Weblogue colectivo do projecto Mediascópio - CECS / Universidade do Minho | RSS: ATOM 0.3 |



O empobrecimento do "jornalismo declarativo" Eis uma problemática que também parece pertinente entre nós. Jesus Serrano, que é há 25 anos, e por concurso, chefe de Imprensa do Congresso dos Deputados, de Espanha, comenta o jornalismo que vê fazer-se, no meio em que se movimenta:

"Estamos en un momento de un periodismo más declarativo que una descripción en profundidad de los temas. Tanto en radio como en televisión, los periodistas están más pendientes de las declaraciones que hay sobre un tema determinado que entrar en profundidad en esos mismos temas. Eso empobrece un poco el periodismo de calidad. No todo es así. También hay buenos artículos. Pero da la impresión que prima el periodismo declarativo sobre el periodismo explicativo. Explicar que es lo que se está tratando y cómo eso influirá en la vida de los ciudadanos. Piden la opinión del portavoz de la mayoría y de la minoría y después se transcriben tal cual, nos quedamos con lo que ellos dicen, no con lo que está pasando. Y yo creo que esto es generalizado."

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Fazer exames com ajuda de telemóveis (com câmara) Esta já tem uns dias, mas ainda vai a tempo da época de exames que se aproxima: "Emplean teléfonos celulares con cámara para hacer trampa en los exámenes". Com SMS já tinha visto. Com imagem, a coisa moderniza-se.

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Comunicação e saúde O número mais recente do Boletim Temático de ALAIC - Associação Lationamericana de Investigadores em Comunicação é dedicada ao tema "Comunicação e Saúde". Foi coordenado pelo Prof. Isaac Epstein, da Universidad Metodista de São Paulo. Destaque para os textos: - Etos e tempos da ciência e do jornalismo cientifico - Quando um fato se transforma em notícia no jornalismo e na ciência.

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Construtores da realidade? Afirma Joaquim Trigo Negreiros, em entrevista ao DN de hoje, a propósito do seu recente livro "Fantasmas ao Espelho": "(...) alguns [jornalistas] assumem-se como expositores da realidade, encaram a sua actividade como uma descrição dos factos, e são também interpretativos. Outros, para além da descrição, assumem uma capacidade interventiva na realidade: são interventores ou correctores. A minha própria concepção é que os jornalistas não são apenas expositores e correctores, são agentes da definição do que é a realidade. Mas muitos rejeitam essa ideia do jornalismo como construção da realidade social". "Qual é então o papel dos jornalistas?", pergunta Madalena Esteves, jornalista entrevistadora. E a resposta: "Os jornalistas conferem sentido ao mundo, atribuem significado aos factos e ocupam o lugar que anteriormente pertencia à tradição e aos filósofos". Um breve comentário: Uma boa parte dos jornalistas - no "Público", onde Joaquim Negreiros fez a sua pesquisa, não parece ser diferente - convivem mal com a ideia de que são mais construtores do que reflectores da realidade social. Numa análise mais atenta, não custa muito compreender o porquê. Uma cultura da tarimba, que, apesar de tudo ainda vigora (ainda tem vigor), mesmo entre os que vêm das "academias", agarra-se à crença positivista de que é possível contar as coisas "tal como aconteceram" ("es wie eigentlich gewesen", no dizer de Leopold von Ranke, a propósito da historiografia, que se debateu com o mesmo problema). As reticências à perspectiva construtivista são provavelmente um quase reflexo condicionado contra o medo da acusação de falta de rigor ou, numa perspectiva mais positiva, uma expressão da aposta no rigor. Ora o jornalismo é sempre enunciação da realidade, seja pela palavra, pela imagem, pelo som, ou pela combinação de todos estes meios. E as enunciações podem ser mais ou menos ricas, cuidadas, rigorosas. Ao dizer-se que os jornalistas são "construtores da realidade social" está-se a fazer uma interpretação do seu papel. Não se está a acusá-los de nada.

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"Lisbon Docs" na Culturgest Realizam-se entre quarta-feira e domingo, na Culturgest, em Lisboa, as VI Conferências Internacionais «Documentário no Sul da Europa ? Lisbon Docs 2004», organizadas pela AporDOC (Associação pelo Documentário), EDN (European Documentary Network) e Culturgest, com apoio do ICAM e do programa Media Plus. Para além de um ?workshop? destinado a realizadores e produtores portugueses e estrangeiros, em torno da apresentação e desenvolvimento de projectos de documentário, as conferências Lisbon Docs 2004 incluirão uma secção programática aberta público em geral e com entrada livre. (Fonte: ICAM, onde se pode consultar também o programa).

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Ipsis Verbis Mário Mesquita, no Público ("Da Censura pela Escassez à Censura da Abundância"):

"Que actualidade possuem, a (quase) trinta anos de distância, as palavras de [José Augusto]Seabra? (...)Mantêm actualidade as referências às formas de censura ligadas ao "plano económico". Em época de concentração da propriedade mediática, essa censura económica tende a acentuar-se, não tanto sob a forma da supressão, mas, sobretudo, através do controlo da agenda mediática, de modo a impor a hegemonia dos temas que correspondem a determinados interesses dominantes (nas empresas e na sociedade) ou, pelo menos, daqueles tópicos que as hierarquias das redacções supõem corresponder a essas estratégias políticas, económicas e sociais. A mudança mais substancial radica na transformação da censura pela escassez, que se operava pelo "corte" do lápis azul, à censura da abundância, que se baseia na permanente difusão de fluxos informativos, em que se confundem informação e ruído, notícias relevantes e eventos de reduzido significado".
Umberto Eco, no DN ("As pessoas são más para a TV"):
"(...) combates de guerrilha semiológica deviam consistir numa série de mensagens cujo efeito entra em acção não na fonte da mensagem, mas sim no seu alvo, induzindo assim as pessoas a discuti-la e a criticá-la em vez de apenas a receberem passivamente. Nos anos 60 esta «táctica de guerrilha» era ainda arcaica na sua concepção e tomou a forma de distribuição de panfletos, organização de «telefórums» ou de alimentar reuniões espontâneas em bares, onde, nesse tempo, a maioria dos italianos ainda se costumava reunir para ver o único aparelho de televisão na vizinhança. Mas o que deu a este fenómeno um tom muito diferente e lhe deu eficácia em Espanha foi a existência da Internet e do telemóvel. Consequentemente estes «combates de guerrilha semiológica» não foram organizados por grupos de elite ou por militantes. Desenvolveram-se espontaneamente, como uma espécie de telégrafo primitivo, comunicação boca a boca dum cidadão para outro. (...) a crise que atingiu o Governo Aznar foi causada por um fluxo imparável de comunicações privadas que assumiu as dimensões de um fenómeno colectivo. As pessoas mobilizadas leram os jornais e viram televisão, mas, ao mesmo tempo, toda a gente comunicava com toda a gente, questionando-se se aquilo que lhes era dito correspondia à verdade."

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As celebridades, a publicidade e a obesidade Numa altura em que se fala no aumento da obesidade infantil na Europa (ver texto do Público de ontem), o Guardian de hoje revela alguns dados incómodos sobre o papel desempenhado por personalidades famosas que protagonizam anúncios publicitários a alimentos. Que o uso de caras conhecidas na publicidade faz aumentar as vendas, não é novidade; mas uma análise aos números dá uma ideia sobre a nossa permissividade à "sugestão de compra". O Guardian dá o exemplo da marca de batatas fritas Walkers, que, utilizando o antigo futebolista Gary Lineker em anúncios publicitários, conseguiu mais do que duplicar as suas vendas: "Between 1995, when Walkers launched its "No More Mr Nice Guy" campaign featuring Lineker and 2002, (...) Walkers saw its sales grow from 1.34bn to 2.75bn packs a year - a colossal 105% surge in sales".

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Publicações online: como evoluir? Dan Froomkin, autor de uma coluna no washingtonpost.com e editor do Niemanwatchdog.org, apresenta um conjunto de sugestões interessantes em "Ideas for Online Publications: Lessons From Blogs, Other Signposts". Diz o autor que as redacções podem tirar importantes ensinamentos dos blogs, como por exemplo o esforço de actualização permanente: "In the archetypal blog, the updates come around the clock, as the situation warrants, creating an addiction. Readers tune in at all hours, wondering, "What have they got? Let's go see." But who can really sustain a 24/7 operation like that? Who has talented people on duty more or less around the clock with the ability to collect, filter, and communicate important information? Newspapers, of course". O autor sugere também que as redacções prestem atenção às possibilidades oferecidas pela criação de comunidades, focadas na localização geográfica, bem como à capacidade de tirar partido de todas as ferramentas existentes: "Our best, most important work should feature compelling narratives, visual story-telling, interaction with the authors and newsmakers, and Web tools that encourage and harness citizen action. Don't just put a big serious thing out there in big fat text parts (with a few links and maybe a poorly captioned photo gallery) and expect to make a splash online".

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O New York Times, o Iraque e os media portugueses "The Times and Iraq" é uma nota editorial que ficará como sinal de uma mudança de direcção em alguns dos principais media dos EUA sobre a invasão norte-americana do Iraque. Poderá dizer-se, como o faz Greg Mitchell, do Editor & Publisher, que The New York Times o fez sob pressão dos factos, nomeadamente depois de se ter verificado que algumas das suas fontes de informação viram a credibilidade afundar-se (cf. lista de textos mais significativos). Mas também se poderá considerar que, sem o que se passou naquele e noutros jornais, no último ano, a atitude poderia ter sido seguir em frente, sem reconhecer publicamente os erros crassos cometidos. Fica o tom do documento:

"In doing so ? reviewing hundreds of articles written during the prelude to war and into the early stages of the occupation ? we found an enormous amount of journalism that we are proud of. (...) But we have found a number of instances of coverage that was not as rigorous as it should have been. In some cases, information that was controversial then, and seems questionable now, was insufficiently qualified or allowed to stand unchallenged. Looking back, we wish we had been more aggressive in re-examining the claims as new evidence emerged ? or failed to emerge."
Fica uma pergunta relativamente aos media portugueses: sendo certo que dependeram, em grande medida, da informação de outros - e muito, certamente, de fontes norte-americanas - em que medida lhes pesa hoje a segurança com que difundiram e, em vários casos, apoiaram os argumentos do governo Bush?

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Pedagogia dos Media na Universidade do Algarve O curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Algarve organiza as II Jornadas de Comunicação sob o tema "Pedagogia dos Media - Imagens em Movimento". A iniciativa tem lugar em 3 e 4 de Junho, em Faro.

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Comunicação e diversidade cultural Em torno desta temática, decorre por estes dias, no Forum Barcelona 2004, uma conferência em que participam largas centans de investigadores e profissionais de diferentes áreas. Os interessados em consultar os textos de boa parte das comunicações podem ir lá ter por aqui. Entretanto, sexta e sábado, tem lugar, também no Fórum, um encontro mundial de reguladores do sector audiovisual e da indústria assim como de especialistas na matéria, para debater os desafios e as oportunidades para desenvolvimento da identidade cultural tendo em conta a comunicação audiovisual global e a diversidade de culturas.

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Portugal, os media e o "índice de integridade pública" O Índice de Integridade Pública coloca o nosso país num honroso 2º lugar, entre 25 países de vários continentes analisados pelo "Center of Public Integrity - Investigative Journalism in the Public Interest". O Contrafactos e Argumentos, que dá notícia do facto, interroga: "Portugal positivo?". Não pude analisar toda a vasta e interessante informação disponibilizada sobre o nosso país, com base no contributo do jornalista e professor Rui Araújo. Considerando, porém, apenas o item "Civil Society, Public Information & Media", e em especial a subcategoria "Liberdade dos media", pareceu-me que algumas respostas assentam em pressupostos que podem ser questionáveis. Assim, por exemplo, se eu digo que, no ano passado, nenhum jornalista foi maltratado, morto ou preso por investigar assuntos relacionados com corrupção, terei de responder a uma outra questão prévia, para dar sentido e contexto às respostas: houve jornalistas a investigar assuntos de corrupção? Quantos? Em que meios e com que recursos e condições? Durante quanto tempo? Em todo o caso, este tipo de questões não invalida o importante trabalho feito e apresentado. Deixo aqui um comentário/resposta à pergunta: "In practice, the government does not encourage self-censorship of corruption-related stories":

"Although the independence of the media is guaranteed by the Constitution and special regulatory law, in practice, members of the government can put pressure on certain journalists or directors of newspapers to delay the exposure of a corruption-related story. The degree of promiscuity between the political sphere and the media is considerable. Newspapers and television channels recruit the services of a series of leading political figures on a regular basis as political commentators. On the other hand, certain well-known journalists have entered politics as MPs or PR advisers to Ministers and Secretaries of State. At the local level, the degree of independence of the media is null. Most newspapers survive on public aid or advertisements commissioned by the mayor or the local government authority. Having said this, the capacity of members of government to actually encourage or impose self-censorship of corruption-related stories is limited, since the exposure of corruption enters the realm of political struggle. The moralization of political/public life is also about politics. Besides, the exposure of corruption affairs sells tabloids. Hence, there is mass media competition for this type of information. A well-connected politician in media circles may be able to delay exposure, but it is almost impossible for him or her to mute or divert the media's intention and interest in covering the story."

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"Como se faz um jornal online" Este é o nome e tema de mais um blog de um "veterano" da blogosfera, AJS, que já tinha criado a Sopa de Pedra e o Blinkar. O desafio, agora, foi outro: tendo proposto, na organização em que trabalha, que se editasse um jornal online (forma de responder a exigências de contenção de gastos com a edição impressa), decidiu, ao mesmo, tempo, ir contando num blog os passos, os desafios, as dificuldades e os segredos desse trabalho. Vamos ter a "cenaberta". A acompanhar.

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Spot com cena de amamentação censurado no Reino Unido Foi censurada no Reino Unido a exibição de um spot do Parlamento Europeu relativo às próximas eleições, no qual aparece uma mãe a dar o seio ao seu rebento. O anúncio, que se destina a combater a abstenção nas "europeias", foi pura e simplesmente banido na Irlanda, ao passo que aceite com aparente naturalidade nos restantes países da União. Conforme diz o jornal "El Mundo", que traz hoje a notícia, não deixa de ser paradoxal que seja precisamente o país que convive cada dia com os milhões de exemplares de seios atrevidos das capas do "Sun" ou do "Mirror" a mostrar-se tão púdico relativamente a uma cândida cena de amamentação.(Crédito da foto: BBC)

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Dificuldades de acesso Ontem, durante praticamente todo o dia, este e outros blogs alojados no Blog*spot registaram dificuldades no acesso. Desculpas aos leitores.

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Bill Gates, os blogues e os novos cenários tecnológicos Num encontro anual com directores de grandes grupos e empresas internacionais, Bill Gates traçou o cenário dos desenvolvimentos em curso e em perspectiva, tendo, naturalmente, a Microsoft como referencial. Reconheceu o fenómeno dos blogues como "uma coisa muito interessante": "...started outside of the business space, more in the corporate or technical enthusiast space, a thing called blogging". A intervenção está integralmente disponível e tem bastantes motivos de interesse, para quem se interessa pelas tendências que se desenham para o futuro. Por exemplo, os jogos de vídeo digitais ou as vias do combate ao spam no correio electrónico. Uma síntese do discurso em powerpoint pode ser igualmente consultada aqui.

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Blogger apoiado por leitores em reportagem a partir do Iraque Conseguiu mais de 20 mil dólares entre 35 mil dos seus leitores e voltou ao Iraque, onde divulga as suas notas de reportagem através do blogue Back to Irak (dica de PJNet Today).

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Mais importante do que nunca "We the people, we the press": um artigo a ler, da autoria de William Kennedy, jornalista e escritor já galardoado com o Pulitzer, e publicado domingo no Times Union. O texto resulta de um discurso inaugural de um cursoo na Universidade de Albany. Traça uma retrospectiva da América, desde o 11 de Setembro, concluindo: "Uma sociedade submetida a grandes peias, precisa mais do que nunca de um jornalismo livre e robusto".

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Maioria dos jornalistas dos EUA pouco satisfeitos Foi hoje apresentado nos Estados Unidos da América um importante estudo sobre como os jornalistas daquele país se vêem a si próprios e vêem a profissão que exercem. A pesquisa, desenvolvida pelos The Pew Research Center, The Project for Excellence in Journalism and The Committee of Concerned Journalists, aponta para resultados não muito animadores. Veja-se o tom da apresentação geral: "Journalists are unhappy with the way things are going in their profession these days. Many give poor grades to the coverage offered by the types of media that serve most Americans: daily newspapers, local TV, network TV news and cable news outlets. In fact, despite recent scandals at the New York Times and USA Today, only national newspapers ­ and the websites of national news organizations ­ receive good performance grades from the journalistic ranks. Roughly half of journalists at national media outlets (51%), and about as many from local media (46%), believe that journalism is going in the wrong direction, as significant majorities of journalists have come to believe that increased bottom line pressure is "seriously hurting" the quality of news coverage. This is the view of 66% of national news people and 57% of the local journalists questioned in this survey". Mais informação sobre este assunto: - Journalists say bottom line hurting coverage; - More Journalists Dismayed With Profession ; - Survey Finds Angst-Strained Wretches in the Fourth Estate; - Survey: Profit pressures worry most journalists.

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Inscrições abertas para mestrados na UM - Informação e Jornalismo - Comunicação, Cidadania e Educação Estão abertas até 15 de Junho as candidaturas ao curso de mestrado em Ciências da Comunicação, nos ramos de "Informação e Jornalismo" e "Comunicação, Cidadania e Educação". Constitui requisito para concorrer ser titular de uma licenciatura na área de Ciências Sociais e Humanas, com classificação mínima de 14 ou equivalente. A relevância do currículo é um factor a pesar, nomeadamente para concorrentes que possuam média de licenciatura inferior ao valor referido. Mais informações podem ser obtidas no site do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho (ou através do tel. 253604281)

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Perguntas e respostas sobre "media bias" "Não creio que um jornalismo 'unbiased' seja uma coisa particularmente nobre e desejável", escreve no PressThink Jay Rosen. E explica porquê recorrendo ao formato da pergunta e resposta. Um extracto: "To me, any work of journalism is saturated with bias from the moment the reporter leaves the office--and probably before that--to the edited and finished product. There's bias in the conversation our biased reporter has with his biased editor, bias in the call list he develops for his story, bias in his choice of events to go out and cover, bias in the details he writes down at the event, bias in his lead paragraph, bias in the last paragraph, bias when his editor cuts a graph. The headline someone else writes for him-- that has bias. There's bias in the placement of the story. (No bias in the pixels or printer's ink, though.)"

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A perspectiva em jornalismo Muito próximo das questões sobre as quais Rosen reflecte está o tema da mais recentecoluna de M. Carlos Chaparro, no portal Comunique-se (acesso com assinatura). Intitula-se "Sem ponto de vista não há jornalismo" e esclarece, logo a abrir: "Não há como relatar fatos, nem como comentá-los, sem a escolha de uma perspectiva valorativa, da qual o repórter fará parte - inevitavelmente! No ato e na arte de narrar, a escolha da perspectiva é prerrogativa inalienável do narrador. Qualquer que seja o texto. Quem no jornalismo opta pela auto-anulação, por causa do chefe ou do patrão, não fará História nem servirá de exemplo. Vira moço de recados". Vale a pena ler igualmente os perto de quarenta comentários que a peça já suscitou.

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As imagens também transformam o mundo O provedor do leitor do DN, José Carlos Abrantes, a propósito das imagens polémicas acerca da geurra no Iraque: "(...)Fontes novas, atenção dos media, difusão rápida, efeitos demolidores, eis uma síntese possível desta nova situação que os grupos activistas estão também a accionar. Basta recordar que, no dia 11 de Maio, um site próximo da Al-Qaeda difundiu a decapitação de um americano raptado no Iraque, obtendo depois uma difusão mundial desse acto. As imagens não representam apenas o mundo, também o transformam, exigindo dos leitores, do campo jornalístico e da actividade política e militar formas de acção novas e reflexão permanente. Já não basta ver para crer, como mostra o exemplo do Daily Mirror." Já não basta ver para crer. Já não basta olhar para ver. É preciso crer para ver.

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Alastra a greve dos jornalistas noruegueses Os cerca de 3000 jornalistas noruegueses em greve há uma semana em luta por melhores reformas deverão ver esse número crescer a partir de segunda-feira. A União Norueguesa de Jornalistas anunciou que 36 órgãos de comunicação social do país, entre os quais três jornais nacionais sediados em Oslo, entrarão também em greve, a partir desse dia. Neste momento, encontram-se paralisados 120 jornais e e estações locais de televisão. Como referia há dias o Publico online, "em muitos jornais noruegueses, a direcção alterou os acordos de reforma nos últimos dois anos sem consultar os trabalhadores".

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Conselho Deontológico espanhol suscita reservas A decisão da Federación de Asociaciones de la Prensa de España (FAPE) de constituir un Conselho Deontológico, anunciada na segunda-feira, está a suscitar polémica, no país vizinho. Responsáveis de jornais importantes como El Mundo e ABC levantaram reservas à iniciativa, segundo noticia o Periodista Digital. O director de El Mundo, Pedro J. Ramírez, interrogava-se, em editorial há dias publicado, se este órgão não representa um regresso aos tempos da censura e afirmava taxativamente que o seu jornal jamais se submeteria à arbitragem do Conselho.

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Vai decorrer em Pamplona, a 11 e 12 de Novembro, XIX Congresso de Comunicação e que terá como tema "La comunicación en situaciones de crisis: del 11M al 14M". Estão já previstos vários grupos de trabalho que abordarão temas como "Os media como mobilizadores sociais", "O protagonismo de novas vias de comunicação: as mensagens SMS e a Internet" e "Análise das relações entre as fontes e os meios de comunicação". Até 14 de Junho é possível enviar propostas de comunicação. Dica de eCuarderno.

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"Jornalismo e interactividade social" Sob este título escreve Carlos Castilho, jornalista e investigador de jornalismo electrónico,no último número do Observatório da Imprensa. A abertura da peça: "A notícia está deixando de ser uma exclusividade dos jornalistas para ser cada vez mais um produto da interatividade social. Esta é talvez uma das grandes mudanças que a web está provocando no jornalismo. Se por um lado a rede reduziu o papel dos profissionais na geração de notícias, por outro tirou dele a responsabilidade única pelos equívocos, numa era em que a informação está a cada dia mais ligada à sobrevivência física e social das pessoas."

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Prémios para dois jornalistas do "Público" O jornalista Paulo Moura, do "Público", foi distinguido com o Grande Prémio Imigração e Minorias Étnicas: Jornalismo pela Tolerância, pelos trabalhos ?Missnana, o sonho leve da morte? e ?Um bebé é um passaporte para o céu?. Por sua vez, Ricardo Garcia, do mesmo jornal, foi distinguido pela Associação Portuguesa de Energia, na categoria de Imprensa Escrita, por causa de trabalhos que publicou em 2003 sobre o comércio europeu de emissões e o Protocolo de Quioto, e respectivas implicações em Portugal.

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"O fotógrafo acidental" O director do site En.red.ando escreve, esta semana, sobre esses repórteres de ocasião, presentes onde nenhum jornalista poderia entrar, ingénuos e seguros na sua ingenuidade, que fizeram descobrir a torpeza e a ignomínia. Começa assim:

"Imaginemos por un momento. Imaginemos que un director de un medio de comunicación más o menos importante de EEUU recibe un "aire" de que algo está pasando en las cárceles de Irak. Entonces llama a su reportero gráfico estrella y le dice aquello de "Métete en la cárcel y obtén fotos de lo que pasa allí dentro". Creo que la mirada del fotógrafo bastaría para matar la conversación ahí mismo. Como si le hubiera dicho: "Haz lo que puedas para fotografiar una de las operaciones de limpieza en Kerbala". No. Todos los periodistas saben que eso se ha acabado. Si algo aprendió el Pentágono de Vietnam -nos han repetido miles de veces- es que en la guerra no debe de haber testigos. Ni fotógrafos, ni reporteros en la primera línea de batalla.

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Participação democrática na gestão de "Le Nouvel Observateur" Por mais de 99% dos votos (166 em 167 possíveis) os jornalistas de Le Nouvel Observateur acabam de votar uma Carta de princípios que passará a nortear todo o trabalho editorial da revista. Este documento, acessível on-line, prevê, nomeadamente: - Séparation commentaires, éditos et informations, enquêtes - Aucun responsable du Nouvel Observateur ne peut appartenir à un parti politique ou jouer un rôle politique. - Toute participation à une émission de radio ou de télévision doit avoir l'accord préalable de la direction de la rédaction et du comité éditorial. - La rumeur doit être bannie, la citation anonyme évitée et la source indiquée aussi précisément que possible. L'usage du conditionnel de précaution est proscrit sauf exception visée par la direction de la rédaction. Ne sont publiées que des informations dont l'origine est connue. - Le Nouvel Observateur accepte la relecture des entretiens, par précaution pour éviter tout contresens. Si la personne interrogée corrige son texte, la rédaction se réserve le droit de ne pas publier l´entretien. -Le respect de la présomption d´innocence interdit de présenter une personne comme coupable, même sur la base de faits faisant l´objet d´une procédure judiciaire. - L´acceptation des cadeaux dont la valeur dépasse un montant modique est proscrite au Nouvel Observateur. - L´acceptation des invitations à des voyages de presse est en général proscrite, sauf accord explicite de la direction de la rédaction et sur la base d´un intérêt journalistique indiscutable. -Un médiateur pourra être nommé afin de faciliter le respect de la charte par les journalistes. Um Comité Editorial, constituído por cinco membros, dos quais três jornalistas da Redacção, será o garante do cumprimento desta Carta. A Redacção passa a deter o poder de vetar o nome do director proposto pela administração, caso considere, por pelo menos 66% dos votos, que o nome proposto é susceptível de alterar a linha editorial da revista.

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Bobby Robson comentador do Euro 2004 para a ITV Lembram-se de Bobby Robson, o famoso treinador do Futebol Clube do Porto e actual do Newcastle? Pois vai trabalhar como comentador principal para a ITV durante o próximo Euro 2004 em Portugal, segundo revela hoje o Media Guardian. Robson substitui Ron Atkinson, que armou recentemente um escândalo no Reino Unido, ao chamar nomes de teor racista a um defesa francês da equipa do Chelsea, após o jogo das meias-finais da Liga dos Campeões, frente ao Mónaco.

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Shrek 2 é lançado esta semana nos EUA Três anos depois, Shrek volta às salas de cinema: com a chancela da Dream Works e a realização de Andrew Adamson, Conrad Vernon e Kelly Asbury, o lançamento comercial está marcado para amanhã nos Estados Unidos da América. Tem a duração de 92 minutos e, no dizer do crítico do New York Times, guarda o que o Shrek inicial tem de mais cativante, adicionando ainda mais ingredientes de interesse. A história começa onde tinha ficado: Shrek e Fiona regressam da lua de mel e encontram uma carta dos pais de Fiona, convidando o casal para jantar. O problema é que eles ignoravam que a filha se tinha transformado num ogre... Uma apresentação e a banda sonora: AQUI.

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O santo António de Mário Mesquita Um leitor dá hoje, no Público, os parabéns a Mário Mesquita pela coluna de domingo passado intitulada "Santo António Champalimaud". Passou-me a referência aqui, uma vez que a li muito longe do acesso a qualquer terminal de computador. Assinalo o texto particularmente pela questão que o sempre atento Mário Mesquita levanta relativamente à generalidade da imprensa: o condão de limpar e recauchutar a memória ou, nas palavras do autor, de fazer hagiografia:

"Aos olhos de muitas pessoas da minha geração, Chapalimaud representava, o mais típico industrial da era salazarista, mandão e prepotente, que construíra o seu império cimenteiro e bancário à sombra da protecção que lhe conferia a legislação proteccionista do "condicionamento industrial" e os instrumentos ditatoriais do regime, desde a ausência de liberdade sindical e do direito à greve até à prestimosa acção da polícia política na repressão dos movimentos sindicalistas. As hagiografias jornalísticas desmentem esta visão. Champalimaud não era adepto de nenhum Governo, teria sido, sempre, um homem do "contra". Manifestava, claro está, as suas preferências, que se exprimiam, a fazer fé nas narrativas, mais pela negativa do que pela positiva. Alguém sustenta mesmo que desafiou dois regimes. Admirava o ditador Salazar e detestava Marcelo Caetano, que pretendia liberalizar o regime. Abominava, naturalmente, o 25 de Abril, em seu entender "a maior desgraça da História de Portugal".

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Literacia digital e educação para os media O Portal e-Learning Europa acaba de colocar em linha um texto interessante de J.M.Perez Tornero, professor da Universidade Autónoma de Barcelona, intitulado Digital Literacy and Media Education: an Emerging Need. Constitui um contributo para o fórum de discussão sobre o mesmo tema, já antes aberto. Trata-se de enriquecer e alargar as orientações dominantes quer no terreno do e-learning quer no da educação para os media. Para o autor, a literacia digital constitui um processo que envolve pelo menos quatro dimensões: "· Operational: The ability to use computers and communication technologies. · Semiotic: The ability to use all the languages that converge in the new multimedia universe. · Cultural: A new intellectual environment for the Information Society. · Civic: A new repertoire of rights and duties relating to the new technological context."

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Um panorama sombrio dos media americanos O director da «Harper's Magazine», Lewis Lapham, acaba de publicar uma diatribe que caustica tanto a administração Bush (pelos ataques às liberdades individuais)como os media americanos, que acusa de se comportarem como "cortesãos do poder". Do panorama mediático ainda não desapareceu de todo o brio e a independência, mas o quadro não é, para Lapham, muito sorridente. Numa entrevista publicada hoje pelo Libération, afirma, a dado passo:

"Disons que le quatrième pouvoir donne encore des signes de vie. Il est vrai que des ouvrages anti-Bush comme ceux de Michael Moore ou de Gore Vidal ont été des succès de librairie. Dans les dix meilleures ventes actuelles du New York Times, six livres critiquent l'administration Bush. Il y a un public pour ces livres. Mais ce public n'est pas si important. Dans l'ensemble les principaux journaux, comme le Wall Street Journal ou USA Today, sont conservateurs, de même que pratiquement toutes les radios, et la plus grande partie de la télévision..."

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Os jornalistas odeiam os blogs? Massimo Mantellini, do Manteblog, em Itália, acha que sim. Mesmo descontando quer as excepções à regra quer a auto-referencialidade dos bloggers. Razões podem ser muitas: "La prima e? certamente una ragione competitiva. Nel momento in cui l?informazione, il rimando a notizie raccolte in rete, il parere di esperti delle materie piu? varie che hanno un blog, salta il filtro solito dell?editoria professionale i suoi rappresentati vivono questo affronto ? giustamente ? come una pericolosa invasione di campo. (...) Esistono altre ragioni meno importanti per cui i giornalisti odiano i blog. Intanto i blog sono diventati in tutto il mondo un centro di filtro del loro lavoro. Tu scrivi una stupidaggine e nel giro di poche ore troverai decine di blog che la riportano, la analizzano e la sbeffeggiano. E? una forma di giudizio popolare (spesso piuttosto primitivo e grossolano) al quale la stampa non e? abituata.(...)" (Grazie ao Intermezzo pela porta que conduziu ao Manteblog)

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Iraque: quanto pior a situação, pior a cobertura Escreve Howard Krutz, no Washington Post: "The view from Iraq is getting narrower just as things are getting worse. Growing violence is forcing Western correspondents to change their approach to reporting, restrict their travel and pass up stories that are now deemed too risky".

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"Fantasmas ao Espelho" O livro "Fantasmas ao espelho: modos de auto-representação dos jornalistas", da autoria de Joaquim Trigo de Negreiros, é lançado na quarta-feira, pelas 18.30, na Livraria Barata, em Lisboa. O livro, que resulta da tese de mestrado do autor, defendida na Universidade de Coimbra, será apresentado por João Maria Mendes. A chancela é da Minerva, de Coimbra.

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A escrita no pequeno ecrã Ainda na Minerva, sai esta semana o livro "A imagem da escrita no pequeno ecrã", de Laura Fernanda Bulger. A obra é apresentada hoje, por Paulo Filipe Monteiro, na livraria Barata, em Lisboa.

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Ética no Jornalismo "Journalism Ethics" é o tema forte do mais recente número (vol.80, n.4) de Journalism & Mass Communication Quarterly. Destaco três artigos: - Professional confidence and situational ethics: assessing the professional dialectic in journalistic ethics decisions (D. Berkowitz e Y. Limor); - Holding the news media Aaountable: a study of media reporters and media critics in the United States (S. Fengler); - Personaland professional dimensions of news work: exploring the link between journalists' values and roles (P.L.Plaisance; E. A. Skewes).

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"Novas Tendências em Publicidade e Comunicação Empresarial" Com este tema realiza-se um workshop no dia 18, durante todo o dia, no Auditório da Universidade Fernando Pessoa, no Porto, com o objectivo de "promover a reflexão e discussão sobre o estado da arte da publicidade e da comunicação empresarial na actualidade" e "debater possíveis configurações futuras para a publicidade e comunicação empresarial". No âmbito da iniciativa será lançado o livro "Publicidade e Comunicação Empresarial: Perspectivas e Contributos", organizado por Paulo Cardoso e Sofia Gaio. Mais informações: AQUI

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Fotos falsificadas levam à demissão do director do Daily Mirror O grupo proprietário do Daily Mirror despediu o director deste tablóide, reconhecendo haver suficientes indícios de serem forjadas as fotos de alegados abusos de iraquianos por soldados britânicos. A administração convocou Piers Morgan e, segundo o Guardian, ter-lhe-á excigido que pedisse desculpas aos leitores, o que ele se terá negado a fazer. Na sequência disso, foi-lhe ordenado que abandonasse o edifício e nem sequer teve oportunidade de se despedir dos seus colaboradores. O comunicado divulgado reconhece que o jornal terá sido vítima de fontes que o enganaram. (dica de Ponto Media)

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Novo Código para a Imprensa A Press Complaints Commission do Reino Unido anunciou ontem a entrada em vigor do código de conduta revisto, que passa a a vigorar a partir de 1 de Junho e que é referência para todos os jornais e revistas. O código foi reformulado com o envolvimento directo dos interessados e ratificado em finais de Abril pela PCC. Segundo o código, passa a ser penalizado o pagamento de entrevistas a autores de crimes e a intercepção de comunicações electrónicas. Os pontos em questão estabelecem:

"Payment or offers of payment for stories, pictures or information, which seek to exploit a particular crime or to glorify or glamorise crime in general, must not be made directly or via agents to convicted or confessed criminals or to their associates ? who may include family, friends and colleagues".
"The press must not seek to obtain or publish material acquired by using hidden cameras or clandestine listening devices; or by intercepting private or mobile telephone calls, messages or emails; or by the unauthorised removal of documents or photographs".

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Imprensa pró-guerra afasta-se de Bush Essa é a ideia transmitida por uma revista de análises e editoriais de uma série de jornais de várias partes do mundo. "The Pro-War Press Breaks With Bush" é escrito por Jefferson Morley e vem no Washington Post. Por sua vez, o director da revista Editor & Publishing, Greg Mitchell, defendeu ontem, na CNN, que os editoriais da Imprensa deveriam considerar a defesa de uma retirada faseada do do Iraque. Mitchell escreveu há dias uma coluna em que perguntava "When Will First Major Newspaper Call for a Pullout in Iraq?". Aquele director citou uma nova sondagem CNN/USA Today/Gallup que indica que 47% dos respondentes seria favorável a uma retirada de parte ou da totalidade das tropas que se encontram em território iraquiano.

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"Corre, Lula, corre" O Intermezzo tem uma série de links interessantes de reacções, comentários e análises (incluindo uma "voz destoante") sobre o modo como o governo do presidente Lula da Silva lidou com um trabalho, que grande parte das opiniões consideram infeliz, do diário The New York Times. Há, nomeadamente, links para uma entrevista com Manuel Carlos Chaparro e outra com a investigadora da Unicamp Regina Martins, autora de um estudo que "mostra que o NYT sempre tratou mal o Brasil".

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Suspensão de relatório sobre direitos humanos Esta vem do Departamento de Estado dos EUA: tem já alguns dias, mas tem algum interesse: "The release of <> scheduled for May 5, 2004 has been postponed for technical reasons that have held up completion of the report. We will announce a new date for the release of the report once it reaches the final stage of printing". Pergunta o blog La Course à la Maison Blanche, do Libération (onde encontrei a dica): "Un bug dans la photocopieuse?"

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A "revolução" no foto-jornalismo Steve Outing comenta no E-Media Tidbits o papel das imagens nas últimas semanas, no Iraque:

Interesting, isn't it, that professional news photographers have been swept aside by amateurs in the last few weeks? It doesn't mean that photojournalists are less important, only that right now they are being stymied in their war coverage by a U.S. administration that's trying harder than most to keep war images away from the electorate. But such government attempts at control are futile against an army (pun intended) of citizen (and even rank-and-file soldier) news photographers who have the ability with a single e-mail to set off an international media firestorm.

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Para que servem os blogs? A ler: The Revolution Will Not Be Blogged, escrito na edição de Maio/Junho da Mother Jones, por alguém - George Packer, professor na Universidade de Columbia - que diz odiar blogs mas já não conseguir viver sem eles (dica de Steve Klein, que não afina pelo mesmo diapasão).

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Museu da Imprensa lança site sobre censura O Museu Nacional da Imprensa do Porto vai lançar no próximo dia 18 um site na internet, intitulado «Galeria Virtual da Censura», como forma de evocar Dia Internacional dos Museus noticia hoje o Diário Económico, citando a agência Lusa. o site abrange o período da ditadura (1926 e 1974) e apresenta mais de 170 provas de textos censurados e uma cronologia com os principais factos relacionados com o sistema censório. Os visitantes deste ?site? poderão ainda ter acesso a vários exemplares da imprensa clandestina que foi produzida durante o período da ditadura que terminou a 25 de Abril de 1974. Sobre este mesmo assunto, e para quem se interessar pelo tema, recomendo a visita ao site do Notícias da Amadora, um jornal regional com grandes tradições oposicionistas, que está desde 2001 a pubicar um caderno mensal intitulado "Censura 16" com "Inéditos do Arquivo de Censura" do jornal, relativamente ao período(1958-1974). O projecto é dirigido por Orlando César.

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Lula da Silva: pior a emenda que o soneto "A pior [decisão] que [o Governo] poderia ter tomado". Assim considera o sociólogo e professor de Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da USP, Laurindo Leal Filho, a expulsão do jornalista americano Larry Rother, autor da reportagem publicada pelo "The New York Times" (NYT) sobre supostos excessos alcoólicos do presidente Lula. De facto, é difícil encontrar caso mais exemplar em que uma medida político-administrativa consegue precisamente o contrário do que seria suposto interessar um Governo: amplificar até à exaustão um problema que, pelos vistos, está longe de ter a dimensão que Rother e o NYT lhe deram. E sobretudo, conseguiu colocar grande parte da opinião contra uma medida que viola um dos princípios que fundamentam as sociedades livres: a liberdade de expressão e de imprensa. E a peça jornalística até dava para ser demolida, como o Intermezzo já tinha salientado e Alberto Dines, director do Observatório de Imprensa, comenta: "A matéria do New York Times sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é falha. Jornalismo de terceira categoria. Não está à altura do profissional que a assina nem do grande jornal que a divulgou. Até o repórter-fraudador Jayson Blair seria mais cauteloso e menos escandaloso ao expor a vida privada de um cidadão ? mesmo que não fosse o presidente do Brasil."

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Sensacionalismo? Vai um debate interessante na zona de comentários do post de ontem A manchete de hoje do JN, aqui em baixo. As opiniões continuam a ser bem-vindas.

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Jornalismo brasileiro e português De uma entrevista do director do Museu Nacional da Imprensa, Luís Humberto Marcos, publicada na última edição do jornal da Rede Alcar, dedicada à História da Imprensa brasileira: O senhor que já esteve várias vezes no Brasil, que diferenças vê nos jornais daqui em relação a Portugal? LHM: O jornalismo brasileiro é muito mais dinâmico, inovador. Vocês fazem as notícias com muito mais proximidade da comunidade. Em Portugal, contam-se histórias ouvindo as fontes mas não mencionando elas. Aqui a ordem das frases é direta: vocês escrevem o que as pessoas falam. Os títulos nos jornais brasileiros são muito melhores também. Vocês dominam a arte de fazer título. Com ironia e bastante sutileza. Em Portugal o jornal é muito mais padronizado. (...) Portugal não exige o diploma para os jornalistas trabalharem como ocorre no Brasil? Qual a opinião do senhor sobre isso? LHM: A tendência de todas as profissões que se organizam é exigir a formação. Acho que vocês estão muito avançados nesse ponto, é um sinal de maturidade. Na minha opinião, o fato de jornalistas da velha guarda, sem formação acadêmica, dominarem a profissão em outros países impede que se faça essa exigência".

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Continua a "economia da indignação" JPP escreve no Abrupto: "Foi publicada recentemente a lista dos dez piores lugares do mundo para o exercício do jornalismo em 2003, elaborada pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ): Iraque, Cuba, Zimbabwe, Turquemenistão, Bangladesh, China, Eritreia, Haiti, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Rússia. Usarei esta lista para fazer uma espécie de geografia do mal.Agora seria interessante ver, em termos de espaço de indignação, que lugar cada um ocupa na escrita jornalística ?indignada? ? notícias de ?jornalismo de causas?, editoriais, comentários de opinião. (...)" Continuar a ler AQUI.

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A manchete de hoje do JN Já ouvi hoje três opiniões diferentes sobre a primeira página do Jornal e Notícias e sobre aquela que é a sua principal manchete: - Que esperavas? Que pusessem o assunto no interior, a duas colunas? - É um terreno que o JN sabe tratar como ninguém mais - Trata-se de um claro exemplo de aproveitamento sensacionalista. Alguém quer dar a sua opinião?

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Imagens dos maus tratos: debate entre jornalistas David Carr ("News Media Quandary Over Showing Graphic Images of Abuse"), no New York Times de hoje: "The news media are wrestling with how many and how much of the graphic photographs they should show, and their decisions are drawing controversy of their own. Some critics have accused news organizations of serving an antiwar agenda and endangering troops and Americans overseas by showing such shocking images".

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O Google e a investigação científica Um texto de Mark Chillingworth na Scientific World Review: "Google's search engine has finally made a major move into the scientific publishing community, following the announcement of a one-year trial initiative with index-linking specialist CrossRef".

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Valorizar as cronologias A jornalista Eva Dominguez propõe na sua coluna mensal no La Vanguardia uma muito interessante viagem pelo mundo das cronologias na web. Em muitos casos, constituem um poderoso recurso jornalístico, em reportagens e investigações de fundo ou de retrospectiva. E podem ser simples ou graficamente sofisticadas, com recurso à interactividade. Chamaram-me a atenção "Multimedia Pioneers: de Wagner à realidade virtual" do Artmuseum.net, "Moment by Moment September 11-14, 2001" (ataques às torres gémeas) da MSNBC,"America at War" do Washington Post. No nosso panorama caseiro, ainda em formato não tratado, poderíamos apontar igualmente a cronologia de eventos de comunicação e dos media entre 1995 e 1999, feita no âmbito do projecto Mediascópio da Universidade do Minho. Merece igualmente referência a cronologia da História da Imprensa, do Museu de Imprensa, do Porto.

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"Imprensa analgésica" Ainda no La Vanguardia: La prensa analgésica, de Roger Jiménez, a propósito de uma polémica que envolve o actual governo da Catalunha relacionada com formas (já antigas) de controlo da imprensa pelo poder político: "Entrevistas con respuestas escritas, revisión previa del texto antes de su publicación, orientación de los titulares, exigencia y veto sobre determinados periodistas, medios non gratos excluidos de los circuitos oficiales de la información, aparte los premios y castigos con la administración de subvenciones, suscripciones y otras retribuciones que cada interesado conocerá, sin duda, con esmerada precisión."

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O que não basta na "repulsa" de Durão Barroso O primeiro ministro, Durão Barroso,foi claro na condenação dos "comportamentos degradantes, repugnantes, revoltantes" de soldados norte-americanos no Iraque e fez bem em "transmitir à Administração norte-americana a nossa repulsa e a necessidade de se apurar, completamente, quem são os responsáveis" no sentido de «serem julgados e punidos», uma vez que «não se pode, em nome da luta contra o terrorismo e pela liberdade, ofender os próprios valores e princípios em que devemos basear essa luta". Mas será que isto basta? Se todos os dados apontam para que não se trate de actos isolados, mas de uma lógica de acção, autorizada ao mais alto nível e frontalmente ostensivamente adversa quanto a direitos humanos, poderão os jornalistas ouvir estas declarações de Durão Barroso, que fala, de algum modo, em nome de todos nós, e não perguntarem mais nada? Leia-se, a este propósito, um parágrafo da coluna, intitulada "Abu Grhaib",de José Vítor Malheiros, no Público: "(...) Que a guerra traz ao de cima o que de pior existe nas pessoas já se sabe e não havia razão para esta ser excepção. Mas há outra razão para não haver surpresa nos casos de tortura na prisão de Abu Ghraib. É que eles inscrevem-se na lógica, que tem vindo a ser seguida nos EUA desde o 11 de Setembro, de constante atropelo dos direitos humanos em nome da segurança - na qual o caso de Guantánamo ganhou maior destaque, mas não é único. A lógica de Guantánamo - que não é da responsabilidade individual de uns quantos soldados - é a lógica das leis de excepção, do parêntesis nos direitos humanos, justificado em nome da defesa nacional. Esta deriva securitária, denunciada por inúmeras organizações americanas, traduz-se numa retracção radical dos direitos cívicos, numa agudização da discriminação religiosa e racial, num moralismo asfixiante e numa propaganda supremacista branca e cristã que se transformou de facto no coração do regime - para tristeza dos democratas que reconhecem sólidas virtudes no sistema americano. É este libreto que os tristes soldados de Abu Ghraib interpretam, à sua triste maneira. Nesse sentido, os seus actos inscrevem-se na lógica do sistema - como Guantánamo, que talvez um dia Rumsfeld venha dizer que não sabia que existia..."

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Sempre as imagens Continuam a suscitar inúmeras reflexões e tomadas de posição as imagens de prisioneiros iraquianos abusados por tropas ocupantes, designadamente dos EUA. Sob o título "Visualizing War & Disaster", o Poynter Online apresenta um conjunto de peças sobre casos dos últimos dias, em que é sempre a imagem jornalística que se apresenta no centro do furacão. Inlcui-se ali um caso singular, ocorrido na Polónia: quando são os corpos dos próprios jornalistas, mortos, também eles, no Iraque, a ocupar as primeiras páginas. A nota introdutória do Poynter coloca várias perguntas que vale a pena citar: "When do images change public perception? What images are journalists reluctant to publish or broadcast? What standards do we apply to images captured by non-journalists, like Tami Silicio or a Virginia woman who was the first person to transmit pictures from a plane crash site?"

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Sobre o directo da "libertação" de Carlos Cruz É de ler o texto "Singularidades de Uma Peça Jornalística", da autoria de Eduardo Cintra Torres, no Público. Um excerto (que não toca a parte mais analítica da peça): "Desde o "pivot" do "serviço público" José Alberto Carvalho tratando a mulher do apresentador pelo nome próprio, às inúmeras referências a haver agora apenas um arguido em prisão preventiva (quando eram dois, pressupondo-se que apenas a de "Bibi" se justificava), até à jornalista da TVI que viu CC orando dentro do carro ("ele está a rezar!"), foi um ver-se-te-avias na tarde de terça-feira. Só houve, de facto, comoção de jornalistas de helicóptero, moto, carro ou apeados. À porta de casa do apresentador apareceram não só amigos e familiares como caçadores de oportunidades mediáticas: quando lhes cheira, colam-se às câmaras como carraças. Lili Caneças disse para as câmaras que nem sequer conhece CC, apenas vinha dar "um beijinho" a um dos advogados. Até o treinador do cão de Cruz foi entrevistado. Os jornalistas não perguntaram o nome do senhor, só o nome do cão. Faltou entrevistar o cão.(...)". Também ontem, Paulo Cunha e Silva escrevia sobre "Imagens canibais" no DN, aludindo a este caso: "(...)Outra imagem forte e trágica, não é a imagem de Carlos Cruz saindo da prisão, mas a imagem dos que colhiam as imagens. Esta metaimagem, esta imagem das imagens, é uma imagem-sintoma. Os vampiros de imagens precipitavam-se avidamente sobre o potente Mercedes de Serra Lopes, o advogado de Carlos Cruz, como que querendo engoli-lo. Ao longe pareciam moscas varejeiras em cima de fruta muito madura. Carlos Cruz visivelmente acabrunhado no banco de trás como criança perdida num mundo que se perdeu de si, escondia-se entre os dois bancos dianteiros. Estranho paradoxo o de o senhor televisão, o de o mestre de todas as câmaras, ser agora a presa favorita desta fera que dominava como ninguém. É a sina do domador que acaba sempre comido pelo leão.(...)" Sobre este mesmo tema, escreveu ontem Eduardo Jorge Madureira, no "Diário do Minho": "Horas e horas seguidas de transmissão em directo apenas serviram para mostrar um espectáculo apalermado, polvilhado de momentos de involuntária comicidade, protagonizado pela aliança povo-jornalistas televisivos. Como agora frequentemente sucede, o tema da notícia foi, nesse dia, apenas um pretexto para a RTP, a SIC e a TVI protagonizarem mais um espectáculo frenético em que a informação é um figurante bem mais dispensável do que a D. Lili Caneças. (...). A informação é hoje, para muitos, apenas o espectáculo da informação. Para esses, já não interessa sequer saber se o ?acontecimento? justifica que se lhe conceda uma grande atenção, o que importa é determinar se o ?acontecimento? possui os elementos que facilmente favorecem a realização de um espectáculo emocionalmente palpitante".

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Um novo Blogger.com Ontem ao fim da noite, e conforme o MediaTIC havia anunciado umas horas antes, o Blogger.com fechou para obras e já esta madrugada surgiu de cara nova. Para além do novo grafismo, entre as novidades (que não tive possibilidade de verificar; sigo o MediaTIC)contam-se: "- les commentaires seront en standard, - possibilité de "friendly URLs" (fonctionnalité similaire à MovableType), - possibilité de poster par courrier électronique avec pièce jointe (ce qui revient à mobloguer ;-), - gestion avancée des photos avec un outil qui s'appelle Hello, - gestion avancée des templates (par type de billets, citations, page de présentation, etc...), - page personnelle pour se présenter sur Blogger."

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"Crescer entre linhas": os jovens e a leitura de jornais Aproximar os jovens da leitura de jornais é o principal objectivo do convénio de cooperação assinado ontem numa localidade perto de Siena, em Itália, envolvendo alguns dos principais diários europeus de referência. Contam-se, entre eles, o "Times", "Le Monde", "El Mundo", "Frankfurter Allgemeine" e "Corriere della Sera". Associaram-se ainda os italianos "Il Sole 24ore" e "Quotidiano Nazionale". O nome do projecto é "Crescer entre linhas". Em Portugal está tudo calmo. Ou não?

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Usos dos media: Internet cresce, TV recua, imprensa aguenta Josep M. Casasús, no diário La Vanguardia: "(...) Algunos lectores se preguntan si la expansión de los medios audiovisuales perjudica a la lectura. No registran este fenómeno los datos que nos proporcionó Manuel Castells en su conferencia del pasado 22 de abril, en la presentación del máster de la Fundación Conde de Barcelona y Universitat Pompeu Fabra-IDEC. Los resultados de sus investigaciones revelan que cada vez se dedica más tiempo a internet, medio con un componente textual, y menos a televisión. La lectura de prensa, en cambio, se mantiene estable."

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A "thumb generation" e os media tradicionais Newspapers See Danger in Text Messaging: citando o director de El Mundo, Pedro J. Ramírez: "The growing "thumb generation" posed the greatest new challenge to traditional media, with cell phone text messages conveying news, rumors and gossip".

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As tecnologias digitais e as imagens das torturas Várias referências que chamam a atenção para o papel que tiveram para o jornalismo as máquinas e os suportes digitais, no caso das torturas e abusos cometidos por soldados norte-americanos no Iraque: - Vin Crosbie, no E-Media TidBits: "Digital Cameras & Photo Phones Indeed Might Revolutionize Photojournalism" - "Digital Photos Change Iraq War Perception" (Associated Press): "Digital Cameras and Speed of Internet Change How Iraq War Is Perceived in U.S., Around World. The explosive photos of abuse in an Iraqi prison drive home a defining fact of 21st century life that the pervasiveness of digital photography and the speed of the Internet make it easier to see into dark corners previously out of reach for the mass media". - Tim Porter, no First Draf: Digital proof, human source: "One thing is for certain: Digital cameras have changed the nature of news sources. What was once asserted to be true can now be proven (and, of course, manipulated). The latest batch of Abu Ghraib photos, published today by the Washington Post, was "mixed in with more than 1,000 digital pictures obtained by" the paper, most of which resembled "a travelogue from Iraq," albeit one with a side-trip to a wax museum of horrors. The pictures were burned onto CDs and "circulated among soldiers in the 372nd," the Post reported. Of course. For a digital generation of soldiers accustomed to Napstering music, it's no technology leap at all and not much of an ethical step to burn a platter of soft-core prison porn and pass it around. This is the world's most technologically-enabled fighting force, and not just militarily".

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Balança dos media tem pendido para o lado dos arguidos? Judite de Sousa, no JN, escreve sobre mais uma saída da cadeia de um dos detidos preventivamente no âmbito do escândalo Casa Pia: "Há que reconhecer que ao longo destes meses existiu uma atenção especial dos "media" em relação aos arguidos do processo. A mercantilização de alguma informação e a voragem em chegar primeiro à noticia fizeram com que o bom senso das proporcionalidades e dos equilíbrios nem sempre tenham existido. Habilmente, os advogados de defesa souberam tirar partido das condições em que a Comunicação Social trabalha e foram gerindo a informação de modo a obter vantagens para os seus constituintes. Sem sair dos tribunais, o processo acabou por se desviar para a praça p?blica, palco de todas as emoções onde são feitos os implacáveis julgamentos da opinião pública."

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"Jornalismo online" no "Clube de Jornalistas" Leio no JornalismoPortoNet: "Jornalismo online" é o tema em debate no próximo programa "Clube de Jornalistas", domingo às 19 horas na A Dois (2º canal da RTP). Participam: Helder Bastos (UP/JornalismoPortoNet), António Granado (Público/Ponto Media) e Mário Rui Cardoso (RDP/Visão).

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O tratamento jornalístico das religiões A Columbia Journalism Review (CJR) levanta, no seu número de Maio-Junho, a questão do jornalismo sobre a esfera religiosa, um assunto que, também entre nós, mereceria uma boa discussão (cf. "Why Don?t Journalists Get Religion? A Tenuous Bridge to Believers", de Gal Beckermen). A questão religiosa emerge de muitos lados (ainda há dias, em Portugal, a instrumentalização do nome de Deus pelos políticos andava por aí como tema de notícia e de comentário). A questão que levanta a CJR é que este campo - marcante e estrturante para a vida de muitas pessoas - é pouco cuidado nas redacções. Quase não há quem se especialize no assunto, estudando-o na sua diversidade e complexidade e propondo um tratamento profissional. Resultado: ou ocorre um tratamento menorizado e menorizante ou se entrega a questão a "religiosos", contribuindo-se para que a cobertura das religiões e das experiências religiosas seja mais confessional do que jornalístico.

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Código de Ética da SPJ A Sociedade dos Jornalistas Profissionais traduziu o seu conhecido Código de Ética em várias línguas, entre as quais o português (do Brasil). Essas versões podem ser acedidas no site da instituição.

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Notas sobre "Fragmentos de Uma Economia de Indignação" 1. "A maioria dos jornalistas portugueses são simpatizantes da causa palestiniana e hostis a Israel", afirma, categórico, José Pacheco Pereira, na sua coluna semanal no Público. Não hã indicação de ficha técnica. Mas o método de recolha de dados deve ter sido o "olhómetro". 2. O colunista entende que os jornais portugueses deveriam ter destacado, como fez o Daily Telegraph, o atentado que no domingo passado matou cinco colonos israelitas (uma mãe grávida e os seus quatro filhos). É provável que tenha razão. Embora quem trabalha na produção diária da informação sabe que um acontecimento é sempre importante na sua relação com outros acontecimentos. E, naquele dia, havia, por exemplo, o referendo, que sondagens de dias anteriores já estavam a levar à dramatização política. (Foi também, num plano completamente diverso, o caso da "libertação" de Carlos Cruz, que perdeu alguma visibilidade devido ao foco das atenções públicas e mediáticas estar projectado no decisivo jogo do Futebol Clube do Porto, na Corunha). 3. O euro-deputado acrescenta: "Dir-se-á que [os jornalistas portugueses] são hostis a Sharon e não a Israel (como se dirá que são hostis a Bush e não aos EUA), mas, na prática, é uma distinção pouco operativa e um pouco desculpatória". Como assim? Andamos há mais de um ano enredados neste argumento capcioso e não há maneira de sair dele. Então não será possível apoiar ou recusar uma posição da Administração Bush sem que isso se traduza em americanismo ou anti-americanismo? Dir-se-á que se Bush ou Sharon estão à frente dos governos dos respectivos países é porque o povo lá os mantém. Certo. Mas isso não nos obriga a não pensar ou a nao discutir, ou obriga? 4. "São os mortos israelitas "melhores" do que os palestinianos?" pergunta Pacheco Pereira. E responde, muito bem, que não são. Nem melhores nem piores. Mas, continuará a fazer sentido este ping pong de argumentos, impulsionado pela lógica dos acontecimentos, conforme estes dão ou parecem dar razão ora a um lado ora a outro? Iremos a algum lado por esta via? Não será preciso pensar estas divergências de outro modo?

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Duas entrevistas de Bush O texto das entrevistas de George W. Bush a duas cadeias de televisão árabes, acerca dos casos de maus tratos e torturas a prisioneiros iraquianos por parte de pessoal militar ou para-militar norte-americano é muito interessante. Há, ali, um grande esforço de clareza quanto ao modo como uma democracia deve lidar com o intolerável e o repugnante. Assim como quanto ao facto de os actos de um grupo não poderem vincular um colectivo. Ao mesmo tempo, é sintomático que Bush nunca tenha pedido desculpas, ou manifestado intenção de o vir a fazer, se tal for justificado, quando o inquérito chegar ao seu termo. E, sobretudo, há uma passagem que muitos media não valorizaram (ao contrário de Le Monde), na qual o presidente dos EUA deixa entreaberta, na entrevista à estação Al-Arabiya, a possibilidade de não se tratar de um caso único ou isolado. É quando diz: "I have told our Secretary of Defense, and I have instructed him to tell everybody else in the military, I want to know the full extent of the operations in Iraq, the prison operations. We want to make sure that if there is a systemic problem -- in other words, if there's a problem system-wide -- that we stop the practices". Os factos revelados hoje pelo Washington Post e por Le Monde podem indiciar que Bush sabe mais do que deu a entender. ACTUALIZAÇÃO: Como se pode ler na generalidade da imprensa nacional e internacional de hoje (7 de Maio), Bush, pressionado pelas críticas, no país e no estrangeiro, acabou por pedir desculpas pelo comportamento dos militares envolvidos nas sevícias e passou a fazer de Rumsfeld o bode expiatório (para já ainda sem o deixar cair).

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Para fazer uma pesquisa, o que é melhor? O Google, o telefone, ou a biblioteca? O Guardian fez um teste e revela os resultados aqui (registo necessário).

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N o t i c i o f o b i a M. Carlos Chaparro recorre a uma palavra áspera - "Noticiofobia" - para aludir ao alegado temor dos "senhores de Brasília" relativamente à "chegada matinal dos jornais". O texto vem publicado na coluna semanal do portal Comunique-se (acesso mediante registo). Aqui ficam as reflexões-conselhos deste luso-brasileiro, as quais também podem ter valia deste lado do Atlântico: "1) A comunicação não pode ser o foco preponderante do governo, nem de suas preocupações. Ela é parte importante, estratégica e tática, dos processos de governar, mas sem precisar de objetivos próprios. Porque serve a objetivos superiores, que são os do governo. 2) A imprensa não produz a atualidade. Faz parte dela, como linguagem eficaz (porque veraz) de desvendamento, relato, comentário e elucidação dos fatos da atualidade, constituindo-se espaço público, que se exige ético e confiável, onde os conflitos da democracia e da cultura se manifestam e se realizam, pela socialização e pelo confronto das ações/discursos particulares. Aí está o campo de ação do jornalismo. E a leitura dos jornais revela isso todos os dias. 3) O próprio governo precisa dos discursos divergentes, sem os quais não se produzem os conflitos e os acordos da elaboração democrática. Não se governa sobre a unanimidade. E é para o jornalismo que a divergência converge. 4) O jornalismo não tem o poder, nem a vocação, nem a atribuição, nem a competência de produzir fatos noticiáveis. Ocupa-se apenas (e já é tarefa para lá de exigente) do relato e do comentário das ações e falas de outros, sujeitos institucionais com poder e querer de interferência transformadora na realidade. 5) A aversão à crítica é uma insensatez. Para bem governar, a crítica é melhor que o elogio. Além de ajudar a localizar e a identificar problemas, e a encontrar soluções, a crítica oferece à visão governativa, e à discussão pública, o enriquecimento da pluralidade de perspectivas."

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Os novos "gatekeepers" Ler o texto "The new gatekkeppers", de Gregory M. Lamb, na edição de hoje do Christian Science Monitor. "Google and competing search engines offer up the Web their way: shallow results and lots of ads. Is that fair? (...) That's not necessarily bad, say experts, who compare the phenomenon to the effect of the Yellow Pages on telephone use. But users need to understand how the major search engines influence their Web experience. The results they get are broad and tilted toward commercial, more popular sites. If they want to really plumb the depths of the Internet, they'll have to rely on tools for "deep" Web searches, which can scour the vast majority of websites that technology used by Google and others just doesn't find."

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Jornalistas distantes do mundo dos pobres? "Mais do que nunca" - responde Brent Cunningham, no número de Maio-Junho da Columbia Journalism Review. Distante dos pobres e dos trabalhadores em geral. Esta será uma das expressões do "grande fosso" em que o jornalismo e os jornalistas se encontrarão, ao menos nos EUA, face à sociedade (outro ocorreria relativamente ao universo das religiões): "The class divide between journalists and the poor and working-class Americans many of us claim to write for and about is real, though it has little to do with political ideology and is more complicated than the faux populists of the Right would have us believe. Russell Baker, the former New York Times columnist, got closer to the mark in the December 18 issue of The New York Review of Books."

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Metro lança-se à "conquista" de Nova Iorque Depois de se ter implantado no mercado dos jornais gratuitos um pouco por toda a Europa e noutros continentes, a Metro International lançou hoje a sua edição nova-iorquina: 28 páginas, formato tablóide, 300 mil cópias, notícias breves, 50 por cento de anúncios. Num mercado já saturado de jornais gratuitos, resta saber se a aposta será ganha.

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"Certificado de responsabilidade social" Augusto Mateus propôs no X Congresso da Imprensa Portuguesa, que decorre no Brasil, até domingo, a implementação de um "certificado de responsabilidade social" por parte dos profissionais da comunicação social, como "forma de credibilizar a imagem" do sector na opinião pública. O ex-ministro da Economia, citado pelo JN, considera que, de um modo geral, Portugal precisa de "regulação mais simples e eficaz" no sector da Comunicação, reforçando a ideia de que esta regulação tem de ser independente do próprio poder governamental.

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"Ceci n'est pas censure" A Disney proíbe a distribuição de filme que critica Bush, titula hoje o New York Times: "The Walt Disney Company is blocking its Miramax division from distributing a new documentary by Michael Moore that harshly criticizes President Bush, executives at both Disney and Miramax said Tuesday. The film, "Fahrenheit 911," links Mr. Bush and prominent Saudis ? including the family of Osama bin Laden ? and criticizes Mr. Bush's actions before and after the Sept. 11 terrorist attacks. (...) Mr. Moore's agent, Ari Emanuel, said Michael D. Eisner, Disney's chief executive, asked him last spring to pull out of the deal with Miramax. Mr. Emanuel said Mr. Eisner expressed particular concern that it would endanger tax breaks Disney receives for its theme park, hotels and other ventures in Florida, where Mr. Bush's brother, Jeb, is governor.(...)Disney executives deny that accusation, though they said their displeasure over the deal was made clear to Miramax and Mr. Emanuel."

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Confederação de Meios aprova documento sobre ética A Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social acaba de aprovar uma plataforma comum de ética para os conteúdos informativos nos meios de comunicação. Segundo o "Diário Económico", "o documento contém os princípios que deverão nortear as questões e as entidades respeitantes à regulação, co-regulação e auto-regulação para o sector da comunicação social", tendo sido subscrito pelas associações representativas do sector, como a Associação Portuguesa de Radiofusão, a Associação Portuguesa de Imprensa e os principais operadores representados como a SIC, a TVI e a Rádio Comercial.

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Demite-se a presidente da RAI A preside da RAI, Lucia Annunziata, que já havia dado sinais de estar a ser objecto de pressões por parte do governo de Berlusconi, apresentou hoje a sua demissão. Segundo a BBC, que deu a notícia, a presidente invocou, para justificar a decisão, "interferências políticas" e, mais proximamente, nomeações para postos-chave feitas pelo secretário-geral da estação. Annunziata estava no cargo desde o ano passado, tendo substituído o seu antecessor que aguentou cinco dias naquelas funções. Recorde-se que, na semana passada, também a jornalista e conhecida apresentadora Lilli Gruber deixou a RAI em protesto pelas incidências no canal decorrentes do conflito de interesses em que está envolvido o primeiro-ministro. E já antes Daniela Tagliafico, subdirectora do TG1, principal telejornal da RAI, demitiu-se em protesto pelo favorecimento do partido maioritário na informação política.

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NYT: o diário global O jornal El País começa quinta-feira a publicar um caderno semanal de 12 páginas do New York Times, depois de já terem feito a mesma coisa jornais europeus de referência como Le Monde, La Reppublica, The Daily Telegraph o Suddeutsche Zeitung. Comentando este facto, Juan Varela, de Periodistas 21, observa: "La estrategia de Arthur Sulzberger Jr., heredero y editor, para convertir a The New York Times en el periódico global es un éxito. (...) A diferencia de otros países como Francia o Alemania, en España esa edición resumen del NY Times será traducida al español debido al bajo nivel del conocimiento del inglés existente. Prisa, editora de El País, no se ha atrevido a darle plus de perfil al suplemento editándolo en su idioma original. En toda Europa se puede encontrar el International Herald Tribune, la edición global del diario de los Sulzberger, cuya conversión en edición internacional se ha acelerado tras la compra por NYT Company del 50% de las acciones que mantenía otro gran diario norteamericano, The Washington Post. Como ya anunció Sulzberger cuando presentó los planes de relanzamiento del IHT para este año, la intención del Times es ser el diario mundial de referencia, tanto en papel como en la web. En ambos medios lleva camino de conseguirlo. La circulación del Times supera el millón de ejemplares en Estados Unidos, el IHT vende casi 300.000 ejemplares en Europa y la web nytimes.com es una de las grandes referencias informativas mundiales. Con la inclusión de esta edición del NY Times en los grandes diarios europeos, el rotativo de Nueva York afianza su liderazgo mundial. La estrategia sanciona la posición del Times como referente mundial de calidad y coloca al resto de los grandes diarios europeos bajo su estela. Con la inclusión de esta edición del Times, los grandes diarios reconocen y amplían su liderazgo y se declaran incapaces de competir con el monstruo que cuenta con una redacción de más de 1.300 periodistas desplegados por todo el mundo".

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O "cerimonial" português nas formas de tratamento Uma prolongada estadia em em Barcelona, que terá o seu epílogo na última semana deste mês, tornou para mim mais evidente aquilo de que, de forma mais esporádica, nos apercebemos a cada passo: o contraste flagrante entre a informalidade e simplicidade do tratamento no país vizinho e as nossas tradicionais mesuras e cerimónias. A questão ainda não é totalmente pacífica em Espanha, como pude verificar, através de textos nos jornais em que se criticava a excessiva informalidade, em particular na televisão. Mas, por exemplo, na U. Autónoma de Barcelona, não encontrei um único estudante ou funcionário que tratasse o professor por "usted" e menos ainda por "senhor professor". O nome de cada um - e não o tíítulo - é o que verdadeiramente conta. Entre nós, pelo contrário, é o senhor engenheiro, o professor doutor, o dr., a senhora enfermeira, o senhor ministro, a senhora deputada, o senhor presidente: o título ou a posição social instauram a desigualdade num plano em que todos somos igualmente simples cidadãos. Está aqui uma marca do atavismo que ainda nos caracteriza em muitos aspectos. Lembrei-me disto a propósito de um texto publicado no número de Novembro passado do Journal of Computer-Mediated Communication, da autoria de Sandi Michele de Oliveira, da Universidade de Copenhaga, que se intitula "Breaking Conversational Norms on a Portuguese Users Network: Men as Adjudicators of Politeness?" e de que deixo aqui o resumo (o texto está disponível na sua integralidade): "This article examines messages exchanged via asynchronous CMC at a Portuguese university that would be considered impolite in face-to-face interaction (cf. Brown & Levinson, 1987; Culpeper, 1996; Oliveira, 1985, 2003; Oliveira Medeiros, 1994). A comparison by gender was conducted of the degree and nature of participation in the university Users' network, focusing on transgressions and chastisement involving inappropriate message content, message form and address form selection. Although women participate less often in discussions on the network, messages posted by women are more often treated as transgressions, while men more often initiate responses demonstrating concern with established norms of politeness and the importance of adhering to them. These results confirm traditional gender roles of men as interactionally dominant and representative of "authority," but do not support findings for English-language CMC that women are more concerned with politeness than men (Herring, 1994; Smith, McLaughlin & Osborn,1997); rather, Portuguese men on the university network assume the role of "politeness adjudicators."

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Como trabalha o repórter Bob Woodward Interessante a leitura (sugerida por Romenesko) do extenso texto de David Greenberg, no Boston Globe de ontem, em que analisa o último best-seller de Bob Woodward, "Plan of Attack": "(...)Woodward is not just a friend of mine but my old boss. Ten years ago I worked for him on "The Agenda" (1994), his account of the making of the first Clinton budget, as well as on a dozen in-depth newspaper articles. For three years I observed his hard-working reportorial style up close and grew to admire it increasingly. If four people were at a high-level meeting, he tries to get accounts from all four -- along with notes from the official note-taker if there is one. And he doesn't go easy on his most cooperative sources; far from getting spun, he examines all the different versions and tries to square any discrepancies. I offer this endorsement of Woodward's books not just as a friend and fan but as one who in other respects actually resembles his critics (politically opinionated, partial to intellectual analyses over reportorial expos) more than Woodward himself. Working for him, however, convinced me that his brand of reporting has a unique and indispensable value. The world of political discourse now suffers from a headache-inducing glut of columns, ideologically oriented magazines, TV round-table shows, TV sparring shows, blogs, and talk radio. What we sorely need isn't more analysis but good, hard reporting on what's actually happening in government -- precisely what Woodward provides better than anyone else."

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Quem foram os bloggers que se encontraram em Gaia O encontro foi em Vila Nova de Gaia, no sábado, dia feriado. À volta da mesa (do almoço). O Indústrias Culturais aproveitou para fazer um pequeno inquérito aos 36 blogues participantes e escreveu um texto com os resultados. A lista dos que estiveram lá encontra-se aqui.

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"Prémio e castigo da fantasia" Com este título, Lorenzo Gomis, veterano dos estudos jornalísticos em Espanha, comenta, na edição de hoje do diário La Vanguardia, as derrapagens éticas recentes em alguns dos mais importantes diários dos EUA: "l periodismo es una frágil aproximación a la realidad, que nos permite hablar como si supiéramos con seguridad lo que pasa. Los directores de esos grandes periódicos americanos han tenido que dimitir porque naturalmente alguna responsabilidad les cabría en lo que habían hecho sus corresponsales estrella durante años. Pero habría que pensar si los lectores no tenemos también algún gramo de culpa cuando exigimos que nos digan exactamente lo que pasó y aplaudimos con entusiasmo a quienes nos dan la versión más brillante. Aunque al cabo de los años resulte, qué lástima, falsa. Complemento - Um dado de que me havia esquecido: o cartoon é da autoria do artista Krahn.

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Segredo de justiça: três jornalistas do Público vão hoje a julgamento No DN: "O Tribunal de Esposende começa a julgar hoje três jornalistas por violação do segredo de justiça. É o primeiro julgamento de «profissionais da comunicação social» depois do apelo de Jorge Sampaio, em Janeiro último, «à forte contenção» em matérias de administração da justiça, que «só aos tribunais compete». Na sequência do seu desfecho, poderá começar a fazer-se jurisprudência sobre uma matéria que tem estado na ribalta em Portugal desde o início do processo Casa Pia". (Continuar a ler a notícia AQUI)

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Para apoiar o estudo do fenómeno dos blogues Dois textos de Dennis G. Jerz: - (Meme)X Marks the Spot: Theorizing Metablogging via "Meme" and "Conduit" (comunicação que deveria ter sido apresentada no BlogTalk1, mas que figura nas actas do encontro de Viena): - On the Trail of the Memex - Vannevar Bush, Weblogs and the Google Galaxy .

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Representação das minorias em antena "La représentation à l'antenne de la diversité des origines et des cultures : les dispositions dans plusieurs pays" é o tema do dossier do último número de La Lettre du CSA (Conseil Supérieur de l'Audiovisual). Os países referenciados são o Reino Unido, o Canadá, a Espanha, a Itália e a Alemanha.

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Não basta o direito de resposta e de rectificação O direito de resposta e de rectificação está consignado na Constituição da República. Mas, ao ser justificadamente exercido, se o órgão de comunicação não disser taxativamente que quem o exerce tem razão, pode parecer que mantém os factos antes difundidos. É sobre um caso deste tipo que se debruça hoje Joaquim Furtado, provedor do leitor do Público. O queixoso é um editor do Diário de Notícias. Eis as conclusões do provedor:

[O direito de resposta] "É um direito do leitor, no plano jurídico. Que tem, como contraponto, um dever do jornalista, no plano ético: o código deontológico da profissão estabelece que o jornalista deve "promover a pronta rectificação das informações que se revelem inexactas ou falsas". (...) De facto se, em geral, o exercício daquele direito soluciona as divergências, pode fazê-lo, de forma distorcida: por parcial, excessiva ou ambígua. Isto porque, embora garanta a divulgação de uma outra versão, por vezes, só a aceitação dessa versão, por parte de quem sustentara uma versão contrária, lhe confere verdadeira credibilidade perante os leitores. É que, sendo natural, o silêncio do jornal ou do jornalista, relativamente a uma carta de direito de resposta (a lei só autoriza o jornal a apontar erros contidos na resposta, podendo isso originar nova resposta ), pode ser lido, mesmo que injustamente, como uma forma de persistência na versão do jornal".
Concordo totalmente com a posição de Joaquim Furtado e julgo mesmo que este ponto deveria figurar nos livros de Estilo (se existissem, porque infelizmente são em número reduzido, entre nós). Um órgão de comunicação que faz isto só se engrandece aos olhos dos de quem lê, ouve ou vê.

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Dois lados de um (mesmo) problema "Um artigo que li no Le Monde sobre falsificações de reportagens dizia que os membros da redacção preocupavam-se em dar aos editores o que eles queriam e não em trabalhar para os leitores. Num dos casos de falsificação, houve leitores que se queixaram à redacção, mas não foram ouvidos. Um jornal não pode ignorar o que os leitores dizem." José Carlos Abrantes, Diário de Notícias "Sulzberger [presidente do New York Times] disse no entanto que um dos aspectos mais impressionantes do caso Jayson Blair foi que houve leitores e fontes que sabiam das fraudes cometidas por aquele repórter, mas não avisaram os responsáveis do jornal porque julgavam que era prática corrente. 'Isso é assustador', concluiu Sulzberger." in Público

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Duas semanas de imagens que abalam as consciências A primeira imagem que rompeu um tabu com mais de dez anos foi a da fotografia com os caixões de soldados norte-amercanos mortos no Iraque. Contra a vontade da administração Bush, o Seattle Times fez a sua primeira página com o assunto e a foto correu mundo e custou o emprego à fotógrafa que a divulgou. (Sobre todo o processo que levou à divulgação da foto, ver o texto do Poynter Online "Women Responsible for Coffin Image Reunite"; ver, igualmente, de Barbie Zelizer, "Which Words Is a War Photo Worth? Journalists Must Set the Standard"). Esta semana, o programa "60 Minutes II", da cadeia norte-americana CBS, foi investigar uma notícia dada pelo próprio Exército, de que 17 militares haviam sido suspensos por maltratar prisioneiros iraquianos. A investigação conduziu àquilo que os kmilitares não tinham dito: o horror da tortura mais ignóbil, com imagens que chocaram quantos as viram. O último caso, ocorrido ontem, foi a decisão da ABC de homenagear as vítimas norte-americanas da guerra no Iraque, lendo o seu nome e mostrando a respectiva fotografia. A iniciativa tornou-se motivo de controvérsia, tendo havido canais que difundem as emissões da ABC que recusaram a homenagem, argumentando que ela configurava uma "agenda política". O contra-ponto de tudo isto é a decisão da estação árabe Al Jazeera de reduzir o nível da violência das imagens na cobertura da guerra do Iraque, na tentativa de evitar represálias, nomeadamente do governo do Qatar, onde está sediada. É que a Administração Bush tem-se desdobrado em declarações e iniciativas - a última foi de Colin Powell, esta semana - tendentes a pressionar o governo daquele país para pôr a Al Jazeera na ordem, com o argumento de que o trabalho jornalístico daquele canal está a toldar as relaçõees entre os EUA e o Qatar. Amanhã é o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.

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