Weblogue colectivo do projecto Mediascópio - CECS / Universidade do Minho | RSS: ATOM 0.3 |



A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa citou, de acordo com o jornal "El País" a Grecia, Italia, Portugal e Espanha, como países em que o "clientelismo político", o "paternalismo estatal" e a "partidocracia" impediram a completa emancipaçãode dos serviços de radiodifusão pública de controlo político directo. O documento intutulado "Serviço Público de Radiodifusão" pode ser consultado aqui. Duas interessantes experiências do El País com as escolas e universidades: O "El País de los Estudiantes", concurso organizado pelo diário espanhol El País vai já na sua terceira edição. Tem como objectivo "colaborar en la formación personal e intelectual de los estudiantes de segundo ciclo de ESO, bachillerato, y formación profesional de grado medio", materializado na criação de um jornal com a ajuda da internet. O periódico deverá ter cinco secções - Ciencia y Tecnología, Medio Ambiente,Sociedad y Cultura, Tu Comunidad e Tema libre. Para os alunos universitários, o El País é também o promotor de um concurso - El País Universia , que tem como objectivo a criação de sites informativos. "El País de la Universidad es un concurso anual promovido por EL PAÍS y GRUPO SANTANDER que celebró su primera edición en el primer semestre de 2003. Está dirigido a estudiantes universitarios españoles y se basa en la creación de una publicación a través de Internet". Está operacionalizado de uma forma bastantes simples: "Los equipos inscritos dispondrán de una aplicación informática on line, totalmente autónoma, para diseñar, completar y publicar en Internet una publicación propia. Lo elegirán todo a su gusto: nombre, aspecto, contenido..., completándola de un modo sencillo y rápido desde sus casas o centros de estudio a lo largo de varios meses. LOS EQUIPOS PUEDEN ESTAR FORMADOS POR UNIVERSITARIOS DE DISTINTAS CARRERAS, VARIAS UNIVERSIDADES Y DE VARIOS PAÍSES. Una vez concluido el trabajo de desarrollo, si la publicación cumple los requisitos mínimos establecidos en las BASES, se accederá a la fase de concurso".

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USA Today investiga os escritos de ex-jornalista O caso Jack Kelley continua a fazer correr tinta. Os responsáveis do diário USA Today acabam de criar uma comissão externa de três individualidades para analisar todos os escritos daquele exjornalista que foi recentemente forçado a deixar o jornal, depois de alegadamente ter enganado os editores que conduziam um inquérito interno sobre trabalhos seus. A comissão é constituída por John Seigenthaler, antigo director de The Tennessean, William Hilliard, ex-director de The Oregonian, e Bill Kovach, presidente do Committee of Concerned Journalists, antigo chefe da delegação do The New York Times em Washington e ex-curador da Nieman Foundation na Harvard University.

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Campanha americana em blogs de correspondentes do Libération Os dois correspondentes do Libération nos Estados Unidos da América acabam de criar "diários de bordo" na web para acompanhar a cobertura das primárias da campanha eleitoral para as presidenciais. Pascal Riché,correspondente em washington, criou La course à la Maison Blanche Fabrice Rousselot, em Nova Iorque, criou Campagne toute!! Os responsáveis do Libération vêem esta iniciativa com bons olhos, explicando a especificidade deste tipo de serviço: "A la différence des articles qu'ils publient dans le quotidien, leurs blogs seront des espaces plus personnels. Leur contenu seront régulièrement mis à jour sous forme de courts messages dont le fond et la forme, très libres, restent à la discrétion des auteurs. Une première dans la presse en ligne française."

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A terceira fase da publicação electrónica Através do E-Media Tidbits, é-nos sugerida a leitura de um texto interessante de Martin Nisenholtz, responsável pelo New York Times Digital, que analisa as últimas décadas no plano da edição electrónica e anuncia a chegada de uma "terceira fase": Observa Nisenholtz: "(...)we are entering a phase where electronic publishers like nytimes.com will evolve from sorting, distributing and making accessible content created principally for other formats, to creating content that is native to the computing world from which we evolved. (...)" Vêm, depois, as três fases: "The first phase, which began after World War II, is characterized by the aggregation and sorting of the world's knowledge, and of making this knowledge accessible to specialized groups of users, principally for commercial, government and academic purposes. The second phase, which began in earnest in the early 90s, extends this aggregation and sorting function to a global consumer base. This second phase is characterized by the development of interface and standardization. The third phase, which we have not yet entered, but may be very close, is characterized by creativity – that is, the birth of wholly new forms of publishing media that borrow from the elements of the first two phases, but bring users new and original ways of communicating. " No documento, é feita referência a um influente artigo de Vannevar Bush, de 1945, intitulado "As We May Think", que pode ser consultado AQUI.

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New York Times entra na blogosfera A editoria de política do diário New York Times acaba de criar o blog Times on Trail para acompanhar 24 sobre 24 horas a campanha eleitoral norte-americana. O blog é acompanhado de um guia diário da cobertura das actividades eleitorais na Internet.

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A dignidade de um realizador e de um director Só agora pude ler a coluna de Miguel Sousa Tavares, da qual deixo este apontamento: "Chama-se Ricardo Espírito Santo (um nome que associamos a outras áreas), mas este é o nome do realizador da Sport-TV que estava de serviço em Guimarães, no fatídico jogo de futebol que roubou a vida ao húngaro Mikki Fehér. Todos vimos e revimos até à náusea as imagens do último sorriso de Fehér e as imagens terríveis do jogador a dobrar-se sobre si mesmo e a cair de costas, morto. Mas havia outras imagens, ainda mais terríveis, captando de frente o rosto do jogador e que desfaziam tragicamente essa ideia com que ficámos de, ao menos isso, a sua morte ter sido fulminante e quase pacífica. Essas imagens nunca as vimos (e espero que nunca as vejamos), porque o realizador Ricardo Espírito Santo, tendo de decidir no instante, optou por não as pôr no ar e porque a direcção da Sport-TV se recusou mais tarde a cedê-las a outras estações. Devemos assim à dignidade e à sensibilidade de um realizador e do seu director termos sido poupados a um ainda mais extremo deboche jornalístico do que aquele que, durante dias, nos foi servido a pretexto da morte de um futebolista."

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"Media Literacy" A ministra da Cultura, Media e Desporto do Reino Unido, que há dias teve a coragem de afirmar que a literacia mediática é, hoje em dia, tão importante como a literacia matemática, acaba de desenvolver as suas ideias num discurso feito num seminário sobre o tema. Vale a pena ler, num país que continua, nesta matéria, a meter a cabeça debaixo da areia. A frase que causou engulhos foi esta: "I believe that in the modern world media literacy will become as important a skill as maths or science. Decoding our media will be as important to our lives as citizens as understanding great literature is to our cultural lives."

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Investimento em publicidade a telemóveis lidera As marcas TMN e Vodafone posicionaram-se no topo do ranking do investimento em publicidade, em 2003, passando, pela primeira vez, à frente de marcas de produtos de grande consumo (Fonte: Marktest, via Diário Económico).

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Em primeira mão António Granado e Elisabete Barbosa autores de um livro sobre weblogs Elisabete Barbosa, do Jornalismo Digital, e António Granado, do Ponto Media são os autores do livro "Weblogs – Diário de Bordo" que vai ser lançado no próximo dia 12 de Fevreiro, pelas 18 horas, na FNAC do Norteshopping. Na mesma ocasião será apresentado um outro livro da autoria de Elsa Costa e Silva, jornalista do DN, com o título "Os Donos da Notícia – Concentração da Propriedade dos Media em Portugal". Estas obras inauguram uma nova colecção editorial sobre Comunicação, uma iniciativa da Porto Editora.

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BBC/Kelly:o jornalismo em questão "The future of journalism is at stake". É assim que vê o articulista e antigo jornalista da BBC Martin Bell, num artigo que assina hoje no jornal The Guardian, a propósito da "flagelação" da BBC, com as conclusões do relatório Hutton: "(...)But in its present difficulties, I hope that it [BBC] can learn to put away the sackcloth and ashes in a day or two. There is no case for overpenitence. For, although Andrew Gilligan's report on the Today programme was wrong in one important respect, the broad thrust of it was right. Gilligan was not the only journalist who reported that the government had exaggerated Iraq's weaponry in order to make the case for war, but his report was the one that stirred up the biggest row between the government and the BBC in the history of the many feuds between them. I think that Gilligan did us all some service and that the Hutton report, while blaming him so extensively, has been extraordinarily lenient on the government. (...) I profoundly hope that the BBC does not lose its nerve as a result of this reverse. In many ways it sets the standards by which other news broadcasters are judged. This is not the time for the BBC to play safe, although there may be every temptation to do so. Not only is its reputation for independence at stake, but the future of all journalism in this country. The way that broadcast journalism, and some print journalism, holds the government to account and never allows it to become too triumphalist, as it was yesterday, is important to our democracy - especially when the Labour government, while arguing for an unpopular war, had many cheerleaders in Britain's foreign-owned press. (...) It is important that the BBC, and indeed any news organisation, does not allow itself to be bullied into submission.(...)". (dica de Ponto Media)

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A resposta da SIC Era previsível: a SIC, através do seu Director de Informação, Alcides Vieira, e de cartas de três jornalistas - Sofia Pinto Coelho, Daniel Cruzeiro e Rita Ferro Rodrigues), procuram desancar Eduardo Cintra Torres (ECT) e a crónica que escreveu na segunda-feira, no Público. As cartas dos jornalistas dizem, no essencial, que estes decidiram não tratar de assuntos relacionados com o caso Casa Pia, devido às ligações familiares com pessoas ligadas ao processo. No geral, todas as respostas defendem a SIC de uma forma que não argumenta muito para rebater a hipótese subjacente ao texto de ECT - é mais uma resposta corporativa, de resto compreensível. A carta de Alcides Vieira, apesar de tudo, deixa pistas para a análise dos factos, análise que seria necessária para concluir se, globalmente, se terá verificado: a) uma orientação editorial na cobertura do caso da pedofilia por parte da SIC mais focalizada nas posições dos arguidos e, eventualmente, mais favorável a eles; b) a existência de uma correlação positiva entre essa orientação editorial e uma alegada influência das relações de membros da redacção da SIC com alguns dos arguidos.

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Contrafactos Será o MyDoom, o pior vírus de sempre? Poderão as autoridades combater os v?rus informáticos? Que pensa Vasco Pulido Valente sobre os blogs? Algumas respostas no Contrafactos e Argumentos.

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Media norte-americanos questionam Bush Os editoriais de diversos jornais influentes - alguns dos quais apoiantes da guerra no Iraque - têm vindo a questionar a Casa Branca e os serviços secretos norte-americanos, perante a conclusão, que se vai generalizando, de que não existiam armas de destruição maciça no Iraque. Uma investigação da revista Editor & Publisher junto dos 20 principais jornais dos EUA revela que 13 publicaram editoriais sobre o assunto nos últimos dias e, desses, oito questionam o papel da Administração Bush na encenação da guerra (desenvolvimentos em: Editorials Question Bush's Role in 'Cooking' Up a War, da autoria de Greg Mitchell).

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Consequências do relatório Hutton na BBC A BBC acaba de dar como certa a demissão do seu presidente, na sequência da divulgação das conlusões do inquérito à morte de David Kelly ao princípio da tarde. Entretanto, o inquiridor anunciou a intenção de investigar agora as circunstâncias que levaram àquele que foi outro caso do dia: a fuga do documento e a sua divulgação na edição de hoje do tabloide The Sun. Este jornal, propriedade do mangnata dos media Rupert Murdoch, foi um apoiante expresso de Blair. O documento era conhecido desde ontem ao meio-dia pelas várias partes que foram chamadas a depor na fase de averiguações, as quais assinaram um compromisso de sigilo sobre o conteúdo. Comentando as conclusões divulgadas por Lord Hutton, o antigo responsável pela comunicação do primeiro-ministro, Alastair Campbell, desejou que este processo contribua para uma cultura mediática mais honesta, acrescentando ainda: "If the government had faced the level of criticisms which today Lord Hutton's report has directed at the BBC, there would have been resignations by now, several resignations at several levels." Para acompanhar as reacções de repórteres da BBC que mantêm um blog sobre este assunto, clicar AQUI.

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Imprensa vs. Internet O Diário Económico publica hoje dados de um estudo elaborado pela Netsonda, segundo o qual, em Portugal, a Internet está a marcar pontos na informação, ganhando terreno à imprensa: “De acordo com o estudo, intitulado “A Imprensa na Internet”- consulta de ‘sites’ e portais de informação em Portugal -, quase metade dos inquiridos (49%) que consulta ‘sites’ ou portais de notícias e informação, lê imprensa em papel com menos frequência do que o fazia anteriormente (31%) e 18% lê com muito menos frequência”.

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Marketing e publicidade na SIC Notícias A SIC Notícias vai lançar um novo programa sobre marketing e publicidade. Chama-se “Imagens de marca”, é apresentado por Cristina Amaro, e estreia no próximo sábado, às 21h30. A indicação é dada hoje no Correio da Manhã.

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Relatório sobre a morte de David Kelly Já se encontra disponível o documento "Report of the Inquiry into the Circumstances Surrounding the Death of Dr David Kelly", apresentado, uma hora atrás pelo responsável do inquérito, Lord Hutton. O relatório iliba o primeiro-ministro Blair e o seu ex-assessor de imprensa e é bastante crítico relativamente à BBC e, em especial, ao jornalista. Segundo o Público online, "no que toca à BBC, o juiz Hutton considerou totalmente "infundadas" as notícias do seu jornalista Andrew Gilligan, que deram conta que o Governo britânico tinha manipulado o relatório sobre as armas iraquianas. O relatório Hutton indica ainda que a direcção da BBC será sujeita a um "inquérito mais aprofundado" sobre as informações dadas ao jornalista Andrew Gilligan".

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Itália: mais um sinal, um sinal mais Acaba de se demitir a sub-directora de do principal serviço informativo da RAI. Motivo: segundo ela, os responsáveis editoriais do canal fazem "fretes" ao governo de Berlusconi, reduzem matérias críticas para o poder a breves alusões e enchem o telejornal de futilidades e matérias anódinas. Um texto de El Mundo explica: "Daniela Tagliafico renunció a su puesto tras denunciar cómo en el informativo de la cadena RAI-1, el de mayor audiencia del país, se manipulaba la información para favorecer al Gobierno y desacreditar a la oposición de centroizquierda. El dirigente de la Federación Italiana de Periodistas (FNSI), Paolo Serventi Longhi, ha calificado de "devastadora" la situación en la emisora pública y ha denunciado el carácter partidista de sus noticieros, a favor del Ejecutivo de centroderecha." Recorde-se que, em 2002, três dos cinco membros da Administração da RAI - dois ligados à oposição e um centrista - se demitiram, alegando falta de pluralismo e de liberdade informativa. Por outro lado, jornalistas e humoristas têm sido afastados, devido às posições críticas face ao chefe do Governo.

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Fugir aos quiosques e ir directo ao consumidor Procurando contornar os encargos que supõe a venda das suas promoções especiais nos quiosques, os editores de jornais e revistas espanhóis estão a estudar formas inovadoras de chegar aos "clientes". O grupo Recoletos, através do jornal desportivo Marca, fez em Dezembro e no início deste mês, uma experiência tida por excepcionalmente bem sucedida, ao lançar, em articulação com uma rede de grandes superfícies, a promoção de um sistema de Home Cinema+DVD, inicialmente previsto para 300 mil unidades e que superou em muito essa fasquia. (Fonte: Xornal)

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A Ordem, por si, não garante Joaquim Fidalgo alude, no Público, ao contraste entre a celeridade do processo da pedofilia nos Açores e em Lisboa e, sobretudo ao diverso comportamento dos advogados (e da respectiva Ordem) numa e noutra situação, para comentar, na parte final: "Isto evoca-me um outro debate que corre por estes dias, a propósito das supostas vantagens da criação de uma Ordem dos Jornalistas para assegurar um maior zelo destes profissionais no que respeita aos deveres deontológicos. Ora os advogados têm uma ordem. E uma ordem prestigiada. Mas nem por isso têm conseguido "pôr na ordem" os sócios cujo escrúpulo deontológico deixa algo a desejar. O bastonário mandou um grande abraço aos colegas dos Açores, dizendo que sim senhor, que estavam a ser um exemplo para a classe. Mas mais nada. Nada quanto aos que não estarão a ser tão exemplares quanto isso. De onde parece concluir-se que não é a simples existência de uma ordem que garante mais deontologia profissional, pois não?... "

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Papel electrónico Depois de na semana passada termos referido aqui que os Fujitsu Laboratories, do Japão, tinham anunciado a produção de um protótipo de papel electrónico, também a Philips, que já se sabia estar nesta corrida de contra-relógio, acaba de dar novidades. O site da New Scientist anuncia que "The most flexible electronic display yet developed has been revealed by researchers at electronics giant Philips. The company says it plans to begin mass producing such displays within a few years. (...) Philips's new display was made possible by the development of a way to print organic electronics onto a thin plastic film - previously, it was only possible to print these components on glass. However, after experimenting with various different plastics, Philips now has a technique that works on polyimide film. (...)". (Dica de E-Media Tidbits).

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50 mil Este blog atingiu hoje o número redondo de 50 mil visitas (e um pouco mais de 70 mil page views). Fica o registo e o agradecimento aos visitantes.

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Os blogs na Cimeira de Davos Vale bem a pena ler os comentários de Jay Rosen, autor do blog PressThink, acerca da cimeira de Davos, onde participou, nos últimos dias, e, especialmente, as reflexões sobre o fenómeno dos weblogs na sua relação com os media estabelecidos - tmea de uma das mesas da cimeira. São numerosas as remissões para outros relatos sobre o mesmo assunto, da autoria de bloggers e/ou jornalistas.

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20 por cento de publicidade na TV, em 2003 ! A publicidade preencheu um em cada cinco minutos emitidos em 2003 pelos quatro canais de televisão, tendo sido o segundo tipo de conteúdos televisivos mais transmitido, segundo dados da Marktest divulgados pela Lusa. A TVI foi o canal que mais tempo de emissão dedicou aos anúncios publicitários, sendo responsável pela transmissão de 28 % (1900 horas) dos mais de 400 mil minutos gastos pelas televisões. Apesar das restrições, a RTP1 foi o segundo canal a transmitir mais publicidade (27%), seguida da SIC. A RTP2 foi o canal menos preenchido com publicidade. (Fonte: Diário Económico) Para uma comparação com a realidade espanhola, veja-se esta notícia do galego Xornal: "La cuarta parte de los contenidos de TV en la franja nocturna son anuncios".

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Brevíssimas <>Quantas vezes morre um homem? A resposta no Animo. <>Os quatro da Quadratura do círculo têm um blog. Já sabiam?

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"A imprensa é livre, os jornalistas não" A frase, atribuída ao sociólogo Ferdinand Tönnies, serve hoje de título a Eduardo Cintra Torres, para, no "Público", fazer algo que é arriscado (e invulgar), mas necessário à análise e compreensão da cobertura mediática do caso da pedofilia. Diz respeito a uma eventual influência na orientação da cobertura da SIC, motivada pela ligação directa ou indirecta de vários dos seus jornalistas, comentadores e apresentadores aos arguidos no processo ou à defesa destes. Com nomes e tudo. Depois, vem a conclusão: "No geral, a informação da SIC sobre o processo da Casa Pia sofreu uma mudança significativa de atitude desde Novembro de 2002, quando as primeiras informações foram reveladas - precisamente na SIC e no "Expresso". A partir da altura em que o processo envolveu membros das elites política e mediática, a informação da SIC distanciou-se do ponto de vista das vítimas e aproximou-se do ponto de vista da defesa dos arguidos. Esta alteração é legítima, mas faz parte da crítica chamar a atenção para ela. A TVI, onde não há os referidos constrangimentos na redacção, colocou-se totalmente do lado das vítimas e, de alguma forma, num pressuposto hostil aos arguidos. Uma consequência disso é o facto de a mulher de Carlos Cruz ja se ter recusado a responder a perguntas da TVI à porta da Penitenciária. Por vezes não é necessário procurar cabalas nem conspirações secretas nos meandros dos "media" e dos corredores de poder para explicar atitudes e opiniões. Há factos sociais. (...)" Num campo diverso, o do desporto, já houve, no passado, uma contraposição entre os dois canais - quando foi das penúltimas eleições no Benfica. O problema, entre nós, é que nunca nada disso é assumido explicitamente. Pretende-se sempre fazer passar cada posição como abrangente e equidistante. Ainda assim, enquanto o "cruzamento" de nomes - no caso agora analisado pelo crítico do Público - é matéria de natureza factual incontroversa, a afirmação de que houve uma reorientação editorial da SIC e que essa reorientação decorre do referido cruzamento já é uma impressão, uma hipótese, que precisa de ser confrontada com a realidade dos factos. Mais ainda e a contrario: pode ser igualmente redutor estabelecer a alegada associação entre a orientação da TVI ao lado das vítimas do caso Casa Pia e o facto de nessa estação não haver ligações conhecidas e significativas ao campo dos arguidos. Não poderá haver outros factores, nomeadamente relacionados com a costumeira orientação geral da TVI, conjugada com a necessidade de se demarcar e fazer diferente da sua mais directa concorrente? São tópicos para continuar uma reflexão sobre hipóteses que Cintra Torres muito bem coloca (num texto que obviamente não é académico) e que, de qualquer modo, não colocam em causa a ideia central: "Por vezes não e necessário procurar cabalas nem conspirações secretas nos meandros dos "media" e dos corredores de poder para explicar atitudes e opiniões. Há factos sociais".

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"Ser e ter", de Nicholas Philibert "Ser e ter" está em exibição em Lisboa, Porto e Faro. É um documentário da autoria de Nicholas Philibert. Foi um sucesso de bilheteira em França, no Outono de 2002. Integrou a Selecção Oficial do Festival de Cannes 2002 e recebeu o prémio de Melhor Documentário dos Prémios do Cinema Europeu 2002 e de Melhor Montagem dos Cesars 2003. É espantoso como só agora chega ao circuito comercial português. Ao mesmo tempo, a partir de hoje à noite, tem inicio no Instituto Franco-Portugais, um ciclo com sessões semanais sobre "Nicholas Philibert - a excelência do documentário", em que serão apreciadas quatro obras deste realizador. Sobre "Ser e ter", refere a respectivasinopse, inevitavelmente pobre, face ao que o realizador tem a propor ao espectador: "Numa escola primária na região de Auvergne em França, Georges Lopez é professor de uma turma de treze crianças, com idades compreendidas entre os 4 e os 10 anos. Lopez ensina três grupos de diferentes idades em lições separadas, certificando-se sempre de que eles entendem as tarefas que lhes são pedidas - quer seja para pintarem um desenho, aprenderem matemática ou a fazerem crepes. Lopez, um educador veterano à beira da reforma, é um modelo de sensibilidade e compreensão a lidar com crianças. Nunca levantando a sua voz e falando directamente com eles, o seu afecto é tão notório como o respeito e a confiança que as crianças têm por ele". O outro lado da moeda: este professor Lopez, depois de ter visto o sucesso nacional que foi "Ser e ter" intentou uma acção judicial contra a produtora e o realizador, acusando-os de "abuso do direito à imagem" e "contrafação" e exigindo 250 mil euros. Não houve ainda uma decisão judicial.

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Justiça e liberdade de Imprensa: debate na RTP O interesse público justifica a publicação de notícias cujo os processos estão em segredo de justiça? Até onde vai a liberdade de informação? Segredo de Justiça e Liberdade de Imprensa é um debate alargado com os seguintes protagonistas: José Miguel Júdice (na foto), Rui Pereira, Alfredo Maia, Proença de Carvalho, Procurador-Geral Adjunto Maia Costa, Paulo Rangel, e ainda a directora do "O Independente", Inês Serra Lopes, e o director do "24 Horas", Pedro Tadeu. Na RTP, hoje às 22 horas.

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Outro, eu Já tinha desistido de o visitar. Mas ele surpreendeu. Voltou há dias, com casa nova. Ainda bem.

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Clube de Jornalistas Hoje, às 19 horas, é dia de mais um debate do programa do Clube de Jornalistas em A Dois. Mas: custava muito dar a conhecer com alguma antecedência qual é o assunto e quem são os convidados? ACTUALIZAÇÃO: Pelo Público ficamos a saber que, hoje, o tema é "O jornalismo e o poder político" e os convidados são Jorge Coelho (deputado do PS), José Arantes (secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros) e Ricardo Costa (director da SIC Notícias). No papel de entrevistadora estreia Estrela Serrano.

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AACS pronuncia-se sobre sensacionalismo nos media A Alta Autoridade para a Comunicação Social, depois de há uma semana, ter considerado que, em termos genéricos, os media se têm portado bem, na cobertura do caso Casa Pia, difundiu um comunicado na última quinta-feira com uma "Declaração sobre o sensacionalismo na informação acerca de investigações judiciais em curso". É o seguinte o seu teor: "Prosseguindo a monitorização do protagonismo dos "media" na divulgação de factos relacionados com investigações judiciais em curso, a Alta Autoridade para a Comunicação Social, mantendo um sentido analítico que recusa qualquer tipo de crítica sistemática e generalizada ao trabalho dos órgãos de comunicação social e, portanto, repudia possíveis tentativas de ataque ao quadro legal da liberdade de expressão, pensa contudo dever neste momento alertar para o seguinte: 1. A cobertura mediática dos acontecimentos relacionados com as referidas investigações, independentemente das considerações já anteriormente formuladas pela AACS, tem-se pontualmente desviado de critérios eticamente exigíveis ao cair em atitudes de claro sensacionalismo, o que prejudica a qualidade e o rigor da informação prestada, pode afectar direitos de pessoas envolvidas e contende com o próprio Código Deontológico do Jornalista; 2. O sensacionalismo caracteriza-se por uma actuação de deliberada excitação dos sentimentos mais primários da população (bisbilhotice, voyeurismo, medo, inveja, vingança, hipocrisia) através da disponibilização alarmista de informação que, baseando-se em situações marginais e irrelevantes no entanto atinentes a casos de grande importância social, dão a impressão ilusória de esclarecer a opinião pública quando na realidade a estão a obscurecer. Sob a falsa aparência de enriquecer em detalhe o conhecimento do público a informação sensacionalista infringe a isenção e o rigor a que todos os órgãos e jornalistas estão vinculados, prestando um mau serviço à comunidade. 3. São por exemplo tipicamente sensacionalistas procedimentos como os de explorar até à exaustão, por vezes em directo e com desagradável insistência, o interesse de agentes judiciais em promoverem os seus pontos de vista particulares ligados a processos, sem quaisquer ganhos reais de conhecimento, ou a dissertação e a especulação infindáveis acerca da intimidade física de arguidos, o que viola o seu direito à intimidade e ofende os públicos sensíveis; 4. A comunicação social visa dar conta às pessoas de informação importante para o seu melhor conhecimento do mundo que as rodeia, de molde a que elas possam tomar, na sua vida quotodiana (familiar, profissional, social, política, cultural) as decisões e as opções mais adequadas aos seus interesses e aos das pessoas a seu cargo. A informação sensacionalista, que é afinal uma pseudo-informação, não preenche aqueles requisitos, antes se insere na busca desregrada de ganhos comerciais apoiada em pura coscuvilhice. Isto não é aceitável num Estado de Direito e deve ser denunciado com a maior energia".

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"As Missas Laicas da TV" Com o título "As Missas Laicas da TV", Mário Mesquita deixa-nos hoje, no Público, um contributo pertinente e oportuno para analisar o fenómeno do colunismo e, em especial, dos comentadores das nossas televisões. Escreve: "(...)O panorama dos comentaristas do "prime-time" das televisões generalistas é, no mínimo, preocupante. Traduz, em primeiro lugar, uma significativa atrofia do pluralismo democrático. Revela, em segundo lugar, a predominância dos actores políticos (exprimindo-se fora do âmbito do contraditório em que, normalmente, deveriam intervir) sobre as figuras de jornalistas ou especialistas, com um estatuto de alguma distância, o que não é, obviamente, sinónimo de serem incolores, inodoros e insípidos.(...)"

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A fuga e a divulgação António Barreto, no Público: "A questão do segredo de justiça é significativa. Com tanta gente e tão importante a interessar-se por este problema, o que podemos imediatamente concluir é que se está a tentar desviar a atenção para o acessório, o trivial e o fácil. O actual regime, que vincula todos os cidadãos, incluindo jornalistas, foi desenhado para defender o sistema judicial do controlo social do processo pelos cidadãos. Nesse sentido, é uma defesa de casta e de feudo. Por outro lado, foi idealizado para tornar a justiça imune e impune, transformando o segredo processual numa espécie de segredo de Estado em caso de guerra e segurança nacional, o que é deslocado, pois a justiça, sendo um processo social, como tal deve ser tratada. Finalmente, o seu reforço está a ser pensado para obviar à incompetência do sistema e dos seus operadores, à covardia das autoridades e às práticas de delação, venalidade e traição a que muitos se entregam com delícia. Na verdade, não é por causa dos cidadãos e dos jornalistas que há fugas ou violações do segredo: é por causa dos interesses e dos operadores de justiça. E o que é sério é a fuga, não a divulgação. O que é mais grave nos recentes episódios? Que o Presidente da República tenha sido indevidamente "envolvido"? Ou que se saiba? Que se façam escutas telefónicas exageradas? Ou que se saiba? As respostas são óbvias: para os que querem reforçar o segredo, grave foi que se soubesse, não que se fizesse."

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"Há um manto de hipocrisia que percorre a classe" Judite de Sousa, no "Jornal de Notícias": "(...)O principal problema resume-se a isto: deve ou não ser proibida e punida criminalmente a divulgação da matéria que está em segredo de Justiça? E uma outra pergunta surge: se a a actual Lei é ambígua, então por que é que não devemos clarificá-la? Então, e a outra legislação que concorre para a violação do segredo de Justiça? Como se explica que os nossos legisladores tenham elaborado códigos perme?áeis a múltiplas interpretações, dando azo a esta irresponsabilidade colectiva em que nunca ninguém tem culpa de nada? Esta mania muito portuguesa de, à mínima dificuldade, fazer a correr uma nova lei só pode deixar-nos desconfiados e de pé atrás. Sejamos francos: nem os juízes, nem os advogados, nem os políticos, nem os jornalistas estavam preparados para lidar com uma matéria-prima tão explosiva como a pedofilia. E agora ensaiam-se fugas para a frente, sem se saber muito bem como e porquê. A "bomba" explodiu-nos nas mãos e nenhum dos intervenientes está isento de culpas e de críticas na forma como tem abordado o problema. No que à Comunicação Social diz respeito, há um manto de hipocrisia que percorre a classe. Há um discurso público e um discurso privado. Publicamente, todos se defendem uns aos outros. Em privado, já não é bem assim.(...)"

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"A Filha Rebelde" ou a excelência do jornalismo de investigação Realiza-se hoje, às 18 horas, no Auditório da FNAC no Gaia Shopping a sessão de lançamento do livro «A Filha Rebelde» (colecção Expresso/Temas & Debates), da autoria de José Pedro Castanheira e de Valdemar Cruz. Trata-se da história fantástica de Annie Silva Pais, a filha única do último director da PIDE/DGS. É o desenvolvimento de uma reportagem que os autores escreveram na Revista do Expresso e que foi distinguida com o Grande Prémio Gazeta de 2002. O livro será apresentado pela escritora Agustina Bessa-Luís. Na apresentação do livro que teve lugar há dias, em Lisboa, José Pedro Castanheira falou da obra e do trabalho jornalístico que esteve implicado na sua escrita. Falou por isso, também de jornalismo. Aqui fica transcrita parte das suas palavras: "Os seus leitores encontrarão nele características de romance, ficção, biografia, história, memórias... O livro é um pouco de tudo isso, mas é, antes de mais, um trabalho jornalístico, onde a reportagem e a investigação se casam permanentemente. Em 300 páginas de texto, são referidas inúmeras fontes pessoais e documentais. Só uma vez - repito: só uma vez – fomos obrigados a recorrer à figura da fonte anónima. (Escusado será dizer que é uma fonte cubana.) Todas as demais são identificadas, não apenas pelos respectivos nomes, mas também com o local e até o dia em que os respectivos depoimentos foram recolhidos. Infelizmente, o recurso ao off e às fontes anónimas, que deveriam ser a excepção, transformaram-se hoje em dia na regra. O resultado está à vista: jornalistas e órgãos de comunicação social passaram a ser, consciente ou inconscientemente, instrumentalizados pelas fontes de informação, que, no processo de produção jornalístico, nunca são neutras, já que promovem sempre os seus próprios interesses. Há meia-dúzia de meses, quando recebemos nas mãos do Senhor Presidente da República o Grande Prémio Gazeta, o Valdemar e eu próprio tivemos a oportunidade de criticar o falso e o mau jornalismo. É uma evidência que há maus jornalistas, como há maus políticos e governantes, maus médicos e economistas, maus advogados e magistrados. A constatação de que há maus jornalistas, ou de que o jornalismo atravessa um mau momento, não pode legitimar uma crítica, muito menos um ataque, ao próprio direito à informação e à liberdade de Imprensa. Não é com restrições e limitações que se promove e defende eficazmente a liberdade: é com uma cultura de mais responsabilidade, no plano legal e sobretudo ético. Já muitos o disseram: as leis e os códigos existentes, não sendo perfeitos, são suficientes. A questão é que sejam respeitados e cumpridos – e por todos. Toda a história do Estado Novo, de que nos fala o livro, mostra que um excesso de legislação vai sempre num sentido restritivo, acabando, no limite, por abafar a própria Liberdade."

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Livro sobre liberdade de informação A UNESCO acaba de publicar o livro Freedom of Information: A Comparative Legal Survey, escrito por Toby Mendel. Contém os padrões e documentos fundamentais, bem como as dimensões da liberdade de informação. Compreende também uma análise de situação num conjunto seleccionado de países de diferentes partes do planeta.

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Jornais alemães na iminência de uma greve Está iminente a convocação de uma greve pelos sindicatos da imprensa na Alemanha. O motivo prende-se com o falhanço das negociações com o patronato, nas quais os trabalhadores defendiam uma moratória de dois anos relativamente a condições consideradas prejudicias: despedimentos, redução do tempo e do pagamento de férias, jornadas mais longas... Se se concretizar, será a primeira greve geral do sector nos últimos 15 anos (fonte: European Journalism Centre).

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Meter o jornal electrónico debaixo do braço Os Fujitsu Laboratories, do Japão, acabam de anunciar a produção de um protótipo de papel electrónico com características comparáveis ao papel normal, tanto na espessura como no brilho, esperando comercializá-lo dentro de dois anos. Um artigo da MobileMag descreve o facto, que tem consequências potenciais de grande alcance, para o futuro dos jornais: "Several characteristics of the paper have been developed; ease of reading, ease of portability, durability and improved brightness and contrast of the paper. The new developments have made the electronic paper with a white ratio of 80 or above and a contrast ratio of 15 or above. When compared with regular photo-copy paper there is very little difference. When the power is turned on and off with colour and text being added to the paper, and then subsequently turned off, the paper still retains the material that was written on it using a built-in memory function. The power function of the electronic paper is a special energy saving device suited for this application. The paper will be easy to use, have almost unlimited rewriting capabilities, freedom of deformation and portability. Fujitsu hopes that this invention will contribute to the paperless office and reduce the amount of paper consumption in the world." (Lido no E-Media Tidbits)

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Nelson Traquina publica na "Journalism" O último número da revista Journalism - Theory, Practice & Criticism (vol. 5, 1) traz o artigo "Theory consolidation in the study of journalism - A comparative analysis of the news coverage of the HIV/AIDS issue in four countries", da autoria de Nelson Traquina, da Universidade Nova de Lisboa. O resumo: "This article attempts to contribute to a better theoretical understanding of news. Based on an examination of the vast body of literature known as the study of journalism, three points of consensus are identified and tested through a comparative case study analysis of the news coverage of an issue, VIH/AIDS, in four different countries (the United States, Portugal, Spain and Brazil) during a period of three months (October–December, 1993). The data show that news is ‘event-oriented’, that official sources dominate news, and that proximity is a basic news value of the members of this ‘interpretive community’ who are today called journalists". (O conteúdo desta e de outras revistas da Sage tem acesso gratuito, até 31 de Março. Para saber como, clicar aqui)

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"A Manipula??o da Palavra" "A Manipula??o da Palavra", livro de Philippe Breton originalmente publicado em 2000 (La Parole Manipul?e, Ed. La D?couverte), acaba de ser traduzido no Brasil pelas edi??es Loyola. Na apresenta??o: "A democracia, que p?s a palavra no centro da vida p?blica, parece amea?ada pela prolifera??o das t?cnicas que visam nos obrigar, sem que nos apercebamos, a adotar determinado comportamento ou determinada opini?o. Acaso a sensa??o difusa de viver num "universo mentiroso" n?o est? na origem de formas novas de individualismo e de autofechamento? Todos os m?todos de comunica??o e de debates s?o bons num espa?o p?blico que se pretende democr?tico?". O ?ndice est? dispon?vel no site da editora, bem como o cap?tulo sobre "A manipula??o dos afectos" (dica de Comunica??o, Cultura e Pol?tica).

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Sobre o futuro dos blogs Sob o título "Blogging: Just Begun and Already Dying?", escreve Katja Riefler, no E-Media TidBits, a propósito do facto de, numa recente conferência da Newpaper Association of America, haver um blog ao dispor dos participantes e quase ninguém o ter utilizado: "Are we transforming into a bunch of lurkers who prefer to profit from the work of others but aren't willing to get involved ourselves? Or are we already at a turn of the life-circle of the blogging phenomenon, where this will become more and more a professional business and the vast majority of people will look for a new tool?"

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"Diálogo" sobre Informação, Ética e Poder no séc. XXI Vai ter lugar em Barcelona, de 19 a 21 de Maio próximos, um "Diálogo" (podemos dizer Congresso) sob o tema Informação, Poder e Ética no Século XXI. A iniciativa está integrada no ambicioso Fórum Barcelona 2004 e é organizada mais directamente pelo "Col.legi de Periodistes de Catalunya". A passagem do 25º aniversário sobre a publicação, no âmbito da UNESCO, do Relatório MacBride, a propósito de uma "Nova Ordem Mundial para a Informação", será comemorada na ocasião, estando prevista uma homenagem aos redactores daquele relatório. Pretende-se ainda, na sequência do Congresso, criar um "Observatório Mundial do Direito à Informação", que teria sede em Barcelona. Toda a informação no site da organização.

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"Guia ético" para a rádio pública Jeffrey Dvorkin, que há anos é o Provedor do Ouvinte da Rádio Pública dos EUA (NPR),acaba de publicar, em conjunto com um professor universitário, uma espécie de "guia ético" especialmente destinado aos jornalistas radiofónicos. O texto integral está disponível na página do Provedor , em formato PDF. Aliás, está também à disposição, no mesmo sítio, uma versão anterior do mesmo "guia", publicada em 1995.

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Revistas da Sage em acesso livre até 31 de Março: uma mina ! O António Granado traz-nos hoje uma notícia que, além de utilíssima, é um verdadeiro "furo": a Sage dá acesso livre e gratuito, até 31 de Março deste ano, a todo o conteúdo das revistas científicas por ela editadas. Ou seja, para os que se interessam por media, acesso gratuito às seguintes revistas : - British Journalism Review, - Communication Research, - Comparative American Studies, - Discourse & Society, - Discourse Studies, - European Journal of Communication, - Gazette, - Journal of Business and Technical Communication, - Journal of Communication Inquiry, - Journal of Language and Social Psychology, - Journalism, - Media, Culture & Society, - New Media & Society, - Television & New Media, - Visual Communication - Written Communication.

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Revista de TV quer ser referência "Correio TV", revista sobre televisão, que é distribuída com as edições de sábado do Correio da Manhã, está a sofrer uma reestruturação: vai passar de 60 para 68 páginas, e, segundo os seus editores, apostará não só no tratamento dos programas mais populares, como igualmente na componente de análise. Pretende, segundo os editores, assumir-se como «uma revista de referência da informação televisiva». Estas mudanças estendem-se às restantes revistas distribuídas com o jornal. (Fonte: DN)

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"Verdade, Objectividade e Guerra" "Verdade, Objectividade e Guerra" é o tema da conferência que José Rodrigues dos Santos profere amanhã, às 15 horas, no auditório B1 do campus de Gualtar da Universidade do Minho. Trata-se de uma iniciativa do Curso de Comunicação Social e do Departamento de Ciências da Comunicação da UM que, ao longo deste ano lectivo, têm vindo a promover encontros com profissionais e académicos do campo dos media. Rodrigues dos Santos juntará estas duas vertentes, na medida em que, para além de jornalista e director de Informação da RTP, é professor da Universidade Nova de Lisboa onde não há muito tempo defendeu uma tese de doutoramento sobre o jornalismo em contexto de guerra, um trabalho do qual resultou a publicação de três livros.

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Chico Sant'Anna Blog Florence Le Cam, do blog Grimoire anuncia o aparecimento de um outro blog, desta vez de um doutorando brasileiro, Chico Sant'Anna, que acaba de criar o chicosantannablog. A mais recente "entrega" ? um extenso post sobre a cobertura medi?tica do continente latino-americano por parte da comunica??o social brasileira: "A import?ncia dada a fatos ocorridos na nossa vizinhan?a ? a mesma concedida a acontecimentos verificados no outro lado do planeta. Prevalece o crit?rio do sensacionalismo. Quase n?o temos correspondentes estrangeiros: a maioria ? de free lancers que n?o desenvolvem uma cobertura rotineira e s? s?o acionados em momentos de cr?ticos. Desta forma, prevalecem as ag?ncias transnacionais de not?cias que contam o que querem com a ?tica que desejam"

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"Essa pequena elite estudantil universitária" Pacheco Pereira analisa, no Público, as marcas deixadas pelo "movimento" estruturalista e escreve, a dado passo: "Tudo isto pode parecer muito bizarro, mas, pelos últimos anos da década de 60, os jovens intelectuais e universitários portugueses, muitos dos quais se tornaram depois conhecidos, acompanhavam com fervor todas as publicações que em França traduziam o último movimento da moda: o estruturalismo. Essa pequena elite estudantil universitária, que começava a marcar a vida intelectual, era o equivalente na época dos autores dos blogues dos nossos dias, com as suas redes de afinidades e amizades, unida, como acontece sempre, pelas suas recusas e os seus ódios."

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Aprender jornalismo radiofónico com apoio de um blog Depois de JornalismoPortoNet, que, entretanto, se desdobrou em vários outros blogs, surge agora, no âmbito do Curso de jornalismo e Ciências da Comunicação do Porto, o JornalismoPortoRádio. É seu objectivo "apoiar as aulas de rádio, através do lançamento de novas pistas de estudo para os alunos e pela disponibilização de textos ou de artigos de opinião de jornalistas, especialmente convidados para aqui escreverem". Procurará também trazer a rádio a este espaço. O jornalista da Renascença Pedro Leal, impulsionador da ideia, sublinha que "apesar das limitações técnicas do meio", pretende colocar no blog "algumas das produções radiofónicas realizadas pelos alunos de 1º, 2º e 3º ano, para poderem ser "emitidas".

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Crianças espanholas passam mais tempo frente ao televisor do que na escola Esta é a conclusão do "libro blanco sobre La educación en el entorno audiovisual", que foi apresentado pelo Consejo Audiovisual de Cataluña (CAC). A notícia é do El Pais, pode ser lida na íntegra aqui e começa assim: "Un niño español está de media más horas delante del televisor que en la escuela. Los menores de entre 4 y 12 años dedican 990 horas anuales a ver la televisión frente a las 960 que se destinan al colegio y los estudios. Es la conclusión más llamativa del libro blanco sobre La educación en el entorno audiovisual, que ayer presentó el Consejo Audiovisual de Cataluña (CAC). El CAC alerta de que desciende la programación destinada a los menores y que el momento del día en que más niños ven la televisión es entre las 21 a las 24 horas, fuera del horario protegido. "Lo que hace la escuela durante el día lo deshace la televisión durante la noche", comentó ayer José Manuel Pérez Tornero, profesor de la Universidad Autónoma de Barcelona y responsable del informe".

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História do gigante e das cem mil formigas "Había una vez un gigante que vivía tranquilamente en sus dominios. Pero un día llegaron 100.000 hormigas y colonizaron sus tierras. Una hormiga es inofensiva a los ojos de un gigante. Pero 100.000 juntas pueden matarlo...". O que pode, então, acontecer: "a) El gigante aplasta a las hormigas b) Las hormigas se alían y matan al gigante c) Conviven". O gigante são os media tradicionais. As formigas são os weblogs. A história foi proposta no congresso de jornalismo digital de Huesca pelo jornalista José Cervera e divulgada pelo La Vanguardia. E o exagero é notório. Ou não?

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O jornalismo digital nem chegou à puberdade! "O jornalismo digital nem chegou à puberdade". É esta a opinião de Rosental C. Alves, professor de jornalismo da Universidade do texas, em Austin (EUA), no Congresso de jornalismo digital de Huesca (Espanha, na semana passada). Embora centrado nos modelos de negócio que este tipo de jornalismo possibilita, considera este docente, citado pelo jornal La Vanguardia Digital que "el periodismo digital se encuentra todavía “en su infancia, ni siquiera pubertad”, ya que no ha cumplido ni diez años de existencia. Dijo también que los medios digitales no cuentan todavía con un modelo de negocio consagrado, que la web “es apenas un avance de lo que nos espera” en este sector, y que “invertir en la web y en otras formas digitales de distribución de la información es fundamental para la supervivencia de las empresas periodísticas. No es un lujo –añadió-, sino una estrategia vital”. " Para os interessados nesta matéria, há, em La Vanguardia, um dossier diversificado sobre o congresso.

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A campanha de Howard Dean tem sido frequentemente apontada como um caso exemplar de utilização da Internet como instrumento de comunicação. O candidato a candidato democrata tem agora um feed RSS disponível (esta linguagem terá, acredito, muito a dizer no futuro) chamado Channel Dean. Jay Rosen, publicou no Press Think um conjunto de textos sobre o tema: But in the meantime, here are six longish, detailed posts on a single theme: how to understand the Dean movement and its challenge to orthodoxy in presidential politics, including recommendations for the press and an analysis of journalism's ocassional cluelessness. PressThink does not endorse candidates. But intellectually, I do endorse what the Dean campaign has been about in the part of it that is reaching out through the Internet to find new connecting points between people and campaigns for president. That deserves serious attention from anyone who cares about democratic politics-- pro, amateur, partisan, citizen.

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As apostas e casos de sucesso na captação de leitores no mundo da imprensa escrita, estão dissecadas no Mediabriefing: "La tabloidización, en Gran Bretaña; los diarios gratuitos -los llamados commuter newspapers- que siguen el modelo de Metro y 20 Minutos; los "nuevos gratuitos" de Estados Unidos, junto con los periódicos para jóvenes, forman un cuarteto que durante 2003 ha demostrado una gran eficacia en la captación de nuevos lectores, en un escenario de caída progresiva de la audiencia y la circulación en la industria mundial de periódicos. Pero el cuarteto es quinteto, ya que los periódicos comunitarios semanales y los periódicos alternativos también han demostrado la misma eficacia en los últimos tiempos, logrando además incrementos en la inversión publicitaria por encima de la media en mercados como el estadounidense." O Supremo Tribunal espanhol confirmou a sentença condenatória do director do El Mundo, Pedro Ramírez, três jornalistas e da sociedade editora do jornal, por difamação e intromissão na honra e direito à imagem, traduzida no pagamento de uma indemnização a Jorge Ruiz Ardanaz que, depois de pretensamente fotografado para uma campanha publicitária, viu a sua foto publicada numa reportagem sobre juventude, drogas sintéticas, alcool e velocidade na condução de veículos a motor. A notícia é do El Pais.

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Violações do segredo de justiça sob investigação Domingos Carvalho de Sá, procurador-geral adjunto colocado no tribunal de Trabalho da Maia, foi nomeado por Souto Moura para averiguar as violaçõees do segredo de justiça, em especial relativamente ao processo da Casa Pia, segundo noticia o Diário Digital (DD). O procurador já interrogou dois jornalistas e prepara-se, ainda segundo o DD, para interrogar o procurador João Guerra, que dirigiu a investigação daquele processo, bem como advogados e funcionários judiciais.

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O que disse o PR sobre a relação media e justiça Num discurso que constitui uma peça de referência nos debates em curso no nosso país, feito pelo presidente jorge Sampaio, na cerimónia de abertura do ano judicial, eis alguns excertos que não dispensam a leitura integral do texto: - “Num tempo em que procuram encontrar-se e compatibilizar-se o tempo mediático e o tempo judicial, tribunais e média, não podem os agentes da Justiça continuar a ignorar praticamente tudo sobre as ciências da comunicação e a prescindir da aprendizagem das boas práticas na relação entre profissionais do foro e da comunicação social”; - "(...) o tempo da decisão judicial dificilmente se compatibiliza com as exigências inelutáveis de uma comunicação, cada vez mais, em tempo real”. (...) “isso não pode servir de pretexto para que se mantenha a opacidade do fenómeno judiciário, que tem sido objecto de frequente e justa censura, e para que as relações entre tribunais e média sejam, as mais das vezes, colonizadas pela violação do segredo de justiça”; - "(...)a publicidade, custe a quem custar, é uma forma insubstituível de controle da Justiça pela comunidade"; - "Antes de mais, e de par com a formação dos agentes da Justiça nas áreas da comunicação, impõe-se que haja jornalistas com sólida formação jurídica, e adequado conhecimento das estruturas judiciárias, para, com todo o rigor ético, poderem ser mediadores entre os tribunais e a opinião pública"; -"Depois, impõe-se a criação nos tribunais, sobretudo naqueles cuja jurisdição tem maior interesse público e que suscitam maior interesse do público, de estruturas permanentes, com profissionais habilitados, que dêem informação sobre o andamento e sobre os actos dos processos", - "Finalmente, impõe-se estimular o jornalismo de investigação, que, por si só e em várias latitudes, tem exercido uma insubstituível função de controle dos poderes e de denúncia de abusos e de crimes"; - "(...) entende-se mal a pretensão de alguns de que o segredo de Justiça não obriga os jornalistas, quando seria natural que fossem eles os primeiros a reconhecer tal obrigação"; - "Hoje, nestes tempos difíceis que atravessamos, é bom que, na reflexão que vem sendo feita pela comunicação social, possa ficar bem claro que se a Justiça não está acima da crítica, o mesmo se passa com a informação; e que os jornalistas, enquanto tais, não têm virtudes que faltem aos seus concidadãos, nem adquirem, pela sua profissão ou função, qualquer estatuto de maior independência ou isenção".

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Onde pára o Conselho Deontológico? A pergunta é colocada por Jorge Wemans, no Causa Nossa, no quadro de um debate com Vital Moreira, que vale a pena seguir. Vital sustenta que o Conselho Deontológico dos Jornalistas já deu provas bastantes de estar moribundo, sendo necessário criar um órgão fora da órbita sindical, com capacidade para sancionar violações às normas profissionais dos jornalistas, sem que se tenha de enveredar por uma Ordem, via que considera inadequada. Wemans discorda: contrapõe que o que importa, então, fazer é revializar o dito Conselho, distinguindo bem o que é da alçada do direito, que cabe aos tribunais, do que é do terreno da deontologia, que deve caber aos próprios jornalistas. Num ponto ambos estão de acordo: ninguém dá conta da actuação do Conselho Deontológico, na autêntica tempestade que se levantou em torno da profissão, a propósito do processo da pedofilia. No meio de tudo isto, aparece o penalista Germano Marques da Silva, em entrevista á Pública de domingo passado, a concordar com a ideia de que "o problema deontológico não cabe a um sindicato", a manifestar abertura a algo do tipo de uma ordem, mas com esta visão peculiar: "o jornalista é um profissional liberal no seu limite". Um profissional liberal? Será que o debate que o Sindicato convocou para amanhã, na sua sede em Lisboa, irá contribuir para esclarecer alguma destas questões? Para já, não deixa de ser sintomático que esse debate seja convocado pelo Sindicato e não pelo Conselho Deontológico dos Jornalistas. Actualização (20.1): No blog Causa Nossa foram inseridas as respostas de Óscar Mascarenhas. O texto completo: aqui.

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A moderação do "Clube de Jornalistas" Vários leitores deste blog reforçaram, ontem e hoje, directamente e por mail, um comentário que fiz ao post relativo à primeira edição do programa "Clube de Jornalistas" da nova A Dois. Refere-se ao papel do coordenador ou moderador, Ribeiro Cardoso. Tem-se tornado excessivo o seu intervencionismo e, em alguns momentos, a tentativa de levar os participantes em estúdio a posicionar-se nos termos de referência que ele estabelece torna-se penosa para quem segue o programa. É, evidentemente, uma opinião. Existe a ideia de que o programa pode ser - e tem sido - um espaço interessante de problematização do campo jornalístico, nesta segunda edição centrado na função e lugar dos comentadores. Provavelmente o moderador pretenderá favorecer maior vivacidade e evitar que os debates caiam no "politicamente correcto". Ainda assim, julgo que o excessivo intervencionismo precisa de ser corrigido. Seria, por outro lado, interessante que a introdução de elementos de ilustração ou problematização do tema em debate não recorresse apenas a depoimentos pré-gravados, como de resto foi tentado no domingo, com imagens de comentadores. Ignoro as condições em que o programa é elaborado, para avaliar da possibilidade de recorrer mais (pelo menos) aos arquivos da RTP. Finalmente, seria óptimo que aquilo que surge como orientação ou sinopse programática de "Clube de Jornalistas" pudesse ser concretizado: "Em estúdio estarão um "pivot" e três convidados que analisarão o tratamento dado pelos media nacionais e internacionais a grandes acontecimentos".

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"Ipsis verbis" "O jornalista cumpre uma função pública. O dever de informar o público é a razão de ser da sua actividade. Mas, não é somente o respeito pelos seus deveres a garantir a informação do público; é, também, o respeito pelos direitos do próprio jornalista. Ora, o contexto em que os media operam hoje, é diferente daquele em que operavam há algumas décadas, devido, sobretudo, ao desenvolvimento tecnológico, à globalização e à concentração da propriedade das empresas de comunicação social. Daí que se afigure legítimo questionar a eficácia de uma deontologia limitada apenas ao campo jornalístico." Estrela Serrano, in Diário de Notícias "Nos últimos anos, as televisões encheram-se de aldrabões que prevêem o futuro, deitando cartas ou palrando acerca dos astros ou por quaisquer outros processos, analógicos ou digitais. O tempo de antena destes bruxos previsionistas é impressionante, mas não vejo ninguém exprimir o mínimo desgosto perante tal festival de trogloditismo civilizacional. Nem mesmo os que se opõem olimpicamente a qualquer presença das várias confissões religiosas na televisão alguma vez lamentaram a exorbitância que as cartomancias adquiriram na TV generalista. Não só há banhas da cobra em diversos "talk-shows" como se vai espalhando a cultura astral e de bruxaria em qualquer tipo de entrevista. A pertença a um signo tornou-se factor de identidade sem hipótese de contraditório em muitos "talk-shows", programas de música pop e pimba, etc." Eduardo Cintra Torres, in Público "A vulgarização da psicanálise é também um dos fenómenos mais marcantes da arte erudita e popular do século e prossegue em todos os campos. O sofá do telespectador é uma versão vernácula da cadeira do professor de Viena. Analisando-se ou deixando-se analisar, ei-los no écrã, uns atrás dos outros, homens e mulheres, ricos e pobres, iluminados ou tapados, de todas as cores, orientações, nações e tribos. (...) em todos os géneros se evidencia o factor psi, quer como elemento normalizado do discurso, quer como elemento assumido de narração. Ibid.

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TV por cabo: cresce a audiência O crítico de TV do Público, Eduardo Cintra Torres (ECT), salienta o facto de os dados da audimetria de 2003 indicarem um aumento no tempo médio que os portugueses passaram diante do pequeno ecrã: 9,6 por cento na TV generalista e 28,6 na TV por cabo. No primeiro caso, que contraria aparentemente uma tendência dos anos recentes, ECT duvida da consistência do valor apresentado, atribuindo-o à mudança nos processos de recolha de dados junto do painel de telespectadores. Comentando o segundo dado, observa ECT: "Contrastando com os 9,6 por cento da generalista, houve aumento significativo no "rating" de cabo, vídeo e satélite: 28,6 por cento. Mesmo que haja alguma inflação pela razão apontada, o número é expressivo. Os espectadores dedicaram mais um terço do tempo à televisão por cabo que no ano anterior; o aumento é o triplo do da generalista. Ano após ano, aumentando o interesse pelos canais alternativos, as audiências têm avisado os operadores generalistas. E os operadores fazem orelhas moucas e afunilam a sua programação até à monocultura telenovelesca luso-brasileira". Para além das percentagens de aumento, seria interessante conhecer os dados em números absolutos: quanto tempo passaram em média os portugueses diante do pequeno ecrã. Continuarão os dados a alimentar a frequente afirmação de que somos dos povos que mais vê televisão na União Europeia?

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Liberdade de imprensa no mundo Para se verificar que o panorama da liberdade de imprensa no mundo continua a ser muito problemático, vale a pena visitar este mapa, relativo a 2003, publicado pela Freedom House. O relatório propriamente dito, na base do qual o mapa foi desenhado, está também disponível.

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Espectáculo e drama no telejornalismo «Televisão Brasileira: Espectáculo e Drama sob a Égide do Telejornalismo» é o tema de um encontro que o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho promove amanhã, pelas 15 horas, com o Director da Faculdade de Comunicação Social da Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro, Prof. Doutor Filipe Pena. O encontro decorre na sala de reuniões do Instituto de Ciências Sociais e a entrada é livre.

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O debate sobre a "ordem dos jornalistas" Vital Moreira escreve no Causa Nossa sobre o ressuscitado debate em torno do sentido de criar uma ordem dos jornalistas, defendendo uma posição que já se lhe conhece há vários anos: "Também penso que hoje se torna muito mais defensável a criação de um organismo de autodisciplina oficial dos jornalistas, composto essencialmente por jornalistas, com poderes oficiais sobre todos os profissionais, com capacidade para aprovar e fazer respeitar o código deontológico e com poderes sancionatórios fortes, incluindo a suspensão ou cassação da carteira profissional. Mas, como se mostra noutros países, não tem de ser uma "ordem", que mistura essas funções de autodisciplina com a função "corporativa" de representação e defesa dos interesses profissionais, a qual muitas vezes só prejudica a primeira função (ver o caso paradigmático da Ordem dos Médicos entre nós). Na Europa uma ordem de jornalistas, se não estou em erro, só existe na Itália (ver o respectivo website). Seja como for, o que não deve continuar é a situação existente de gravíssimas infracções dos deveres deontológicos, que permanecem impunes, abusando da liberdade de imprensa e dos direitos de terceiros. Como diz Estrela Serrano, a prestigiada provedora do leitor no Diário de Notícias, numa entrevista dado ao semanário Independente desta semana, «é confrangedor verificar que as regras básicas que deram legitimidade ao jornalismo estão muitas vezes a ser deitadas para o lixo, e isso é dramático".

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Sena Correm várias histórias relacionadas com os motivos que terão levado à saída de Sena Santos da Antena 1 da RDP. A que conta O Independente na sua última edição é uma delas. Ou melhor, são duas, uma vez que o jornal, baseado em fontes anónimas, atribui a saída a práticas lesivas do bom nome da estação pública de rádio, mas, ao mesmo tempo, cita um membro da Administração que atribuiria o abandono a um problema de saúde, mais propriamente nas cordas vocais. Falta ouvir a versão do jornalista.

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Fontes anónimas: "USA Today" corta o "mal" pela raíz O jornal "USA Today", que assitiu à resignação de um dos seus mais conhecidos jornalistas por ter inventado notícias baseado em fontes que afinal não existiam parece disposto a voltar a instituir uma regra que já vigorou naquele diário, quando foi criado há vinte anos: proibição total de fontes anónimas. É isso que se pode deduzir de um dos seus editoriais de hoje, intitulado "Evil of journalism: Anonymous sources": "(...) In 1982, when we founded USA TODAY, we effectively banned all anonymous sources. As competition for readers and viewers and listeners and prizes from peers has become greater, more and more publishers and editors and broadcast managers have relaxed their rules. More and more reporters have taken advantage of that environment. It's so simple. Most anonymous sources often tell more than they know. Reporters who are allowed to use such sources sometimes write more than they hear. Editors too often let them get away with it. Result: Fiction gets mixed with fact. The only way to win the war against this evil is for journalists at all levels to ban all anonymous sources. Until or unless we do, the public won't trust us, and we put the First Amendment in jeopardy."

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Informação e comunicação online: três livros novos De uma assentada, o Labcom da Universidade da Beira Interior acaba de editar três livros que tratam genericamente da temática da informação e comunicação online: - Vol.I - Jornalismo Online (orgs: António Fidalgo e Paulo Serra) - Vol. II - Internet e Comunicação Promocional (org. Eduardo Camilo) - Vol. III - Mundo Online da Vida e Cidadania (orgs: João Carlos Correia, António Fidalgo e Paulo Serra).

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Os media, o mercado e a cultura em resolução do Parlamento Europeu O Parlamento Europeu aprovou ontem uma resolução sobre a preservação e a promoção da diversidade cultural - um documento com a referência 2002/2269(INI) - que contém algumas afirmações que vale a pena registar: "O Parlamento Europeu: (...) 11. invite la Commission à veiller à ce que le processus de concentration croissante dans le domaine des médias ne conduise pas à la création d'une situation d'oligopole menaçant le pluralisme, la diversité culturelle et la liberté de choix des consommateurs; (...) 16. souligne que les services et les produits culturels, ainsi que l'éducation, ne sont pas des marchandises ou des biens de consommation comme les autres et doivent donc, eu égard à leur double nature de biens économiques et culturels, être soumis à des conditions particulières tenant compte du fait que le marché ne peut tout régler, et qu'il convient notamment d'assurer la diversité d'opinions et le pluralisme; 17. réaffirme l'importance que présentent les services publics pour le maintien de la diversité culturelle; souligne en particulier que la radiodiffusion de service public joue un rôle majeur dans la préservation de la diversité et de l'identité culturelles, du dialogue démocratique, du pluralisme des médias et de l'accès de tous les citoyens ? un contenu de qualit? et aux connaissances, en vue d'assurer la réussite de leur participation à la société de l'information; 18. demande a l'Union d'affirmer sans ambiguété dans le cadre de l'OMC et de l'AGCS que les services et les produits culturels ont un caractère de biens culturels et de les exclure de la libéralisation du commerce; (...)" Texto completo do documento: em francês; e em inglês.

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Documentário sobre os heróis da BD Coincidindo com o festival de Angoulême (de 22 a 25 deste mês), o canal France 5 propõe uma programação especial alusiva ao assunto e, nomeadamente, um documentário - "De Tintin à Titeuf" - sobre os mitos da banda desenhada. Este programa é emitido no dia 23 às 23h10 e no dia 25 às 9h20 (hertziano). Com a ajuda de uma série de especialistas de diferentes áreas disciplinares, procura-se compreender como é que figuras como Tintin e Corto Maltese, entre outros, acedem ao estatuto de mito. O psicanalista Serge Tisseron, por exemplo, considera que um dado importante é "o tempo". E se o herói de Hergé se converteu num mito, aos 75 anos de vida, foi porque, ainda de acordo com Tisseron, acolheu um mito que já existia antes dele - o de repórter.

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O sistema mediático e "o ar do tempo" Escreve Eduardo Prado Coelho, o Público (curiosamente a propósito de uma eventual candidatura de santana lopes a presidente da República): "Há acontecimentos que nos atravessam porque são extremamente visíveis, e outros que nos impregnam porque ocorrem numa matéria volátil que é o ar do tempo. Não demos por nada, pensámos noutra coisa, e de repente damo-nos conta de que alguma coisa mudou. Que ocorreu? É difícil dizê-lo, porque é algo que se passa num plano molecular, em filamentos muito ténues de sentido. Aparentemente, não tem uma causa, não houve uma intencionalidade, aconteceu porque aconteceu, e é tudo. Mas podemos hoje dizer que o sistema mediático contribui fortemente para estas alterações meteorológicas e que por isso mesmo elas podem ser objecto de uma manipulação que será tanto mais eficaz quanto for completamente diáfana."

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A Cofina também se vai lançar no mercado das "news magazine" semanais. João Gobern será o director da publicação. A notícia está aqui. A exemplo do ano transacto, a Biblioteca Pública de Braga apresenta no Átrio do Salão Medieval, no Largo do Paço, uma selecção das publicações que participaram na 13ª edição do Concurso Nacional de Jornais Escolares promovido anualmente pelo jornal Público, através do Projecto PÚBLICO na Escola. A exposição estará patente de 13 de Janeiro a 13 de Fevereiro de 2004, podendo ser visitada nos dias úteis, das 9.00 às 12.30 horas e das 14.00 às 17.30 horas.

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Limites à liberdade de Imprensa - debate no SJ O Sindicato dos Jornalistas acaba de anunciar um debate sobre "Limites à Liberdade de Imprensa" para a próxima terça-feira, dia 20, as 21 horas, na sua sede, em Lisboa. Em comunicado, o SJ observa que "o debate tem como objectivo permitir - aos jornalistas associados do Sindicato, ou não - uma reflexão sobre as condições actuais do exercício da profissão e os principais problemas que se colocam à classe, designadamente, no respeitante à protecção das fontes e ao segredo de justiça, em articulação com a liberdade de expressão".

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H. Gans: "abordagem das perspectivas múltiplas" no jornalismo Uma entrevista a um dos mais conhecidos investigadores do campo jornalístico é sempre um acontecimento. Nem que seja para verificar em que medida as posições fundamentais do autor se mantêm. Como é o caso da "abordagem das perspectivas múltiplas" à relação jornalismo-democracia, um dos tópicos da entrevista que acaba de dar a Jay Rosen, no blog PressThink (dica de Pontomedia): "I still believe that what I called a multiperspectival approach is vital for journalism and democracy (...). If the de facto main day to day democratic role of journalists is to report what the top elected officials are telling the citizens (what I think of as "top down" journalism), then only that perspective is needed for political and related stories, or when there is controversy or conflict, that expands to "both sides." The solo perspective also leads to rhetoric about that collectivity, "the nation." If you believe, however that journalists should also inform citizens about such subjects as the country's political diversity, the politically relevant activities and ideas of their fellow citizens, and what issues are concerning these citizens (which our elected representatives also need to know) then journalists need to be multiperspectival: to encompass all the important viewpoints from people with different values, interests, incomes, etc." Se uma tal perspectiva tivesse sido aplicada na cobertura da guerra do Iraque, isso teria significado, do ponto de vista de H. Gans, que os cidadãos norte-americanos teriam tido acesso a aspectos que não conheceram. Isso não teria provavelmente originado uma mudança na política da Administração de Bush (uma vez que "we are currently governed by an ideological party which sees only its own perspective while demonizing all others"), mas isso teria tido um "efeito cumulativo", ou seja, visível em mudanças de atitude e posição da opinião pública a médio-longo prazo.

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Itália: "o regime dos media" No Christian Science Monitor, e sob o título As TV gets political, Italians turn it off, cita-se Umberto Eco: "According to one of Italy's leading authors, Umberto Eco, Italy is living under a new kind of dictatorship, the 'media regime.' The difference between Benito Mussolini's fascist regime and a media regime, Mr. Eco says, is that 'in fascist times, people knew that the newspapers and the radio were only communicating government press releases.' In Italy today, political opponents are given airtime, Eco says, but they are never allowed to have the last word. 'A media regime does not need to send its opponents to jail. It silences them,' he wrote in La Repubblica newspaper earlier this month." (dica de ContraFactos e Argumentos).

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Parece que a TVI está a preparar o lançamento de um novo canal informativo, enquanto que a RTP prepara mudança de imagem para Março. Os eurodeputados portugueses não gostaram nada de verem retirado da grelha da 2:, o programa "Eurodeputados" e, em bloco, fizeram ouvir o seu protesto.

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Rebecca Blood em português! "O Livro de Bolso do Weblogue", de Rebecca Blood, um dos nomes de referência da blogosfera, vai ser editado pela Campo das Letras, já no mês de Fevereiro, segundo acaba de anunciar a editora. O livro foi publicado em inglês pela Perseus Publishing, em Julho de 2002, com o título The Weblog Handbook: Practical Advice on Creating and Maintaining Your Blog. Com a mesma chancela, mas na colecção de Media, sairá, ainda este mês, "A Economia da Televisão", de Enrique Bustamante, um investigador espanhol que virá a Portugal em Abril próximo, para participar no congresso ibérico de ciências da comunicação.

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Congresso das Ciências da Comunicação: comunicações e inscrições Termina no próximo dia 31 o prazo para a apresentação de propostas de comunicação ao III Congresso da SOPCOM - Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação. Esta iniciativa decorrerá de 21 a 24 de Abril próximo, na Universidade da Beira Interior, na Covilhã e tem a particularidade de decorrer em simultâneo com o II encontro ibérico e o sexto encontro lusófono de Ciências da Comunicação. O tema geral destas realizações é "Informação, Identidade e Cidadania". As comunicações são objecto de selecção e aprovação prévia (formulário consultável aqui), num esforço que a Comissão Organizadora decidiu fazer de promover a qualidade das contribuições e o aprofundamento deste campo científico no nosso país. As inscrições para participação podem ser efectuadas aqui.

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"O que custa a liberdade" Joaquim Fidalgo, no Público, desconstroi quer o argumento dos que, perante as dificuldades, apontam a mudança da lei como solução, quer o daqueloutros que, para tranquilizar, respondem que a liberdade de imprensa é "sagrada" ou "indiscutível": "Não concordo com o que defende (ou, pelo menos, sugeriu) a deputada Assunção Esteves. Mas preocupa-me que ela o tenha pensado e defendido, como sei que outros pensam e gostariam de defender. Por isso é que também não concordo com a afirmação do director da TVI, José Eduardo Moniz, de que "a liberdade de informação não se discute". Pelo contrário. Acho que a liberdade de informação deve discutir-se, e discutir-se muito, e discutir-se em todos os sítios (nos sítios dos políticos, nos sítios dos jornalistas, mas também nos sítios mais diversos da sociedade - para quem, afinal, a informação é feita), a fim de que todos tenhamos cada vez mais consciência do que ela significa, da importância que ela tem, das dificuldades e riscos que ela implica, dos desafios permanentes que ela nos coloca. A todos nós."

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O mensageiro inimputável Cego, surdo, mudo, bronco e irresponsável. É assim que Vasco Graça Moura vê o jornalista, na sua coluna de hoje no Diário de Notícias, num discurso metafórico, globalmente marcado pelo cinismo, e ao fim e ao cabo não muito distante do de Pires de Lima. Só que menos primário e mais interessante de ler.

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“Libertinagem de imprensa” Depois de se ler a posição do centrista Pires de Lima no Diário Económico, sob o título “Libertinagem de Imprensa”, são legítimas duas perguntas: - Irá o CDS/PP propor a alteração da Lei de Imprensa? - Afinal há ou não há uma posição da maioria que apoia o actual Governo, no que à pertinência e oportunidade de uma revisão da lei de Imprensa diz respeito?

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Federação Europeia apoia jornalistas portugueses A pressões judiciais para que os jornalistas Paula Marinheira (DN) e Manso Preto (freelance) revelem fontes de informação motivaram um comunicado de solidariedade da parte da Federação Europeia de Jornalistas, hoje dado a conhecer pelo Sindicato português do sector. A FEJ considera que estes casos em Portugal reflectem uma tendência crescente das autoridades de toda a Europa para assediar jornalistas de investigação, de que são exemplo o Reino Unido (Bill Goodwin, David Kelly), a Bélgica, a França, o Luxemburgo, a Alemanha e a Dinamarca. “Se as pessoas conseguirem asfixiar o jornalismo de investigação legítimo, isso será devastador para a liberdade de imprensa e para a democracia”, afirmou Gustl Glattfelder, presidente da FEJ. “Por todo o lado vemos as autoridades a tentarem forçar os jornalistas a revelarem com quem falaram e onde obtiveram a informação”, diz Glattfelder. “É uma tendência escandalosa que mina a liberdade ética e profissional na Europa. Se os jornalistas quebrarem as regras da confidencialidade, as suas fontes vão desaparecer e a derrotada será a democracia.” A FEJ relembra que o Conselho da Europa adoptou a Recomendação No. R (2000) 7 Princípios relativos ao direito dos jornalistas a não revelarem as suas fontes de informação (8 Março 2000), que reforça o direito dos jornalistas a não divulgarem as suas fontes.

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"Mensageiros, Jornalistas e Censores" José Vítor Malheiros questiona, no Público de hoje, a ideia dos jornalistas como mensageiros, conceito que re-emergiu na última semana, na sequência do discurso do presidente da República sobre o escândalo da Casa Pia. Escreve o autor: "Os jornalistas não são mensageiros porque o seu papel não consiste em transportar de um lugar para outro - das folhas de um processo para as páginas de um jornal, por exemplo - uma dada mensagem. Um jornalista não é um estafeta reduzido a um papel de mero transporte, nem um pé de microfone. (...) os jornalistas, sendo mediadores porque estabelecem uma mediação entre leitores e sociedade, são produtores de informação e possuem o dever de escolher, filtrar e validar as notícias que dão - a partir da informação que recolhem activamente ou que recebem passivamente - e até de traduzir, descodificar, explicar, enquadrar ou mesmo comentar as notícias que o exijam. São os autores das notícias." Julgo que JVM fez bem em recordar-nos a todos um conceito básico do jornalismo e dos jornalistas, ainda que que estes também sejam mensageiros e que um mensageiro não tenha que ser irresponsável, no seu papel de mediador entre as fontes e o vasto público. Com efeito, ha uma ética, uma deontologia e uma dignidade no mediador, no mensageiro - e mesmo no "paquete" e no "moço de recados", sem desprimor para qualquer destas ocupações. Mas a importância da questão levantada por JVM é, a meu ver de duas ordens: uma é que muitos jornalistas - ou pelo menos uma boa parte deles - se continuam a ver a si mesmos sobretudo como mensageiros. Outra é que é do interesse das fontes que eles se assumam como meros mensageiros e que seja esse o discurso dominante sobre o jornalismo. Por motivos que parecem óbvios, como bem documenta a gravura junta (ou seja, o que se passou no debate público nos últimos dias).

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JN gratuito "O Jornal de Notícias (JN), do grupo Lusomundo, está a ser oferecido gratuitamente na Grande Lisboa, uma manobra de marketing que visa repor a liderança e melhorar a quota de mercado da publicação que em 2003 foi ultrupassada pelo Correio da Manhã". (Fonte: Diário Económico).

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Limitar a liberdade de imprensa? Quais os pontos de vista dos principais visados - os media - caso avançasse a intenção de rever a legislação sobre a liberdade de imprensa? Para debater esta questão, a SIC-Notícias transmite hoje, às 23 horas, um debate moderado por Ana Lourenço e João Adelino Faria, que conta com a participação de José Manuel Fernandes ("Publico"), Mário Bettencourt Resendes ("Diário de Notícias"), João Marcelino ("Correio da Manhã"), José Leite Pereira ("Jornal de Notícias"), Caceres Monteiro ("Visão") e Henrique Monteiro ("Expresso")

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Falando de provedores dos leitores… … Kelly McBride, no Poynter.org, escreve um texto intitulado “Leading the way”. Fica aqui um pequeno excerto: “It's tempting to say we are in the midst of a transition, moving from a world where we barely acknowledge we have an audience to a place where the customer may not always be right, but she at least merits our attention every now and then. Taken as a whole, these columnists are constantly telling the audience: We're listening to you. We're always getting better. Here's why we did things this way”. Entre os links incluídos no texto, encontra-se um artigo de Michael Arrieta-Walden (The Oregonian), sobre “Ten key lessons readers teach The Oregonian”, e o endereço do site Organization of News Ombudsmen (ONO), com ligações para textos de provedores de diversos órgãos (incluindo os portugueses DN – com um link incorrecto – e Público) e muitos artigos de opinião.

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Com leitores preparados... Por razões óbvias, não podia deixar de saudar o início efectivo da actividade do Provedor do leitor do Público, Joaquim Furtado. Da sua peça inaugural, o que me chamou mais a atenção foi um curto e discreto parágrafo que diz o seguinte: "Leitor menos preparado, menos erros encontrará. Menos questionará o que lê. Não está, portanto, em condições de exercer o seu primeiro direito: reclamar sobre o jornal que compra e receber resposta. O jornal não poderá esperar muito dele." Aqui bate o ponto - ou pelo menos boa parte. Parece inglório insistir nele, uma vez que se trata de um problema cultural que não se resolve por uma medida, um acto de vontade, uma manifestação de intenções ou um golpe de magia. Mas esta preparação dos leitores, para que se assumam pela capacidade crítica e pela capacidade interventiva, é um caminho, certamente multifacetado, que não pode deixar de ser percorrido. Designadamente na escola. Mas pouca gente vê isso e ainda menos gente investe nisso. Como disse alguém há ja bastantes anos, preferimos continuar a preparar para um mundo que já não existe. A ponte com a actualidade - partir dela, tomá-la como motivo, aprender a interrogá-la, a compreendê-la e a fazê-la - eis por onde passa hoje, em boa medida, o exercício da cidadania.

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Clube de Jornalistas Alguma expectativa sobre a estreia deste programa que leva o nome de quem dele é resposnável: Clube de Jornalistas, em A Dois. Da responsabilidade de Ribeiro Cardoso, dele se diz, na apresentação: "O programa será semanal, terá a duração de 50 minutos, irá para o ar aos domingos ao fim da tarde e constituirá o único espaço existente nas televisões portuguesas dedicado exclusivamente ao mundo da informação. Em estúdio estarão um "pivot" e três convidados que analisarão o tratamento dado pelos media nacionais e internacionais a grandes acontecimentos. Previamente serão também gravados pequenas reportagens e depoimentos de jornalistas e personalidades de algum modo ligadas ao mundo da informação. Ao longo das emissões serão abordadas, entre muitas outras, questões ligadas ao ensino do jornalismo, à imprensa regional, à imprensa desportiva, à memória do jornalismo, à utilização da língua portuguesa nos media nacionais, aos bastidores das redacções ou à legislação do sector."

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Tintin, repórter, 75 anos A 10 de Janeiro de 1929, Tintin iniciava as suas aventuras, pondo-se a caminho do país dos sovietes. Faz hoje precisamente 75 anos. O repórter, acompanhado do seu inseparável Milou, e do capitão HaddocK, dos Dupond e Dupont ou do prof. Tournesol, iniciaria então uma carreira que ainda hoje está longe de se esgotar. Entre nós, os álbuns estão a ser editados semanalmente pelo "Público", acompanhados de uma campanha em que, curiosamente, o repórter Tintin é colocado ao lado não de outros repórteres conhecidos, mas dos colunistas mais destacados do jornal. Por estes dias, multiplicam-se as exposições, lançamento de livros, de conursos, merchandising e, sobretudo, o lançamento de uma nova edição da obra inacabada de Hergé «Tintin et l’Alph-art», da Casterman, com uma tiragem de cerca de 500 mil exemplares. Dois textos no jornal Le Monde de ontem ("Tintin au pays des tintinos" e "L'ami de Tintin") dão bem a ideia do modo como as aventuras e a figura de Tintin penetrou nos ambientes mais diversos, desde a Assembleia Nacional aos tribunais, e desde os conventos e sedes episcopais aos divãs de psicanalistas. Sobre o 24º e último álbum, lançado ontem no meio de um frou-frou nunca visto com lançamentos de BD, escreve Le Figaro: "En 1976, Hergé s'enthousiasme pour le livre de Roger Peyrefitte Tableaux de chasse ou la vie extraordinaire de Fernand Legros. Cela lui donne l'idée d'une 24e aventure de Tintin. Dans Tintin et l'Alph-Art (littéralement, en langue anglaise, half'art, moitié d'art c'est-à-dire «art à moitié»... bande dessinée) l'intrépide reporter plonge dans le milieu de l'art, met au jour un réseau de faussaires, le tout mêlé aux activités d'une secte suspecte. Fait prisonnier, Tintin est finalement menacé d'être transformé en sculpture vivante. C'est sur cette dernière image, planche 42, que s'achève Tintin et l'Alph-art laissant un personnage s'avancer vers la mort en plein milieu d'une page. «Réjouissez-vous, lui dit le méchant mage Endaddine Akass, votre cadavre figurera dans un musée. Et personne ne se doutera jamais que cette oeuvre qu'on pourrait appeler Reporter constitue la dernière demeure de ce petit Tintin. Méditez cela, cher ami...» Entre nós, a Biblioteca Almeida Garrett, no Porto, tem patente uma exposição sobre a efeméride, que está aberta até 21 de fevereiro). Hoje e amanhã, em Famalicão, pode ver-se um ciclo de quatro vídeos com aventuras de Tintin.

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Distinções Sobre os debates em torno do papel da comunicação social na cobertura do processo da pedofilia, há só uma coisa em que julgo que é necessário insistir: não há "a Comunicação Social", "o Mensageiro". Como temos visto, há, de facto, ao lado de práticas meritórias e de práticas discutíveis, práticas inaceitáveis. Se, sob a capa de combater a tentativa de limitar a liberdade de expressão, não se fizer esta distinção, corre-se o risco de dar cobertura àquilo que é, no comportamento de alguns media, inaceitável e intolerável.

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A opinião e comentário das mulheres Respigo do Salto Alto: "Em matéria de artigos de opinião, a imprensa diária é, em certos casos, quase um exclusivo de sexo masculino. Poucas são as mulheres que, diariamente, figuram nas páginas de jornais com críticas, crónicas e opiniões."

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