Weblogue colectivo do projecto Mediascópio - CECS / Universidade do Minho | RSS: ATOM 0.3 |



Vacas loucas e os media norte-americanos O Washington Post publica hoje um artigo sobre a forma como os media norte-americanos trataram a questão das vacas loucas, agora que foi notificada a existência desta doença nos EUA. Independentemente das considerações científicas, o que mais se destaca são as abordagens dramáticas e em tom alarmante feitas pela comunicação social: “The coverage of mad cow disease is demonstrating the tendency for reporters and editors to play up the dramatic, the frightening and the controversial aspects of risk stories, and to play down or omit altogether information that puts the risk in perspective”. E num jogo de audiências e manchetes, “the public is left more afraid of some risks than the science suggests is justified. That fear can cause us to divert public resources from risks that pose a greater threat but that get less coverage”.

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Blogs, jornalismo, e a importância de ter a audiência certa Os bloggers estão a mudar as regras do jornalismo, sobretudo no que respeita ao jornalismo político, diz Kathy Kiely, no USA Today. E, na sua opinião, embora a objectividade não seja o prato forte de muitos dos blogs que existem na Internet, os textos publicados parecem estar a determinar a agenda dos próprios órgãos de comunicação. “Many bloggers are not professional journalists. Few have editors. Most make no pretense of objectivity. Yet they're forcing the mainstream news media to follow the stories they're pushing”. Uma das possíveis razões para que isto aconteça poderá ser o tipo de público que mais regularmente lê blogs: “Their audience tends to be an elite crowd of political junkies who have almost non-stop access to a computer and large amounts of time to surf the Internet for breaking news. In short: political consultants and journalists”. [Dica: Romenesko]

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A questão da "liberdade em directo" tem um novo capítulo hoje no Público, através do editorial de Eduardo Dâmaso intitulado "Reality Show Prisional": "A liberdade é "entregue" como um bónus em directo e das mãos de um apresentador de televisão. Os presos são, assim, actores "convidados" num clima em que se abate sobre eles a dupla coacção do Estado e da força da televisão, em flagrante violação de direitos fundamentais de personalidade".

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"A vida toda não pode ser metida na televisão" A expressão pertence a Pacheco Pereira e foi utilizada em referência ao anúncio, feito por João Baião num programa especial de Natal em directo de um estabelecimento prisional, da libertação de três presos. A exposição pública dos detidos e o comportamento dos serviços prisionais foram os aspectos mais criticados por JPP. O assunto já tinha merecido referência no Abrupto, foi novamente tema na crónica semanal no Jornal da Noite da SIC e é tema de apontamento hoje no Público. Valerá mesmo tudo em televisão? Berlusconi não para e por isso mesmo não deixa de ser notícia. Depois da sua última "tropelia", o El País dedica-lhe mais um dos seus editoriais (2003/12/26) em tons particularmente duros: Intitula-se "Berlusconi , sin límites" e começa assim: "En él corazón de la política italiana anida una anomalia única: la posición de un jefe de Gobierno que, además del primer magnate del país, es el supremo de los medios de comunicación. Ese crudo antagonismo, que repele el más elemental sentido común democrático, ha vuelto a chirriar al aprobar in extremis el Gobierno derechista italiano un decreto para proteger el imperio televisivo de Silvio Berlusconi".

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A Voz da América em árabe A mais americana das televisões em língua árabe, vai iniciar as suas emissões já em Janeiro. Chama-se "al-Hurra", "aquele que é livre" em tradução literal e é uma iniciativa do governo federal americano. A notícia é do Le Figaro e refere que "ambitieux depuis Voice of America (VOA), chargée depuis 1942 de porter la bonne parole en Europe et au Moyen-Orient". Actividade do CLEMI O Clemi - Centre de liaison de l'Eiseignement et des Moyens de Comunication, organismo estatal francês que trabalha na área da educação para os media, está a desenvolver dois projectos em parceria com outras tantas cadeias televisivas. O primeiro em parceria com o "Public Sénat", o correspondente do nosso Canal Parlamento,intitula-se "Jeunes Citoyens-Reporters" tem por objectivo promover a expressão dos jovens, através de um tema da actualidade, utilizando o suporte vídeo. O tema definido para esta primeira edição é a solidariedade. Com o canal "Arte", está a ser promovido um concurso denominado "Reportages" que visa suscitar a reflexão, através da prática sobre o tratamento da escrita audiovisual e da informação. Na prática, o qie se propõe é que os participantes no concurso executem a montagem de uma pequena reportegam com base nas imagens recolhidas para produzir peças difundidas no próprio canal.

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QUAIS OS PRINCIPAIS CASOS/FIGURAS DE 2003? Dê a sua opinião Nos próximos dias a actualização deste blogue acontecerá mais raramente. Fica, entretanto, aqui o convite para que se pronuncie sobre os acontecimentos, figuras, processos que, do seu ponto de vista mais ficam a marcar o ano de 2003, no campo da comunicação, dos media e do jornalismo. As histórias que mais badaladas foram em 2003 - cobertura do escândalo da pedofilia, - violação do segredo de justiça - cobertura do caso Fátima Felgueiras - presença dos nossos repórteres de guerra no Iraque - novos rumos do canal dois da RTP - visibilidade pública da blogosfera - etc - serão as mais importantes? Que lhe parece? E relativamente ao panorama internacional? - Passarão, esses casos pelo escândalo Jayson Blair, que afectou o New York Times? -- Pela Cimeira Mundial da Sociedade da Informação? - Pela cobertura jornalística da guerra no Iraque? - Pela expansão do império de R. Murdoch? - Pelas movimentações no sentido da crescente concentração dos media? - Pelo conflito de interesses que afecta o chefe do Governo italiano? - Por outros casos? E que expectativas, receios, desejos alimenta, relativamente a 2004? Tem o espaço dos comentários à sua disposição.

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Berlusconi: "para a frente é que é caminho" O Conselho de Ministros italiano aprovou anteontem um decreto-lei que evita que o canal Rete 4, propriedade da Mediaset, um dos pilares do império mediático de Berlusconi, seja forçado a confinar-se ao satélite a partir de 1 de Janeiro. O Governo de Itália decide assim contornar alguns dos efeitos da decisão do chefe de Estado Carlo Ciampi de não assinar a lei do audiovisual. Para a opinião pública, Berlusconi fez saber que nos 15 minutos que demorou a tomar a decisão, ele se ausentou da sala. O pormenor em nada belisca este exemplo eloquente de conflito de interesses que, pelos vistos, não é conflito nenhum. "Le message du président de la République, pourtant exceptionnel, n'a manifestement pas été entendu. Moins d'une semaine plus tard, le président du Conseil décide de signer lui-même un texte défendant ses intérêts privés. Cette mesure est une illustration flagrante et choquante du conflit d'intérêts de Silvio Berlusconi dans les médias", a déclaré Robert Ménard, secrétaire général de Reporters sans frontières. "Il ne s'agit pas d'une décision économique quelconque. Nous prenons avec inquiétude la mesure de ce geste autocratique et de ses conséquences pour le pluralisme de l'information en Italie", a-t-il ajouté.

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Lula da Silva: "tiradas" sobre a imprensa No passado dia 18, o presidente Lula da Silva proferiu o tradicional discurso no acto de prestação de contas do ano de 2003. No capítulo dos agredcimentos, o presidente brasileiro brindou os presentes com estas palavras dirigidas aos meios de comunicação social: "Eu quero agradecer à imprensa por esses 11 meses. A imprensa com que muitos de nós, durante muito tempo, às vezes ficamos magoados, porque nem sempre as notícias falam bem da gente. E eu aprendi uma coisa: notícia é aquilo que nós não queremos que seja publicado, o resto é publicidade. Portanto, se nós falarmos menos e falarmos apenas o necessário, certamente ficaremos mais felizes a cada manhã, quando abrirmos as páginas dos jornais ou as páginas da revista. Ou seja, imprensa na verdade, é como coração de mãe: por mais que a gente brigue com ela, a gente sabe que precisa dela. Então, ao invés de brigar, eu quero dizer aos meus companheiros ministros: é bom estabelecer uma política de boa convivência com a imprensa, que todo mundo ganhará muito mais." E, a encerrar a alocução: "A vocês, jornalistas, tenham paciência comigo, que eu tenho com vocês, e tudo está muito bem este ano." Comentário de Alberto Dines, presidente do Observatório da Imprensa: "Foi infeliz a incursão presidencial na teoria jornalística. Revela uma faceta voluntarista até então reservada aos críticos em matéria econômica ou política e poderá gerar perigosas confusões. Se a mídia insistir no seu aspecto noticioso – isto é, publicar notícias – vai gerar muita irritação. Em compensação, será privilegiada pela publicidade."

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Perto do final do ano mais uma análise de 2003 e uma previsão para o próximo ano. Mark Glaser, na Online Journalism Review fez algumas perguntas a vários colegas e reuniu um conjunto interessante de ideias. Ideias para o novo ano: :: A continued explosion in blogging :: Net influences politics :: Participatory journalism :: Real Simple Syndication feeds :: Better content -- at a price

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UM BOM E FELIZ NATAL.

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Portugal: perfil dos utilizadores da Internet A Marktest acaba de divulgar os dados do seu Netpanel, relativos ao período Junho-Novembro de 2003, que ajudam a caracterizar os utilizadores da Internet em portugal, segundo algumas variáveis sócio-demográficas. Algumas notas, ilustradas pelos gráficos (publicados na newsletter da Marktest): - Posição destacada da parte masculina, com os homens a atingirem os 66.2% em Novembro; - No parâmetro idade, liderança clara do segmento dos 15-24, embora em ligeira perda no final do período; - A variável classe social mostra-nos um predomínio claro (pr+oximo dos 50%) das classes A/B. - Do ponto de vista regional, há um domínio acentuado da Grande Lisboa.

(Fonte: relatório NetPanel de Novembro de 2003, analisado na newsletter da Marktest, acessível mediante assinatura)

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Informação, Identidade e Cidadania unem investigadores ibéricos e lusófonos Reflectir e problematizar as temáticas inerentes ao estudo da Informação, da Identidade e da Cidadania e proceder a um balanço relativo às investigações realizadas nestes domínios são os principais objectivos do encontro CCCC 2004 - Ciências da Comunicação em Congresso na Covilhã, a decorrer na Universidade da Beira Interior (UBI) em Abril de 2004. Organizado pela Sociedade Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), este ano em colaboração com o LabCom (Laboratório de Comunicação e Conteúdos On-line) e com a Universidade da Beira Interior, o CCCC 2004 designa o modo como três congressos exponenciais nas Ciências da Comunicação vão convergir na Covilhã. Três congressos que, na realidade, são dois, na medida em que o VI LUSOCOM e o II IBÉRICO são as partes constituintes da terceira edição do SOPCOM. “Comunicação na Lusofonia: Fluxos e Identidades" é a temática principal do VI Lusocom, o congresso que integra investigadores portugueses, brasileiros e oriundos de outros países lusófonos. Tem por meta contribuir para o desenvolvimento das relações entre os países de língua portuguesa, fomentando o intercâmbio de investigadores que se dedicam à investigação no âmbito da área científica das Ciências da Comunicação. Esta iniciativa terá lugar na UBI nos dias 21 e 22 de Abril de 2004. “Comunicação e Cidadania” constitui o objecto de análise do II Ibérico , o congresso que reúne os investigadores em ciências da comunicação oriundos da comunidade ibérica. Este encontro decorre também na UBI, a 23 e 24 de Abril do próximo ano, podendo ser entendido como o segundo dos dois momentos que constituem o III SOPCOM. O call for papers já está a decorrer e tem o seu limite marcado para o dia 31 de Janeiro, devendo os interessados submeter as suas propostas aos coordenadores das dezasseis mesas temáticas que constituem cada um dos congressos. O site oficial do CCCC 2004 inclui toda a informação necessária sobre as referidas sessões temáticas e sobre os procedimentos a seguir.

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2003: o ano em que os media descobriram os blogs Esta é a opinião de Jose Luis Orihuela, que escreve no IdeaSapiens. Em jeito de prognóstico, acrescenta: "Creo que veremos incrementarse la relación de weblogs oficiales de medios de comunicación y que se extenderá el recurso al formato weblog para determinadas coberturas mediáticas. Los periodistas free-lance tienen en las bitácoras un poderoso aliado para dar a conocer su trabajo y sus especialidades, y los alumnos de Periodismo una magnífica herramienta para comenzar a desarrollar las destrezas que se les suponen".

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A (falta de) memória nas redacções Isabel Lucas coloca um problema central do jornalismo de hoje, num texto intitulado “Falta de Memória”, publicado no nº 16 da revista “Jornalismo e Jornalistas” (Out.-Dezembro de 2003). Um pequeno extracto: “Há dez anos, quando pela primeira vez tive lugar numa redacção, sempre que me entregavam um trabalho, apontavam-me um jornalista capaz de me ajudar a fazer a reconstituição de um acontecimento. À distância de umas secretárias e em poucos minutos, eu tinha o background da minha história e a informação mínima para poder levantar dúvidas e questionar os interlocutores que iria enfrentar (…). Não falo de um passado longínquo. São apenas dez anos. Mas desde então as redacções foram ficando despovoadas de memória, a memória dos jornalistas com anos de profissão que, em nome da produtividade e da contenção de custos, foram sendo dispensados pelos novos conselhos de administração a quem cumpre gerir os meios de comunicação social como empresas que têm de dar lucro sob pena de fecharem. Não questiono isso. Provavelmente não haverá outro modo e os jornais têm de funcionar e existir como empresas. Mas há uma função inerente à existência de jornais e jornalistas: informar. E a informação não é feita apenas do imediato. Não existe notícia sem um passado que a justifique. Com jornalistas cada vez mais novos, com editores sucessivamente menos experientes, informar é cada vez mais dizer o que acabou de acontecer e as notícias surgem a quem as recebe como actos isolados. A investigação quase desapareceu porque tem custos que as administrações consideram incomportáveis. Há excepções. Mas a regra é a da perda da memória. Uma memória que a Internet não preenche, apesar de ser uma ferramenta essencial à actividade dos jornalistas”.

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“Uma profissão em mudança” Para que a mudança que afecta a profissão de jornalista “se faça sem pôr em causa princípios básicos da profissão, torna-se indispensável a intervenção firme e corajosa de todos quantos se identificam com tais princípios – jornalistas e outros profissionais dos media, professores e investigadores, público em geral”. Assim apresenta a revista “Jornalismo e Jornalistas” o dossier que faz tema de capa da sua edição número 16, correspondente a Outubro - Dezembro. Outros textos neste número – que coincide com os 20 anos da instituição que edita a revista, o Clube de Jornalistas – focam temas como o caso Jayson Blair, os correspondentes no estrangeiro, reportagens dos encontros da Arrábida e do Encontro sobre o ensino de jornalismo e um pequeno dossier sobre o foto-repórter António Xavier.

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O poder no jornalismo: um estudo Rogério Santos é um reincidente. Depois ter estudado a relação entre os jornalistas e as fontes na sua dissertação de mestrado (publicada pela colecção de Comunicação da Editorial Minerva), voltou ao tema no seu doutoramento, de cuja tese acaba de publicar, na mesma editora, um pequeno caderno intitulado “Jornalistas e fontes de informação”. Trata-se da revisão da literatura sobre o tema, o que confere ao trabalho evidente unidade e manifesta utilidade. Ressalta das pesquisas de Rogério Santos, actualmente a leccionar no curso de Comunicação e Cultura da Universidade Católica, uma trajectória de teorias e de concepções, em que o centro de gravidade da relação jornalistas-fontes ora se encontra do lado dos jornalistas, ora das fontes (e, de entre estas, umas mais poderosas do que outras), ora do lado das organizações jornalísticas, ora dos grandes poderes económicos que determinariam o lugar e a função do jornalismo na sociedade. Embora se trate de orientações teóricas em alguns casos difíceis de se conjugarem entre si, mais do que factores reciprocamente exclusivos entre si, os vários elementos polaridades da relação fontes-jornalistas remetem mais para um mapa de problemáticas e de factores que interagem, em circunstâncias e contextos precisos e concretos. Estamos, assim, perante uma relação que enuncia lutas – umas vezes surdas, outras vezes ruidosas – entre agentes e instituições sociais. E é nessas lutas que se pode analisar o problema do poder no jornalismo.

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"Sala de Prensa" A mais recente actualização do portal Sala de Prensa inclui os seguintes textos: - "Sensacionalistas" pero "objetivos": la encrucijada entre la información y el entretenimiento", de Yomarie García de Jesús; - Sensacionalismo y narcocultura en el periodismo, de Hugo Méndez Fierros; - Herramientas cívicas para evaluar la calidad de la información, de Felipe Vargas Ortiz; - El uso de las metáforas en el discurso de la guerra, de María Inés Loyola, María José Villa e María Teresa Sánchez;

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IPJ de Viana do Castelo implementa atelier de jornalismo e educação para os media A Delegação de Viana do Castelo do Instituto Português da Juventude criou um atelier de "Jornalismo e Educação para os Media", procurando desta forma constituir um espaço de apoio às inúmeras publicações escolares e associativas que são editadas no distrito. No âmbito do atelier serão promovidas acções de formação e workshops para as equipas redactoriais, seminários e palestras sobre temas ligados à comunicação e aos media e ainda um concurso de jornais escolares. O arranque está previsto para Janeiro e o atelier será animado por dois elementos da Delegação Regional.

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O protagonismo da notícia e a informação sobre ciência O artigo "Investigação Científica e Jornalismo", que o Prof. Alexandre Castro Caldas, da Faculdade de Medicina de Lisboa escreve no Público merece ser recortado e discutido e, quanto ao caso a que se reporta, estudado. O caso refere-se ao estudo internacional dos riscos potenciais da utilização de amálgamas de mercúrio em dentes cariados em que têm estado envolvidas algumas centenas de crianças da Casa Pia. A mim chamou-me particularmente a atenção este parágrafo do autor, em que aborda a perspectiva da equipa de investigação e a preocupação desta em fornecer informação considerada de interesse públcio: "Assim fez uma jornalista e de boa fé lhe foram dados todos os detalhes pelos responsáveis, na certeza de que estavam a contribuir para o esclarecimento do público. O trabalho jornalístico foi publicado mas não na rubrica geralmente reservada aos "bons". A expectativa do público em relação a uma notícia recorrente e geralmente de impacto mediático era grande porque havia dias que nada de novo se podia acrescentar. Não havia mais do que caricaturar a boa notícia e catapultá-la para a ribalta dos sequiosos do drama. Tal como esperado o isco pegou e muitos foram atrás limitando-se a falar da caricatura. Colunistas respeitáveis de outras publicações explicitaram ignorantes opiniões em ar de cátedra dizendo ser este um país de terceiro mundo".

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Deontologia das entrevistas: mais uma achega Não houve um único leitor do DN que tenha questionado a provedora sobre o caso das entrevistas que são pelos jornalistas dadas a ler aos entrevistados (e eventualmente alteradas em grau maior ou menor). É o que escreve hoje Estrela Serrano, retomando o assunto que tanta polémica deu recentemente na Alemanha, com ecos noutros países. A Provedora defende um posicionamento aberto mas exigente sobre o assunto: "Antes da realização de uma entrevista, é suposto que entrevistador e entrevistado se ponham de acordo sobre um conjunto de regras que podem abranger o tema geral da entrevista, a sua extensão - se será publicada na íntegra ou com «cortes» e, neste caso, em que condições estes serão feitos - a data e o enquadramento geral em que será publicada, o formato e, eventualmente, a técnica de recolha e a possibilidade de revisão das respostas. Uma vez discutidas e aceites essas, ou outras, regras não há, em princípio, razão para surpresas." O dar a ler a entrevista, se tal tiver sido acordado, pode contribuir para uma maior fidelidade ao pensamento do entrevistado. No caso, porém, de serem, então introduzidas alterações de monta, Estrela Serrano defende que o jornalista pode adoptar uma de duas atitudes: "ou não publica a entrevista ou publica-a com as alterações introduzidas, explicando ao público o contexto em que a entrevista foi obtida, analisando o significado das declarações feitas e confrontando-as com posições anteriores do entrevistado." Para a Provedora, "não se afigura, porém, eticamente aceitável, em caso de acordo prévio sobre revisão de respostas, que o jornalista publique a entrevista se o entrevistado considera que ela não corresponde ao seu pensamento. Num trabalho em que intervêm duas ou mais pessoas, como é o caso de uma entrevista, são necessárias regras que definam o que compete a cada parte."

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Caixa de correio ... e de surpresas A caixa do correio dos leitores é uma caixinha de surpresas, escreve o "médiateur" do jornal Le Monde, na sua última coluna. O jornal recebeu, este ano, entre missivas dirigidas à Direcção/Redacção do jornal e missivas dirigidas ao próprio provedor, cerca de 17 mil. dessas, foram objecto de publicação menos de setecentas. É todo um mundo o que corre nessa zona pouco conhecida de trocas e interacções entre um jornal e os seus leitores. Robert Solé mostra como os motivos da escrita são extremamente diversos (o conteúdo, a qualidade da escrita, a natureza do papel, a comunicação sobre matérias que são meras curiosidades...). E como muitos leitores desconhecem o que distingue os assuntos que os devem fazer dirigir-se ao director daqueles que os deverão encaminhar para o provedor. Mas lá que escrevem, isso escrevem.

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Fundo da OSCE para apoio a jornalistas A Organizacão para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) acaba de criar um fundo especial destinado a apoiar juridicamente jornalistas perseguidos por investigarem nos domínios da corrupção e do crime. O Fundo, com o nome de Veronica Guerin, a jornalista do jornal irlandês Sunday, assassinada em 1996, é gerido pelo responsável pelo pelouro da liberdade de expressão dos media da OSCE (fonte IFEX)

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"Clube Expresso": experiência a acompanhar O Expresso anuncia hoje uma iniciativa a que vale a pena prestar atenção: a criação, esta semana, do "Clube Expresso", com alguns dos mais significativos jornais da imprensa regional. * Aparentemente, trata-se apenas de uma forma de criar sinergias entre um grande órgão de informação e pequenos jornais de província. Mas o âmbito do acordo subscrito visa outros domínios (marketing, publicidade, formação, iniciativas especiais). O que pode prenuniciar uma estratégia de mais largo alcance, dependendo do modo como este passo resultar. * O Expresso é um jornal que é nacional na distribuição mas provincial na matéria coberta (porque quase circunscrito a Lisboa e, secundariamente, ao Porto). Com a aliança agora instituída, vai dar mais visibilidade a problemáticas das diferentes regiões do país, tal como vistas pelos órgãos da imprensa local. * Por sua vez, os jornais regionais integrantes do Clube, além da visibilidade que alcançarão para si próprios e para os seus profissionais, entram numa rede de novas possibilidades de acção que, sozinhos, nunca teriam. * Esta estratégia do grupo Balsemão marca uma diferenciação relativamente a umoutro grupo como a Lusomundo, que tem preferido apostar na aquisição de órgãos de imprensa local (como é o caso do Jornal do Fundão e do Diário de Notícias do Funchal). * Não deixa de ser sintomático que a página em que serão publicadas as colaborações regionais se intitule "País Real". É caso para perguntar que país será o que é tratado na restante matéria jornalística de incidência nacional.

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Weblogs: no início de uma nova era A ler, de Rebecca Blood (autora do livro The Weblog Handbook: Practical Advice on Creating and Maintaining Your Blog, Perseus, 2002 e, desde 1999, do weblog Rebecca´s Pocket): The revolution should not be eulogised, publicado em the Guardian: "A weblog is something fundamentally new. Something no one can quite put their finger on, not yet. And those who try to define the phenomenon in terms of current institutions are completely missing the point. (...) The weblog is at once a scrapbook, news filter, chapbook, newsletter, and community. This is not passive news consumption. Neither is it broadcasting. The average blogger has time to surf the web, but no resources to report stories. Some bloggers will follow a news story to the end, some may lose interest after a few days. Commentary will range from the fully-formed to the random blurt and can freely mix the public and the personal. All this represents something new: participatory media. And it matters. Not because of its resemblance to familiar institutions, but because of its differences from them. Weblogs are just too varied, too idiosyncratic, to fit into an existing box. Industry analysts might call this disruptive technology because weblogs have changed personal publishing so profoundly that the old rules no longer apply. We are at the beginning of a new age of online publishing - and I predict that this generation of online pamphleteers is just the first wave."

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Fazer de cada qual um "jornalista" Em plena efervescência sobre o papel e o futuro da profissão de jornalista, surge mais uma experiência e uma vez mais do MediaLab do MIT (Massachussetts Institue of Technology). É o "SilverStringers - Community-centric news", apresentado deste modo: "a community-centric approach to news coverage and presentation intended to train and equip its members to be reporters, photographers, illustrators, editors, and designers of a localized Web-based publication. The program is also intended to adapt and develop technological tools to facilitate the journalistic activities of the group". O projecto teve início em 1996, nessa altura voltado para a terceira idade. Alargou-se posteriormente a outras faixas etárias e assume agora uma dimensão comunitária, procurando capacitar as comunidades locais a serem agentes activos na produção e difusão da sua própria informação. Não lhe falta sequer um "tutorial" sobre como fazer jornalismo, com sugestões e estratégias e actividades para workshops sobre o assunto. A Online Journalism Review acaba de publicar uma entrevista com o responsável deste projecto, o antigo jornalista Jack Driscoll, intitulada "MIT Media Lab Offers a Simple Recipe for Publishing Homegrown News".

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Debate no Brasil sobre a regulamentação do jornalismo Decorre no Brasil um interessante debate sobre a regulamentação da profissão de jornalista e, em especial, sobre se deve ou não ser exigido um diploma específico para aceder ao exercício do jornalismo. O motivo mais imediato foi uma decisão judicial recente que volta a deixar aberto o acesso sem diploma. Mas o assunto é complexo, controverso e ainda longe de estar encerrado. E no número desta semana do Observatório da Imprensa o jornalista Maurício Tuffani publica um extenso artigo (Diploma de jornalismo-Crônica de uma baixaria anunciada) em que defende que "os argumentos sobre esses assuntos e vários outros ligados à regulamentação profissional de devem ser confrontados com honestidade intelectual e respeito à ética, e não em uma batalha do bem contra o mal em uma guerra de desinformação". Procurando pôr os pontos nos is na polémica aberta nos últimos anos, documenta os seus argumentos com um conjunto de referências que podem ser úteis a quem, do lado de cá, pretenda acompanhar com mais detença o debate do outro lado do Atântico. Aqui ficam essas referências: - "Oitenta anos de solidão", 05/03/2003; - "Uma decisão contra o jornalismo", 11/12/2003; - "Vetarán ley de colegiación de periodistas en Guatemala", La Prensa, 06/12/2003; - Vitor Ribeiro, "O exercício profissional do jornalismo no mundo"; - Míriam Abreu, "Jornalista faz pesquisa sobre a profissão", Comunique-se, 25/02/2003; - "Jornalista precário: nota oficial do sindicato de SP", Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, 11/12/2003; - Boanerges Lopes, "A ficha tem que cair", Comunique-se, 12/12/2003. (Nota: estes links não foram todos verificados; alguns podem exigir inscrição, para poderem ser acedidos).

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Anunciantes, media e consumidores: as diferenças Uma revista da especialidade, a Mediapost, entendeu encomendar um estudo que pusesse em confronto as percepções dos responsáveis dos media e agências de publicidade, por um lado, e dos consumidores, por outro. Os resultados apurados, cuja súmula pode ser consultada na apresentação "Advertising Media: How Planner and Consumer Perceptions Differ", divulgada este mês, sugere que as diferenças podem ser assinaláveis. Por exemplo, quando ao meio que é percebido como mais eficaz na publicidade. Por outro lado, pouco mais de metade dos responsáveis pela colocação de publicidade nos media julgam que eles próprios e os seus pares dispõem de uma adequada compreensão sobre o modo como os cunsumidores se relacionam com os media. (O estudo foi realizado online no mês passado, nos EUA, pelas empresas InsightExpress e MediaPost, e tem por base uma amostra de 500 consumidores de entre o universo de pessoas online e 430 directores, planificadores de media e publicitários).

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Logotipo de A Dois É este o logotipo do canal A dois que, a partir de 5 de Janeiro proóximo vamos ver no sítio da RTP2. O site com os destaques da programação está aqui (dica de Contrafactos).

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Oportunidade desperdiçada “As telenovelas e séries que a NBP vendeu à rede "Bandeirantes" vão ser dobradas por actores brasileiros, para serem retiradas expressões e palavras portuguesas desconhecidas do público do Brasil”, diz hoje o JN. “A dobragem dos textos é exigida porque "os brasileiros não entendem o Português de Portugal", como justificou o vice-presidente da Bandeirantes, Marcelo Parada, em declarações à agência Lusa”. É pena, porque seria uma boa forma de o público brasileiro ter contacto com as tais “expressões e palavras desconhecidas” e enriquecer ainda mais o seu léxico – à semelhança do que acontece em Portugal, onde, que eu saiba, nunca ninguém tomou a decisão peregrina de dobrar as telenovelas provenientes do Brasil, desde que em 1977 estreou “Gabriela, Cravo e Canela”. Palavras e expressões desconhecidas, na altura, também as havia. Mas desconfio que, hoje em dia, a maior parte das pessoas sabe o que quer dizer “xingar alguém”, “ser uma jararaca”, “parecer fajuto” ou “jogar uma peladinha”. Tanto dá que seja o português de Camões como o português de Jorge Amado – tapar os ouvidos ao que diz o outro é desperdiçar a oportunidade de alargar horizontes.

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Se não podes vencê-los... ...junta-te a eles. É assim que algumas cadeias de televisão estão a (re)agir a essa tendência que parece imparável e que a Mediabriefing.com formula deste modo: "a medida que la audiencia se introduce en el uso de los medios más relacionados con las nuevas tecnologías, su consumo de televisión decae de manera espectacular". Sendo que os videojogos são em parte responsáveis por esse fenómeno, pelo menos em faixas de idades mais baixas, nada melhor do que incorporar conteúdos sobre esse tema na sua programação.

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Hora de balanços Em 2003: The Year of the War Reporter, Greg Mitchell, da Editor & Publisher, faz uma retropsectiva da cobertura da guerra no Iraque, considerando que foram 12 meses de"Bravery and Missed Signals".

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Encontro em Abrantes A Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), pertencente ao Instituto Politécnico de Tomar (IPT) evoca os cinco anos de vida da instituição com um Encontro de Comunicação que se realiza nos próximos dias 12 a 16 de Janeiro. Temas como á rádio, jornalismo cultural, gabinetes de imprensa nas autarquias e marketing nos grupos de comunicação encontram-se previstos no programa. A inscrição pode ser efectuada on-line aqui.

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Tendências e prognósticos para 2004 A agência de comunicação Euro RSCG Worldwide acaba de divulgar algumas tendências para o ano que se aproxima, elaboradas pela sua equipa STAR (Strategic Trendspotting and Research), a qual refere ter-se baseado num painel espalhado por 75 países: - Going Local - Us vs. Them - Rise of the Singletons - Self-Gifting - Catering to Metrosexuals - Anti-Globesity Campaigns - Blogging - Google Bombing and Further Politicization of the Internet - Executive Coaches. Sobre os blogs, refere o "release" da agência: "2003 was the year in which weblogging -- a.k.a. blogging -- really took hold, with an estimated 3 million sites worldwide. In 2004, we'll see more buzz marketing via blogs, as marketers figure out ways to use this new medium for their own means."

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Para lá do "show off" tecnológico Luis Ángel Fernandez Hermana, no último editorial da revista Enredando: "(...) En estos días se ha presentado un estudio de la UOC sobre el uso de las nuevas tecnologías en las escuelas. Tras constatar que éstas están muy bien equipadas y poseen un parque de ordenadores adecuado y suficiente, los investigadores descubrieron que el 70% del profesorado y el 37% de los alumnos no utilizan nunca Internet en la escuela y la media de uso es apenas de una hora al mes. El 75% de los alumnos ha aprendido a usar Internet fuera de las aulas y el 90% del profesorado admite que utiliza habitualmente Internet en su casa (...)". É por isso que os programas de difusão dos computadores e da Internet pelas escolas, sendo certamente muito importantes, são apenas uma condição necessária, mas bem longe de ser suficiente, para que haja progressos assinaláveis na dita sociedde do conhecimento. E podem não passar de "show off" político, que enche o olho das estatísticas domésticas e comunitárias e os bolsos dos negociantes de computadores.

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TV digital acelera no Reino Unido O Reino Unido tem planos para abandonar a televisão analógica até 2010, mas é provável que essa data possa vir a ser antecipada. Segundo o Guardian de hoje, a TV digital está presente em mais de 50 por cento dos lares, por via da rápida difusão do sistema Freeview, lançado com o apoio da BBC. A rapidez desta inovação estaria a ultrapassar a do Playstation e do DVD.

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BBC mais restritiva Além das normas internas de verificação de fontes, a que há dias o J&C aludia, a BBC acaba de proibir que jornalistas seus que colaboram noutros órgãos de comunicação sobre matérias de actualidade o possam continuar a fazer. Um alto responsável do operador público, citado pelo MediaGuardian considera que "'Impartiality is an essential element to the BBC's reputation and to our journalism. When our journalists write in papers it is seen as an extension of their work for the BBC - yet columns and newspaper articles on controversial issues depend on expressing opinions to an extent which is often incompatible with the BBC's impartiality'".

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Prisão de Saddam pôs redacções em sobressalto Que tem Howard Dean, candidato a candidato democrata para a presidência dos EUA, a ver com a captura de Saddam Hussein? Resposta, com um fait-divers: tem muito a ver. Era a imagem de capa da edição desta semana da Newsweek e saltou fora com a divulgação da notícia da prisão do ex-ditador iraquiano. É um fait-divers que revela, no entanto, a reviravolta que uma notícia pode provocar numa redacção, quando eclode no momento em que a edição já está fechada. Foi o que aconteceu com a Time e a Newsweek, no domingo, de madrugada. Mas o alvoroço e o pandemónio foram comuns a muitos outros órgãos de comunicação. A este propósito, vale a pena ver a montagem de slides de mais de 80 primeiras páginas de sites noticiosos on-line, feito sobre o assunto, pelo Poynter.com, no domingo de manhã, no espaço de meia hora.

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Chefe de Estado italiano trava Berlusconi O Chefe de Estado italiano seguiu o apelo de inúmeras vozes do seu país e mesmo do estrangeiro (Repórteres Sem Fronteiras, OSCE...) e vetou a chamada Lei Gasparri, que, segundo os críticos, punha em causa o pluralismo da informação e trazia para a boca de cena os interesses privados do chefe do Governo, Silvio Berlusconi. Carlo Azeglio Ciampi considerou que a lei aprovada no Senado "não se encontra em sintonia com a jurisprudência constitucional e é inadequada à garantia do respeito do pluralismo da informação". Ciampi tinha já dado claros sinais de que não poderia assinar a lei. E antes disso enviara, em Julho de 2002, ao Parlamento uma mensagem formal, a única do seu mandato, em que sublinhava que "a garantia do pluralismo e da imparcilaidade da informaçãi constui o instrumento essencial para a realização da democracia completa".

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A SIC paga Um mês depois do "resgate" da jornalista Maria João Ruela pelo INEM, a SIC vem dizer que, afinal, nunca esteve em causa ser ela a pagar os encargos do avião que foi buscar a jornalista ao Kowait. Tudo por uma "questão de princípios", depois de consultar a seguradora na qual Maria João Ruela tinha apólice contra todos os riscos profissionais, de valor ilimitado. Balsemão agradece a rapidez e a "gentileza enorme" do Governo, mas esclarece que "agora é preciso fazer contas".

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Comunicações nas universidades em risco A FCCN - Fundação para a Computação Científica Nacional, que tem um papel decisivo e estratégico nas comunicações das entidades portuguesas de âmbito científico está sem dinheiro para realizar a sua missão. Se o problema não tiver resolução até ao fim deste mês, as universidades e outras instituições do sistema de ensino, ciência, tecnologia e cultura poderão ver comprometido o funcionamento das suas plataformas de telecomunicações e acesso à Internet. Ao que este weblog apurou, a FCCN estará sem horizontes para a decisão, que só poderiam ser abertos pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior. O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas está já ao corrente da situação de crise que se desenha. Lê-se no site da FCCN que esta "é uma instituição privada de utilidade pública que iniciou a sua actividade em Janeiro de 1987. Desde então, com o apoio das Universidades e diversas instituições de I&D nacionais, a FCCN tem contribuido para a expansão da Internet em Portugal. Como principal actividade a FCCN tem o planeamento, gestão e operação da Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade(RCTS), uma rede de alto desempenho para as instituições com maiores requisitos de comunicações, constituindo-se assim uma plataforma de experimentação para aplicações e serviços avançados de comunicações.". Além disso, cabe também à FCCN a gestão do serviço de registo de domínios de .pt. Actualização: Jose Luís Arnaut, que foi o membro do Governo destacado para a recente Cimeira Mundial da Sociedade da Informação, tem hoje um artigo interessante no Público, mas no qual faz afirmações que, aparentemente, não jogam com a crise em que se encontra a FCCN.

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Formação do jornalista digital O tema de capa do número mais recente da Chasqui – Revista Latinoamericana de Comunicación é sobre "La formación del periodista digital". Esse é, de resto o título de um artigo de Koldobika Meso Ayerdi, que o número publica, bastante crítico para a formação que (não) é proporcionada nesta area, nas instituições de formação académica.

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Ainda as entrevistas... Há elementos novos na zona de comentários, relativamente ao post de domingo sobre a prática de dar as entrevistas aos entrevistados, para que as corrijam, antes de serem publicadas. O jornal La Vanguardia inseria, no seu espaço de opinião, mais uma pequena reflexão sobre o assunto, da autoria de Gregorio Morán, numa peça intitulada Periodismo y magia: "La prensa española ha recogido con probidad la enérgica protesta de los diarios alemanes contra las entrevistas censuradas de los dirigentes políticos, sin excepción de partido, que se corrigen a sí mismos, con absoluto desprecio del gremio periodístico, de los lectores y de lo que realmente declararon. Y yo me he quedado literalmente sobrecogido, de un lado porque un gremio tan insolidario y competitivo, como es el periodismo alemán, se atreviera a ir tan lejos formando piña contra su clase política. Pero mi perplejidad era absoluta porque ninguno de los diarios españoles que recogían la noticia, en ocasiones con gran espacio, tenía la decencia de al menos una pequeña nota, a pie de página, editorial, del defensor de los lectores, de la jefatura de casos perdidos, en fin, de lo que sea..., en la que se señalara que eso del derecho a corregir, añadir y poner digo donde dije diego es una práctica absolutamente habitual en nuestra prensa y que aún no ha habido nadie que la haya denunciado. Sé de dirigentes políticos que consiguieron cotas cómicas de haberse enterado los lectores e incluso los redactores del mismo periódico, casos en los que el líder no sólo puso las respuestas que quiso y no las que dijo, sino que incluso se fue inventando las preguntas que le interesaban, e incluso se cabreó porque alguien le advirtió que se había excedido en el espacio."

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As lições de Howard Dean Desde que Al Gore lhe manifestou o seu apoio, Howard Dean tem sido encarado como o mais provável candidato do Partido Democrata à presidência dos EUA. Pouco conhecido do público em geral, Dean não é um estranho para quem frequenta a blogosfera norte-americana. O candidato, ex-governandor do estado de Vermont, tem utilizado eficazmente a internet como meio de campanha. Até ao momento, conseguiu arrecadar on-line 7.4 milhões de dólares para a sua campanha. Se vencer as eleições, que deverá disputar com Bush, será o primeiro a ter utilizado um blog para chegar à Casa Branca. A campanha de Dean permitiu já algumas lições sobre o marketing on-line: But the lesson of Dean's candidacy is that the Web is not for micromanagers. With the Internet, an effective campaign creates a community that will on its own begin to market your product for you. Properly done, you won't be able to control it. And you won't want to.

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Os Estados Unidos trabalhavam há vários meses no anúncio da captura de Saddam Hussein. Conta esta notícia do El Mundo que havia dois anúncios - caso fosse encontrado vivo ou morto - e que mensagem foi elaborada de maneira a que ele não parecesse herói nem mártir.

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Os desacordos da Cimeira Um resumo das dificuldades e desacordos encontradas para se chegar a algum consenso na Cimeira Mundial para a Sociedade da Informação encontra-se numa entrevista do Libération a Daniel Kaplan, representante da Fondation Internet Nouvelle Génération (FING): "Les Américains ne partagent pas la conception de l'Union européenne sur la gouvernance de l'Internet ou la propriété intellectuelle. Les pays démocratiques et les pays autoritaires ne s'entendent pas sur le contenu et les limites qu'il convient d'apporter à la liberté d'expression sur les réseaux. Les pays du Nord et les pays du Sud n'ont pas la même manière de traduire dans les faits leur volonté commune de réduire la fracture numérique..."

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E se fosse na RTP e em Portugal? "- O que é que mais valoriza na RTP? - Como deverá adaptar-se a rtp às mudanças na tecnologia e na cultura? - Qual é a sua opinião sobre os serviços de televisão, rádio e Internet que o serviço público de TV e rádio? - A estação deveria incluir serviços comerciais? - Como se deveria financiar? - Estará a RTP organizada da forma mais efectiva e eficiente? - Como gostaria de a ver dirigida e regulada? - Como se pode assegurar que a RTP seja responsável perante o público e o Parlamento?" Não, não foi sobre a RTP que estas perguntas foram feitas. Foi sobre a BBC. O Governo do Reino Unido entendeu que o público (a tão decantada "sociedade civil" de Morais Sarmento) deveria ter uma palavra a dizer sobre o futuro do serviço público e sobre a regulação desta componente do sector dos media. E, para tal, lançou uma vasta consulta pública, inserida no âmbito mais vasto de rever a Carta que lhe confia o serviço público. As perguntas referidas acima vêm hoje num artigo no Jornal de Noticias, obviamente com am menção BBC, onde eu coloquei RTP).

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BBC torna-se mais exigente A BBC deverá apresentar esta semana um novo livro de estilo, no qual são definidas regras mais exigentes, nomeadamente sobre a cobertura de matérias controversas, anuncia hoje o jornal The Guardian. Num esforço para se antecipar ao que dirá o relatório Hutton, sobre a morte de David Kelly, e de outros motivos em que o trabalho jornalístico foi questionado ao longo deste ano, espera-se que um dos pontos seja a exigência de que matérias sensíveis não possam ser publicadas se estiverem baseadas numa única fonte.

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Regulação no sector da comunicação: "contrafactos e argumentos" Pedro Fonseca retoma, no ContraFactos e Argumentos, a discussão sobre as medidas que se anunciam para a(s) entidade(s) reguladora(s) no sector da comunicação e dos media, trazendo ao debate aspectos novos e interessantes. Põe, por exemplo, em questão, a ideia, defendida por Morais Sarmento, de que a experiência de regulação nas telecomunicações se encontra "madura" (ao contrário do que se passaria no sector dos media). Reforça, por outro lado, a ideia, que eu tinha deixado apenas sugerida, de que o modelo que a maioria parlamentar se propõe seguir continuará a permitir o controlo político. Eu volto à "minha": acho preocupante que uma matéria tão delicada e, de certo modo, decisiva, passe sem que entidades várias - de âmbito político, cultural, social... - se mantenham num silêncio que parece querer dizer: "no pasa nada".

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Os weblogs e a cidadania local Sugiro a leitura do artigo "Les carnets (weblogs), une piste pour l’expression citoyenne locale?", que Florence Le Cam (Université Laval / Université de Rennes) apresentou há dias em Brest. O texto é uma boa apresentação do fenómeno dos blogs: "(...) Cette tendance à l’auto-publication aux marges de la littérature et du journalisme questionne de front plusieurs pans de la médiatisation de l’information : le statut de l’auteur, la hiérarchisation de l’information, l’immédiateté de la publication, etc. Elle touche aussi directement la dialectique du Moi et de l’Autre : le carnet est une forme de publication qui repose sur un ton personnel et parfois sur le dévoilement de soi, de ses angoisses et renvoie alors aux autobiographies, voire à la constitution de ‘Mémoires’ en ligne. Les institutions commencent, elles aussi, à s’intéresser à cette forme de publication : des communes, des espaces publics locaux, des représentants politiques créent des carnets.(...)". Em particular sobre a relação dos weblogs com a vida e a cidadania local, relação que a autora considera ainda marginal, várias modalidades são propostas, no sentido de que "la présence de ces carnets pourrait éventuellement transformer le rapport que l’internaute ‘local’ entretient avec les actions et les décisions développées dans son entourage géographique. Ces carnets d’opinion, d’information pratique, de débats mettent à l’avantscène des acteurs locaux qui ne sont plus simples utilisateurs, mais bien acteurs de la diffusion d’information.(...).

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Entrevistas: dar a ler ou não? Mais uma achega A polémica surgiu recentemente na Alemanha, foi noticiada cá, mas passou sem grande debate. E, no entanto, quer-me parecer que também cá o assunto mereceria atenção. É correcto ou não - e em que circunstâncias e condições - os jornalistas darem a ler aos entrevistados (para eventual correcção) as entrevistas que lhes fizeram? Uma leitora do La Vanguardia ficou preocupada com o que este jornal contou sobre o caso alemão e perguntou ao provedor se neste jornal se faziam iguais "cozinhados". A resposta de Josep Maria Casasús é uma peça que vale a pena ler. Intitula-se: "Ciertas entrevistas no son cosa de dos". Pois não. São coisas em que assessores metem muitas vezes a mão, tocando naquilo em que nunca deveriam tocar.

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Sony e Bertelsmann: fusão na música A Sony e a Bertelsmann, que representam 25 por cento do mercado mundial, acabam de anunciar a intenção de fundir os respectivos ramos ligados à música. A nova entidade, à qual foi dado o nome de Sony-BMG, ficará agora dependente do "nihil obstat" das autoridades europeias e norte-americanas. O acordo, que foi negociado no espaço de um mês, envolve apenas as actividades ligadas ao disco. A edição, fabrico e distribuição não se encontram incluídas.

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A importância da pontuação Ao ler uma das notas do "weblog" de Maria Elisa no DN, pensava com os meus botões: também no português a pontuação é, frequentemente, um desastre. Então as vírgulas!... Umas aparecem onde nunca deveriam estar e outras falham onde manifestamente fazem falta. O resultado é, muitas vezes, dizer-se o contrário do que se pretendia. Como neste caso, contado num livro que está a ser um best-seller em Inglaterra, e que Maria Elisa refere: «A woman, without her man, is nothing» («Uma mulher, sem o seu homem, não é ninguém») e nas costas «A woman: without her, man is nothing» («Uma mulher: sem ela, o homem não é ninguém»).

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A regulação no sector da comunicação: alguns comentários Se o Governo avançar com as propostas que são já públicas sobre a regulação da comunicação e dos media, vai ter pela frente adversários de peso. Um deles poderá ser Pinto Balsemão, dono de um dos maiores grupos mediáticos portugueses. Esse foi o tom das intervenções que fez quinta-feira à noite, em pergunta-comentário às posições da maioria, anunciadas pelo ministro Morais Sarmento, num jantar-debate organizado pela Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social. E então o que defende o Governo? Em suma, propõe que: - se mantenham duas entidades reguladoras, uma para o sector dos media e outra para as telecomunicações; - a dos media absorverá as competências da actual Alta Autoridade para a Comunicação Social (matéria com implicações na revisão constitucional, na parte respeitante a direitos, liberdades e garantias) e do Instituto de Comunicação Social (na parte respeitante ao funcionamento do mercado); - Morais Sarmento considera - di-lo no Público - que a regulação nas telecomunicações está madura, ao contrário do que aconteceria nos media. Neste último caso, a proposta da maioria, aparentemente em vias de ser "consensualizada" com o PS, passa por instituir um órgão com um conselho de administração de três ou cinco membros a nomear pela Assembleia da República, o qual, por sua vez escolherá elementos de diferentes áreas (profissionais, técnicas, académicas e outras) para duas comissões especializadas. (cf. as matérias publicadas hoje pelo Público e pelo Diário de Notícias). Balsemão reagiu dizendo que o Governo o estava a deixar preocupado. Defende a convergência entre media e telecomunicações, aposta na auto-regulação e no esvaziamento da carga política da entidade reguladora dos media. É provável que Paes do Amaral, que não esteve presente, afine pelo mesmo diapasão. As razões pelas quais o Governo (e o PS) vão noutra direcção não são necessariamente mais tranquilizadoras, mas são, apesar de tudo, mais correctas, no sentido em que posicionam o problema no plano da responsabilidade pública, e não num plano meramente técnico. Agora, do meu ponto de vista, a questão está precisamente aí: numa matéria que se liga directamente com os direitos e deveres dos cidadãos perante os media, será legítimo que um assunto desta dimensão seja "cozinhado" em gabinetes, secretarias e restaurantes e não salte para a praça pública e se torne objecto de reflexão e análise alargados? Dito de outro modo: será aceitável que um processo que visa instituir um instrumento fundamental do escrutínio público dos media não seja ele próprio escrutinado na fase da sua elaboração? A convergência entre os dois sectores parece-me, todavia, inevitável, mais tarde ou mais cedo. Aparentemente, a maioria considera que as condições ainda não estão reunidas para se avançar nessa direcção, ao contrário do que, em reforma desencadeada nos últimos anos, fez a Inglaterra (e outros países), como lembra Paulo Miguel Madeira no Público. Seria bom que fossem conhecidos os factores que levam a adoptar uma solução que vai obrigar a nova reforma, dentro de poucos anos.

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"A grande chatice" A ler, de Paquete de Oliveira, "A grande chatice", no Jornal de Noticias: "(...)Governar em democracia, e em estado escancarado por essas janelas que são os media, seja a folha de jornal, a antena da rádio, ou a visão da tela electrónica, "é uma chatice". Salazar bem dizia: "Politicamente só existe o que o público sabe que existe". "O pior" - não sou eu que o digo - é que, hoje, por causa deste "maldito" clima de devassa que os media instauraram, a dita opinião pública vai sabendo de quase tudo. "Não se pode exterminá-los?" - pensam alguns cismadores da pátria amada, saudosos de tempos antigos.O que ainda vai valendo a "este descalabro" são as maiorias parlamentares que não deixam nunca os representantes do povo na Assembleia apurarem a "verdade, verdadinha" das coisas. O povo lá vai sabendo das coisas pela imprensa, rádio e televisão, ou então pela Net, através dos "blogs", esses novos preciosos informadores sobre as verdades e as mentiras.(...)"

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"Arrêt sur images" sobre a tele-realidade A próxima edição do programa de Daniel Schneidermann "Arrêt sur images", da France 5, será dedicado aos reality shows, segundo anuncia o canal e o site do próprio programa. A ideia é abordar o fenómeno da tele-realidade numa perspectiva internacional. Em estúdio estarão Bertrand Villegas, da empresa de estudo de programas "The Wit" e Nancy Tartaglione, jornalista na Screen International do Los Angeles Time. O programa vai para o ar amanhã, domingo, às 12.30h locais.

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Os jornais são coisa do passado, Berlusconi dixit Declarações do primeiro ministro italiano sobre os media, transcritas pelo La Repubblica ("Giornali obsoleti, futuro digitale", 10.12): "Non potete fermare il progresso tecnologico. Voi non potete fermare il digitale. Quando la tecnologia presenta delle forme possibili di comunicazione, non la si può fermare. Questo è il progresso che avanza...(...) I giornali, i periodici fanno parte di una stagione della comunicazione. Oggi, per esempio c'è Internet, che fornisce a domicilio tutte le notizie immaginabili. Non attribuite quindi alla televisione (...) la possibilità di togliervi dei lettori. Voi fate dei bellissimi giornali. Non dico che non siete capaci di farli. Anzi. Sono giornali bellissimi, ma li fate per una elite di cittadini. La carta stampata fa parte di un momento dello sviluppo della tecnologia e della comunicazione. Non so indicarvi io la soluzione, ma quando ci sono prodotti che diventano obsoleti bisogna prendere altre strade". Quando criticam a lei Gasparri, há dias aprovada no Parlamento (e que abre um maior poder de controlo dos media Silvio Berlusconi), os editores de jornais italianos são, na opinião do primeiro ministro, semelhantes a "quei produttori di carrozze che, in Inghilterra, chiesero al Parlamento di vietare la produzione di automobili e, non riuscendoci, ottennero che le automobili fossero precedute da un 'battitore' che gridava 'fate luogo, fate luogo'. I periodici (...) fanno parte di una stagione dell'informazione, oggi c'è anche internet...".

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Cimeira Mundial: muita coisa adiada para 2005 A Cimeira Mundial da Sociedade da Informação terminou hoje em Genebra com uma boa dose de boas intenções, mas com as medidas mais significativas aparentemente adiadas para a segunda parte a realizar em Tunes, em 2005. Este é, pelo menos, o tom dos relatos de vários jornalistas presentes no local. Das boas intenções fala a proposta do presidente do senegal de fazer do dia 12 de Dezembro o Dia da Solidariedade Digital. Foi rejeitada uma proposta que se propunha criar um fundo de solidariedade digital que se destinava a permitir a governos, empresas e outras institituições a combater o fosso digital. No entanto, os países ocidentais consideraram que os fundos de financiamento existentes são a via adequada para esse fim. Este é, pois, um dos pontos adiados. O ambiente em Genebra foi febril, com largos milhares de participantes oriundos de mais de centena e meia de países e de centenas de organizações governamentais e da sociedade civil. Os weblogs tiveram destaque em vários momentos, em particular quando o presidente e o ministro da Informação da República do Irão foram interrogados sobre o assunto, em particular sobre as restrições à lberdade de expressão e de acesso à Internet. De resto, Aaron Scullion, da BBC News, descrevia assim o ambiente, no que respeita ao blogging: "It's remarkable how much blogging there is going on here. Everywhere you turn, in the media centre, in the cyber cafe, and on wi-fi laptops, people are posting their thoughts to their own sites. I've personally met bloggers from Britain, Italy, Iran, South Africa and the USA. Technologically, the event has been a partial success. The Wi-Fi service, which covers the entire conference centre, has worked. The main objection has been the price. Wi-fi service throughout the summit, for one user, cost nearly £100, which seems a little short-sighted given how many delegates will have been put off sampling its delights."

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"Expresso" tenta contornar a lei - acusa o SJ "Vários jornalistas que há anos se encontram em falso regime de trabalho independente estão a ser pressionados pela Sojornal, editora do semanário “Expresso”, para assinarem um contrato de prestação de serviços lesivo dos seus direitos", refere o Sindicato dos Jornalistas em comunicado hoje tornado público. A empresa procura com o referido contrato alterar “de forma expressa a relação contratual de trabalho de facto para uma mera prestação de serviços”, de forma a eliminar a possibilidade dos jornalistas reclamarem "o reconhecimento da relação de trabalho subordinado” que efectivamente mantêm com o “Expresso” - considera o Sindicato.

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Investigação em Ciências da Comunicação - resultados da avaliação externa A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) acaba de divulgar os resultados das classificações dos centros de investigação portugueses em Ciências da Comunicação e que são os seguintes: - Universidade de Aveiro: Fair - Universidade da Beira Interior: Good - Universidade Lusófona: Fair - Universidade do Minho: Very Good - Universidade Nova de Lisboa: Good. Há ainda outros centros que foram avaliados pelo mesmo painel, mas cujas classificações não foi possível apurar. O painel de avaliadores foi constituído pelos investigadores Peter Golding, Cees Hamelink e Els de Bens A FCT utiliza uma escala que compreende, por ordem decrescente, os seguintes escalões: Excellent, Very Good, Good, Fair e Poor.

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Fosso digital também afecta países ricos Diversas intervenções na Cimeira Mundial da Sociedade da Informação têm alertado para uma dimensão que passa frequentemente despercebida:o fosso digital não é meramente um problema de assimetrias entre regiões e países do mundo, mas de desequilíbrios, por vezes acentuados, dentro de países que globalmente e em média são considerados economica e tecnologicamente avançados. Mais informação sobre este tema: aqui.

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Diploma volta a deixar de ser obrigatório no Brasil A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) está novamente obrigada a emitir carteira de identidade profissional sem exigir diploma de jornalismo. Segundo noticia o "Consultor Jurídico", esta "novela" conheceu recentemente um novo passo, quando o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (São Paulo) restabeleceu a decisão judicial que anulou a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Para se ter uma ideia do calor da discussão provocada por este episódio, veja-se o debate que vai sobre a matéria, no portal "Comunique-se".

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Vinte definições de blog Debbie Weil propõe, no MarketingProfs.com, asTop 20 Definitions of Blogging (dica de Ponto Media). Entretanto, o Contrafactos & Argumentos cita o post What is a Blog, do The Blog Herald, que define assim o conceito:"A Blog is a hierarchy of text, images, media objects and data, arranged chronologically, underpinned with a content delivery system which provides the ability to deliver content frequently and with little skill, which builds meaningful social connections or virtual communities on any and all subject matters."

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NYT: atenção aos estudantes e aos internautas No Mediabriefing: "Mientras que en Gran Bretaña The Times y The Independent se han convertido en pioneros de la tendencia de la versión tabloide del diario nacional para captar nuevos lectores, y en Estados Unidos muchas compañías crean publicaciones de nicho -tabloides gratuitos en su mayor parte- dirigidas a la audiencia joven, la compañía editora de The New York Times prefiere no embarcarse en este tipo de aventuras y ha decidido que el mejor movimiento es extender la lectura de sus periódicos en los campus universitarios y entre los usuarios de Internet, sin apuntarse a la moda de crear nuevos periódicos como los que aparecen últimamente."

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"Non Grata" Como foi excluída de participar no Fórum Mundial da Sociedade da Informação, a organização Repórteres Sem Fronteiras concretizou aquilo que tinha anunciado: protestar em Genebra através de uma forma original. Vai daí, criou uma emissão de rádio pirata, intitulada "Rádio Non Grata", com difusão na área geográfica da Cimeira, que começou a emitir ontem. Mas as autoridades francesas descobriram que o emissor se encontrava localizado numa zona rural de França. Antes, porém, que apreendessem o equipamento, a RSF interrompeu a emissão. É, porém, possível continuar a escutar algumas das emissões através da versão online da "Non Grata".

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No fim do primeiro dia da Cimeira Das muitas afirmações e manifestações de intenção deste arranque da Cimeira Mundial da Sociedade da Informação parece ficar clara, para já, a decisão de deixar em "stand by" o problema da criação de um fundo que permita aos países em desenvolvimento reduzir o fosso digital que os separa dos países mais desenvolvidos. Outra faceta dos debates relaciona-se com os direitos fundamentais e com o controlo da Internet. Também aqui as expectativas são moderadas, para não dizer pessimistas. Kofi Annan dizia, na abertura do Fórum Mundial dos Media Electrónicos que uma coisa é os governos regularem a Internet, outra enveredarem pela via da censura e do controlo. Ao mesmo tempo, os promotores deste Fórum chamam a atenção para um dado que é por vezes esquecido: as tecnologias são um meio e não um fim em si mesmo. Por sua vez, Mario Lubetkin, o director de Terra Viva, um boletim diário produzido pela agência IPS a partir da conferência acrescenta: "Nosotros, los periodistas, tenemos nuestros propios desafíos en este proceso: Se reproducirá en el mundo virtual la homogeneización y concentración de la información que existe fuera de Internet? La comunicación tendrá espacios más democráticos e interactivos que los actuales?" (Para acompanhamento dos debates: Daily Summit, pelo jornalista da BBC Aaron Scullion e o blog com o mesmo nome - The Daily Summit).

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"El largo brazo de las multinacionales" por Antonio Pasquali, ex vice-director geral da UNESCO para o sector das Comunicações "(...) La telefonía le tomó 114 años llegar a 500 millones de líneas- ha pasado en los últimos 13 de 562 a 2.539 millones; los usuarios de Internet, de 4 a 665 millones; la teledirección de armas destructivas del 2 al 70%. Los megabytes de las computadoras de los '80 son los gigas o los teras de hoy y los peta y exabytes de mañana, acercándonos sin remisión al día en que el dia en que computadoras masivamente inteligentes superarán, sin detenerse más, el equivalente en neuronas del cerebro humano. La vieja socio-economía ha dejado de ser indicadora: recientes estudios latinoamericanos muestran que hasta el 11,4% de los hogares pobres y el 7,8% de los extremadamente pobres disponen de TV por cable. ¿Predominan en nuestra "infosfera" las nececesidades reales o las pseudo-necesidades, equivale la informacion al saber, una conexión Internet es la mejor ayuda para esa mitad de la humanidad que carece de agua, proteinas y salud? Lejos de constituir una real familia humana de información abierta, el mundo es hoy un archipiélago de sociedades asimétricamente informatizadas: una velocidad para los ricos, otra para los pobres. El abaratamiento de las tecnologías ha democratizado en algo la conectividad, pero empeorado los viejos desequilibrios; el 20% pudiente de la humanidad ha acaparado, y con creces, el ochenta por ciento de la riquezas tecnológicas en info-comunicación. Luxemburgo exhibe una densidad telefónica de 170 líneas por 100 habitantes y Niger de 0,21 por 100 habitantes; el 91% de los internautas se concentra en el 19% de la humanidad; en generación de noticias, producción, insumos y consumos de las industrias culturales, la ley del 80/20 empeora día a día las disparidades entre una minoría emisora y una mayoría receptora. (...)"

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"A Internet sacudiu o statu quo mediático" Eva Domínguez dedica a sua coluna em La Vanguardia às Nuevas reglas del juego periodístico. Pegando no trabalho recentemente publicado pela Fundação Auna sobre "El impacto de Internet en la prensa", escreve: "Internet ha llegado para sacudir el status quo mediático, la manera en que se consume y se crea información, el cómo, el dónde, el cuándo. Los profesionales y la industria periodística pueden reaccionar con ello y volver a encontrar su sitio como servicio de información para el público. Éste ha cambiado y el contexto también y lo lógico parece que sea adaptarse al uno y al otro."

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Jornalismo Digital em análise O presente e o futuro do jornalismo digital discutidos na Universidade do País Basco, numas jornadas marcadas para 17 e 18 de Dezembro. Os weblogs serão um dos temas em análise, assim como a convergência e o multimedia no novo ambiente. Dica de eCuaderno, cujo autor é um dos participantes.

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Os problemas de comunicação do Governo são hoje abordados em destaque pelo "Diário de Notícias": "Em reuniões com vários dos seus ministros e alguns dos seus colaboradores mais próximos, Durão Barroso já reconheceu: existe um problema de comunicação no actual Governo. «Precisamos de melhorar o nosso diálogo com os portugueses», apelou o chefe do Executivo em pleno Conselho de Ministros. Nessa mesma reunião, Durão pediu aos seus ministros que enumerassem as prioridades sectoriais de cada pasta para 2004. Na sua opinião, isto permitirá simultaneamente melhorar a comunicação interna e dar visibilidade externa ao Executivo no seu todo".

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Tem início a Cimeira Mundial da Sociedade da Informação WSIS LogoMilhares de participantes oriundos de largas dezenas de países de todo o mundo participam a partir de hoje na primeira parte da Cimeira Mundial para a Sociedade da Informação (CMSI), que decorre até amanhã em Genebra. São muitas as diferenças de perspectiva e as desistências à ultima hora de vários chefes de Estado (incluindo Jorge Sampaio, este por motivos de saúde) pode indiciar que os consensos quanto a uma declaração de princípios e um plano de acção se encontram ainda distantes. Diversas organizações aproveitaram as atenções mediáticas concentradas na Cimeira para promover iniciativas paralelas, procurando assim chamar a atenção para problemas específicos ou denunciando enviesamentos da fase preparatória. Um dos encontros laterais - o World Electronic Media Forum - procura chamar a atenção para o papel dos media electrónicos na sociedade da informação. Teve iníco ontem e prolonga-se até sexta-feira, podendo os seus debates e conferências ser seguidos através da Internet, como acontece , de resto, com a Cimeira principal. Refira-se que a agência IPS - Inter Press Service fará uma cobertura exaustiva deste evento através de um site específico intitulado Terra Viva, enfatizando os pontos de vista dos países em desenvolvimento.

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Ranking de países segundo as tecnologias da comunicação ITU LogoA União Internacional das Telecomunicações, entidade que organiza a Cimeira Mundial que hoje se inicia em Genebra, publicou no mês passado o primeiro Índice de Acesso Digital que ordena, por países, o grau de acesso às TIC (tecnologias de informação e comunicação). Com excepção do Canadá, os primeiros dez países são oriundos da Europa (especialmente da Escandinâvia) e da Ásia. Os últimos dez encontram-se todos no continente africano. Portugal encontra-se num grupo intermédio (o segundo, numa escala de high, upper e low access), na 33ª posição, com um índice calculado de 0.65. Os dez primeiros países são os seguintes: Sweden - 0.85 Denmark - 0.83 Iceland - 0.82 Korea (Rep.) - 0.82 Norway - 0.79 Netherlands - 0.79 Hong Kong, China - 0.79 Finland - 0.79 Taiwan, China - 0.79 Canada - 0.78 Os dez últimos países são os seguintes: Burundi - 0.10 Guinea - 0.10 Sierra Leone - 0.10 Central Af. Rep. - 0.10 Ethiopia - 0.10 Guinea-Bissau - 0.10 Chad - 0.10 Mali - 0.09 Burkina Faso - 0.08 Niger - 0.04

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Sindicato dos Jornalistas propõe reflexão sobre cobertura jornalística de julgamentos O Sindicato dos Jornalistas (SJ) diz congratular-se com o recente acordo entre directores de órgãos de informação, sob a égide da Alta Autoridade para a Comunicação Social, e propõe algumas notas para reflexão com o objectivo de contribuir para o melhor exercício da profissão. A reflexão, subscrita pela Direcção e pelo Conselho Deontológico sublinha "a responsabilidade acrescida dos conselhos de redacção na orientação dos órgãos de informação, e alerta para o facto de as guerras de audiências não poderem pôr em causa as exigências de rigor e exactidão a que os profissionais da comunicação estão obrigados". "Padrões elevados de rigor e exactidão e interpretação honesta dos factos, combate ao sensacionalismo e abstenção de acusação sem provas são, mais do que nunca, obrigações que os jornalistas não podem declinar, mesmo quando a necessidade comercial grita mais alto do que a prudência editorial, sob pena de colocarem irremediavelmente em risco o escrúpulo ético que lhes é exigível", refere ainda a nota.

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Cobertura de processos judiciais: 16 OCS já assinaram Oito jornais e revistas, três estações de rádio e cinco canais de televisão, entre os quais os três principais canais generalistas, já assinaram a "Declaração de Princípios e Acordo de Órgãos de Comunicação Social relativo à cobertura de processos judiciais", documento elaborado pela Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS) e apresentado no passado dia 27 de Novembro em cerimónia pública. A lista dos órgãos de comunicação social (OCS) e o texto da Declaração podem ser lidos aqui (Fonte: Sindicato dos Jornalistas).

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Regulação no Sector da Comunicação em Portugal O Obercom promove amanhã, em Lisboa, uma conferência internacional intitulada 'Reflexões sobre a Regulação no Sector da Comunicação em Portugal'. A iniciativa, que decorrerá no ISCSP - Instituto Superior de Ciêncis Sociais e Políticas, assume-se como como um "passo de natureza política", articulado com a decisão do Governo de modificar o actual quadro de regulação do sector da comunicação e das incidências parlamentares e constitucionais dessa matéria. O programa prevê a participação de responsáveis políticos, gestores dos operadores televisivos, representantes de instâncias associativas, dirigentes de entidades reguladoras, entre outros. Sintomaticamente, não está anunciada qualquer participação por parte da Alta Autoridade para a Comunicação Social, que é, actualmente, a principal entidade reguladora do campo dos media, instituída na Constituição da República.

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Liberdade de expressão no mundo árabe O Arab Press Freedom Watch, com base no Reino Unido é uma organização que promove a liberdade de expressão e de imprensa e denuncia os casos em que esses direitos fundamantais são violados. Acaba de relançar o seu site com informação em árabe e inglês. Entretanto, também um grupo de jornalistas da região do Golfo acaba de lançar um grupo de defesa e promoção do profissionalismo e de denúncia das violações à liberdade de imprensa na região, segundo notícia da Al-Jazeera. A Gulf Press Freedom Organization propõe-se desenvolver a formação de jornalistas e lutar pela abolição das restrições à liberdade de movimentos daqueles profissionais.

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"Life on Sunday" centrado nos "valores da família" Um grupo de antigos executivos de jornais ^do Reino Unido está a preparar o lançamento, no próximo ano, de um jornal dominical que enfatize os "valores da família" e evite o sensacionalismo dos seus rivais, segundo noticiava ontem o Guardian. Primeira iniciativa do género nos últimos dez anos, este jornal necessita de vender pelo menos 150 mil exemplares para ser viabilizada, embora os autores do projecto se digam convictos de que é possível superar esse número.

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"Ventos, Eventos, & Inventos" O crítico de TV do Público, Eduardo Cintra Torres,aponta hoje, pela segunda semana consecutiva, o seu "Olho Vivo" para a tendência dos canais generalistas para fabricar eventos. "A quebra e a segmentação das audiências e a crescente concorrência do cabo, da internet e doutras actividades alternativas levam a TV generalista a procurar soluções de manutenção do seu estatuto, isto é, ser do máximo número, com programação variada e vibração do usufruto instantâneo, o "estar a ver", o directo. A TV generalista quer ser um "mass media" numa era em que acabaram as massas" - escreve aquele crítico.

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O fotojornalismo por um fotojornalista Eduardo Gageiro dá uma entrevista a Paula Lobo, do Diário de Notícias, que merece leitura. «A fotografia não pode ser só um documento» - diz o fotojornalista, para acrescentar, um pouco mais adiante: "nunca fotografei ninguém, por muito humilde que fosse, sem o máximo de dignidade. Tem que haver respeito pelas pessoas."

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Crónicas jornalísticas do séc. XIX e XX O Círculo de Leitores vai lançar, nos próximos meses dois livros de crónicas jornalísticas: um sobre o século XIX, com textos seleccionados pelo crítico literário e ex-jornalista Rogério Rodrigues, e outro sobre o séc. XX, seleccionados por Fernando Venâncio (Fonte: Público).

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"O perú de plástico de George Bush" Incontornável a leitura do artigo "El pavo de plástico de George Bush", escrito pelo director do diário espanhol ABC, Jose António Zarzalejos. Apenas um trecho: "EL suculento pavo asado que reposaba en una espléndida bandeja rodeado de apetitosa guarnición era de plástico. Un sonriente y juvenil George Bush, con una facilidad que hablaría sutilmente de sus bíceps en forma, agarraba la fuente con insolencia feliz. Su novelesca aparición en Bagdad para celebrar con sus tropas el Día de Acción de Gracias fue - se dijo - una jugada maestra en la que no faltó ni uno solo de los ingredientes propios de un relato cinematográfico. Encendidos de patriotismo, los marines aplaudieron a rabiar a su inesperado presidente. Era la tarde-noche del 27 de noviembre en España. En las Redacciones, tras el flash de agencia que anuncia la presencia de Bush en la capital de Irak, surgió la afirmación habitual: habrá foto. Y la hubo, ¡vaya si la hubo!, y resultó nítida, colorista, original y servida a buena hora, antes del cierre de las primeras ediciones. Un ejercicio perfecto de propaganda. Nos fuimos razonablemente satisfechos, como siempre tarde, a nuestras casas. Pero nadie nos había dicho, nadie nos informó, nadie nos advirtió de que el inmenso pavo de Bush era de plástico. Y así, sin quererlo y sin saberlo, engañamos a nuestros lectores, y los cráneos privilegiados de la Casa Blanca inundaron con «su foto» los diarios de medio mundo. Somos inocentes? Es decir, ¿tenemos los periodistas derecho a la ingenuidad, disponemos del grado de perspicacia suficiente para escrutar la verdad de la mentira, la apariencia de la realidad? El pavo de plástico -un engaño nada menor por su alarmante sintomatología- nos alecciona sobre nuestro gregarismo, sobre nuestra banalidad y, quizás, sobre nuestra soberbia". (Créditos da foto: Tim Sloan/AFP)

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"Déficit de Heróis" Também em Espanha os reality shows já não são o que foram, denunciando um acentuado desgaste deste tipo de género. Depois de ter sido o recordista de audiências em Espanha, desde que naquele país se efectua essa medição, a terceira edição da Operação Triunfo, que entra hoje na sua recta final, tem vindo a registar níveis de share sucessivamente mais baixos. A ponto de o ABC escrever na edição de hoje: abc.es: "Convertidos en héroes catódicos a golpe de «share», los tiempos en los que los concursantes de un «reality» entraban en el libro de honor de un país han pasado a la historia. Nada queda de la primera entrega del «milagroso» formato, capaz de cosechar cerca de trece millones de espectadores frente a la pantalla del televisor. Cuotas que rozaban el 70 por ciento, movilizaciones populares en cada rincón de España y récords inalcanzables en doce años de televisión."

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Jorge Sampaio na Cimeira Mundial O Presidente da República será um dos chefes de Estado que intervirão nas sessões da Cimeira Mundial para a Sociedade da Informação que abre depois de amanhã em genebra e se prolonga até sexta-feira. Segundo a organização, está prevista a presença de mais de seis dezenas de chefes de Estado e de Governo e mais de 8000 delegados de organizações governamentais, intergovernamentais, dos media, do sector privado e de diferentes instituições da sociedade civil.

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“Editor do público” inicia funções no New York Times Acontece no New York Times e tem ainda a ver com os escândalos que afectaram aquele jornal em Maio passado: quase quarenta anos depois do primeiro ombudsman, esta “bíblia” do jornalismo mundial institui também a função, confiada a Daniel Okrent que hoje mesmo assina a primeira coluna, intitulada “An Advocate for Times Readers Introduces Himself”. Começa deste modo: “When the New York Times invites you to be the first person charged with publicly evaluating, criticizing and otherwise commenting on the paper's integrity, it's hard to say no: this is a pretty invigorating challenge. It's also hard to say yes: there are easier ways to make friends.” Tratando os leitores por “colegas” e assumindo-se como seu representante no diário, escreve, a dado passo: “Let me acknowledge a theological principle of my own: I believe The Times is a great newspaper, but a profoundly fallible one. Deadline pressure, the competition for scoops, the effort at impartiality that can sometimes make you lean over so far backward that you lose your balance altogether — these are inescapably part of the journalism business. So is the boiling resentment toward men and women in power that can arise in a trade that requires, as Russell Baker once wrote, "sitting in marble corridors waiting for important people to lie" to you. Journalistic misfeasance that results from what one might broadly consider working conditions may be explainable, but it isn't excusable. And misfeasance becomes felony when the presentation of news is corrupted by bias, willful manipulation of evidence, unacknowledged conflict of interest — or by a self-protective unwillingness to admit error. That's where you and I come in. As public editor, I plan on doing what I've done for 37 years, reading the paper every day as if I, like you, were asking it to be my primary source of news and commentary (and ruefully expecting it to enrage me every so often as only a loved one can). But to enable me to represent you effectively when you have a complaint about The Times's integrity, the top editors are granting me open access to the entire staff, and space right here, every other week (more often if I think it's necessary), to comment on its work.”.

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Dez anos de Defensor em La Vanguardia Josep Maria Casasús, “defensor do leitor” do jornal La Vanguardia, evoca hoje a entrada em funções do seu homólogo do New York Times, recordando que se completam agora dez anos sobre a nomeação do primeiro titular do cargo naquele diário. Depois de aludir às dificuldades deste tipo de funções, escreve: “A todos nos cuesta admitir nuestros errores, también a los periodistas, al igual que a los jueces, los médicos, los arquitectos o los políticos. La prensa se equivoca mucho, por supuesto, pero también debe admitirse que es la única institución que reserva un espacio para entonar el mea culpa, para que los responsables de un error o una falta echen cenizas sobre su cabeza a la vista de todos. Eso ocurre, por lo menos, en los diarios que tienen defensor del lector. Ofrecer este servicio, sin embargo, no es una panacea, ni todo el mérito de la calidad técnica y ética de la prensa debe atribuirse a la existencia de órganos de autorregulación profesional.”

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Entrevistas corrigidas pelos entrevistados também em Le Monde O “médiateur” do jornal Le Monde, Robert Solé, recorda, na sua coluna, que, na Primavera de 2002, o jornal começou a indicar, com alguma frequência, que as entrevistas do jornal tinham sido objecto de leitura e emendas pelo entrevistado, antes de serem publicadas. A prática de informar desse facto o leitor deveu-se a motivos de “transparência”, mas foi por alguns leitores interpretada como um recuo dos jornalistas perante os políticos. A propósito da polémica há uma semana surgida na Alemanha, Solé retoma agora a discussão sobre este assunto. Observa estarmos perante uma matéria mais complexa do que parece à primeira vista; reafirma que é ao jornalista que compete conduzir o processo; e nota a contraposição de interesses entre entrevistador e entrevistado. E escreve, a propósito: “Les journalistes n'ont pas fini de s'interroger sur la meilleure manière de concilier trois exigences : défendre leur liberté, respecter les propos de l'interviewé et ne pas tromper les lecteurs. A défaut de résoudre aujourd'hui la quadrature du cercle, voici quelques remarques : - Les fausses interviews (questions et réponses échangées par écrit) doivent être évitées et, en tout cas, signalées comme telles aux lecteurs ; - Un bon journaliste retranscrit convenablement ce qui lui a été dit et n'a pas besoin d'être relu par celui qu'il a interrogé. Un entretien suppose un minimum de confiance, mais rien n'interdit à l'intervieweur, comme à l'interviewé, de conserver l'enregistrement de leur conversation ; - Il ne faudrait faire relire une interview que lorsque c'est absolument nécessaire. Et pas forcément la totalité du texte : il suffit parfois de demander à l'interviewé, par téléphone, de préciser une phrase ; - S'il y a eu relecture, il faut le signaler au lecteur d'une manière ou d'une autre. "Amendé" sonne désagréablement et prête à confusion. "Relu" (qui signifie ici vérifier la transcription de ce qu'on a voulu dire) est bien suffisant ; - Une interview creuse, pleine d'évidences, nourrie à la langue de bois, n'a pas à être "relue" et encore moins publiée : elle mérite la corbeille.”

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Jornalismo comparado: França e EUA O que distingue ou aproxima as esferas públicas francesa e americana? E o que diferencia os estilos de jornalismo na França e nos Estados Unidos? Para responder a estas e outras perguntas, vale a pena ler a entrevista de Rodney Benson, do Departamento de Cultura e Comunicação da Universidade de Nova Iorque, dada ao Press Think de Jay Rosen.

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Ipsis verbis Judite de Sousa , no Jornal de Noticias: "É igualmente relevante notar que a paisagem televisiva em Portugal se alterou nos últimos meses. É uma mudança com consequências significativas na relação até agora existente entre os três principais operadores de televisão: RTP, SIC e TVI. Analisadas as audiências de televisão, verifica-se que as três estações estão muito próximas, sendo que a SIC consolidou a liderança no último ano, enquanto que os segundos e terceiro lugares têm sido ocupados ora pela TVI, ora pela RTP. É neste ponto que reside a alteração mais significativa, já que, de há muito tempo a esta parte, a televisão pública perdia sistematicamente para as privadas, ocupando um tranquilo terceiro lugar. Tranquilo porque daí não vinha mal nenhum ao Mundo, porque algumas elites que não gostam do que é público ou imaginam um serviço público de televisão sonolento e desinteressante ficavam mais satisfeitas e, finalmente, porque se garantia uma certa 'paz' em termos de disputa pelo magro mercado publicitário português. E, neste ponto, há a observar que, no último ano, a RTP conquistou novos públicos, nomeadamemente as classes A e B que, como se sabe, são aquelas que têm maior poder aquisitivo." Paquete de Oliveira, também no JN: "(...) um pressuposto elementar na técnica e arte da comunicabilidade: informação, comunicação e conhecimento são realidades distintas. Informar é fornecer um conjunto de dados, sinais, mensagens. Só há comunicação quando esses dados ou sinais, embora regularmente organizados, são decifrados pelos seus destinatários. É este acto final que estabelece comunicação e, repetido e assimilado, produz conhecimento. É o entendimento da informação que produz conhecimento. Coisas que parecem simples. Mas não deixam de ser actos tão complexos de operacionalizar. Por outro lado, o sistema de "filtros" que os destinatários têm ao entendimento são de vária ordem. Para haver comunicação e conhecimento não só é importante o que se diz e como se diz, mas, sobretudo, o que se entende e como se entende."

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Fenómeno Nemo Estreado nos EUA em finais de Maio passado, este filme de animação produzido pela Disney e pela Pixar já foi um sucesso de bilheteira naquele país. O oceano (neste caso o Great Barrier Reef, na Austrália) constitui uma metáfora da vida e da sociedade. Sobre esta produção, referia o JN, há dias: "trata-se do filme de animação mais rentável de sempre nos Estados Unidos. Com mais de 340 milhões de dólares no mercado americano, bateu, de longe, o anterior recordista "O rei leão" como filme de animação mais rentável da História - a que há a somar já 240 milhões de dólares nos mercados internacionais. Embora só agora estreie em alguns países, como Portugal, prevê-se já a ultrapassagem, juntando os mercados de cinema, vídeo e DVD, da marca impensável dos mil milhões de dólares de receita." (Créditos da gravura: FirstArtSource)

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