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Tendências da imprensa mundial

A World Association of Newspapers acaba de lançar a edição 2005 de "World Press Trends", de acordo com uma nota divulgada pela organização. Em cerca de 700 páginas, o anuário traça um panorama de tendências relativas ao período de 2000-2004, relativamente a 215 países. De entre os capítulos, destacam-se os pontos seguintes:

  • Circulation, total annual sales and newspaper reach
  • Readership per age group- The top ten list of newspapers, press advertisers and advertising sectors
  • Macroeconomic data and demographic information, including a breakdown by age, gender and social class
  • Information on taxes, subsidies, discounts and ownership
  • Information on the development of newspaper internet editions and online readership
  • Media consumption
  • Number of journalists and total number of employees in the newspaper industry.

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Charme "(...) Os estudos de opinião valem o que valem (é o que costuma dizer-se, embora dizer que uma coisa vale o que vale não queira dizer coisa absolutamente nenhuma), mas é significativo que quem mais aprecia os jornalistas sejam homens e mulheres das classes média e baixa, isto é, exactamente o perfil sócio-económico de quem não lê jornais, ou só lê, no caso de saber ler, a "Dica da semana" ou o "Ocasião"(...)". Manuel António Pina, in Jornal de Notícias (sobre o estudo de opinião que coloca os jornalistas como a profissão mais apreciada.

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IAMCR 2006: Call for papers termina em Janeiro Já está on-line o site do próximo congresso da IAMCR - International Association for Media and Communication Research - , que se realiza no Cairo, em Julho de 2006. Estão já também abertas as inscrições de comunicações, cujos resumos deverão ser enviados até 15 de Janeiro próximo. O tema da conferência, "Knowledge Societies for All: Media & Communication Strategies", é, na opinião da presidente da associação - Robin Mansell, oportuno, interessante e provocativo. «It is timely because we know that many are still excluded from modern conceptions of knowledge societies, however defined. It is interesting because we are witnessing substantial growth in the numbers of researchers and practitioners who are concerned about the role of the media and the way older and newer information and communication technologies are becoming integrated in some people?s lives. It is provocative because the kinds of knowledge societies that are being fostered today are contested and they are not yet inclusive of all.»

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Novos blogues * Ubiversidade - "Para quem estiver interessado em informações, ideias, juízos e raciocínios sobre as universidades em geral e as portuguesas em particular". Fazem parte da equipa António Fidalgo, Anabela Gradim e Paulo Serra. * Renato Roque - Um engenheiro de telecomunicações que gosta de contar histórias com imagens. Este é também "uma espécie de blog a partir de imagens", feito com uma ferramenta de tipo wiki.

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Sondagens e o poder dos jornalistas A edição do programa Clube de Jornalistas que vai para o ar amanhã à noite debate a utilização de sondagens no jornalismo. Em estúdio estarão apenas dois convidados - Pedro Magalhães (do Centro de Sondagens da Católica) e Francisco Soares (especialista e consultor do Presidente da República) - que discutirão, entre outros assuntos, a questão das primeiras páginas e do tele-voto. (Amanhã, na Dois, às 23h30). João Paulo Meneses também escreveu sobre o assunto.

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Sinais para quem projecta o futuro da imprensa * A fonte não é totalmente alheia aos interesses em jogo, mas é uma opinião a escutar com atenção: o presidente da multinacional de imprensa gratuita Metro, em declarações ao diário The Guardian de ontem, manifesta a convicção de que o futuro da imprensa diária está nos gratuitos. Ainda que uma boa parte deles se possam manter, voltados para nichos de mercado. Alguns dados sobre a Metro International: - 1995: Ano de lançamento, com um gratuito em Estocolmo - 59: número de edições diárias em todo o mundo - 15.000.000: tiragem diária das 59 edições - 5.100.000: tiragem diária, apenas na Europa - 302.000.000 dólares: rendimentos do grupo em 2004 - 22 por cento: crescimento previsível dos rendimentos para 2005.

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Plataforma por uma televisão de qualidade "Declaração de Huelva" - assim se intitula o documento aprovado pela assembleia de associações de espectadores que, nos últimos dias, se reuniu no âmbito do Congresso Hispano-luso sobre televisão de qualidade. Nesta iniciativa promovida pelo colectivo Comunicar, as associações revindicaram a participação do movimento associativo de telespectadores, das universidades e, em geral, da sociedade civil, nos conselhos audiovisuais nacionais e/ou autonómicos, com uma representação de 50 por cento dos titulares desses órgãos reguladores. Propondo-se "modificar a sensibilidade social acerca do consumo audiovisual", os signatários da Declaração de Huelva chamam a atenção para três aspectos que constituem outros tantos problemas:

"a) O problema do consumo audiovisual indiscriminado e acrítico só pode ser enfrentado se asumido como um problema de saúde pública, no quadro do qual se produzem doenças somáticas, sociais e da informação; b) Os ecrãs não constituem apenas um mercado de produtos culturais ou de entretenimento protegido pela liberdade de expressão mas também uma actividade social que produz, de facto, um défice de liberdade em amplos sectores da população que esvazia de conteúdo a democracia; c) É iniludível e urgente a inclusão nas aulas do conhecimento teórico e prático dos media e da sua linguagem, abordado no curriculo quer transversal quer longitudinalmente".

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"Se não houvesse mais razões..." " (...) Os blogues, quer se queira quer não, estão a obrigar a pensar os modos de fazer e de consultar informação. E os antigos leitores tornaram-se também produtores de informação própria, recolhem, analisam, comentam, criticam, sugerem, antecipam. Criando informação num campo mais largo que o jornalismo. Se não houvesse mais razões, estas bastariam para que a imprensa e os media, em Portugal, olhem com mais atenção a blogosfera. Para que façam um esforço de escuta, de incorporação, de integração, de assimilação ". José Carlos Abrantes, provedor do leitor, DN, 28.11.2005

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Sobre o futuro do jornalismo e dos jornais "Just become better journalists. Great journalism will always be needed, but the product of their work may not always be on paper - it may ultimately just be electronically transmitted. But for many many, many years to come it will be disseminated on both. There will always be room for good journalism - and good reporting. And a need for it, to get the truth out. (...) Sobre os produtos de marketing distribuídos pela imprensa, em particular DVD: "I personally hate this DVD craze. (...) The fact is the sales go up for a day. And are right back to where they were the following day. "People grab the paper, tear the DVD off and throw away the paper (...) They've got to learn. That's got to stop." Rupert Murdoch, entrevista a The Press Gazette (complementos: aqui) (Sobre esta entrevista, ler, na secção de Media, do Público: "Magnata de imprensa Murdoch está pessimista com o futuro da imprensa").

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TV de qualidade: dois desafios, dois dilemas, um problema Pensar a televisão que queremos implica ter em conta os desafios, os dilemas e o problema que as televisões enfrentam hoje. Este foi o principal argumento de Miguel Ángel Ortiz, director do Instituto Oficial de RTV (Madrid), no Congresso Hispanoluso de Comunicación y Educación, que termina amanhã em Huelva. Para Ortiz, as TV enfrentam sobretudo dois desafios e dois dilemas:

  • os desafios vêm da cultura e dos progressos tecnológicos e implicam:
  1. que os profissionais sejam capazes de se adaptar constantemente às novidades de âmbito tecnológico,
  2. que os profissionais sejam capazes de se adaptar à mudança dos modelos de produção e de recepção.
  • os dilemas vêm das transformações de nível social e implicam:
  1. a redefinição do papel da TV numa sociedade que é cada vez mais heterogénea
  2. a redefinção do conceito de serviço público de TV.

Finalmente, Ortiz apontou ainda um problema: os conteúdos. Considerando que os avanços tecnológicos estão a permitir uma diversidade maior de conteúdos, Ortiz questionava: "Quem vai controlar a produção destes conteúdos? Que mecanismo permitirá triar os conteúdos? Quem vai velar pela qualidade e pela ética?"

Noutra sessão, falando concretamente da TV pública, Carmen Cafarell, directora da RTVE, apontava dois desafios para os operadores públicos, que deveriam:

  1. ter uma profunda vocação europeísta: estrutura pluricanal e atenção a todos os estratos de audiência.
  2. ser considerados como serviços de qualidade, permitindo a satisfação de uma necessidade colectiva e promovendo a cultura e o respeito pela diversidade.

Fundamentalmente, a TV pública deveria, para Cafarell, cumprir uma função social de primeira ordem, para promover a educação cívica e cultural, bem como os valores que permitam alcançar uma consciência crítica. Ora, para estes objectivos, a TV pública não precisa de competir com as TV comerciais, embora se admita que, sem ferir os seus princípios de serviço público, possa concorrer com os seus conteúdos. Relativamente ao financiamento, Cafarell defendeu que deveria haver uma estreita relação entre o modelo de financiamento e o modelo de qualidade, até porque uma TV pública de qualidade deverá ser aberta, plural e gratuita.

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Nova edição do mestrado de Informação e Jornalismo no Minho No ano lectivo de 2006-2007, a Universidade do Minho volta a oferecer um curso de mestrado de Ciências da Comunicação - especialização em Informação e Jornalismo. Trata-se da terceira edição deste mestrado iniciado em 2001-2002 e do qual este blogue é um produto. Prevê-se que o período de candidaturas seja aberto em Junho, devendo as actividades lectivas ter início em finais de Setembro (para contactos: aqui). Entretanto, e dado que tem havido manifestação de interesse por parte de numerosos potenciais candidatos originários do Brasil, importa ter em conta que está aberta até 22 de Dezembro próximo a candidatura a bolsas de pós-graduação no quadro do Programa Alban , que poderão apoiar a realização de estudos em Portugal.

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Uma TV para negros Estou plenamente de acordo com Nuno Pacheco que, no editorial de hoje do Público, "desmonta" a ideia de criar uma TV para negros no Brasil (notícia desta semana). «A TV "para negros" no Brasil não é uma vitória, é uma derrota. E uma desistência, clara, de lutar pela igualdade no espaço social comum.» Todo o texto é uma boa reflexão sobre o papel dos meios de comunicação social na abertura (ou não) do espaço público às minorias étnicas (se é que se pode dizer que os negros são minorias?!). (link condicionado a assinantes)

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Congresso sobre Qualidade em Televisão congreso_huelva Começa hoje ao fim do dia, na cidade espanhola de Huelva o Congresso Hispano-Luso sobre Televisão e Educação, que abordará a temática "A televisão que queremos - para uma TV de qualidade". É onde estarei, até domingo.

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"O fim do jornalismo?" O tema das ameças ao jornalismo, ou mesmo do seu fim, tem sido recorrente nos últimos anos. Mas não pelo tipo de razões analisadas por Michael Massing, em The End of News?, um extenso trabalho publicado em The New York Review of Books , Vol. 52, Nº 19, relativo a 1 de Dezembro (obrigado ao ECT, pela dica). Massing convoca uma série de frentes através das quais as correntes conservadoras cristãs americanas, com forte apoio na Casa Branca, têm vindo a procurar controlar e a domesticar o jornalismo independente, especialmente o dos principais jornais diários, tidos como fonte decisiva dos restantes media, em particular a televisão. Os blogues são tomados como um dos terrenos através dos quais essa campanha se tem vindo a efectivar, na medida em que, segundo o autor deste ensaio, uma grande parte dos mais influentes são precisamente de autores próximos ou mesmo nomes cimeiros da direita cristã.

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A virtude jornalística da "asseveração" Carlos Chaparro escreve no site Comunique-se (acesso mediante pré-inscrição) sobre a realidade brasileira. Mas o que diz podia, facilmente, ser transposto para a nossa realidade: "Em crises políticas como esta que atravessamos, desenrolada no espaço público do jornalismo, a desgraça maior é o uso e abuso do artifício de plantar dúvidas, para colher vitórias. Que os sujeitos sociais e políticos em confronto façam isso, vá lá... Mas algo tem de ser questionado quando a imprensa entre nesse jogo, ou até voluntariamente contribui para ele, ao substituir a precisão de fatos e dados pela insinuação de revelações em 'off', dando status de verdade a informações que não pode confirmar. Quando assim é, o jornalismo devora-se a si próprio, entrando nos labirintos da especulação, em que, tão ocultas quanto certas fontes, se tornam as intenções de certos jornalistas. É inaceitável que, por causa do sucesso imediato, se sacrifique no jornalismo o cuidado de investigar antes de divulgar. Com isso se sacrifica, também, a virtude da asseveração, característica essencial da linguagem jornalística. Para asseverar, é preciso investigar, investigar, investigar - com independência, honestidade, coragem e perseverança. Jornalismo socialmente responsável é aquele que, na convicção profissional de quem o faz, só divulga hoje o que poderá ser confirmado amanhã. Se não for assim, estaremos destruindo a base sobre a qual assenta o sucesso social e cultural do jornalismo: a sua confiabilidade, como linguagem, método e processo".

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Google: quem serve quem A atenção crítica ao fenómeno Google vai lentamente emergindo. E não é caso para menos. Ainda há dias, conversando com uma pessoa com altas responsabilidades no panorama jornalístico nacional, verificava que esse alguém olhava para o Google como se fosse uma "dádiva vinda do céu", tanto para os cidadãso em geral como para os próprios jornalistas. Quando levantei algumas questões sobre bondade e o altruísmo dos serviços disponibilizados (eu, que sou cliente de vários dos serviços por ele prestados), abriu a boca de espanto. Não tenho grande apetência pelas teorias conspiracionistas e, neste caso, não penso que seja especialmente produtivo enveredar pela congeminação fácil, pela lógica da defesa contra "a grande ameaça" (cultural, primeiro, eventualmente política, depois). Mas é preciso prestar a máxima atenção. Para isso todos os contributos sérios são necessários. Assim: googleOntem, Rogério Santos, fazia referência, no Indústrias Culturais, ao artigo publicado no domingo passado no Times, sobre o Gmail. Por sua vez, o blogue Por um punhado de pixels compendiava as funcionalidades e serviços do Google, post comentado também no Retórica e Persuasão. Referência ainda para a dica do Ponto Media, que deu a conhecer The Ultimate Guide to Google Services e para "Google Base o Google Bomb?", um post muito recente do eCuaderno. Alguns estudos começam igualmente a aparecer: - The Search: How Google and Its Rivals Rewrote the Rules of Business and Transformed Our Culture, de John Battelle - The Google Story, de David A. Vise - Search Me: The Surprising Success of Google, de Neil Taylor - Quand Google défie l'Europe : Plaidoyer pour un sursaut, de Jean-Noël Jeanneney. (Todos estes livros foram publicados em 2005).

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Leituras Uma análise no Editors Weblog: Fixing journalism requires media cooperation - "Journalism is under fire. It has lost the public's trust. It is marred by scandal. It is looked at by those who "own" it as an aside to a profit machine, not a community service. Although all this looks bad, we still depend on journalism as one of the guiding forces in democracy. So who's going to fix it?". The Internet of Things - Extensa súmula de um relatório apresentado na semana passada em Tunes: "Early forms of ubiquitous information and communication networks are evident in the widespread use of mobile phones: the number of mobile phones worldwide surpassed 2 billion in mid-2005. These little gadgets have become an integral and intimate part of everyday life for many millions of people, even more so than the internet. Today, developments are rapidly under way to take this phenomenon an important step further, by embedding short-range mobile transceivers into a wide array of additional gadgets and everyday items, enabling new forms of communication between people and things, and between things themselves. A new dimension has been added to the world of information and communication technologies (ICTs): from anytime, any place connectivity for anyone, we will now have connectivity for anything".

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Chove. Onde? Nas rádios, esta manhã: "Um dia chuvoso no país. Convém que se previna com o 'chapéu de chuva' ". Pelo menos no Porto e em Braga, um sol radioso. Espectacular. O costume.

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Greve do Libération também online Em luta contra a intenção de despedir 52 trabalhadores, o site do Libération eclipsou-se, tal como o jornal impresso. "En grève" - diz. De conteúdo apenas o comunicado da Direcção, que explica as medidas tomadas e a tomar para reequilibrar economicamente o jornal; o comunicado do Conselho de Vigilância, que se opõe frontalmente a tais medidas; e o comunicado das organizações sindicais que, naturalmente, se colocam ao lado dos trabalhadores.

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Novidade: Teoria e pesquisa em Ciências da Comunicação Está prevista para o próximo mês de Dezembro a publicação, pela editora inglesa Sage, de um livro que poderá marcar o campo da pesquisa em ciências da comunicação. Trata-se de "Communication Theory and Research", do qual são autores e editores Denis McQuail, Peter Golding e Els De Bens. A publicação, que assinalará os 20 anos do European Journal of Communication, do qual os três são editores, recupera e reorganiza 21 textos publicados ao longo da última década, tidos como "contributos valiosos e significativos no campo dos media e das comunicações".

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Achegas para o debate sobre o papel das televisão na sociedade - um contributo de investigadores da Universidade do Algarve Um grupo de investigadores do CICCOM - Centro de Investigação em Ciências da Comunicação da Universidade do Algarve dá hoje continuidade à recente tomada de posição de colegas da Universidade do Minho, relativa à metodologia a seguir quanto à renovação das licenças dos canais privados de televisão generalista. Num texto de opinião que vem no Público, intitulado Por um debate da televisão de qualidade no espaço público, fá-lo, acrescentando alguns pontos interessantes e importantes. O primeiro diz respeito à operacionalização do conceito de "qualidade" em televisão. O segundo aponta para a necessidade e urgência da aposta na literacia mediática e televisiva, que diz respeito à sociedade - a todos nós - ao Estado e aos próprios media. Sobre o primeiro ponto, sublinha o texto dos investigadores algarvios (sublinhados nossos): " (...) ao invés de realçar os aspectos negativos da questão assim colocada [da qualidade da programação] , seria talvez mais produtivo propor parâmetros de qualidade, assentes numa série de princípios que poderiam nortear as futuras apostas na produção de programas de ficção pelas emissoras. Por exemplo, considerando que a televisão proporciona uma experiência colectiva e cria laços sociais entre diversas comunidades e sectores populacionais de características sociais, étnicas e etárias diversas, é necessário que a televisão crie narrativas que possam agregar valores na vida quotidiana dos telespectadores. As narrativas podem ser "úteis" em diferentes sentidos, como por exemplo, para entreter e desviar a atenção da realidade (as grelhas actuais são um bom exemplo disso) mas também para alertar para questões políticas, sociais e éticas de forma relativamente eficaz, como tem acontecido em alguns exemplos de projecção mediática internacional. Assim, o momento parece apropriado para pensarmos em boas formas de alargar o campo de debate à própria natureza da televisão para criar, contar e compartilhar narrativas que sejam "úteis" e que contribuam não somente para a democratização da sociedade, mas também para uma mudança de foco da completa banalização temática que assolou a comunicação social nos últimos tempos, especialmente no que toca aos géneros de ficcionais (...)". Quanto à literacia, observa-se, no texto publicado: "Parece-nos que, tão importante como discutir a televisão que se vê, será discutir o "ensinar a ver televisão". Trata-se, por um lado, de sensibilizar o público televisivo para as questões da qualidade mediática do mesmo modo que se procura sensibilizar os consumidores para uma atitude mais crítica e exigente em relação aos produtos que consomem em geral e, por outro lado, de empreender esforços no desenvolvimento de acções de pedagogia dos media, articuladas em estratégias de âmbito escolar e extra-escolar, nomeadamente para consumidores adultos, que contribuam para guiar o homo videns português a caminhos mais desenvolvidos de uma real literacia dos media (...)."

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Jornais de qualidade: propostas de leitura crítica Qualidade jornalística, jornais de qualidade - conceitos tantas vezes utilizados e tão pouco discutidos, esmiuçados, comparados. Hector Borrat, um académico que gosta da imprensa e que há muitos anos a estuda, proporciona-nos, na mais recente entrega do Portal de la Comunicación, da Universidade Autónoma de Barcelona, uma interessante revisão de literatura e discussão de conceitos sobre a qualidade do jornalismo impresso. Intitulado Periódicos de calidad: primeras propuestas para una lectura crítica, o texto analisa os pontos seguintes: - Qué entendemos por Periodismo? - Periodistas - Periódicos - Empresas - El dilema de Eutifro: Qué entender por "calidad periodística"? - El podio de Merrill, celebrante y profeta de la prensa "de calidad" - Quiénes son los electores de la "calidad" de los periódicos? - "De calidad" - "de élite" - "de referencia" - Modelos europeos - Más influyentes que creíbles - Entre la publicidad y la autocrítica - Omisiones, insuficiencias y distorsiones compartidas - Prestigiosos, falibles - Digitales de calidad.

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Jornalismo e blogosfera Carla Martins assina, no site do Clube de Jornalistas, uma reflexão sobre "Jornalismo, jornalistas e blogosfera", em que sugere que perguntar se os blogues são jornalismo «seria confundir o "contentor", o suporte de publicação, com aquilo que nele se publica, o "conteúdo". E acrescenta: «Por outro lado, os "bloggers" podem ou não ser jornalistas. E, mesmo sendo jornalistas, poderão não estar a intervir na blogosfera nessa qualidade.»

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"Estatuto do Jornalista" - a espiral do silêncio Não consigo entender o silêncio que os jornalistas produziram em torno do projecto de Estatuto que esteve em debate público até ao passado dia 4. O documento-base, já em segunda versão, terá sido objecto de uma série de reuniões promovidas pelo Sindicato, em diversas regiões do país, as quais contarão com um guião de apoio elaborado pelo SJ. Que eu saiba, nada transpirou do que aí se discutiu. Nos próprios media, tanto quanto tive conhecimento, o assunto foi praticamente silenciado e os escassísimos textos publicados sobre a matéria foram assinados por não jornalistas. Para culminar esta espiral, o Sindicato, que divulga regularmente informações no seu site, está há mais de 15 dias sem dizer nada sobre a síntese dos debates havidos e sobre a posição que terá tomado sobre o assunto (supondo que tomou alguma). Alguém quer ajudar a entender o que se passa?

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"A Internet em risco" Sob o título "The Internet at risk", o editorial do Washington Post de hoje manifesta concordância com aqueles que se opõem a que a gestão da Internet deixe de estar sob o controlo dos Estados Unidos da América. No rescaldo da Cimeira Mundial que decorreu na semana passsada na Tunísia, o diário norte-americano defende que a solução de partilhar essa gestão seria porventura desejável se vivêssemos num mundo ideal: "The reformers' argument is attractive in theory and dangerous in practice. In an ideal world, unilateralism should be avoided. But in an imperfect world, unilateral solutions that run efficiently can be better than multilateral ones that don't. "

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Quando as vedetas trabalham por conta própria A exemplo do que ocorreu nas últimas semanas com a jornalista do New York Times Judith Miller, o que se passou na semana passada com Bob Woodward no Washington Post põe em destaque um fenómeno merecedor de atenção: a "rédea solta" que algumas vedetas conseguem nas redacções, trabalhando , por assim dizer, por conta própria. Na edição de ontem do Washington Post, a nova provedora do leitor do jornal faz uma dura crítica a Woodward, um dos jornalistas que investigou o escândalo Watergate, por não ter dado conta ao seu chefe de redacção daquilo que sabia sobre as funções de Valerie Plame na CIA. Woodward, um dos jornalistas que investigou o caso Watergate, reconheceu recentemente ter sabido da identidade de Plame em meados de Junho de 2003, junto de um alto responsável da Administração americana. A provedora critica o facto de o jornalista se ter comportado mais como um político do que como um jornalista e de ter abusado do seu estatuto especial no seio da redacção, prejudicando o jornal e o jornalismo. "Woodward ought to have an editor; every reporter needs one. Downie needs to meet with him frequently or assign him to another top-line editor here. In any case, an editor needs to know what he's working on and whom he's talking to. The Post needs to exercise more oversight. Woodward needs the grounding a good editor gives. It boils down to this: There ought to be clear rules, easy for readers and Post staffers to understand, about Woodward's job at The Post. He has to operate under the rules that govern the rest of the staff -- even if he's rich and famous", observa a provedora.

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Notas para o balanço da Cimeira Mundial da Sociedade da Informação A Cimeira Mundial da Sociedade da Informação terminou, tendo sido aceites e assumidos alguns compromissos para os próximos anos, dos quais as Nações Unidos serão garante. É o caso da obetnção de financiamentos para programas que permitam atenuar as disparidades e a exclusão digitais e a gestão da Internet. Toda esta Cimeira decorreu, desde o início, sob o signo da controvérsia, em torno da política de (falta de) respeito pelos direitos de expressão e da imprensa por parte do Governo do país anfitrião. Deste ponto de vista, as pressões sobre jornalistas, o silenciamento de iniciativas paralelas de organismos da sociedade civil, o impedimento da entrada do presidente da organização Repórteres Sem Fronteiras, o silenciamento de algumas denúncias nos media tunisinos e o bloquemaento do acesso a alguns sites mais incómodos não fizeram senão ampliar internacionalmente e em círculos muito mais vastos aquilo que era conhecido de uma minoria de pessoas. Ou seja: a Tunísia pode ter dado uma imagem de (relativa) capacidade de organização de uma Cimeira com a envergadura da que acaba de ter lugar, mas o clima que a rodeou só contribuiu para deixar o regime do genral Ben Alí mais isolado internacionalmente. Sobre a sequência da Cimeira, as Nações Unidas lançarão, já a partir do próximo ano, iniciativas com vista à concretização de algumas das decisões, envolvendo não apenas representantes dos governos, mas tamém da sociedade civil, do mundo empresarial e das organizações internacionais. Um dos pontos que será certamente seguido com atenção diz respeito ao Forum para o Governo da Internet, a figura organizativa aceite quer pelos Estados Unidos da América quer pela generalidade dos países e dos restantes parceiros. Vale a pena reter o estabelece o ponto 72 do documento final de Tunes: "We ask the UN Secretary-General, in an open and inclusive process, to convene, by the second quarter of 2006, a meeting of the new forum for multi-stakeholder policy dialogue?called the Internet Governance Forum (IGF). The mandate of the Forum is to:

a) Discuss public policy issues related to key elements of Internet Governance in order to foster the sustainability, robustness, security, stability and development of the Internet; b) Facilitate discourse between bodies dealing with different cross-cutting international public policies regarding the Internet and discuss issues that do not fall within the scope of any existing body; c) Interface with appropriate inter-governmental organisations and other institutions on matters under their purview; d) Facilitate the exchange of information and best practices, and in this regard make full use of the expertise of the academic, scientific and technical communities; e) Advise all stakeholders in proposing ways and means to accelerate the availability and affordability of the Internet in the developing world; f) Strengthen and enhance the engagement of stakeholders in existing and/or future Internet Governance mechanisms, particularly those from developing countries; g) Identify emerging issues, bring them to the attention of the relevant bodies and the general public, and, where appropriate, make recommendations; h) Contribute to capacity-building for Internet Governance in developing countries, drawing fully on local sources of knowledge and expertise; i) Promote and assess, on an ongoing basis, the embodiment of WSIS principles in Internet Governance processes; j) Discuss, inter alia, issues relating to critical Internet resources; k) Help to find solutions to the issues arising from the use and misuse of the Internet, of particular concern to everyday users; l) Publish its proceedings."

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Jornalismo na Argentina "condicionado e complacente", revela estudo Um retrato preocupante do jornalismo na Argentina é o que se pode concluir dos resultados de um estudo ("Sobre los periodistas y su profesión") que acaba de ser publicado naquele país pelo organismo FOPEA (Forum de Periodismo Argentino). Na verdade, 83 por cento dos inquiridos considera que o jornalismo daquele país é "condicionado" ou "complacente" e apenas 5,3 que é "crítico" e "independente". Não é, assim, de estranhar este trecho do resumo do referido relatório:

"De los resultados se desprende una fuerte autocrítica de los periodistas, que admiten que de 1 a 10 el nivel ético promedio está por debajo de los 5 puntos (más del 95 por ciento ha tenido conocimiento directo de actitudes no éticas de sus colegas) y el rigor profesional apenas supera esa calificación. Reconocen de manera casi unánime la necesidad de profundizar la formación académica y admiten su propia necesidad de mayor capacitación. Si bien el 45 por ciento asegura que su principal motivación es la vocación periodística y el 43 por ciento siente placer al practicarla, el mismo porcentaje se reparte sensaciones de contradicción y frustración. (...) Siete de cada 10 periodistas perciben influencias del departamento comercial en la redacción de sus medios. El 18 por ciento sostiene que en la empresa periodística en la que trabaja no hay libertad para publicar todo tipo de noticias y más del 47 por ciento señala que esa libertad es parcial. El 52 por ciento asegura haber recibido llamadas coercitivas de parte de funcionarios públicos: en el 48 por ciento de esos casos, el medio siguió adelante con la publicación, pero en la misma proporción la nota se levantó o fue modificada, o el periodista sufrió represalias a nivel laboral o personal. Casi el 39 por ciento de los encuestados respondió que la gestión presidencial en la que hubo mayor presión coercitiva oficial hacia el periodismo es la actual de Néstor Kirchner, mientras un 25 por ciento consideró que fue igual en todas las gestiones desde 1983".

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Jornalistas que vão moderar os debates das presidenciais RTP: Judite Sousa / José Alberto Carvalho SIC: Rodrigo Guedes de Carvalho / Ricardo Costa TVI: Miguel Sousa Tavares / Constança Cunha e Sá (Fonte: Correio da Manhã) Interessante, a propósito, a leitura de "As presidenciais", de Eduardo Cintra Torres, no Público (com excepção da nota final).

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Humor na Cimeira Conta o i-Witness, um blogue colaborativo de jornalistas ligados à organização Panos, que não muito longe do pavilhão da Microsoft, se encontrava pregada numa parede uma t-shirt com uma inscrição carregada de humor e de conteúdo perfeitamente inserido na agenda dos debates da Cimeira Mundial. Rezava assim: 'No Windows. No Gates. It's Open. No Bill. It's free.'

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Conciliar o funcionamento da Internet com as liberdades civis Derrick de Kerckhove, director do McLuhan Program in Culture and Technology, da Universidade de Toronto, apelou, na Cimeira Mundial da Sociedade da Informação, para a necessidade de garantir a todos quer o bom funcionamento da Internet quer as liberdades civis. Manifestando concordância com a solução encontrada para a gestão da Internet no plano internacional, de Kerckhove chamou a atenção, com base em exemplos, para iniciativas recentes do sector privado em que os direitos digitais do público não foram acautelados. Aquele especialista observou ainda, a este propósito: "Le repérage et le répertoire systématique de toutes nos activités numériques est en cours d'élaboration maintenant. Nous sommes tous en passe de devenir prisonniers d'une véritable camisole de force numérique. Il y a de quoi démonter pour toujours toute velléité d?affirmer et de défendre la société civile. C'est donc maintenant, dans le cadre de cette réunion mondiale de la société civile sur la gouvernance de l'Internet, le moment d'exiger des garanties incontournables de la part de tous les gestionnaires publics et privés de ce bien public mondial".

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Sindicato dos Jornalistas pede inconstitucionalidade da ERC A Direcção do Sindicato dos Jornalistas (SJ) apelou ao Provedor de Justiça para que suscite junto do Tribunal Constitucional a declaração de inconstitucionalidade da Lei 53/2005, de 11 de Novembro, que cria a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). sindicato_jornalistas2 logoEm carta enviada a Nascimento Rodrigues, o SJ manifesta-se inconformado "com a metodologia seguida no processo de aprovação" da Lei, descontentamento que remonta já ao conteúdo da própria revisão extraordinária da Constituição, de que este processo de regulação decorreu. "Em lugar de uma composição representativa de um leque diversificado de experiências, competências, opiniões e sensibilidades (operadores, jornalistas, outros criadores, universidades, sociedade civil), a ERC corre o risco de resumir-se a uma extensão da maioria parlamentar no controlo da comunicação social, ou assim vir a ser encarada, hipotecando ab initio a independência de que deve ser credora", sublinha o texto sindical. Para o SJ, "o processo de designação dos membros da ERC não oferece garantias de eleição de personalidades cujo mérito possa ser reconhecido além das fronteiras político-partidárias", uma vez que, "ao insistir-se num modelo de eleição em lista fechada, cria-se condições para inviabilizar a escolha de um ou mais membros pelo seu mérito intrínseco, independentemente da força partidária ou do grupo de deputados que o(s) propõe(m)". COMENTÁRIO: Independentemente da consequência que vier a verificar-se deste apelo do Sindicato dos Jornalistas, ele não vai, evidentemente, impedir que a lei comece a ser aplicada. Mas constitui uma pressão sobre os deputados, relativamente às escolhas que vão fazer dos membros do Conselho regulador, previsto para a ERC. Na verdade, o SJ duvida que se pretenda "verdadeiramente promover a eleição de um conjunto de personalidades cuja competência, mérito e prestígio pudesse ser colocada acima de qualquer suspeita, independentemente da força política que propusesse a sua designação". Ao expressar estas dúvidas, está a colocar sob escrutínio a escolha dos nomes que os dois partidos maioritários estarão neste momento a negociar.

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"Um paradigma de abertura" na sociedade do conhecimento A investigadora francesa Divina Frau-Meigs interveio hoje numa das sessões plenárias da Cimeira Mundial da Sociedade da Informação, tendo defendido, em nome das organizações da sociedade civil ligadas à educação, cultura e investigação da sociedade civil, um "paradigma de abertura". Tal paradigma caracteriza-se, segundo afirmou, pelos seguintes aspectos: "- dans sa dimension technique, par le biais des logiciels libres, des codes sources et des normes et standards ouverts, - dans sa dimension éducative par les universités virtuelles, les cours et didacticiels en accès libre et par la pédagogie de la cognition ouverte, qui permet d'élaborer l'information brutes en connaissances concrètes etcritiques, - dans sa dimension sociale par la promotion de la formation initiale desmaîtres, la préservation de l'indépendance du statut des chercheurs, la diffusion du savoir scientifique et la revendication d'une éducation aux médias et d'une alphabétisation numérique indispensable pour que l'enseignement insuffle vie aux enjeux futurs des sociétés de savoirspartagés, - dans sa dimension économique enfin, pour que l'industrie de la connaissance échappe au carcan des brevets, de sorte que la concurrence soit vraiment préservée et porteuse d' innovation".

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Notícias da Cimeira Mundial A ideia de fazer partilhar a gestão da Internet não vingou, sobretudo pela oposição dos Estados Unidos da América. Deste modo a ICANN [Internet Corporation for Assigned Names and Numbers], organismo sediado na Califórnia, mas sob influência do Departamento do Comércio do Governo dos EUA, continuará a exercer esse papel. Contudo, o secretário geral da ONU ficou mandatado para convocar em 2006 um fórum de carácter consultivo relacionado com a "governança" da Internet. O presidente da organização Repórteres Sem Fronteiras, Robert Ménard, foi impedido pela polícia tunisina de desembarcar do avião em que tinha viajado para Tunes, para participar na Cimeira para a qual possuía acreditação passada pelas Nações Unidas. Ménard preparava-se para divulgar um relatório com a lista dos 15 países que mais violam as liberdades individuais na Internet, entre os quais se encontraria precisamente a Tunísia. Um computador com o valor de referência de cem dólares foi apresentado por Kofi Annan, como integrando um esforço de facilitação do acesso à sociedade da informação por parte das camadas populacionais mais pobres, particularmente dos países em vias de desenvolvimento. e designado "Uma criança um computador". O documento que compendiará os acordos e decisões da CMSI, intitula-se "O Compromisso de Tunes" e está a receber a forma final, dependente das negociações que prosseguem até amanhã. A análise da situação no mundo, nomeadamente no que se refere às disparidades entre países no terreno do digital, pode ser aferida através da consulta de um mapa interactivo disponiblizado pela Maplecroft Maps.

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Os blogues, os media e a nova Entidade Reguladora Nos últimos dias tem-se assistido a um debate interessante sobre a incidência ou não do articulado da lei que cria a nova Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) na blogosfera. No meio deste debate, surgiu a sentença que ilibou o autor do blogue Do Portugal Profundo, a qual tece considerações que eu julgo pertinentes - pelo menos como achegas para um debate necessário - sobre a natureza dos blogues e, em concreto, sobre se são ou não um meio de comunicação. Há que reconhecer que o artigo específico na lei da ERC não é, do ponto de vista da clareza, um grande exemplo. Mas o problema é pertinente. A menos que se adopte uma posição mais radical, que é aquela que sustenta que não existe qualquer necessidade de uma lei reguladora dos media. Simplesmente, a revisão constitucional orientou-se num determinado sentido e alguma lei teria de ser produzida, para substituir a Alta Autoridade para a Comunicação Social (o que, evidentemente, não retira pertinência à continuação do debate). Eu entendo que uma entidade reguladora faz sentido e pode ter um papel que se deveria salientar não tanto por uma qualquer animosidade ou guerra face aos media, mas pelo incentivo à diversidade e à qualidade dos media, tanto quanto possível apontando para processos de auto- e de co-regulação e para a defesa dos direitos e responsabilidades de todos os parceiros implicados, incluindo os cidadãos. O conceito de media tem-se vindo a alterar e não faz sentido ignorar as potencialidades e os impactos dos novos media. Os direitos novos à palavra e à voz devem desenvolver-se tendo em conta as inerentes responsabilidades. Creio que é um princípio básico e, para mim óbvio. Daí que, na actual fase me pareça sobretudo importante estar atento ao que se vai passar proximamente, no que diz respeito à escolha dos membros da nova entidade reguladora.Visto que essa escolha parte da Assembleia da República e tem de contar com a maioria qualificada dos deputados, vai ser interessante observar as lógicas que vão ser seguidas, nomeadamente pelos dois partidos do centro político. Uma coisa é certa: se não houver um mínimo de bom-senso nessa escolha, é a credibilidade do novo órgão regulador que vai, logo no início, ser posta em causa. Para seguir o debate sobre este tema: - ContraFactos&Argumentos (e aqui) - Mas Certamente Que Sim! - Direito e Economia - Atrium- Media e Cidadania

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Leituras da remodelação de "Le Monde" Para sustentar que o resultado da remodelação há dias introduzida pelo jornal Le Monde "é brilhante", Eduardo Prado Coelho escreve, na sua coluna no "Público", o seguinte: "(...) a preocupação foi criar um novo ritmo de leitura e reflexão crítica, em que é preciso hierarquizar a informação para resistir ao excesso e à transbordância informativa (que por vezes nos conduz até à náusea). Em segundo lugar, é preciso fornecer as chaves interpretativas que permitem contextualizar as notícias e torná-las mais transparentes (o recurso à infografia é fundamental). Em terceiro lugar, é necessário aproximar o jornal das preocupações e interesses quotidianos das pessoas. (...) Daí a criação de três blocos distintos: a actualidade, que vai desde a realidade interna às questões europeias ou à análise da política internacional (e isto depois de um editorial e de uma página de textos reflexivos de colaboradores externos). O segundo bloco: as "decifrações", através de reportagens, inquéritos, entrevistas, páginas de debate e o correio dos leitores. E, por fim, o bloco de encontros (rendez-vous) que procura ir ao encontro das perplexidades de cada um (...)". O director do diário francês não anda longe de Prado Coelho, quando escreve, no editorial da edição do passado dia 7: "Notre quotidien, qui souhaite rester votre référence, veut donner sa juste place à chaque événement, pour répondre à trois exigences essentielles : hiérarchiser l'information pour se repérer face à l'abondance et à la complexité de celle-ci, donner les clés nécessaires à une meilleure compréhension des temps présents et de ceux qui viennent, et instaurer un lien de plus grande proximité entre les lectrices et lecteurs et leur journal. Ces trois exigences rythment les trois parties ­ - Actualité, Décryptages, Rendez-vous ­ - du Monde nouvelle formule en un seul cahier, en "une seule main", accompagné de ses suppléments, fortement rénovés ("Economie et emploi" le lundi, "Livres" le jeudi, Le Monde 2 le vendredi, le "Radio-TV"le samedi)."

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Sobre a influência do "Público" no debate público "Tenho para mim que, se fizéssemos uma análise quantitativa ao número de citações de artigos, na Internet, o Público seria, até há pouco tempo, o jornal mais citado. Basta ver o mundo dos blogs "de referência": o seu Abrupto, o Causa Nossa, entre muitos outros, que continham citações quase diárias, e que se têm reduzido agora - passando a surgir citações de outros jornais, como o DN e JN, entre outros". A afirmação é de Fernando Ramos, em comentário a uma nota publicada pelo Abrupto, que observa o seguinte: "Ainda estou para saber se o pagamento dos conteúdos no Público compensa a perda de influência real do jornal no debate público. É que, para um jornal que se pretende de referência, a circulação dos seus artigos na rede é um multiplicador natural de influência, e a influência (nas elites em particular) está no centro da 'referência'." Entretanto, os últimos dados do Netpanel da Marktest indicam que o Publico.pt foi o site informativo mais procurado em Outubro, em Portugal, com um total de 272 mil utilizadores únicos, à frente do Expresso on-line, com 203 mil, e da edição electrónica do Diário de Notícias, com 171 mil. Estes dados, citados hoje pelo próprio jornal, não contradizem, no entanto, o ponto suscitado pelo Abrupto, visto que a lógica e a substância do site do Publico.pt são distintas do jornal impresso, a cujo conteúdo se tem acesso na Web apenas mediante assinatura.

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Quatro lugares de investigador a concurso no ICS O Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, na sua qualidade de Laboratório Associado da Fundação para a Ciência e Tecnologia, pretende contratar quatro investigadores doutorados em Ciências Sociais, podendo concorrer os de Antropologia, Ciência Política, Ciências da Comunicação, Direito, Economia, Geografia, História, Psicologia Social ou Sociologia. Os investigadores, a contratar por um período de cinco anos, devem possuir um "excelente percurso académico" e ter experiência de investigação, nomeadamente em áreas relacionadas com as políticas públicas nacionais e /ou europeias. Os candidatos deverão enviar até ao dia 25 de Novembro um curriculum vitae pormenorizado, assim como uma proposta de projecto de investigação (com um máximo de 1.500 palavras) susceptível de se integrar numa das quatro linhas de pesquisa do Laboratório Associado. As condições do concurso podem ser consultadas no respectivo Edital.

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Leituras De Rick Edmonds, no Poynter Online: As Blogs and Citizen Journalism Grow, Where's the News? A ideia-resumo: "Citizen-generated content has a significant role to fill in the dissemination of information. But they won't replace traditional media". La radio en el punto de mira del podcasting - A propósito de uma exposição sobre meios de comunicação portáeis a decorrer na Califórnia e que reúne centenas de podcasters de 22 países.

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Quem fala na TV? A próxima edição do Clube de Jornalistas é dedicada ao debate sobre o os "protagonistas da televisão", isto é, sobre os especialistas, políticos e comentadores que as televisões habitualmente exibem para completar as informações que difundem. São convidados do programa Felisbela Lopes, da Universidade do Minho, Vítor Gonçalves, jornalista da RTP, e João Adelino Faria, jornalista da SIC-Notícias. Na próxima quarta-feira, na Dois, às 23h30.

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A diversidade nos media - conferência de Denis McQuail denisO investigador e académico dos media Denis McQuail profere hoje, às 13 horas (12 em Espanha), uma conferência sobre "The principle of diversity: what does it mean and is it still relevant for media policy?". A iniciativa tem lugar na Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade Autónoma de Barcelona, mas pode ser acompanhada através da Internet, mediante pré-registo e recurso a Macromedia Flash Player. Para quem não puder seguir em directo, o Portal de la Comunicacion tem guardado os arquivos sonoros deste tipo de iniciativas em "conferencias en linea".

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Novos blogues na área dos media Educação para os Media - Criado pelo professor Vitor Relvas, procurará apresentar abordagens "equilibradas, ou seja, não destacando apenas a parte mais negativa dos media mas também realçando os seus aspectos positivos". "Claro que irei abordar a violência nos media, o cyberbullying, a segurança na Internet, mas acima de tudo pretendo dar alguns modestos contributos para que os meus leitores/leitoras possam desenvolver estratégias que lhes permitam melhor enfrentar ou prevenir eventuais problemas que surjam na sua vida familiar ou escolar", afirma o autor na declaração de intenções. Blogues dos alunos de Jornalismo da UM - Sendo ferramenta de ensino, os alunos organizam-se em grupo e cada grupo trabalha (n)o seu próprio blogue. O momento é ainda de tacteio. Mas vale a pena dar um salto a Criações, (IN)FOrmalidades ou Porto Sentido. Outros estão já no estaleiro e aparecerão referenciados no Aula de Jornalismo. Nas Bancas - um projecto de Ricardo Costa, do Porto, que se propõe acompanhar a actualidade jornalística.

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O que faz a pressa de ser o primeiro " (...) Os jornais atribuíram aos desembargadores [que decidiram o não-pronunciamento de Paulo Pedroso] afirmações que, abundantes de adjectivos, se diriam mais próprias de parte interessada que de juízes serenamente isentos, como as que classificavam as denúncias das vítimas de "delirantes" ou as que acusavam o MP de "manipulação grosseira de depoimentos". Os advogados dos arguidos exultaram e, sorrindo de orelha a orelha, tentaram imediatamente levar tais afirmações ao moinho dos seus clientes. Só que o que veio nos jornais é mentira. As afirmações atribuídas aos juízes são, afinal, meras transcrições que o acórdão faz das afirmações dos próprios advogados. Ou seja, os advogados, aproveitando a impreparação de alguns jornalistas para ler um acórdão judicial, deitaram os foguetes e correram a apanhar as canas. E agora? Que ficou a pensar da Justiça quem leu os jornais e viu as TV e não soube dos esclarecimentos posteriormente feitos pelos juízes?" Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 14.11.2005 Não foi apenas nos jornais. Os mesmos adjectivos e transcrições ouvi-as pelo menos numa rádio. O caso constitui um (péssimo) exemplo do que dá a pressa de ser o primeiro e de bater a concorrência. Recebe-se um documento, folheia-se ao acaso e despeja-se para a notícia um "soundbite" conveniente, sem cuidar de ver o contexto.

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Sociedade da Informação: participantes começam a chegar a Tunes wsislogoComeçam hoje a convergir para a capital da Tunísia os representantes dos países e das organizações da sociedade civil que vão participar na Cimeira Munidal da Sociedade da Informação. Não se trata ainda do arranque da Cimeira, previsto para quarta-feira próxima; é, antes, a derradeira reunião dos comités preparatórios, considerados decisivos para os consensos necessários com vista às medidas a aprovar na Cimeira. Entretanto, quando se poderia esperar que o regime do general Ben Alí abrandasse as medidas de controlo à oposição, foi o contrário que se verificou, em particular nos últimos meses. Ontem mesmo era noticiado que o jornalista do Libération Christophe Boltanski, que se tem interessado pelas violações dos direitos cívicos na Tunísia, foi agredido por vários desconhecidos numa zona super-vigiada de Tunes, facto que motivou um imediato protesto da organização Repórteres Sem Fronteiras. Um grupo de sete oposicionistas tunisinos iniciou, em 18 de Outubro último, uma greve de fome, que ainda prossegue, para chamar a atenção da comunidade internacional para as limitações às liberdades públicas no país. Já hoje, foi igualmente conhecida a posição de um grupo de intelectuais do país que, reconhecendo a "necessidade e a utilidade da liberdade de expressão e do direito à diferença", se colocam do lado de Ben Alí, com o argumento de que a Ciemeira Mundial não é o momento adequado para trazer a lume problemas internos. Os ecos internacionais desta situação começam a fazer-se sentir. As autoridades tunisinas apresentaram há dias um protesto formal junto do Governo suiço pelo facto de o vice-presidente da Confederação Helvética ter criticado a falta de respeito pelos direitos humanos naquele país do Norte de África. Por outro lado, a Administração norte-americana exortou o Governo da Tunísia tomar medidas inequívocas a favor da liberdade de expressão.

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O jornalismo entre o narcotráfico, a guerrilha, os paramilitares e a corrupção Para ver o que tem sido a luta (ou a cedência) do jornalismo colombiano perante, nomeadamente, o narcotráfico, vale a pena ler a entrevista que publicou ontem El Tiempo, intitulada " 'El" narcotráfico no acabará jamás con el periodismo libre', dice Enrique Santos Calderón". Nos últimos 20 anos, mais de cem jornalistas perderam a vida por ousarem enfrentar os vários polvos que amarram a Colômbia.

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"Defender a Internet é defender a própria liberdade" " (...) A utilização da Internet para incitar ao terrorismo ou ajudar os terroristas, difundir pornografia, facilitar actividades ilegais ou glorificar o nazismo ou outras ideias abomináveis inspira também legítima preocupação. Mas censurar o ciberespaço, minar os seus fundamentos técnicos ou submetê-lo a um controlo governamental rigoroso significaria voltar as costas a um dos principais instrumentos de progresso dos nossos dias. Defender a Internet é defender a própria liberdade.(...)" Kofi Anan, in Público, 12.11.2005

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Novos caminhos para o jornalismo Decorre hoje em Hamburg o Jonet Tag 2005, um encontro que reúne várias centenas de jornalistas, estudantes e investigadores do campo dos media. O programa prevê sobretudo uma dinâmica de workshops de que destaco algumas temáticas: - Micro-media: O meu jornalismo faço eu próprio - Watchdogs: controladores para a Liberdade de Imprensa - Metajornalismo: Que devemos escrever? - Weblogues: poupar dinheiro com os blogues - ... A Jonet.org é a maior rede de trabalho de jornalistas de língua alemã. Os seus 3000 membros, provenientes de todas as secções mediáticas, de federações e de instituições educativas, discutem o jornalismo pela Internet, desde 1994.

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Nível de instrução, idade e rendimentos: factores decisivos no acesso à Internet Setenta pontos é a distância que vai entre a média dos utilizadores da Internet com baixa e com alta escolaridade , em Portugal, de acordo com dados relativos ao primeiro trimestre de 2004, ontem divulgados pelo Eurostat, o organismo estatístico oficial da União Europeia. De acordo com tais dados, que colocam Portugal no topo das assimetrias quanto a esta variável, apenas 14 por cento dos portugueses com a escolaridade básica acederam à rede, enquanto 84 por cento das pessoas com nível de instrução superior utilizaram a Internet. Outros dados do estudo podem ser consultados aqui. Aparentemente, os jornais diários de hoje limitam-se a uma notícia sumária, baseada num serviço ontem à tarde distribuído pela agência Lusa. Mesmo sem acesso imediato à publicação do Eurostat, a consulta do press release permitiria um trabalho mais elaborado. sobre um assunto de inegável importância,

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Conquistar novos públicos para a rádio "DN - O que se pode fazer para conquistar novos públicos? João Barreiros - É um pouco difícil. O mercado de rádios está dividido em rádios de música, com 80% de audiência disponível, e rádios de ideias, onde incluo a A1, Renascença e TSF. Há aqui dois desafios dentro dos 20%, lutar para ter mais, e conseguir captar público que habitualmente ouve música, mas não é fácil ir buscar muito desse público. A nossa conquista pode ser feita dentro dos 20% que quer ouvir ideias. A A1 tem de se afirmar como uma rádio de ideias. Esse é o caminho." Entrevista de Filipe Morais a João Barreiros director de Informação da RDP, no DN

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Achegas para a análise do estado da televisão em Portugal Álvaro José Ferreira, um cidadão que se tem destacado nas iniciativas de defesa da boa música portuguesa na rádio pública e, em especial, do programa "Lugar ao Sul", comentou, num mail enviado a alguns membros deste blogue, o fórum da TSF de segunda-feira passada, dedicado ao estado da televisão em Portugal. Nesse espaço radiofónico interveio Felisbela Lopes, para, nomeadamente, comentar o texto sobre a renovação das licenças dos canais privados de televisão, publicado naquele mesmo dia do "Público". Sobre o tema e sobre a participação de Felisbela Lopes, escreve Álvaro Ferreira: "Subscrevo sem qualquer reserva todas as palavras que proferiu na antena da TSF. Na verdade, a programação da SIC e da TVI já não se pode considerar generalista mas sim temática - telenovelas e pseudo-'reality shows'. Não podia estar mais de acordo consigo quando diz que a actual programação dos canais privados em sinal aberto já não tem nada a ver com os projectos que foram submetidos a apreciação e votados para atribuição das licenças. Eu pergunto: não caberia à Alta Autoridade para a Comunicação Social zelar para que não fosse permitido o desvio que foi praticado? O próprio poder político (Assembleia da República, Governo e Presidência da República) tem muitas culpas no cartório por terem feito visto grossa às alterações de estratégia implementadas pelas televisões privadas, com o argumento falacioso da racionalidade económica. Penso que é consensual que uma empresa de televisão tem obrigações acrescidas às que são exigidas a outro qualquer negócio. Fazer televisão não é o mesmo que fazer sabonetes. O mercado televisivo é um mercado regulado e, como tal, quem decide apostar nessa área tem de se sujeitar às regras estipuladas e previamente definidas. Se algum operador deixa de apresentar um serviço em concordância com tais regras só há uma coisa a fazer: retirar-lhe a licença e pô-la novamente a concurso. (...) Por isso, faço questão de felicitá-la a si e também aos seus colegas docentes da Universidade do Minho pelo artigo pertinente que subscreveram no jornal "Público", no dia 07 de Novembro último, porque a sociedade só fica a ganhar quando os especialistas que trabalham no meio académico não se confinam aos muros da academia e dão o seu valioso contributo na apresentação e discussão de temas que os políticos e os partidos não põem na agenda por mera conveniência político-partidária. Também quero felicitar a direcção da TSF pelo sentido de oportunidade ao pegar num tema que nem sempre tem tido a atenção que merecia em razão da importância que a televisão tem na ocupação dos tempos livres de boa parte da população portuguesa e - não menos importante - na formação do imaginário das crianças e jovens que não têm hábitos de leitura. (...) " Álvaro José Ferreira (Ler o texto completo AQUI)

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Judith Miller abandona The New York Times "Decidi sair porque ao longo dos últimos meses tornei-me assunto de notícia, algo que um repórter do New York Times (NYT) nunca quer ser". Assim se explica a jornalista Judith Miller na carta de despedida hoje publicada na página do leitor daquele que foi o seu diário e o seu posto de trabalho ao longo dos últimos 27 anos. A jornalista lamenta ainda, contestando críticas que nas últimas semanas lhe foram feitas, não lhe ter sido permitido prosseguir a investigação jornalística, a propósito dos trabalhos por ela publicados em que havia defendido a existência de armas de destruição maciça no Iraque de Sadam Hussein. "A resposta a má informação é mais trabalho de reportagem", acrescenta. Promete mais explicações para o seu site pessoal que incorpora já, de resto, bastante material sobre o caso em que tem estado envolvida. A perspectiva dada pelo jornal sobre a saída de Miller vem expressa num extenso artigo publicado no NYT de hoje, na secção de "Negócios".

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Controlo da Internet e fosso digital na agenda da Cimeira Tem lugar na próxima semana, em Tunes, a segunda parte da Cimeira Mundial da Sociedade da Informação. Será, certamente, um momento importante, visto que procurará definir um plano de acção, a partir das conclusões da primeira parte, reallizada em Genebra wsis_logo-esem Dezembro de 2003. Mas será igualmente o momento de debater um tema quente: o controlo da Internet ou, como também se começou a dizer, a "governança" da Internet, actualmente nas mãos dos Estados Unidos da América. Mas outros temas importantes estarão na agenda das discussões: como combater as assimetrias internacionais (e nacionais) relativamente ao acesso às potencialidades e benefícios da sociedade da informação e do conhecimento, a promoção da literacia digital, a relação entre as TIC e o desenvolvimento sustentável ou a diversidade cultural, etc. Na sequência do documento da UNESCO, para o qual já ontem chamámos aqui a atenção, iremos passar a acompanhar este acontecimento com mais regularidade, visto que nele se jogam dimensões de grande relevo para a construção da sociedade em rede, de que tem vindo a falar e a escrever, entre muitos outros, Manuel Castells. Como material de apoio, deixamos hoje a ligação para um livro editado pela Comissão Nacional Francesa para a UNESCO, intitulado Société de l'Information: Glossaire Critique. Para já, um dado paradoxal a rodear esta Cimeira: ela vai ter lugar num país, a Tunísia, em que a liberdade de expressão sofre pressões e ataques constantes por parte do regime do general Ben Ali. Como é possível construir o acesso à informação e ao conhecimento sem liberdade?

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Falar de Blogues 2 "Quando e como nasceram os blogues em Portugal? Como evoluíram? Em que terrenos se se têm afirmado? Que evoluções são previsíveis?". A estas perguntas respondem hoje, a partir das 19 horas, num colóquio na Livraria Almedina, ao Saldanha, em Lisboa, António Granado, do Ponto Media; Catarina Rodrigues, da organização do 2º Encontro de Weblogs; e Joana Amaral Dias, do Bicho Carpinteiro; e Rogério Santos, do blogue Indústrias Culturais. É a segunda iniciativa da série "Falar de Blogues", promovida por José Carlos Abrantes e pela Livraria Almedina.

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Bloggers presos em França acusados de atiçar o vandalismo Dois bloggers foram detidos pelas autoridades francesas, acusados de incitar à participação nos actos de vandalismo que afectaram, nas duas últimas semanas, os arredores de Paris e de outras cidades em França. Os blogues em causa - "Sarkodead" e "Hardcore" - foram já retirados. Os seus autores são um francês de 16 anos e um nacional do Gana, de 18. Segundo o jornal britânico The Guardian, os bloggers franceses dividiram-se relativamente à atitude face aos acontecimentos: enuqnato uns terão procurado acalmar os ânimos, outros terão tentado inflamá-los. ACT.: Ler, em complemento, "Sarkozy Googles as Paris Riots: Ads on Google that direct Web surfers to a petition supporting hard-line Interior Minister Nicolas Sarkozy have ignited a political storm"

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Publicada a lei sobre a Entidade Reguladora para a Comunicação Social Foi ontem publicada em Diário da República a lei que aprova a nova Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), devendo entrar em vigor na próxima semana. Este diploma, que acarreta a extinção da Alta Autoridade para a Comunicação Social, estabelece que a Assembleia escolha, de imediato as quatro personalidades que constituirão aquele órgão (a quinta será cooptada pelos quatro eleitos). No entanto, e segundo o Diário Económico de hoje, a discussão do Orçamento de Estado fará com que o assunto só deva ser apreciado em Dezembro. O DE acrescenta ainda: "No artigo 2º da lei publicada ontem, está presente uma cláusula, a pedido do PSD, que implica que as licenças de televisão só sejam atribuidas por volta de Março de 2006. ?Todos os procedimentos administrativos que não se encontrem concluídos à data da tomada de posse dos membros do conselho regulador e do fiscal único, transitam para a ERC, fixando-se uma suspensão de quaisquer prazos legais para a prática de actos ou tomada de decisões por um período de 60 dias", refere a lei. ACT.: ESTATUTOS DA ERC - ENTIDADE REGULADORA PARA A COMUNICAÇÃO SOCIAL

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UNESCO: "Em direcção às sociedades do conhecimento" A UNESCO acaba de editar um extenso estudo intitulado "Towards Knowledge Societies", nas vésperas de se iniciar, na Tunísia, a segunda parte da Cimeira Mundial da Sociedade da Informação. Além de numerosos quadros estatísticos, o documento estrutura-se nos seguintes capítulos: - From the information society to knowledge societies - Network societies, knowledge and the new technologies - Learning societies - Towards lifelong education for all? - The future of higher education - A research revolution? - Science, the public and knowledge societies - Risks and human security in knowledge societies - Local and indigenous knowledge, linguistic diversity and knowledge societies - From access to participation: towards knowledge societies for all.

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Declaração de Lyon: "Os media em prol de uma cultura de paz" Um encontro de organizações internacionais católicas ligadas aos media, reunidas nos últimos dias na cidade francesa de Lyon, aprovaram uma declaração que pretende sensibilizar os media para o contributo que podem dar em ordem a uma cultura de paz. A ideia central: "Call for a fundamental change in the way we communicate through the media centred anew in our capacity to live with each other as we contribute to a world of peace, respect and solidarity".

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"Pessoal e Transmissível" número 500 ! É-me grato assinalar o programa número 500 de "Pessoal e Transmissível" desse verdadeiro artista da arte de entrevistar que é o Carlos Vaz Marques. Para este número redondo, o convidado é José Saramago. Muitas vezes não consigo pôr-me a jeito de ouvir. Já tenho ido repescar algum som ao baú da TSF, onde se guardam as dos últimos anos, embora não haja como ouvir "ao vivo". É preciso aplaudir e apoiar estas pérolas que nos fazem antever o que os media poderiam ser. Obrigado, pois, ao Carlos Vaz Marques e obrigado à TSF. (Já agora, obrigado ao Jorge Guimarães, de "A Rádio em Portugal", pela lembrança).

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Blogues e direitos humanos Continuando em aberto o debate -- hoje particularmente actual entre nós -- sobre se os blogues são ou não, podem ou não podem ser, e de que modo(s), uma forma de jornalismo, parece evidente que eles acabam já por preencher, em certas circunstâncias, uma função tradicionalmente associada aos meios de comunicação social: a de vigilância dos poderes e denúncia dos seus abusos. Sobretudo quando esses meios de comunicação social não têm liberdade de expressão e de difusão... Neste contexto se inscreve a homenagem agora prestada pela organização Human Rights Watch ao jornalista iraniano Omid Memarian, não pela sua actividade profissional mas pela sua qualidade de «blogger»: é autor do Iranian Prospect, onde tem denunciado (a custo de prisões e torturas) violações dos direitos humanos que ocorrem no seu país. A organização Human Rights Watch, aliás, é muito clara quando usa este exemplo para convidar a que outros lhe sigam as pisadas, utilizando este mesmo meio de comunicar com o mundo graças à Net: «Get involved, spread the word -- Become a blogger for human rights». (Mais informações em Periodistadigital, de onde retirei a notícia)

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Proposta à nova Entidade Reguladora dos Media Têm sido várias as manifestações de apoio e concordância com o teor do texto ontem difundido pelo jornal "Público" relativo às condições em que se deveria operar a apreciação da renovação das licenças dos canais privados de televisão. Uma das mensagens recebidas é a de Estrela Serrano, investigadora dos media e docente da Escola Superior de Comunicação Social, que transcrevemos: "Não creio que a AACS ou a nova ERC tenham possibilidade e capacidade para, com algum rigor, avaliarem os 15 anos de actividade da SIC e TVI. De facto, só um trabalho de acompanhamento e análise sistemáticos dos diversos géneros e canais, que aparentemente, não foi feito, por falta de meios, de vontade, de preparação, ou de sensibilidade, permitiria fazer essa avaliação. Sabemos que a análise da televisão é complexa, fazendo apelo a metodologias e instrumentos de análise que requerem estudo e conhecimento aprofundados. Basta pensar que, por exemplo, a análise das notícias televisivas passa por certas descodificações, dado que não se está perante uma imagem mas por um fluxo de imagens em movimento. Por outro lado, à imagem junta-se o som, isto é, o genérico, a música, os ruídos e os discursos, além de que há cada vez mais imagens dentro das imagens, como incrustações, logotipos e outras imagens electrónicas que sobrecarregam o écran. Ora, todos estes elementos são portadores de um significado mais ou menos forte, que faz da imagem televisiva um suporte de sentidos múltiplos. Não basta, pois, podendo mesmo ser enganador, considerar, apenas, indicadores quantitativos sobre o que se diz, quem diz, quantas vezes diz ou contabilizar tempos dedicados à produção portuguesa, à informação ou ao entretenimento, embora eles sejam importantes. É, todavia, necessário completá-los com outros: "olhar" para a linguagem visual e decifrar-lhe o sentido, confrontando-a com a linguagem verbal para lhes perceber o sentido último. Faltam, por outro lado, estudos sobre a recepção, para sabermos que efeitos produzem as mensagens televisivas nas atitudes e comportamentos dos portugueses. Que valores são insuflados pelos vários géneros televisivos? Penso, pois, que o debate urgente a fazer se relaciona sobretudo com o futuro, incluindo nele o canal público. Daí que a minha sugestão vá ao encontro do vosso manifesto, no sentido de uma clarificação das regras em que os operadores público e privado vão operar, sem, contudo, lhes impôr à partida um espartilho normativo sobre o que uma televisão ?deve ser?. Como resulta dos normativos existentes, o problema não é a falta de orientações mas o excesso delas, que resulta, em última instância, no seu incumprimento ou na impossibilidade de avaliar o seu cumprimento. Há, por outro lado, que analisar o perfil daqueles que dirigem as televisões: que preparação têm, que reflexão fazem, que estudos servem de base às decisões que tomam, que diálogo estabelecem com pessoas e instituições adequadas. Enfim, outros enfoques seriam pertinentes. Uma sugestão para a futura ERC seria a contratualização, por concurso público, entre centros de investigação, universidades e politécnicos com provas dadas no ensino e na investigação sobre os media e o jornalismo, de programas de trabalho para acompanhamento sistemático da actividade da televisão em Portugal." Estrela Serrano

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Debate no Clube de Jornalistas: "Os blogues são jornalismo?" António Granado, jornalista do "Público" e criador do blogue Ponto Media , João Alferes Gonçalves, jornalista free-lance e editor do site Clube de Jornalistas, Rogério Santos, professor da Universidade Católica e criador do blogue Indústrias Culturais reflectem sobre a relação entre os blogues e o jornalismo na próxima edição do programa Clube de Jornalistas, amanhã às 15 horas, com moderação de Carla Martins. O site do Clube antecipou as perguntas que serão motivo das reflexões: "O que significa ser um 'cidadão jornalista'? A blogosfera permite que cada cidadão seja um repórter em potência? Os blogues podem ser encarados, pelos jornalistas, como fontes credíveis de informação? Quais os limites a sua utilização por parte dos ditos media ?convencionais?? Os blogues podem desempenhar um importante papel como vigilantes e fiscalizadores da acção dos jornalistas e dos media?". O mesmo site publica ainda dois textos sobre o tema: um - "O que são os blogues?" - de preparação do debate, elaborado pela moderadora, e outro, de arquivo - "São as batedeiras eléctricas sumo de furta?" - de João Alferes Gonçalves. O programa é transmitido na Dois amanhã às 23 e 30 (com repetição no dia seguinte, às 15 horas).

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Jornadas sobre jornalismo online na UBI "Jornalismo On-line.2005. Aspectos e Tendências" é o tema que reúne, amanhã e depois, na Covilhã, investigadores da Universidadeda Beira Interior (UBI) e alguns estrangeiros, entre os quais Jim Hall, autor de "Online journalism - A critical primer" (Pluto Press, 2001) e Concha Edo, da Universidad Complutense de Madrid. A iniciativa é do LabCom da UBI.

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"O mundo segundo o Google" O tema de capa da revista francesa Le Point intitula-se "Le monde selon Google". A apresentação traduz o distanciamento e mesmo a animosidade que se sente bastante em França: "En à peine sept ans, Google est devenu une formidable machine à fabriquer des dollars. Mais le moteur de recherche, qui s'invite également dans l'e-mail ou le téléphone mobile et qui veut même réaliser une bibliothèque universelle, prend des airs de "Big Brother". Faut-il en avoir peur?"

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Por um debate da televisão no espaço público Um grupo de investigadores do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho (alguns são animadores deste weblogue) assinam hoje, no jornal Público, um texto de opinião sobre o processo de renovação das licenças de televisão. Transcrevemos: O processo de renovação das licenças de televisão que está em curso não pode, em nosso entender, limitar-se a uma decisão meramente administrativa. Deveria ser, antes, uma oportunidade única para suscitar o debate público acerca daquilo que a SIC e a TVI fizeram nestes 15 anos - tendo como elemento de referência as obrigações que expressamente assumiram nos alvarás de concessão das licenças - e traçar novos rumos para o audiovisual. Rumos que garantam a existência de canais generalistas, tal como se prevê na Lei da Televisão, e promovam uma TV de qualidade. Será este o momento de convocar os telespectadores enquanto cidadãos que são confrontados com uma programação que está longe de ser generalista. 1. Sendo a renovação das licenças de televisão uma competência da entidade reguladora, neste caso da Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS), tal como prevê a lei, não está em causa a legitimidade desse órgão para a condução do processo. Não obstante, discordamos do modo como ele tem sido conduzido na prática: marcado pelo secretismo e por uma espiral de silêncios que inviabilizam qualquer participação das mais diversas entidades. Na abertura do IV Congresso da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação, que decorreu em Aveiro nos dias 20 e 21 de Outubro, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, afirmou que a renovação das licenças de televisão "não é um processo automático", mostrando-se favorável à respectiva discussão pública. Tal iniciativa, decerto benéfica, só pode competir à entidade reguladora, que, até ao momento, não deu qualquer sinal nesse sentido. Se os canais generalistas se dirigem a todos os portugueses, usando para isso uma concessão pública, seria lícito esperar que a entidade formalmente responsável pela decisão sobre a renovação das licenças auscultasse a opinião pública e não se confinasse ao silêncio dos seus gabinetes. 2. Num "parecer prévio sobre os processos de candidatura dos canais privados de televisão", datado de 8 de Agosto de 1991, a AACS considerava, na altura, o projecto da SIC "equilibrado, quantitativamente prudente e qualitativamente exigente" e o da TVI "mais modesto, quantitativamente moderado e qualitativamente menos exigente em que a predominância da defesa dos valores do humanismo cristão influencia coerentemente o conteúdo e o estilo dos programas". Quinze anos depois, que avaliação se faz da oferta televisiva da SIC e da TVI? Que estudos foram feitos para essa ponderação? Com que base científica? Segundo que critérios? Com que auscultação dos cidadãos? 3. Segundo o artigo 10º da Lei de Televisão (Lei n.º 32/2003, de 22 de Agosto), os canais generalistas devem "contribuir para a informação, formação e entretenimento do público"; "promover o exercício do direito de informar e de ser informado, com rigor e independência, sem impedimentos nem discriminações"; "favorecer a criação de hábitos de convivência cívica própria de um Estado democrático e contribuir para o pluralismo político, social e cultural"; "promover a cultura e a língua portuguesas e os valores que exprimem a identidade nacional". De que forma têm a SIC e a TVI cumprido estas obrigações, nomeadamente no horário nobre, que é a franja que abrange maior número e mais diversidade de telespectadores para os quais as estações generalistas trabalham? 4. A televisão é um assunto demasiado sério para ser remetido ao silêncio dos gabinetes e a qualidade dos canais generalistas tem vindo a degradar-se de tal modo que, a não ser travada, provocará fracturas socioculturais sérias num futuro próximo. Tão importante como avaliar agora o que se fez nestes 15 anos, será imprescindível produzir, para futuras concessões, um novo e mais eficaz caderno de encargos que oriente as empresas e que sirva de referência à (futura) entidade reguladora. 5. A AACS, que deu alguns sinais de vida no último ano, parece estar a seguir, num caso tão transcendente como a renovação das licenças dos operadores privados de televisão, um caminho muito afastado dos cidadãos. É, neste momento, um organismo prestes a ser substituído pela nova Entidade Reguladora dos Media. Os dossiers e as preocupações relativas à televisão de sinal aberto não caducam com esta mudança. Por isso nos dirigimos também a quem ainda não conhecemos, para que faça dos media e do seu papel no espaço público uma matéria aberta à participação alargada dos cidadãos. Para que a democracia e o exercício da cidadania não se esgotem no depositar de um boletim de voto dentro de uma urna, de quatro em quatro anos. (Texto assinado por Moisés de Lemos Martins, Manuel Pinto, Helena Sousa, Felisbela Lopes, Joaquim Fidalgo, Luís Santos, Helena Gonçalves, Helena Pires, Madalena Oliveira)

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Os desafios da televisão pública na Europa Começa na próxima quinta-feira, dia 10, o XX Congreso Internacional de Comunicación (CICOM), promovido pela Universidad de Navarra (Pamplona, Espanha). Especialmente dedicado à televisão, este congresso pretende equacionar o estado de crise em que se encontra a televisão pública na Europa. É que, segundo se diz na apresentação do encontro, «a crescente concorrência entre a televisão pública e privada reabre o debate acerca da identidade, dos fins, do modo de financiamento e da qualidade na produção dos conteúdos do sector público em modelo dual.» No ano em que a TVE celebra o 50º aniversário, a Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra consagra esta edição do CICOM ao estudo, análise e debate da TV pública tendo em conta com o seu grau de pluralismo e a sua responsabilidade nos sistemas democráticos. Para além de um vasto programa de conferências e mesas redondas, o congresso prevê ainda a apresentação de comunicações em oito grupos de trabalho: 1) Regulação e modelo da TV pública; 2) Gestão e financiamento da TV pública; 3) estratégias de programação da TV pública I: a informação, o entretenimento, a publicidade; 4) estratégias de programação da TV pública II: as séries de ficção; 5) identidade cultural, representação e participação cidadã na TV pública; TV pública e democracia; 7) o público infantil e juvenil da TV. Regulação dos conteúdos e protecção da audiência; 8) a TV pública e o impulso da Televisão Digital Terrestre. (Os textos integrais das comunicações estão disponíveis on-line.)

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Rui Rio e os media De entre alguns desenvolvimentos recentes acerca das regras impostas por Rui Rio à relação dos órgãs de comunicação social com a Câmara Municipal do Porto, ler: - Provedor do leitor do DN: "Quem decide o que é notícia" - Coluna "Palavras", de Manuel António Pina, no JN - Provedor do leitor do JN: "Rui Rio, o Jornal de Notícias e os direitos dos leitores" - Resposta do blogue Retórica e Persuasão ao provedor do leitor do JN: "Jornalismo, laxismo ou manipulação?" e "O que é a manipulação jornalística".

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Mudanças no Editor Weblog O Editor Weblog passou a funcionar em regime cooperativo, aceitando contributos de editores, directores, gestores e especialistas dos media, emmatérias como qualidade jornalística, gestão de redacções e jornalismo dos cidadãos. Entre outras novidades deste espaço do World Editors Forum destaca-se a criação de RSS em várias categorias de assuntos e uma separação visual da zona de notícias relativamente à zona de comentários.

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A ler Em El Mundo: "Los medios franceses dudan sobre cómo tratar la información relativa a los disturbios callejeros".

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O que é a Web 2.0? Já tem algum tempo, mas não deixa de ter interesse esta comparação de Tim O'Reilly sobre alguns sinais que permitem distinguir a Web 1.0 da Web 2.0:

Web 1.0 Web 2.0
DoubleClick-->Google AdSense
Ofoto-->Flickr
Akamai-->BitTorrent
mp3.com-->Napster
Britannica Online-->Wikipedia
personal websites-->blogging
evite-->upcoming.org and EVDB
domain name speculation-->search engine optimization
page views-->cost per click
screen scraping-->web services
publishing-->participation
content management systems-->wikis
directories (taxonomy)-->tagging ("folksonomy")
stickiness-->syndication
A minha aselhice não dá para saber como eliminar o espaço entre a introdução e a tabela na página de edição em html.

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