Weblogue colectivo do projecto Mediascópio - CECS / Universidade do Minho | RSS: ATOM 0.3 |



Balanço Semestral Na primeira metade de 2005, já morreram, de acordo com o barómetro dos Repórteres Sem Fronteiras, 34 jornalistas durante o exercício da profissão. O país mais perigoso foi, sem dúvida, o Iraque, onde perderam a vida 13 jornalistas, neste semestre. Para além disso, China, Eriteia e Cuba são os países onde mais jornalistas foram presos durante os primeiros seis meses do ano. No topo da tabela, a China tem 32 profissionais reclusos; 21 estão presos em Cuba e 13 na Eriteia.

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Notícias das Finanças na primeira página PÚBLICO: O ministro das Finanças reconheceu hoje a existência de ?deficiências? num quadro do relatório que acompanhou a proposta de Orçamento rectificativo entregue à Assembleia da República, mas garantiu que as incorrecções não impedem a discussão ou aprovação do diploma. DIÁRIO DE NOTÍCIAS: O ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha, negou "erros" no Orçamento Rectificativo entregue(...). JORNAL DE NOTÍCIAS: Finanças desvalorizam erros no Rectificativo - O ministro das Finanças admitiu ontem ter havido incorrecções na compilação dos dados que integram um dos quadros do Orçamento Rectificativo, mas desvalorizou-as e garantiu que a despesa do Estado ficará ligeiramente abaixo dos 50% do Produto Interno Bruto(...)

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Jornalismo nos EUA: confiança decresce e recurso ao online cresce "Public More Critical of Press, But Goodwill Persists" - é o título e o tom do mais recente estudo do The Pew Resarch Center for the People and the Press, acabado de divulgar nos EUA. No essencial, em em traços rápidos, reforça a ideia de que decresce a confiança no jornalismo que se pratica, embora continue elevada a atitude favorável face ao papel dos media na sociedade. Ao mesmo tempo, torn-ase claro que o futuro do jornalismo passa cada vez mais pelo digital. Estas tendências não podem, contudo, ser analisadas de forma simplista, como saleinatm e mostram, em comentário inserido no final do texto (pp. 13-16) Tom Rosenstiel e Bill Kovach. Um sumário do relatório pode ser lido aqui).

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"O futuro do jornal" A experiência do The Lawrence Journal-World reportada em The Newspaper of the Future, no New York Times. Sobre este caso e este texto, Juan Varela, de Periodistas 21, resume o segredo do sucesso deste grupo:. - " creer en la calidad; - apostar por los profesionales; - y por la innovación; - reinventar constantemente la relación con los lectores y anunciantes; - y no perder de vista ni traicionar sus obligaciones con los ciudadanos".

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Imagem, conhecimento e reconhecimento Marc Augé, etnólogo das sociedades contemporâneas, deu há dias uma entrevista ao diário argentino La Nación, cuja leitura se recomenda. Tem por título "Hay que amar la tecnología y saber controlarla". Deixo este extracto: "Estamos en una sociedad de consumo, que define nuevos modos de individualidad. Se asocia menos a la idea del capitalismo la del individuo emprendedor, a pesar de que esta imagen existe aún. En el nivel de las grandes masas, portarse bien es consumir mucho. El índice de consumo es el índice de salud de un país. El consumo se dirige a individuos tipo, que son la imagen de los consumidores. Tenemos interlocutores ficticios en la televisión, pero que cumplen un papel importante para el consumidor. Hay gente que no soportaría vivir sin tener su cita diaria con el noticiero o con el reportaje del sábado. Esta relación estructura el tiempo. (...) -Pasamos gran parte de nuestro tiempo reconociendo a gente que no conocemos. Es una experiencia sin precedente, inédita. Cuál es el carácter de la relación que hoy podemos tener con estas imágenes, que no son puras invenciones? A diario veo por la televisión a Chirac, Bush o Putin. Cuál es la naturaleza de esta relación? Es, a la vez, familiar e ilusoria. El hecho de que este mundo de imagen ocupe una importante parte de mi tiempo hace que me plantee un verdadero interrogante".

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Conceito de actualidade O jornal PÚBLICO noticia hoje, na secção de Media, a perspectiva de criação de um jornal gratuito para o mercado alemão. Apesar de o texto não ter indicações temporais, tudo faria crer, inclusive o facto de se tratar de uma notícia de agência (AFP), que se trataria de uma informação absolutamente actual. No entanto, já no dia 21 nos referíamos aqui a esta informação. A própria fonte (nossa, do Público e da AFP) divulgou a notícia há quase 10 dias (edição da "Der Spiegel" de 18 de Junho). Será que isto acontece outras vezes e as notícias afinal são mais velhas do que aparentemente suspeitaríamos?

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Clube de Jornalistas debate imprensa gratuita A próxima edição do Clube de Jornalistas, que será emitida amanhã, pelas 23h30 na Dois, tem como tema de debate o fenómeno da imprensa gratuita, que existe em Portugal desde 1996. Participam nesta edição, moderada por Carla Martins, Nuno Henrique Luz, director do Metro Portugal, João Marcelino, director do Correio da Manhã, e o sociólogo José Luís Garcia.

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As "Editorial Guidelines" da BBC A BBC começou a distribuir ontem aos seus funcionários um livro com as novas linhas editoriais. O documento, disponível on-line, merece registo. Definindo regras para a cobertura de guerras, acontecimentos de terror e emergência, bem como regras sobre a privacidade, o crime e os comportamentos anti-sociais, as "Editorial Guidelines" defendem ainda o escrutínio público da estação (secção 17, sobre Accountability). Num comentário ao documento publicado pelo Diário de Notícias, Joaquim Vieira aplaude a iniciativa, mas teme que seja necessário o comprometimento de outras estações para que se venha a produzir mudança. É que «o abuso de directos tem dado lugar a todo o género de excessos, impossíveis de controlar apesar de por vezes caírem na alçada do código penal: difamação (em especial de políticos), julgamentos na praça pública (pondo em causa os tribunais), violência gratuita, obscenidades e eventualmente pornografia.»

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Mapas aéreos de cidades portuguesas no Google Uma ferramenta útil: o Google já lá tem, acessíveis, os mapas aéreos de algumas cidades portuguesas com zoom até à localização de ruas e edifícios e a possibilidade de viajar pelos arredores, por vezes até uma distância de mais de 15 km. É o caso de Lisboa, Porto, Braga, Aveiro e Setúbal. Outras cidades estão já na calha. Vejo no Escolar.net que o mesmo se passa já também com muitas cidades espanholas, entre as quais Madrid, Barcelona, Valência, Sevilha ou Bilbau. Para um FAQ sobre estes mapas e o seu uso, clicar aqui. Não esquecer que, além da ferramenta de navegação e de zoom, é possível movimentar a imagem arrastando o rato com o botão esquerdo carregado. Para perceber como esta novidade se inscreve numa estratégia global do Google (e regional relativamente à Europa) vale a pena ler esta notícia recente do jornal espanhol "Cinco Días", intitlada "Google Iberia refuerza sus efectivos comerciales en su empeño de ser más local".

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"Televisão e Cidadania" abre colecção na "Campo das Letras" Associar os cidadãos ao debate e à participação no serviço público de televisão, desde a sua definição política, às formas que o concretizam e à avaliação do serviço prestado constitui a ideia central da obra colectiva "Televisão e Cidadania", que a Campo das Letras acaba de colocar à venda (declaração de interesse: coordenei o trabalho e sou autor de dois dos textos nele publicados). Trata-se de um conjunto de estudos realizados no quadro do projecto de investigação Mediascópio, em que também participam Helena Sousa, Joaquim Fidalgo, Helena Gonçalves, Felisbela Lopes, Helena Pires e Luis António Santos e que teve por base o debate público desencadeado em Portugal em torno do serviço público de televisão, aquando da entrada do governo presidido por Durão Barroso, na Primavera de 2002. Em rigor esta é uma obra que teve já, em 2003, uma edição caseira e restrita. Inclui um capítulo novo relativamente à anterior e marca o arranque de uma nova colecção da Campo das Letras, intitulada Comunicação e Sociedade, resultante de uma colaboração entre esta casa editora e o Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho. Outras obras se encontram já na calha, com destaque para um livro do especialista holandês de análise do discurso Teun van Dijk. (Para consultar o índice: aqui; para ler o prefácio, da autoria de Moisés de Lemos Martins, director da nova colecção:aqui).

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Mutações no jornalismo Escrevendo a partir da realidade brasileira, um texto de Carlos Chaparro do site Comunique-se, datado de 20 de Maio, que não tinha lido, procura responder a uma questão pertinente também cá: "Que habilidades e atitudes as tendências do mercado profissional vão impor aos jornalistas, ou deles exigir, no futuro próximo". Eis as três ideias lançadas por este especialista luso-brasileiro: "Em primeiro lugar, parece-me evidente que dos jornalistas já se exige, e se exigirá cada vez mais, a capacidade de escrever e/ou falar para todas e por todas as mídias ? rádio, jornal, revista, TV, Internet etc.. E como, na minha avaliação, será necessário saber combinar formas de dizer e difundir, do jornalista se exigirá, além da competência de "saber dizer" e "saber o que dizer", a competência de "saber difundir o dizer", para que os públicos interessados sejam alcançados no tempo certo, pela mídia certa. (...) Dentro da mesma tendência, a da exigência de aptidões polivalentes para atender a expectativas diferenciadas de destinatários, outra vertente cresce, de forma vertiginosa, no mercado profissional dos jornalistas: o das publicações "feitas sob medida" para públicos específicos. São preponderantemente revistas, as já chamadas "revistas customizadas", expressão derivada do Inglês "custom publishing", ou "publicações feitas sob encomenda". Expostas de forma exuberante em bancas e livrarias, formam já um acervo impressionante de títulos e temas, vinculados a empresas, ongs, marcas e ramos de negócio. E porque faz parte da vertente a exigência crescente de bons textos, essas revistas já garantem remuneração regular a um número elevado de jornalistas que sabem escrever. (...) Finalmente, deixo, para a discussão, a idéia de que o jornalismo se tornará cada vez mais uma atividade liberal, prestadora de serviços, inserida na lógica da terceirização que caracteriza a tendência do próprio capitalismo. Basta olhar as configurações que as relações de trabalho vêm adquirindo no mercado profissional para entender que o já popular "PJ" (pessoa jurídica), que tanto assusta os Sindicatos de Jornalistas, fala por uma tendência também irreversível". O texto completo: aqui.

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Uma cloaca "Una televisión es un lugar como otro cualquiera. Cuando se acumula la basura, se amontonan los detritus, se descuida la higiene y se generan excrementos, se convierte en una cloaca. Entonces aprecen las ratas..." Javier Pérez de Albéniz, in El Mundo

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"Mediatitudes": o Estado e os media até 2015 O Comissariado Geral do Plano, organismo do Governo francês, divulgou hoje um estudo intitulado "Des Mediattitudes: Prospective sur la stratégie de l?Etat dans les mutations des médias", elaborado por uma equipa coordenada por Sylvie Benard e Bernard Benyamin. O relatório publicado, de 151 páginas, procura equacionar o papel do Estado relativamente aos media, até 2015. O risco da "banalização de conteúdos ressalta como linha de força da análise prospectiva. Para os autores, "convém aumentar o grau de concorrência, reforçar o serviço público e incitar à eficácia dos contrapoderes a fim de tornar possível uma cidadania plural". O exercício de prospectiva desemboca em dez "mediatitudes para uma acção do Estado e da sociedade que incite a qualidade e o pluralismo dos media", a saber:

  1. "Des contre-pouvoirs internes et externes aux médias facilités par l?État afin de promouvoir la diversité culturelle et le pluralisme éditorial.
  2. Des moyens de régulation adaptés aux différentes fonctions de régulation : politique du pluralisme, civile, économique et technique des médias afin d?éviter les confusions de logiques.
  3. Une poursuite de la modernisation des sources d?information tenant compte de l?évolution économique et technologique des médias.
  4. Une renforcement de la qualité de la formation des journalistes par un allongement de la scolarité, une formation continue renforcée, un travail collectif au sein des rédactions afin de s?aligner sur les standards éditoriaux des pays comparables.
  5. Des choix clairs de service public de l?audiovisuel
  6. Des moyens correspondant aux choix de service public de l?audiovisuel, avec notamment une augmentation adaptée de la redevance.
  7. Des exigences correspondant aux choix de service public de l?audiovisuel avec des objectifs précis, des évaluations régulières et des sanctions réelles.
  8. Des aides incitatives à la presse écrite sous condition de résultat avec suivi, évaluation et sortie progressive.
  9. Des incitations à la lecture de quotidiens, comme des « chèques presse » pour les jeunes.
  10. Une réorganisation de la distribution de la presse écrite".

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Jornadas "A Comunicação e o Poder Económico" As relações entre a comunicação, o jornalismo e o poder económico em Portugal e no mundo vão estar em debate de 4 a 9 de Julho, no âmbito dos XXII Cursos de Verão de Cascais, numa série de sessões coordenadas e introduzidas pelo Prof. Mário Mesquita. O programa da iniciativa abre com uma comunicação de Nadine Toussaint Desmoulins, da Universidade Paris II, Institut Français de Presse, sobre "A lógica da concentração dos media e os limites da autonomia do jornalismo no âmbito europeu" e encerra com outra sobre "Práticas jornalísticas e concentração dos media ? da experiência italiana à norte-americana", por Dennis F. Redmont, da Associated Press, Roma. Nas várias sessões de trabalho, merece destaque a mesa-redonda sobre "O impacto da propriedade dos media no jornalismo português", moderado por Carla Martins, e em que tomam parte António José Teixeira (Jornal de Notícias), Elsa Costa e Silva (Diário de Notícias e investgadora na Universidade do Minho), Luís Marques ( Administrador da RTP), Paulo Faustino (investigador ESCS ? Universidade Complutense de Madrid), Sandra Monteiro (Le Monde Diplomatique) De referir ainda uma comunicação de Daniel E. Jones (Universidade Ramon Llull, Barcelona), sobre "A concentração económica dos media na Península Ibérica", e de José Manuel Nobre-Correia (Universidade Livre de Bruxelas), sobre o "Panorama sócio-económico dos media na Europa". Fernando Correia, Helena de Sousa, Joel Silveira, Mário Bettencourt Resendes, Cesário Borga, Ramón Font, Jair Ratner e Mário Mesquita são alguns dos comentadores nas sessões. "A frequência continuada do curso (com direito a diploma de participação) pressupõe inscrição e pagamento, mas o curso é aberto à imprensa e qualquer pessoa interessada pode assitir livremente a sessões avultas", segundo fonte ligada à iniciativa. Informações e inscrições podem ser feitas no Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Cascais (Tel.: 21 482 53 30).

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Vila Real: "quantas histórias iguais ou parecidas"! Escreve no Público Joaquim Fidalgo, na sua coluna "Crer para Ver": "Mas que raio é que se passa com Vila Real?... Ou, pelo menos, com os jornais de Vila Real?...Em dois dias sucessivos, tivemos duas notícias sobre dois jornais da capital transmontana que constituem duas histórias exemplares de como estas coisas da liberdade de imprensa e da independência relativamente ao(s) poder(es) são coisas com muito que se lhes diga. (...) Estas são duas histórias que acabaram conhecidas. Mas o que não me sai da cabeça é a interrogação sobre quantas histórias iguais ou parecidas andarão por esse país fora, por esses jornais fora, sem que nunca cheguemos a saber... Quem pode pode. Não é?"

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RTL quer criar um jornal gratuito De acordo com a revista alemã "Der Spiegel", A RTL e uma editora norueguesa devem começar a distribuir em breve, em várias cidades alemãs, um novo jornal gratuito. Numa primeira fase, a publicação aparecerá em Berlim, Hamburg, Munique, Colónia, Frankfurt, Dusseldorf e Stuttgart, entre as 6h00 e as 9h30. Numa segunda fase, a iniciativa pode estender-se às cidades de Bremen, Hannover, Karlsruhe e Nurenberg.

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Jornalismo participativo: mais contributos Nomenclatura - Matt Thompson , do Snark Market propõe nova designação para o jornalismo feito por cidadãos: ?Various factions are calling this ?grassroots journalism? (Gillmor?s fave), "personal media" (Lasica?s pick), "stand-alone journalism" (Chris Nolan?s choice) and "citizen journalism" (Steve Outing?s preference). (?) My nomination? Street reporter." (via bayosphere) No The Christian Science Monitor, Randy Dotinga escreve: "Write the news yourself!": Extra! Extra! Some newspapers adopt ways of the Web. Readers act as online editors". Amy Gahran, do Contentious: I, Reporter: My New Citizen Journalism Project: "Over the last few months I?ve become intrigued by the emerging field of citizen journalism (citJ, for short): news, features, analysis, and commentary produced and published by people - including some bloggers - who are not hired by news organizations. I?m drawn to this field because I?ve grown to realize that traditional versions of news, journalism, and journalists are no longer enough".

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"JN pode inviabilizar venda da Lusomundo", diz o Público O negócio da venda da Lsomundo à Controlinveste poderá estar comprometido se se concretizar o cenário traçado no projecto de decisão que está a ser trabalhado na Autoridade da Concorrência (AdC) e que é hoje divulgado pelo Público. Segundo esse cenário, a AdC prepara-se para condicionar a aceitação do negócio, desde que o JN venha a ser alienado, a fim de evitar uma posição dominante da Controlinveste na circulação da Imprensa diária (quota de 55 por cento) e no volume global de publicidade no sector da imprensa (21 por cento). Segundo o Público, a questão JN parece ser uma peça-chave do contrato-promessa de compra e venda feito entre a Portugal Telecom (PT) e a Controlinveste, visto que determina que "o acordo ficará sem efeito se o comprador for impedido de 'adquirir/manter' o JN". "De acordo o projecto de decisão de passagem a investigação aprofundada, a AdC considera que com a realização do negócio, o cenário de concorrência é 'sobremaneira preocupante no mercado da imprensa escrita diária generalista de circulação nacional', acrescenta o trabalho do Público. Recorde-se que a Alta Autoridade para a Comunicação Social, ao dar luz verde à venda da Lusomundo, aventou a possibilidade de a solução passar pela alienação de O Jogo, actualmente nas mãos da Controlinveste.

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Um mensageiro crítico e qualificado "Um desejo: o de que ainda assista no meu país à iniciativa de reserva, pelos próprios órgãos de comunicação social, dos eventos cobertos pelo segredo de justiça e pelo segredo profissional, com abstenção, não imposta, da divulgação do que considerarem reservado e abrangido pelos valores de interesse público subjacentes à existência desses segredos. (...) a responsabilidade das notícias más não está nunca no mensageiro. Mas, em matéria de comunicação social, entendo que o mensageiro deve ser crítico. Mas crítico qualificado e altamente credível." Luís Laureano Santos, Pres. Conselho Superior Ordem dos Advogados, em entrevista ao DN

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Valeu a pena? "Valeu a pena toda esta excitação prévia em redor de uma manifestação minoritária? Não estaremos, como acontece com o terrorismo, a promover uma ideologia racista, mostrando estas manifestações? Não há motivos para omitir a cobertura (como não há razões para proibir a manifestação).(...)" Miguel Gaspar, no DN.

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Manufacturando o consenso "Merece elogio a mobilização que a morte de Cunhal desencadeou em todos os canais. Foi um bom sintoma. Há 20 anos, A Internacional não passava. Agora, não é apenas por o comunismo se ter tornado inofensivo que acontece este consenso artificial. O consenso é um idioma através do qual a televisão secundariza o que é diferente (a ideologia) e dá relevo ao que gera adesão (o lado humano)." Miguel Gaspar, DN

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"Agoravox": o primeiro jornal digital de cidadãos em França Edgar Morin, Joel de Rosnay e Loic de Meur associados à iniciativa "A voz da praça pública" é o que significa o nome - Agoravox - do primeiro jornal digital orientado pelos princípios do jornalismom participativo, que ontem abriu as portas na Internet. Com nomes importantes associados ao projecto - como o do cientista Edgar Morin cientista, o especialista de prospectiva Joel de Rosnay ou do conhecido blogger Loic de Meur, entre outros, o Agoravox distancia-se, no seu estatuto editorial, quer do elitismo quer do populismo:"Lla parole n?est ni au "peuple", ni aux "élites". La parole est à ceux qui ont des faits originaux et inédits à relater". Por detrás desta iniciativa está a empresa Cybion, sociedade anónima independente fundada por Carlo Revelli e Joël de Rosnay, os quais detêm a maioria do capital. Um comité de Redacção exercerá as funções de filtragem das matérias a receber, definindo previa e explicitamente quer os critérios de valorização quer os de exclusão. Qualquer pessoa se pode tornar redactor de Agoravox. Numa entrevista publicada com Joel de Rosnay, intitulada Des Mass Media aux Media des Masses, refere o autor, com entusiasmo: "Les citoyens sont en train d?inventer une nouvelle démocratie, non pas une "E-démocratie" caractérisée par le vote à distance via internet, mais une vraie démocratie de la communication. Cette nouvelle démocratie, qui s?appuie sur les "media des masses ", émerge spontanément, dynamisée par les dernières technologies de l?information et de la communication auxquelles sont associés de nouveaux modèles économiques. Ni les media traditionnels, ni les politiques, n?en comprennent véritablement les enjeux.Les media des masses, seuls véritables media démocratiques, vont radicalement modifier la relation entre le politique et le citoyen et, par voie de conséquences, avoir des impacts considérables dans les champs culturel, social et politique. Je pense que les internautes commencent seulement à réaliser à quel point le Net du futur va leur permettre d?exercer leur pouvoir, si tant est qu?ils parviennent à se montrer solidaires et organisés...". É interessante que o logotipo do Agoravox inclua uma pequena animação cujo design contradiz aparentemente o modelo dialógico de jornalismo defendido, em favor de um modelo de propagação. (Dica de Libération).

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A "tribo mediática" e a vida pública "This media tribe disfigures public life" é o título dado pelo jornal The Guardian a um escrito de Rowan Williams, arcebispo de Canterbury, relativo a uma conferência proferida ontem no Palácio de Lambeth, intitulada "The Media: Public Interest and Common Good". O texto é transcrito na íntegra e sublinha aquilo que, na opinião do arcebispo, pode salvar o jornalismo: humanidade, imaginação e um real sentido da comunidade. (acesso mediante pré-registo gratuito).

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Arrastão ou arrastinho? No passado fim de semana prolongado, fomos autenticamente bombardeados com as notícias do "arrastão" provocado pela acção aparentemente organizada de perto de 500 adolescentes, de idades compreendidas entre os 12 e os 20 anos, que varreram a Praia de Carcavelos. Isto foi o que nos disseram. De meia em meia hora, a TSF (e os outros media) não se cansou de abrir com a matéria, repetindo até à exaustão elementos que contribuiram para fazer um caso de repercussão internacional, com eventuais consequências para o turismo e para a percpeção do fenómeno da criminalidade organizada (para não falar das minorias étnicas) entre nós. Não faltou o presidente da Câmara de Cascais a dramatizar o assunto, procurando envolver o primeiro-ministro e o presidente da República na questão. A polícia terá também dado a sua ajuda. Autoridades que - não se sabe - agiram para construir o acontecimento para os media ou por causa da construção do acontecimento que os media estavam a fazer ou pelos dois motivos. Afinal, quer pelo que se disse ontem na Quadratura do Círculo quer pelo que se escreve, por exemplo, no Público de hoje, nem o número de assaltantes se terá aproximado da dimensão difundida pelos media, nem o caso de Carcavelos terá a novidade intrínseca que se lhe atribuiu nem o número de banhistas roubados ou agredidos terá sido significativo. Escreve o Público (link para assinantes):

"No meio da confusão que se gerou, estou em crer que muitas pessoas que pensavam ter sido roubadas acabaram por encontrar os seus pertences caídos no areal ou optaram por não apresentar queixa contra terceiros", explica. Com muita experiência de policiamento nas praias da Linha de Cascais, Oliveira Pereira lembra que os assaltos em grupo sempre foram uma constante, nomeadamente em Carcavelos e Estoril."Sempre foi comum juntarem-se vastos grupos nas praias de onde depois divergiam pequenos núcleos de oito ou dez indivíduos que particavam assaltos. Concluímos que na sexta-feira aconteceu o mesmo, só que devido às centenas de pessoas que se encontravam na praia o fenómeno tomou outras proporções. De um grande grupo de 400 ou 500 pessoas só 30 ou 40 praticaram ilícitos", afirma o responsável do Comando da PSP de Lisboa.Para o superintendente Oliveira Pereira, os assaltos também terão sido decididos na altura na praia e não fruto de uma organização mais elaborada que levasse centenas de pessoas a Carcavelos com intuitos criminosos".
Quer isto dizer que não se passou nada? Que não se passa nada? Não quer. Quer isto dizer que os media não fizeram o seu papel? Que não foram averiguar os factos e que contribuiram, ainda que induzidos por terceiros, para ampliar o caso? Isso é que conviria averiguar, para eventualmente se aprender com o que se passou. (Seria interessante incorporar, na análise deste caso, os resultados do Estudo sobre Media, Imigração e Minorias Étnicas, que hoje a imprensa divulga, e segundo os quais, os "Media vêem crime de minorias como efeito da exclusão" (Pùblico) e "Imigrante passou de autor a vítima" (Diário de Notícias").

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Weblogues para acompanhar a actualidade A Focus Online alemã criou há dias 7 weblogues com diferentes autores que escrevem sobre Política, Desporto e Multimedia. A ideia parece ser estender os espaços de opinião da revista no universo on-line. Curioso é que, ao contrário do que esperaríamos em Portugal, os 4 weblogues sobre a actualidade política (representando os principais partidos) são extraordinariamente comentados. Quase todos os posts têm várias dezenas de comentários - um, em particular, sobre um novo partido de esquerda, tem 163 comentários!

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"Rititi" Francisco José Viegas, em "Ah, gajas do meu país", no JN, enaltece "O Livro da Rititi", recentemente publicado pela Oficina do Livro, com textos do blogue Rititi, como caso paradigmático de um fenómeno da blogosfera, que se caracterizaria por uma escrita feminina inovadora e elaborada a partir de um novo referente de mulher. A coisa, em língua portuguesa, teria começado pelo Brasil, em "blogs como Nibelunga do Cabelo Duro, Megeras Magérrimas, Drops da Fal ou 'Caderno Lilás, por exemplo", e posteriormente cá, "com Bomba Inteligente, Xanel Cinco, O Meu Moleskine, Diotima, Vieira do Mar, a participação feminina no Blogame Mucho ou Rititi". "Leiam, leiam. Homens, tremam. Mulherzinhas, aprendam", escreve Viegas, que leva a autora de Rititi ao seu Livro Aberto, na RTPN, depois de amanhã. Só faltou mesmo dizer isso.

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Cursos online para a formação de jornalistas Já tínhamos a iniciativa do Poynter, o NewsU (Training for Journalists anytime anywhere), actualmente com mais de duas dezenas de temáticas. Acaba de ser disponibilizado agora na internet o Reporstag-e, uma iniciativa da Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) que assim quer ir de encontro, nomeadamente, dos jornalistas free-lance. Estes, no dizer da coordenadora do projecto, Pamela Moriniere, "muitas vezes têm de assumir as responsabilidades da sua própria formação". Morinière observou ainda que a plataforma possui mais de 70 cursos distintos relacionados com os novos desafios tecnológicos para os jornalistas. (Via: newsletter do Sindicato dos Jornalistas).

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Guia legal para bloggers Perante o aumento dos casos de bloggers que se vêem em sarilhos por causa daquilo que publicam, a Electronic Frontier Foundation acaba de publicar um guia legal para apoio dos que se iniciam e dos veteranos da blogosfera. "Like all journalists and publishers, bloggers sometimes publish information that other people don't want published. You might, for example, publish something that someone considers defamatory, republish an AP news story that's under copyright, or write a lengthy piece detailing the alleged crimes of a candidate for public office".

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A morte é uma notícia demorada A morte de três figuras públicas nos últimos dias fez-me recuperar uma ideia que regurgito desde o fim do Pontificado de João Paulo II - a de que a representação mediática da morte não resulta apenas da necessidade de informar acerca do termo da vida; tem subjacente uma necessidade de sentir e fazer sentir... como se a atenção à morte dos outros fosse uma espécie de reconhecimento da iminência inescapável da nossa própria morte. Representando o clímax da tragédia, a morte tem nos media um carácter extraordinário de noticiabilidade. No 11 de Setembro, na queda da Ponte de Entre-os-Rios, nos atentados em Madrid e, especialmente, no tsunami asiático do final de 2004, a morte foi a notícia mais demorada. O mesmo se repete de cada vez que morre um personalidade da vida pública - a morte é uma notícia que se prolonga interminavelmente nos telejornais... Apesar de ter algo de compreensível - nomeadamente o facto de a morte representar sempre uma ruptura - é perante outra coisa que estamos quando a morte é notícia. Julgo que o envolvimento emotivo do público é aqui também determinante. (a propósito do tratamento informativo de mortes, era bom que, de uma vez por todas, os jornalistas abandonassem a muleta que é a expressão "última homenagem". Quem disse que é a última? Os comunistas não podem homenagear Álvaro Cunhal na próxima festa do Avante?...)

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A primeira página Como resolver o problema de dois grandes vultos nacionais que morrem no mesmo dia? A quem dar destaque? Como jogar com os dois eventos? Para o "Correio da Manhã" o problema não o chegou a ser.Para os outros, tanto a analisar, tanto a concluir! ACunhal2 ACunhal4 ACunhal1 ACunhal3

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Serviço público em quatro tempos Uma história em três tempos: 1. Na Pública de ontem, Alexandra Lucas Coelho contava as aventuras por que passou e as decisões drásticas que teve de tomar, quando foi retida no gabinete desse expoente do caciquismo local que dá pelo nome de Avelino Ferreira Torres, presidente da Câmara de Marco de Canaveses. 2. João Paulo Meneses, no Blogouve-se, queixava-se de não ser possível estabelecer um link para a revista e acrescentava que "esse texto pode (deve...) ser fotocopiado e distribuído aos estudantes de jornalismo, do secundário aos mestrados!". 3. Concordando com Menenes, Antóno Granado, "com a autorização do Público", disponibiliza um .pdf com o texto "A Tentativa de Entrevista". Resta agora a quarta etapa: trabalhar o texto com os estudantes. A partir de Setembro.

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As 11 dimensões do jornalismo dos cidadãos A ler, no Poynter, "The 11 Layers of Citizen Journalism - a resource guide to help you figure out how to put this industry trend to work for you and your newsroom", de Steve Outing. Procurando responder à questão "O que é o jornalismo participativo" e assim contrinbuir para desfazer a confusão que sobre esta matéria continua a existir, o autor propõe as seguintes dimensões ou etapas a considerar na implementação de projectos neste sentido: 1. The first step: Opening up to public comment 2. Second step: The citizen add-on reporter 3. Now we're getting serious: Open-source reporting 4. The citizen bloghouse 5. Newsroom citizen 'transparency' blogs 6. The stand-alone citizen-journalism site: Edited version 7. The stand-alone citizen-journalism site: Unedited version 8. Add a print edition 9. The hybrid: Pro + citizen journalism 10. Integrating citizen and pro journalism under one roof 11. Wiki journalism: Where the readers are editors. A este propósito, o mesmo Steve Outing, no E-Media Tidbits, interroga-se sobre a questão terminológica. Manifesta-se algo insatisfeito com o conceito de "citizen journalism", apesar de o ter vindo a utilizar com frequência. Compara-o com o de "personal media", utilizado por J.D. Lasica. A terminar, pergunta: "What do you think? The slice of the journalism world that revolves around 'everybody can be a journalist' is still very young. There's still time to come up with a better descriptor. Or is citizen journalism good enough?"

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Relatos do vivido "Um belo dia, um chefe informou-me que me tinham destacado para uma entrevista com o José Saramago na manhã seguinte, por mor do seu novo livro, que estava no prelo: "Vai ser óptimo, saímos com a entrevista antes do Expresso". Passava-se isto naquele feliz outrora em que um novo romance de um escritor português - Saramago já era um incontornável, mas ainda estava longe do Nobel - era um acontecimento disputado pela imprensa. Perguntei: "Amanhã? E o romance, onde está? Como é que o vou ler?" O chefe olhou-me com um ar de desesperado enfado, encolheu os ombros e disse: "Lá vens tu com manias de intelectual. A função do jornalista é fazer perguntas. Do que trata o romance explica-te ele, amanhã. Já leste outros romances do Saramago, não leste? Então, pronto". Argumentei que tinha vergonha de entrevistar um autor sobre um livro novo sem o ter lido, o que deixou o chefe a vociferar contra a pesporrência da juventude, e zarpei para a editora a suplicar pelas provas do romance. E lá fiz a entrevista, depois de uma noite em claro - mas com as personagens na ponta da língua." Inês Pedrosa. Expresso/Única, 10.6.2005

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Sobre o contumaz e ininputável presidente De facto, não escrevi nada sobre as últimas do Presidente do Governo Regional da Madeira sobre os que escrevem na comunicação social, ao contrário do que fiz noutras circunstâncias quase tão patéticas e graves. Foi-me chamada a atenção para o facto. Fico, porém, em casos de contumácia gritante como a deste senhor, a perguntar-me se ele não vive precisamente das palavras dos que o zurzem. É dos casos em que mais se me evidencia a fraqueza do verbo. Ou, por outras palavras, o vigor do verbo funciona, de algum modo, como o alibi para a incapacidade colectiva de agir. E no entanto, não se pode calar o dasaforo.

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Libertação de Aubenas e Hussein aubenas1Aubenas (Crédito das fotos: esquerda - REUTERS/Philippe Wojazer; direita: Libération/Marc Chaumeil)

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Frases do dia "Quantas notícias ficaram por dar, para que fosses nosso, ó anúncio!" Eduardo Cintra Torres, Público, 12.6.2005 "Se acham que ando a fazer fretes políticos, então provem-no!" Luís Marinho, DN, 12.6.2005

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Luís Marinho já tem perfil para provedor do telespectador O director de informação da RTP dá hoje uma entrevista ao DN, conduzida por Miguel Gaspar, que toca uma série de aspectos da actualidade televisiva, em especial os relacionados com o serviço público. O motivo da entrevista foi, aparentemente, a polémica recentemente levantada por afirmações do PSD acerca do programa semanal de António Vitorino. A dada altura, o entrevistador pergunta: "Sente que se exige mais à informação da RTP do que à dos privados?". "Sim, claramente [responde Luís Marinho]. E não acho natural que seja assim. Não vejo grande preocupação dos partidos em olhar para as outras televisões e analisar a sua informação. Porque os contratos de concessão para os privados também os obrigam ao pluralismo de opinião, à isenção, etc. Portanto, não ponham na RTP o exclusivo do pluralismo e isenção. Exijam a toda a gente. Nós cumprimos o nosso papel, vejam se os outros cumprem". Eu também acho que partidos e outras instituições deveriam acompanhar mais de perto a informação dos outros canais. Pelas razões exactas que o director de Informação enuncia. Mas, ao contrário de Luís Marinho, acho natural que se exija mais ao operador de serviço público. Por algo que diz na mesma entrevista: "Não pensamos só em audiências". Noutro passo e a propósito do previsto provedor do telespectador, Marinho afirma já ter um nome na cabeça. "Não vou dizer quem é, mas tenho. Até tenho outros nomes, para o caso desse falhar". E vai traçando o perfil: "O provedor tem de conhecer bem o meio. Não deve estar no activo, deve ter algum distanciamento crítico, mas tem de ter alguma experiência na área. Penso que os grandes teóricos não funcionam. Mas além de conhecimento, o provedor precisa de uma grande capacidade de comunicação".

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Novo projecto de jornalismo participativo Glenn Reynolds, professor da Universidade do Tennessee e conhecido blogger do Instapundit, está a participar no lançamento de um projecto de jornalismo participativo. De acordo com um texto que publicou há dias no Wall Street Journal ("We the Media - News without newspapers may end up saving journalism"): "Pajamas Media, a blog-news venture I'm involved with, is recruiting a network of independent journalists around the world (and especially in less-democratic countries) and working on ways to support them financially, legally, and technologically". O texto enquadra este movimento do jornalismo participativo, sem, no entanto, avançar muitos dados novos.

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Regulamentação de estágios curriculares em Comunicação Social O Sindicato dos Jornalistas já se tinha pronunciado sobre a precaridade (e promuiscuidade) das condições de integração dos estagiários de jornalismo nas redacções. A publicação e difusão de trabalhos realizados no âmbito dos estágios curriculares, normalmente não remunerados, e o, pelo menos, aparente aproveitamento dos estágios como recurso para substituir pessoal contratado foram sempre algumas das críticas apontadas. Com o objectivo de erradicar a exploração dos estudantes, o Sindicato dos Jornalistas e a Confederação de Meios da Comunicação Social assinaram, esta semana, um protocolo que visa regulamentar a prática dos estágios curriculares. Do texto do protocolo, destaco as seguintes cláusulas: «TERCEIRA (Duração) A duração máxima do estágio será de quatro meses, podendo, mediante solicitação da instituição de ensino e acordo da empresa, existir uma única prorrogação, sem que a duração total exceda 6 meses. (...) QUINTA (Plano de estágio) O estágio será realizado de acordo com plano de estágio elaborado pela instituição de ensino e aprovado pela empresa, ou subscrito por ambas, conjuntamente, em obediência aos princípios definidos no presente protocolo, do qual será enviada cópia à Inspecção-Geral do Trabalho. (...) SÉTIMA (Número máximo de estagiários) 1. O número máximo de estagiários que uma redacção pode receber simultaneamente é de 2 (dois) por cada grupo de 20 (vinte) jornalistas. 2. No caso de uma redacção ser composta por menos de 20 jornalistas poderá receber até um ou dois estagiários conforme o número de jornalistas não exceder 15 (quinze) ou for superior a este número, respectivamente. (...)» Para além disso, o documento prevê a possibilidade de se criar um Observatório do sector em matéria de estágios e formação. Na cerimónia de celebração do protocolo, Alfredo Maia, presidente do SJ, considerava: «Numa altura em que está vivo o debate sobre a regulação do sector da comunicação social e num tempo em que se torna indispensável discutir as múltiplas dimensões da responsabilidade social das empresas, o Sindicato dos Jornalistas considera imprescindível aprofundar o debate sobre as condições de produção nas empresas jornalísticas, sobre a sua responsabilidade social e sobre o seu papel na promoção da regulação das relações de trabalho. »

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Debate sobre Reportagem O género reportagem é o tema da próxima edição do Clube de Jornalistas, em que estarão em destaque reportagens feitas por profissionais da RTP, consideradas «fundamentais para o conhecimento da história da televisão, da história do País e da história do jornalismo». São convidados Luís Monte e José Carlos Ramalho, repórteres de imagem, e Jacinto Godinho, repórter, professor e autor de uma tese de doutoramento sobre "Genealogias da Reportagem". O programa é emitido segunda-feira, às 23h30, na Dois.

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Manuel Maria Carrilho, a família e os media Destaco, de dois textos de opinião, nos jornais de hoje: Daniel Sampaio, em A Captital: "A forma como certa imprensa reagiu à participação da família de Carrilho num filme da candidatura é reveladora. Ansiava pela discussão de propostas inovadoras, como o Parque Urbano ribeirinho ou o parqueamento móvel, mas alguns jornalistas preferiram criticar as declarações da mulher do candidato, ou brincar com as palavras balbuciadas pelo filho bebé". Eduardo Prado Coelho, no Público (acesso reservado a assinantes): "mais uma vez se verificou o paradoxo central da nossa comunicação social: verberando os aspectos mais fúteis da política (as frases soltas, as pequenas quezílias, os escândalos), reduz grande parte da informação a esses aspectos. Sob o pretexto de denunciar, alimenta-se de tais materiais. " Aparentemente, "certa imprensa" ou "a nossa comunicação social" não terá tratado adequadamente o que de relevante foi anunciado na apresentação da candidatura de Carrilho à Câmara Municipal de Lisboa. E esta é uma acusação séria e que remete para um problema frequente no jornalismo: fazer de questões marginais ou de futilidades notícia e esquecer o relevante, sob pretexto de buscar a originalidade. Os trabalhos jornalísticos publicados sobre o assunto devem ser analisados sob essa perspectiva. Mas uma vez que também aqui escrevi sobre o assunto, devo esclarecer que não foi nem é o facto de os candidatos ou titulares de cargos políticos aparecerem com as famílias que me levanta problemas. Nesse ponto distancio-me do que escreve Raul Vaz (in "O erro capital de Carrilho"), no DN de hoje". Eu não simpatizo com essa estratégia, mas cada qual é livre de fazer o que entende. Além de que há vários modos de o fazer, uns mais discretos do que outros. Com uma condição: desde que os direitos das pessoas sejam respeitados. Eu insurgi-me contra a instrumentalização de crianças (mesmo admitindo que o que se viu nomeadamente na TVI tenha sido uma exploração sensacionalista de um aspecto secundário da apresentação da candidatura). Depois de ler os comentadores acima, mantenho a nota crítica e sinto mesmo necessidade de a reforçar, uma vez que tais opiniões continuam a esquecer, em nome do interesse político e público, os direitos de crianças instrumentalizadas.

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Questões éticas com o arquivo digital dos jornais A revista Online Journalism Review reflecte, no seu mais recente texto ("When Web print stories disappear, the meaning of 'archives' fades") sobre questões éticas novas suscitadas pela possibilidade de corrigir os arquivos digitais. O mote é formulado deste modo: "When an editor pulls stories due to reader complaints or fears of spreading teen suicides or helping the competition, is the site still the record of the newspaper? Ethicists and editors decry the practice". (via Ponto Media).

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Google (sobreavaliado?) à frente dos 'gigantes' mediáticos Fez furor, esta semana, a notícia de que a empresa do motor de busca Google atingiu, na bolsa de Wall Street, um valor de mercado que a coloca na liderança dos grupos de media a nível mundial, como a Time Warner, Disney ou Viacom. Hoje, no Guardian, Nils Pratley (in "Google shares are a bubble waiting to pop") alerta para o risco da sobre-avaliação e pergunta: "Who in their right mind would buy shares in a company at a price equivalent to 25 times its annual sales?"

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Comunicação da Ciência Acabou de ser publicado o Vol. 6 da revista Comunicação e Sociedade, do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, integralmente dedicado à Comunicação da Ciência. As coordenadoras deste número, Anabela Carvalho e Rosa Cabecinhas, dizem-nos, na nota introdutória, que o carácter já de si plural das Ciências da Comunicação se amplia no estudo da comunicação da ciência. 'A sociologia, a psicologia, a filosofia e a linguística são apenas alguns exemplos da grande variedade de disciplinas que se tem interessado pelas questões de comunicação e linguagem na ciência, o que naturalmente implica uma multiplicidade de quadros teóricos e de opções metodológicas de pesquisa'. A diversidade teórica e metodológica é, aliás, inerente à própria heterogeneidade dos percursos científicos dos autores: Carmen Diego Gonçalves; Anabela Carvalho; Anders Hansen; Sharon Dunwoody; Mónica Bettencourt-Dias, Ana Godinho Coutinho e Sofia Jorge Araújo; António Fernando Cascais; Juliana Mezzomo e Clélia Maria Nascimento-Schulze; Jídia J. Oliveira Loureiro da Silva; Sueli Mara S. P. Ferreira, Fernando Modesto e Simone da Rocha Wietzel; Carolina Leite e Silvana Mota-Ribeiro; Fátima Morais; José Brilha e Rui Oliveira. Helena Sousa

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"Le Monde" vai livrar-se de um quinto do pessoal O director do diário Le Monde reconhecia ontem, em editorial, que a situação económica do jornal é difícil e que, para equilibrar as contas, 200 trabalhadores dos mil que trabalham no jornal e na tipografia do grupo deverão deixar a empresa em 2005. Lamentando que medidas de reestruturação não tenham sido tomadas antes da crise, Colombani aponta os factores que agravaram a situação: o aparecimento dos jornais gratuitos, contracção e concentração da publicidade, dificuldades e encerramento de postos de venda de jornais diários. Medidas ao nível editorial, da estrutura do capital e da gestão têm vindo a ser tomadas de modo a concretizar a intenção de ter a situação equilibrada em 2006. No plano editorial, Le Monde retocará a sua orientação, a qual Colombani define deste modo: "Notre volonté est de marier le traitement équilibré et rigoureux, fiable en un mot, de l'information, qui fait la force de ce journal depuis soixante ans, avec les souhaits des lectrices et lecteurs d'avoir un quotidien proche de leurs centres d'intérêt." No que diz respeito à edição digital do diário refere o director que ela lhe traz 24 000 leitores suplementares, havendo ainda 26 000 assinantes que subscrevem, em simultâneo, o jornal electrónico e o impresso. Uma panorâmica dos interesses do grupo Le Monde pode ser consultada AQUI.

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Preocupação com a concentração televisiva em Itália O responsável pela Liberdade de Imprensa da OSCE (Organzação para a Segurança e Cooperação na Europa), Miklos Haraszti, considera que o anormalmente alto índice de concentração da televisão italiana não deu sinais de diminuir, desde que há um ano foi aprovada na Itália a lei Gasparri. Segundo o relatório de uma visita de estudo e verificação realizada no final de Março a Roma, a Rai, controlada pelo Governo chefiado por Berlusconi, e a Mediaset, detida pelo grupo privado do mesmo Berlusconi controlam sozinhas 90 por cento do mercado televisivo. O texto do relatório pode ser lido AQUI.

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Exploração da imagem das crianças nos media: perguntas Já quando o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, em vésperas das eleições legislativas, utilizou os seus filhos para encenar um quadro familiar, nos jardins de S. Bento, a questão se me colocou. Ontem e hoje voltei a ver o mesmo recurso nas televisões, com farta exploração na TVI: a encenação do candidato Manuel Maria Carrilho à Câmara Municipal de Lisboa, recorrendo à exploração da imagem da sua família e, sobretudo do seu filho, ainda bébé. Perguntar não ofende: será tão vasto o direito de tutela dos pais sobre os filhos, que possam expô-los desta forma na praça pública, atentando contra o direito que, como qualquer ser humano, eles têm à imagem? Não conhecerão os directamente envolvidos e os jornalistas que lhes dão espaço e visibilidade que existe uma Convenção dos Direitos da Criança que salvaguarda o direito desta a ser preservada e protegida de toda a forma de exploração?

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Jornalista passou um mês num bairro problemático do Porto Esta noite a RTP 1 exibe, a partir das 23:15, uma grande reportagem (seguida de debate) realizada pelo jornalista Luís Miguel Loureiro, baseada na experiência de um mês de permanência no Bairro S. João de Deus, no Porto. Escreve o jornalista, a propósito do programa: "Genericamente, o assunto pode parecer 'gasto': a toxicodependência. Mas estou convicto de que este trabalho abre novas e, eventualmente, surpreendentes "janelas" para a nossa visão (...) desta complexa questão. (...) Esta grande reportagem mostra mundos que nós tendemos a ignorar. E que vale a pena reflectir".

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Jornalismo digital: leituras A internet e o declínio dos jornais - reportagem de Daniela Bertocchi e Sérgio Denicoli, publicada no Observatório da Imprensa, relativa às jornadas sobre os Dez Anos de Jornalismo Digital em Portugal, realizadas na Universidade do Minho, na semana passada. "A tecnologia não é inimiga" - Entrevista de Daniela Bertocchi a Ramón Salaverría, feita em Braga, no âmbito das mesmas Jornadas, e a propósito da recém-lançada obra Redacción periodística en internet (Eunsa, 2005), deste investigador da Universidade de Navarra.

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RTL admite OPA sobre Media Capital O grupo alemão RTL, detido pela Bertelsmann, anuncia a intenção de reforçar a sua participação no grupo português Media Capital, de acordo com o Diário Económico de hoje. Tal manifestação de vontade foi manifestada à Reuters pelo "investor relations" da RTL que deixou igualmente aberta a possibilidade de ser desencadeada uma OPA sobre o grupo português. Recorde-se que, em 4 de Outubro de 2004, a RTL adquiriu já 11,6% da Media Capital, no quadro de investimentos no sul da Europa.

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"Territórios do jornalismo": tema de apresentação da Caleidoscópio Realiza-se amanhã às 18.30, no 7º andar de El Corte Inglés, em Lisboa, o lançamento de um número duplo da revista Caleidoscópio, da Universidade Lusófona, dedicado aos "territórios do jornalismo". A apresentação será feita por Estrela Serrano, Nicolau Santos e Mário de Carvalho. Dirigido por Mário Mesquita, o volume, a que já aqui fizemos há dias referência, inclui cerca de três dezenas de textos que versam temas de um espectro largo de assuntos que vão dos estudos da profissão de jornalista a enfoques da história do jornalismo, passando pela cobertura de acontecimentos e temas da agenda mediática ou pelo discurso jornalístico.

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Ecos meta-jornalísticos da revelação da fonte do caso Watergate Sabe-se quem é o "Garganta Funda". Mas o estudo deste caso, com a perspectiva que dão 30 anos de mudanças alucinantes nas relações internacionais, nos estilos de vida, nos media e no jornalismo, continuará a alimentar as páginas dos jornais e revistas e a investigação académica. De alguns textos dos últimos dias, ficam aqui alguns respigos: "Would The Washington Post break Watergate if it happened today?" Simon Houpt, Is the Post's Watergate glory all in its past?, Globe and Mail, 4 de Junho "Felt's story reaffirms the ability of smart and dogged reporters, courageous editors and owners, and truly informed yet anonymous sources to help get information before the public that is vital to a democracy's functioning". Michael Getler, 'Deep Throat': An Omb's Observations, Washington Post, 5 de Junho Sobre o filme de Pakula ?Os homens do presidente?: ?It shows two young seekers?newspaper reporters handsome enough to be Robert Redford, cool enough to be Dustin Hoffman, guided by a wizard in a cave (Deep Throat in a garage)?toppling the Evil Empire (Richard Nixon's White House). The filmmaker, the late Alan Pakula, deftly used lighting to enhance the feel of a Manichaean struggle. The newsroom where the reporters work is always bright, open, a place of truth. Almost everything else is dark, shadowy?nests of liars and prevaricators. How long ago, and how romantic, the story seems. Reporters are not exactly heroes these days. Anonymous sources like Deep Throat are in disrepute, and many large news organizations, including NEWSWEEK, are under fire for their mistakes. What happened to the days when reporters were searching for truth, instead of gabbling on talk shows?? Newsweek, A Long Shadow, 13 de Junho "Was Watergate bad for journalism? On its face, the question seems absurd. The drama of two young metro reporters for The Washington Post helping to topple a corrupt president cast a golden glow over the news business in the mid-1970s. Newspapermen became cinematic heroes, determined diggers who advanced the cause of truth by meeting shadowy sources in parking garages, and journalism schools were flooded with aspiring sleuths and crusaders. But the media's reputation since then has sunk like a stone, and one reason is that some in the next generation of reporters pumped up many modest flaps into scandals ending in 'gate', sometimes using anonymous sources who turned out to be less than reliable. Journalism became a more confrontational, even prosecutorial business, with some of its practitioners automatically assuming that politicians in the post-Nixon era must be lying, dissembling or covering up. Howard Kurtz, ?Deep Throat and Shallow Journalism?. Washington Post, 6 de Junho

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Exposições Duas sugestões para os próximos dias: * Museu Nacional da Imprensa: Exposição comemorativa dos 130 anos da criação do "Zé Povinho" pelo caricaturista Rafael Bordalo Pinheiro. A partir do próximo dia 12 e até ao final de Setembro. * Cordoaria Nacional: Exposição Diário de Notícias: "140 anos a mostrar as notícias como elas são". Diz o anúncio que se trata de uma "autêntica viagem no tempo, revivendo os últimos 140 anos da nossa história". De 3 a 19 de Junho.

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Ombudsman do NYT adopta novo estilo Na sua primeira coluna como provedor de "The New York Times", Byron Calame afirma a continuidade com o trabalho realizado nos últimos 18 meses pelo primeiro titular da função, mas anuncia uma inflexão no estilo, que poderá tornar o seu espaço mais parecido com um blogue: "In the months ahead, there are three new approaches to transparency that I'm especially keen to try in this space: (1) publishing stimulating and thoughtful e-mail messages and letters from readers - with responses from the editors and reporters involved; (2) presenting question-and-answer interviews with key editors and round-table discussions with editors and reporters; and (3) occasionally offering commentary on two or three different topics, rather than one". Depois de uma longa carreira no jornalismo, da qual 40 anos no The Wall Street Journal, no qual terminou funções exercendo como responsável pelo controlo de qualidade, questões éticas e queixas dos leitores, Calame anuncia a intenção de utilizar mais a Internet no exercíco do cargo de ombudsman.

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Augusto Santos Silva no Clube de Jornalistas O ministro dos Assuntos Parlamentares, que tutela a Comunicação Social, é o convidado principal da edição do Clube de Jornalistas que a Dois emite hoje às 23h30. De acordo com a nota disponibilizada no site do Clube, são quatro os temas que dominaram a entrevista: «A regulação dos media, nomeadamente a constituição e o modo de funcionamento da nova entidade reguladora; a concentração das empresas de comunicação e a sua influência na liberdade de imprensa; o serviço público de rádio e televisão, incluindo o futuro do Canal Dois; e as questões ligadas ao exercício do jornalismo, entre as quais o sigilo profissional.» Para além disso, o ministro apontou quatro questões que o Parlamento deverá discutir e aprovar: «1ª- Como cumprir o preceito constitucional que diz que a propriedade dos media deve ser transparente? Como podemos saber quem são, de facto, os donos dos grupos económicos que têm presença relevante na comunicação social? 2ª. Como vemos a presença do Estado e das entidades públicas na comunicação social? A proposta do Governo é a de que se defina legalmente que o Estado intervém directamente no serviço público e na agência nacional mas que fora disto não tenha directa nem indirectamente intervenção. Isso abrange autarquias locais e Regiões Autónomas. 3ª. Como é que podemos obrigar ao cumprimento de regras de concorrência na comunicação social? Isso implica responder a outra pergunta: aceitamos ou não que operadoras que dominam o mercado das redes dominem também o mercado dos conteúdos? 4ª. Temos 5 jornais diários com tiragens superiores a 30 mil. Três deles pertencem ao mesmo grupo económico. À luz da lei actual esse grupo podia comprar o 4º.e o 5º? O Parlamento acha que isso é possível ou acha que não? E acha que faz sentido dizer numa lei que um operador de televisão não pode comprar um segundo operador? Estamos na altura própria para encontrar respostas.? » À parte... Amanhã, dia 7, é inaugurado o novo Clube de Jornalistas Restaurante, cujo conceito «tem por base uma cozinha de fusão de raiz mediterrânica. As ementas são criadas tendo em conta o respeito pela sazonalidade dos alimentos e respeitando a denominação de origem dos mesmos

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Algumas notas soltas dos últimos dias * O texto de Mário Mesquita "Quando a opinião se revolta contra os seus donos", no Público de ontem, merece ser guardado, entre outras razões, para recordar que os caminhos que influenciam as posições e os comportamentos dos cidadãos nem sempre seguem pelas auto-estradas dos nossos lugares comuns. * O caso da auto-revelação da identidade do "Garganta Funda", para além de todos os outros significados, mostra de forma eloquente o que pode representar para o interesse público a confidencialidade das fontes e, inerentemente, a fidelidade dos jornalistas à palavra dada. Em tempos de más-notícias para o jornalismo, eis um caso positivo a registar. * Afinal, tudo somado, ainda vamos ter de concluir que a história da Newsweek sobre o abuso do Corão em Guantánamo tinha mais substância do que os próprios responsáveis da revsita vieram fazer crer, sob o compressor da Casa Branca (cf. "Pentágono reconhece incidentes com o Corão em Guantánamo", de Pedro Caldeira Rodrigues). * A peça "Homilia marcelista, entrevista vitoriana", de Eduardo Cintra Torres, na edição desta semana do "Olho Vivo", agora aos domingos, constitui um excelente contributo para o estudo do fenómeno dos comentadores políticos em Portugal e, em particular, do caso Marcelo Rebelo de Sousa. * No campo do jornalismo digital, vamos ter, possivelmente ainda este mês, o Expreso-África, um novo "produto" jornalístico do Expresso. Por outro lado, o JN planeia fazer pagar o acesso à sua edição online. As informações surgiram em Braga, nas Jornadas sobre os " Dez anos de Jornalismo Digital". (Nota: o acesso aos textos do Público é reservado a assinantes).

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Sobre a aversão ao risco nos jornais e uma proposta de exercício Tim Porter, do First Draft, apresentou, há dias, na conferência anual da Canadian Newspaper Association, uma comunicação sobre a relutância ao risco nos meios da imprensa. O autor confirma, de algum modo, a ideia há dias defendida por Ramón Salaverría, nas jornadas sobre jornalismo digital da Universidade do Minho, segundo a qual "os jornalistas gostam de revoluções, mas não de mudanças" (provavelmente algo de parecido se poderia dizer para outras actividades!). O exercício de que partiu poderia constituir um interessante exercício para directores, editores e jornalistas portugueses: "Someone gives you your current annual newsroom budget and says: Make any kind of news operation you want. Would you make the same newspaper? Would you create the same beats, departments, production and decision-making processes? Would you hire the same people? Would you design the paper and its web site in the same formats? "

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EPIC Lembram-se do EPIC 2014? Pois acaba de sair uma actualização - EPIC 20015 - para resolver o problema das previsões para 2005 que não se concretizaram. E o autor aproveita para propor "a future setting that looks like a mix between live radio, podcasting, and Google Maps' satellite photos" (via E-Media Tidbits).

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Vinhetas nos blogues O diário El País, que ontem corrigiu significativamente o seu modo de estar presente na net, disponibilizando em livre acesso informação de breaking news e outra, alude a um fenómeno novo nos blogues: a inserção de vinhetas: "Los blog han dejado de ser esa primaria y sencilla ventanita rara y chic a la que se asomaban algunas almas inquietas para convertirse en una auténtica moda que crece exponencialmente. Y que evoluciona como sus protagonistas: primero incorporó las fotos, en los fotolog; luego la música en mp3 y, ahora, la blogosfera vuelve su mirada a un lenguaje más clásico en busca de originalidad: el dibujo. A mano o por ordenador."

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Dez anos de jornalismo online - Jornadas transmitidas pela Internet As jornadas sobre "Dez anos de Jornalismo Digital em Portugal - Estado da Arte e Cenários Futuros", que hoje têm início na Universidade do Minho (UM), em Braga, poderão ser acompanhadas através de streaming audio pela Internet. O projecto Mediascópio, integrado no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da UM, organizador da iniciativa, criou igualmente o weblogue "Dez Anos", que acompanhará a par e passo as diferentes sessões. Os trabalhos destas Jornadas abrem com uma conferência de Rosental Calmon Alves, Professor da Universidade do Texas, em Austin (EUA), e encerram com outra conferência de Ramón Salaverría, Professor da Universidade de Navarra, onde dirige o MMLab, Laboratório de Comunicação Multimédia. Os dois são nomes de projecção internacional no campo do jornalismo on-line, o primeiro como organizador, desde o ano 1999, do International Symposium on Online Journalism, e o segundo como docente em diferentes cursos de master, na Espanha e na América Latina, e autor de obras de referência sobre o assunto. Estas intervenções servirão como enquadramento para os debates que serão suscitados por dois painéis, um constituído por profissionais ligados ao jornalismo online e outro por académicos que vêm estudando este novo campo de actividade. Para sintonizar o webcast, clicar AQUI. Uma Galeria de fotos do evento, a publicar durante as Jornadas, poderá ser consultada aqui.

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CNN: 25 anos de uma televisão global de notícias "Uma loucura". Assim consideravam alguns dos responsáveis dos principais media dos Estados Unidos da América o propósito de Ted Turner de criar uma cadeia de notícias, distribuída por cabo e por satélite, nos finais dos anos 70. O canal começou a emitir às 18 horas do dia 1 de Junho de 1980, a partir de Atlanta, "longe dos círculos mediáticos de Nova Iorque e Washington", como observa um texto de El Mundo sobre a efeméride. De un staff de 225 pessoas e cerca de dois milhões de espectadores, a CNN passou, vinte e cinco anos depois, a mais de 4000 empregados e uma audiência potencial de 260 milhões, distribuídos pela quase totalidade do planeta.

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Livros

TV do futebol

» Felisbela Lopes e Sara pereira (orgs) A TV do Futebol; Porto: Campo das Letras

» Televisão e cidadania. Contributos para o debate sobre o serviço público. Manuel Pinto (coord.), Helena Sousa, Joaquim Fidalgo, Helena Gonçalves, Felisbela Lopes, Helena Pires, Luis António Santos. 2ª edição, aumentada, Maio de 2005. Colecção Comunicação e Sociedade. Campo das Letras Editores.

» Weblogs - Diário de Bordo. António Granado, Elisabete Barbosa. Porto Editora. Colecção: Comunicação. Última Edição: Fevereiro de 2004.

» Em nome do leitor. As colunas do provedor do "Público". Joaquim Fidalgo. Coimbra: Ed. Minerva. 2004

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Eventos

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