os índices dessas audiências não sejam nada de especial em qualquer dos canais. Já não nos bastava, segundo um estudo referenciado por Luís Santos ("Nós e a bola"), sermos, entre os inquiridos de sete nacionalidades, aqueles que dizem mais acreditar na vitória da sua selecção. Seremos também aqueles que mais bombardeados são com uma miscelânea de coisas importantes e irrelevantes que, em última análise, deixam o jornalismo pelas ruas da amargura.

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José Pacheco Pereira continua a sua análise da natureza dos blogues. Depois de ter mostrado, uma semana atrás, como a tecnologia que lhes está subjacente tende a valorizar a categoria temporal do presente, realça, na coluna de hoje, no Público, como a mesma tecnologia "favorece o texto contido, aquilo que na linguagem da blogosfera se chama o 'post curto'". De resto, com grandes tradições literárias e filosóficas. Partindo de experiências já realizadas (como a que foi feita com Samuel Pepys, deixa a ideia de pegar nos cadernos de notas de Nietzsche, Valery, Camus ou Cioran e fazer destes autores "autores de blogues".

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O Atrium está mais bonito. Numa versão muito à moda de "edição férias de Verão", o novo layout tem a vantagem de ser fresco e muito agradável para a leitura.

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  • "How do you define ethics in sports journalism?
  • Is there a way to write passionately about the games without showing bias?
  • How well are journalists reporting on the World Cup in your country?
  • If reporters have an alliance to their nation?s team, should it be present in their coverage
  • How opinionated are sports journalists allowed to be, if at all?
  • If you are not a sports journalist, do you feel like your stories are left behind?
  • Do you think World Cup coverage should hold the same weight as hard news coverage? "

Via: International Journalist's Network (que, além de abrir um fórum de discussão sobre estas questões, anuncia a inciativa do Institute for the Advancement of Journalism, da África do Sul, de organizar, na próxima semana, um seminário de três dias para preparar jornalistas para a cobertura do Mundial de ... 2010, que terá lugar precisamente na Áfricado Sul).

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Apesar de esta campanha ter sido lançada a 24 de Abril, o assunto está longe de estar resolvido. O futuro da Internet, tal como a conhecemos, pode estar em perigo. Em causa está o princípio da "Net Neutrality", que possibilita que qualquer pessoa aceda, em igualdade de circunstâncias, a qualquer site, pertença ele a uma poderosa multinacional, a uma associação sem fins lucrativos, ou a um blogger anónimo. O fim desta "neutralidade" no acesso, se for concretizado, vai trazer sérias consequências para o acesso à informação, para a liberdade de expressão e para a própria democracia. Este vídeo (elaborado por Steve Anderson, da COANews.org) explica sumariamente a situação, mas no site da organização Save The Internet é possível encontrar informações mais detalhadas. Save the Internet: Click here

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Luís Carmelo, do Miniscente, anuncia aquilo que, de algum modo, se adivinhava já: a série "O 'tom' dos blogues", que vai no número 36, será publicada em livro.

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Cinco podcasts produzidos na disciplina de "Produção de rádio e áudio 2" do curso de Comunicação Social da FASSESC deFlorianópolis, (Santa Catarina, Brasil). Discutem temas como PodCast, comunicação na Internet, tecnologia, jornalismo cidadão e cibercultura. Apresentado por Carlos Castilho e Daniel Boppré Felippe.

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«Nos blogues há uma apoteose do presente, uma menorização do passado e uma inexistência do futuro que condicionam o tipo de escrita e o seu sucesso comunicacional. Este desequilíbrio dos tempos é coerente com alguns dos efeitos da passagem do mundo comunicacional tradicional, da leitura, do silêncio, da lentidão, da memória, para a velocidade do que é "moderno", para um mundo constituído por imagens rápidas, prazer instantâneo e ilusão de simultaneidade. É o mundo dos directos televisivos, do em linha permanente, do mundo que testemunha tudo em tempo real, da aldeia na "aldeia global", da superfície, da pele das coisas do marketing e da publicidade. Os blogues trazem para a "fala" essa mesma velocidade e ilusão de instantaneidade de um mundo sem "edição", ou seja, sem mediação.»

José Pacheco Pereira, in Público ["Blogues: a apoteose do presente"]

ACT.: No texto de J. Pacheco Pereira, há um número que é certamente um lapso: refere ele que o Technorati rastreia actualmente "cerca de 35 milhões" de blogues. Como se pode ver no respectivo site, esse número está praticamente nos 45 milhões.

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Ontem, ao contrário do que esperaríamos, no programa "Clube de Jornalistas" da Dois não estava nenhum dos convidados previstos, nem tão-pouco o moderador João Paulo Meneses. Não sei se explicaram a troca no início do programa (porque perdi alguns minutos!), mas o Clube explica-se hoje no site assim:

«Por motivos imprevistos, o programa Clube de Jornalistas sobre o Estatuto do Jornalista, que deveria ter sido transmitido ontem na RTP2, foi substituído por um debate sobre a Imprensa Cor-de-Rosa. O debate sobre o Estatuto será emitido na próxima semana.»

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Numa nota aqui publicada no passado sábado (cf. Portugal: diários gratuitos são já 33% do mercado), registei estranheza pelo facto de não ter havido entre nós grande destaque para os dados constantes do estudo sobre as tendências da imprensa, apesar de, no congresso de Moscovo da Associação Mundial de Jornais se encontrarem diversos directores e administradores de diários portugueses. Um dos participantes, o director do Público, enviou uma mensagem em que esclarece o que aqui escrevi. Aqui fica o esclarecimento de José Manuel Fernandes: "O PÚBLICO tratou com bastante detalhe o Congresso, com textos meus enviados de lá e outros feitos em Lisboa. Contudo sucede que as cópias do documento que citas ficaram retidas na alfândega russa, não foram distribuídas, e só ontem (feriado em Lisboa) recebi, por mail, uma versão PDF. O que havia era apenas um press-release geral, com embargo e incompleto, com base no qual se fez uma notícia em Lisboa, publicada na edição de terça-feira, dia 6. Eu ouvi a intervenção com os números, mas foi feita a correr (a sessão da manhã, com o Putin, atrasara uma hora) que era impossível tomar notas dos quadros que se sucediam a uma velocidade estonteante. Esperei pelo documento que não chegou. Mas para além dos números, julgo que vale a pena ler o resto que o PÚBLICO editou, designadamente no dia 8".

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Aí está o livro que Jay Rosen tinha anunciado, no final de 2004: By the People: A Blogger's Vision for Restoring Trust in the News and Reviving a Truly Free Press . Rosen, autor do blogue PressThink, publicou, em 2001, What are journalists for?, sendo igualmente autor de várias obras relacionadas com o "jornalismo cívico". O novo livro, de 288 páginas, será editado pela Times Books, estando a saída prevista para 11 de Julho próximo.

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A proposta de lei do novo Estatuto do Jornalista vai estar em debate amanhã, na Dois, no programa Clube de Jornalistas. São convidados desta edição Augusto Santos Silva, o ministro que tutela a comunicação social, Alfredo Maia, presidente do Sindicato dos Jornalistas, e Eduardo Dâmaso, jornalista, director-adjunto do "Diário de Notícias". A moderação é de João Paulo Meneses. [Dois, 14 de Junho, 23h30] Proposta de Lei 76/X, pode ler-se aqui.

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O Canal Plus realizou em Abril passado uma reportagem intitulada"Todos são repórteres: será o fim dos jornalistas?", sobre o "jornalismo dos cidadãos", tema recorrente dos dias que passam. Ariel Wizman e Laurent recolheram depoimentos em França, Itália, Inglaterra e Estados Unidos da América. Há ainda depoimentos de nomes como Loic Le Meur, Dan Gilmor ou Joël de Rosnay. O que se vê são alguns extractos do programa.
Tous reporters: la fin des journalistes?

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Os diários gratuitos representam, em Portugal, 33% do mercado de jornais diários, de acordo com dados divulgados esta semana no congresso da Associação Mundial de Jornais, realizada em Moscovo. Em Espanha os gratuitos representam já a fatia maioritária, com 51%, mas o peso desse subsector é igualmente significativo em países como a Dinamarca (32 %) e a Itália (29 %). A AMJ contabiliza actualmente em todo o mundo 169 diários gratuitos os quais alcançaram uma difusão total de 27,9 milhões de exemplares diarios, dos quais 18,6 milhões se distribuem na Europa. Em contrapartida, na União Europeia, os diários pagos registaram em 2005 uma leve baixa (0,61 %). Se tomarmos como referência os últimos cinco anos, a baixa eleva-se a 5,26 %. Se entrarmos em linha de conta com os gratuitos, os dados globais na União Europeia tornam-se positivos: 1,34 % en 2005 e 0,05 % nos últimos cinco anos. Os diários registaram perdas de difusão em 2005 nos seguintes países: Alemanha -2,5, Bélgica -1,35, Eslováquia - 4,17, Espanha - 0,94, Estónia -0,39, Dinamarca -2,64, Finlândia -0,67, França - 1,6, Grécia -4,05, Hungria -0,68, Letónia -2,25, Países Baixos - 3,67, Portugal -3,88, e Suécia -1,34. Pergunta: No congresso de Moscovo esteve mais de uma dúzia de directores e administradores dos principais diários portugueses. A todos foi distribuído o livro com as tendências da Imprensa no Mundo, em 2005. Alguém viu estes dados serem tratados nos media nacionais? E, no entanto, mesmo para o jornalismo sentado, havia - e há - uns resumos em várias línguas (como este: Tendencias en la prensa mundial: aumentan las ventas y la publicidad en los periódicos).

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Ontem repudiávamos neste blogue o facto de o Diário de Notícias e a TSF (mais tarde também a RTP) se terem referido ao caso de maus tratos infantis de Viseu identificando pelo nome a criança vitimada. Hoje é a vez de o Público fazer o mesmo. Será que nem a olharem uns para os outros os jornalistas aprendem? Errar é mau, mas repetir o erro do dia anterior é ainda pior! Quando Marisa Miranda, a jornalista que assina hoje a peça do Público, escreveu o texto ontem, não teria lido os outros jornais? Não se interrogou, quando viu o nome da criança no Diário de Notícias ou não achou grave?

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"Notas soltas" é o nome do recém-criado blogue de Manuel Maria Carrilho, ao qual se pode aceder também através do site do deputado (obrigado ao PedroF pela dica). O primeiro post consiste nas notas da intervenção que Carrilho fez há dias na Escola Superior de Tecnologia de Tomar, durante a qual apresentou "quatro propostas e um voto" "conta a opacidade e a impunidade mediáticas". A propósito, foi distracção minha ou os ecos mediáticos desta intervenção foram diminutos? Eppur... As tais "propostas" ficam aqui registadas com as palavras do seu autor:

  1. Que os jornalistas , para lá das incompatibilidades já estabelecidas na lei, passem a ser sujeitos a um registo público de interesses.(Este passo é, no actual contexto, absolutamente necessário. E é preciso colocar já no horizonte um outro, caso a auto-regulação deontológica se continue a deteriorar e a mercenarização se continue a agravar -: o da sua declaração de património e de rendimentos.)
  2. Que esta obrigatoriedade se alargue também aos comentadores regulares e remunerados da comunicação social, na imprensa, na rádio e na televisão.
  3. Que se criem mecanismos sancionatórios efectivos das más práticas do jornalismo, que punam, com eficácia, as violações do seu Código Deontológico.
  4. Quanto às "agências de comunicação", devem regulamentar-se as suas actividades, em particular na sua vertente informativa, com o estabelecimento de um "código de conduta" muito claro, bem como das sanções da sua transgressão.

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Os jornalistas do Jornal de Notícias cumprem hoje uma greve de 24 horas motivada, segundo o Sindicato do sector, pela "absoluta intransigência da administração da Global Notícias" relativamente ao valor do aumento salarial e à política de prémios. Encontra-se igualmente prevista para amanhã uma greve ao trabalho suplementar. O site do JN é omisso quanto a este acontecimento.

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Procurando controlar a revolta que é inevitável sentir-se num caso destes, eu limitava-me a sugerir ao Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas que enviasse, por carta registada, à jornalista do Diário de Notícias Maria José Margarido, uma cópia do Código Deontológico, para ela perceber o que lá diz no ponto 7: "O jornalista não deve identificar, directa ou indirectamente, as vítimas de crimes sexuais e os delinquentes menores de idade, assim como deve proibir-se de humilhar as pessoas ou perturbar a sua dor". Mas, sobretudo, essa carta registada deveria ser enviada à Direcção do DN, que volta a pespegar hoje, na primeira página, com o nome da bebé de Viseu vítima de maus tratos sexuais. É suposto ser também para isto que existe a Entidade Reguladora da Comunicação Social. Sobretudo para isto, porque, depois de tanta violação dos direitos mais elementares de uma pessoa que não fala (que não se pode defender), não é nem moral nem legalmente aceitável este alheamento e esta contumácia (aqui, aqui e aqui). E como se isto não bastasse, as rádios e TV que têm o hábito de seguir acriticamente as pisadas dos jornais, amplificam - e tornam-se, portanto, corresponsáveis - (d)os erros dos outros. Foi o caso, pelo menos, da jornalista da TSF que apresentou as notícias às 7 horas. Actualização: Judite de Sousa e a RTP1 vieram, no Telejornal de hoje, prestar mais esse serviço público de lembrar a todos os portugueses eventualmente esquecidos o nome da menina de Viseu. À atenção de J. M. Paquete de Oliveira.

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Cerca de 31 por cento dos maiores de 15 anos do Continente - corresppondendo a 2,6 milhões de portugueses - lêem livros, segundo dados divulgados pela Marktest relativos a 2005. A tendência global, nos últimos anos, é de ligeiro crescimento - a mesma percentagem situava-se nos 27 por cento há seis anos. O sexo, a idade e o nível sócio-económico mostram-se variáveis significativas, na análise da segmentação das práticas de leitura. As mulheres (35,3 por cento), os jovens (53,8) e as classes media-alta e alta (59,4) encontram-se acima da média geral.

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"[F]oi preciso ler a entrevista da ministra [da Educação] no Público para perceber que, uma vez mais (e presumo que sem recurso a empresas de comunicação...), o peso corporativo dos professores caiu ao colo de muitos jornalistas e o que saiu nos jornais foi apenas a cortina de fumo para pôr o País aos gritos". Pedro Rolo Duarte, in Diário de Notícias, 7.6.2006

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Convidei o jornalista e fotógrafo Luiz Carvalho, do semanário português Expresso (e do Expresso Online), para falar um pouco sobre a sua experiência com o jornalismo digital aos alunos do quarto ano da licenciatura de jornalismo da Universidade do Minho. O encontro realizou-se neste último dia 29 de Maio, no campus de Gualtar da UMinho, em Braga. Luiz ocupou o cargo de Editor Multimedia do Expresso Online por 9 meses, entre Setembro do ano passado e Maio deste ano. Foi o responsável por inaugurar a secção de podcasts do jornal e pela criação de algumas reportagens multimedia online. Uma das partes mais interessantes da conversa que tivemos com ele neste dia foi precisamente sobre as habilidades e competências colectivas que deveriam ser acrescidas ao perfil profissional do jornalista que pretende trabalhar em meios digitais. Levantamos a questão: o que vale mais: a capacitação tecnológica dos jornalistas (capacidade de lidar com softwares de edição e publicação de textos, imagens e sons digitais) ou o desenvolvimento de habilidades conceptuais e teóricas (e inclusive de reflexões sobre a ética e a deontologia jornalísticas)? A resposta foi construída pelo convidado e demais presentes ao longo do debate: é preciso um equilíbrio entre os dois pratos da balança. Empobrecedor para nós seria ter que preterir um dos dois aspectos, mesmo porque não são opostos. Também destacaria uma outra polémica suscitada durante a bate-papo: a de que o ciberjornalismo leva-nos naturalmente à produção de textos (e conteúdos, de um modo geral) mais curtos, concisos, claros e objectivos. O debate se formou porque parte da platéia concordou que, na verdade, esta é uma demanda do jornalismo de um modo geral, e não especificamente do ciberjornalismo. Sobre este segundo tópico (o estilo e a retórica ciberjornalística), podemos assistir, aqui mesmo no blog, o que Luiz Carvalho disse a respeito. O vídeo começa com uma pergunta que fiz ao convidado: "A capacidade do jornalista de `bem comunicar´ não permanece igual também para o campo do ciberjornalismo?" Vejamos o que o jornalista comentou (vídeo de 1´21 min., 3,08 MB): Em tempo: a conversa toda foi registrada em vídeo por alunos do curso de Audiovisual da UMinho sob a coordenação do professor Ângelo Peres. Agradeço imenso aos alunos e ao professor pelo trabalho de produção e edição deste vídeo. Um "muito obrigada" também ao Luiz Carvalho por ter se disponibilizado a sair de Lisboa para vir ter conosco, ainda mais num dia de calor tão escaldante. (A conversa a respeito deste encontro permanece aberta neste blog e também no Intermezzo, Aula de Jornalismo e Instante Fatal).

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O Urbi@Orbi - jornal on-line da Universidade da Beira Interior torna-se, a partir de hoje, numa publicação multimédia que integra hipertexto, imagens, vídeo e som no corpo da notícia. Abriu igualmente uma zona de comentários e uma zona para qualquer pessoa colocar notícias ("Jornal do Cidadão"). Mas o melhor mesmo é consultar o Urbi@Orbi e ouvir o director-adjunto do jornal João Canavilhas explicar as mudanças.

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A Feira do Livro, em Lisboa, é palco hoje, pelas 18.30, do lançamento do livro coordenado por José Carlos Abrantes "Ecrãs em Mudança", editado pela Livros Horizonte e pelo Centro de Investigação Media e Jornalismo (CIMJ). O livro será apresentado por José Manuel Paquete de Oliveira, provedor do telespectador da RTP, Tânia Morais Soares, investigadora do ISCTE e do Centro de Investigação Media e Democracia (CIMED), e por Maria Emília Brederode Santos, directora da revista Noesis. O livro "Ecrãs em mudança" reúne contribuições sobre as relações da televisão e da internet com os seus públicos, sobretudo os jovens. Dá também relevo ao provedor de televisão recentemente instituído pela na RTP. Refere a apresentação: "A interacção entre os públicos e tais tecnologias faz-se, sobretudo, a partir dos ecrãs, face aos quais nos entregamos, quotidianamente, mais ou menos tempo, na nossa actividade profissional e de lazer. Tais ecrãs estão em mudança pois, quer uns quer outros, sofrem transformações constantes nos conteúdos, nos dispositivos, nos públicos, nas tecnologias que os fazem estar presentes nas sociedades modernas". Os textos publicados na obra têm como autores Jacques Piette, da Universidade de Sherbrooke (Canadá), Dominique Pasquier, da École des Hautes Études en Sciences Sociales, Jacques Gonnet, da Université de Paris III, Eduardo Marçal Grilo, da Fundação Calouste Gulbenkian, Serge Tisseron, da Université de Paris VII, e de Geneviève Guicheney, da France Télévisions.

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Felisbela Lopes e Sara Pereira, duas investigadoras do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho, são as coordenadoras do livro "A TV do Futebol", que a Campo das Letras acaba de lançar no mercado. Este trabalho tem dois aspectos que o singularizam: junta um vasto conjunto de académicos e profissionais (entre estes últimos estão os editores de desporto dos três canais televisivos generalistas e o daquele que tem o exclusivo das transmissões) e, por outro lado, procura interrogar-se sobre o modo como, a partir do fenómeno do futebol, se pode desenvolver a educação para os media. Fica aqui o Índice do livro: Introdução Quando a bola pára e pensa o futebol (Felisbela Lopes e Sara Pereira) B.I. Mundial (Rui Cerqueira) I Parte: O planeamento da cobertura do Mundial 2006 nos canais de TV

  • Sport TV: O canal com a exclusividade das transmissões televisivas em Portugal (Miguel Prates)
  • SIC: O espectáculo global do futebol (António Cancela)
  • RTP: "A cobertura do Mundial não é apenas uma sucessão de transmissões de jogos" (João Pedro Mendonça)
  • TVI: Um jogo desequilibrado à partida (Luís Sobral)

II Parte - Olhares dos jornalistas sobre o futebol e o jornalismo desportivo

  • Entre a paixão e o rigor (Carlos Daniel)
  • Futebol: a emoção, a razão e a especialização ( David Borges)
  • O espectáculo desportivo em televisão: "treinar" as emoções no "jogo" da informação (Manuel Fernandes Silva)
  • O canto solitário de um relato de futebol (Paulo Garcia)
  • O futebol da televisão: um produto ao serviço das audiências e da publicidade? (Luís Sobral)
  • O futebol não transforma um canal em líder de audiência (Miguel Prates)

III Parte: Perspectivas académicas sobre o futebol na TV

  • A informação desportiva emitida na TV dirige-se aos sentidos ou ao pensamento? (Felisbela Lopes)
  • O desporto da TV ou a TV do Desporto? (José Viseu)
  • Uma Economia do Olhar: notas para uma história do futebol na era da TV (José Neves)
  • O telepatriotismo durante o Euro 2004 ( Eduardo Cintra Torres)

IV Parte: O futebol e a educação para os media

  • Educar para os media a pretexto do Mundial de Futebol (Sara Pereira)
  • Aproveitar o Mundial para conhecer os\nmedia (Eduardo Jorge Madureira).

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Os provedores do telespectador e do radiouvinte, que entraram recentemente em funções na RTP e RDP, organizam amanhã uma reunião para a qual convidaram todos os actuais e antigos provedores do leitor do Diário de Notícias, Público, Jornal de Notícias e Record. A reunião, que decorre nas instalações da RTP, destina-se a fazer um balanço da experiência adquirida até ao presente e a reflectir sobre o papel dos provedores nos meios radiofónico e televisivo. Foram convidados a participar Mário Mesquita, Diogo Pires Aurélio, Estrela Serrano (anteriores Provedores no Diário de Notícias), Joaquim Fidalgo, Joaquim Furtado e Jorge Wemans(anteriores Provedores no Público), Fernando Martins e Manuel Pinto (anteriores Provedores no Jornal de Notícias), David Borges (anterior Provedor no Record), bem como José Carlos Abrantes, Rui Araújo e Rui Cartaxana (actuais Provedores do Diário de Notícias, Público e Record). Paquete de Oliveira e José Nuno Marins são os provedores anfitriões.

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"Ao contrário da maioria das opiniões, não penso que os actuais males de que padece a nossa informação tenham que ver com maus jornalistas. Essa parece-me uma acusação demasiado fácil para ser deixada no ar, sem sequer se tentar perceber as razões que impedem o bom jornalismo. E estas, a meu ver, são essencialmente, duas: as dificuldades crescentes no acesso à informação e a debilidade económica das redacções para fazerem, já não digo um jornalismo de investigação, mas ao menos um jornalismo de rigor. Estamos cada vez mais reduzidos a um 'jornalismo sentado', à espera do toque do telefone ou da denúncia de fontes não identificáveis". Miguel Sousa Tavares, Expresso, 3.6.2006

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"Toda a gente que trabalha em jornais já percebeu que a imprensa atravessa uma das suas crises mais graves, não uma crise de crescimento mas uma crise de direcção e planeamento e de adaptação tecnológica e estratégica. A emergência de um público consumidor feminino e leitor de jornais não profissionais ou económicos, deveria ter alertado os editores e proprietários para este darwinismo, sinal do que está para vir." Clara Ferreira Alves, Expresso-Única, 3.6.2006

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Dezasseis grandes e conhecidos repórteres da Imprensa, Rádio e Televisão (o ciberjornalismo, apesar dos seus dez anos, ainda não produziu grande reportagem?) juntaram os seus trabalhos e a Oficina do Livro editou o volume, acabado de sair. São mais de 300 páginas de trabalhos jornalísticos de fôlego que, pela sua qualidade intrínseca, se libertaram das amarras do tempo e se afirmam como testemunho num momento em que o lado negro do jornalismo tem sido por demais sublinhado. Eis os autores que José Manuel Barata-Feyo coordenou:

  • Rui Araújo (O silêncio do mar);
  • José Manuel Barata-Feyo (A caminho dos trinta...);
  • José Carlos Barreto (Nós por cá todos bem);
  • José Pedro Castanheira (O repórter na maratona);
  • Alexandra Lucas Coelho (Rússia a pique);
  • Teresa Conceição (O pequeno Kim);
  • Ferreira Fernandes (Algures entre a Jamba e Luanda);
  • Carlos Fino (O fogo e o gelo);
  • Joaquim Furtado (Pó e Ambó);
  • Jacinto Godinho (Vidas por terra);
  • Adelino Gomes (Muito para além da Trapobana);
  • Pedro Rosa Mendes (No pais das mãos cortadas);
  • Paulo Moura (As lágrimas da liberdade);
  • Cândida Pinto (Snu, o amor de Sá Carneiro);
  • Judite de Sousa (A fronteira da morte);
  • Miguel Sousa Tavares (A Índia dos mil e um rostos).
O J&C soube que está a ser preparado um acto público de apresentação, a ter lugar em Lisboa, em meados de Julho.

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