Weblogue colectivo do projecto Mediascópio - CECS / Universidade do Minho | RSS: ATOM 0.3 |



IMAGEM DO DEFICIENTE NOS MEDIA A Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes e a Alta Autoridade para a Comunicação Social organizam amanhã uma jornada de reflexão sobre a imagem do deficiente nos media. A iniciativa, que se inscreve no Ano Europeu das Pessoas com deficiência, decorre a partir das 10hoo no novo audit´roio da Assembleia da República e abordará aspectos como o papel dos media no combate à solidão dos deficientes e sua inclusão social (o site da AACS ignora a iniciativa).

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FALCÃO N´A ESQUINA DO RIO Manuel Falcão, coordenador do anunciado Canal Sociedade, que pode vir a suceder à RTP2, acaba de entrar na blogosfera com A Esquina do Rio. Como o próprio escreve, o blog constitui uma "extensão" da coluna com o mesmo nome, que começou, também na semana finda, a publicar no Jornal de Negócios. Um dos primeiros "posts" aborda aquilo que considera ser uma "perversão" do nosso jornalismo, que caracteriza como "Jornalismo- reacção". Escreve Falcão "O método é simples: alguém toma uma posição e, de seguida, baseado numa interpretação sui-generis do contraditório, passa-se à fase em que a notícia deixa de ser o que foi anunciado, o que aconteceu de facto, para ser sobretudo a teia de reacções que são procuradas mesmo que naturalmente não existam. Ou seja, o facto deixa de ser a notícia e a notícia passa a ser o conjunto de reacções ao facto". Um comentário a esta leitura surgiu já em Outro, eu (que agora nos brinda com a voz de Dinah Washington). Carlos Vaz Marques responde propondo "uma distinção" que "pode acrescentar uma enorme diferença": "a distinção entre o jornalismo do tempo e o do espaço. Quer dizer, devem olhar-se os meios de comunicação segundo o modo como se organizam perante o receptor. E há, claramente, dois mundos: o dos meios audiovisuais (rádio e televisão) e o da imprensa escrita. No primeiro, as notícias não escolhem hora certa (para citar um dos mais felizes spots da TSF desde o primeiro momento). No segundo, o grau de arquitectura possível para quem tem a tarefa de editar um jornal ou uma revista é de outra ordem. E permite um outro tipo de ordem. Não se deve pedir aos noticiários que se sucedem no espaço radiofónico, ao longo do dia, o mesmo tipo de ordenação que se exigirá a um telejornal. E não se deve esperar de um noticiário televisivo de uma estação de informação permanente a hierarquização noticiosa de um jornal que levou 24 quatro horas a estruturar-se." A seguir.

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OS MEDIA A LESTE A Federação Europeia de Jornalistas acaba de publicar um importante estudo sobre a propriedade dos media nos países do Leste europeu, incluindo aqueles que integrarão a União Europeia a partir de 2004. Intitulado "Easter Empires - Foreign Pwnership in Cental and Easter Europe", o estudo contou com o apoio da European Initiative for Democracy and Human Rights. Num texto da EurActiv.com sobre as conclusões do documento, refere-se: "The report also shows that in the years since the fall of the Communist regimes in Central and Eastern Europe, the encroachment of Western media conglomerates into these countries has prevented, or at least hampered, the growth of independent nationally-based media groups. This raises the crucial question of whether media systems in these countries can become representative of public interests and civil concerns when key decisions about investment and even editorial attitudes towards political issues may be decided elsewhere, according to the report."

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SOLTAS Ainda do Diário de Notícias de ontem deixo registados três textos que me chamaram a atenção: - Desinformação, de Caio Blinder, em que o autor, a propósito das armas de destrtuição maciça que não apareceram, cita dados de sondagens nos EUA, segundo as quais "um terço dos americanos acredita que as armas já foram encontradas e, apesar da avalanche de noticiário durante a guerra, 22% imaginam que o Iraque realmente usou armas químicas e biológicas contra as tropas americanas". - Semiótica, risco e política, de Paulo Cunha e Silva, sobre a semiótica do fogo de artifício sanjoanino, nos estilos e estratégias de comunicação dos presidentes de câmara do Porto e V.N. de Gaia. - Filhos de um deus menor, de Armando Rafael, sobre os colunistas portugueses que, com raras excepções, "já não despertam a mesma curiosidade do passado" ou "que insistem em provar até à exaustão que uma coluna de opinião tem um razoável prazo de validade".

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ACONTECE Os que gostam de ver o programa da RTP2 Acontece vão ter de aguardar quase um mês e meio. A equipa vai de férias e só retoma as emissões a 11 de Agosto. Essa é a data em que o programa inicia as comemorações dos seus dez anos de vida. (Fonte: JN)

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A cobertura da "Marcha do Orgulho Gay": algumas notas Há muito que sabemos que a análise comparativa dos media constitui uma fonte de descobertas. As escolhas, os destaques, os modos de apresentação, os discursos, etc, são portas que podem ser transpostas nessa análise. Veja-se, a título de exemplo, o tratamento jornalístico da Marcha do Orgulho Gay, ontem realizada em Lisboa, a partir apenas de um aspecto muito específico: a dimensão da manifestação: Diário de Notícias: «Tentar desfazer a associação do escândalo da Casa Pia, no que toca ao abuso sexual de menores» foi o objectivo principal que concentrou mais de 2000 manifestantes, segundo Sérgio Vitorino, da organização." Correio da Manhã - " (...) com eles perto de mil pessoas integraram a 4.ª Marcha do Orgulho Gay, festa que imprimiu à principal artéria de Lisboa um colorido e alegria que hoje tem continuidade junto à Torre de Belém, na “Lisboa Parade”." Jornal de Notícias: "Sem a presença do ambiente carnavalesco que normalmente é associado às festas "gay", a manifestação acabou por ficar muito aquém do esperado pelos organizados. No ano passado, por exemplo, estiveram presentes duas mil pessoas, número que ontem esteve muito longe de ser igualado." Público: "Tal como Joana, mais de uma centena de pessoas decidiram descer a Avenida, um pouco como se fez por todo o mundo para comemorar o dia internacional do orgulho e da libertação de lésbicas, "gays", bissexuais e "trangender" (LGBT). Algumas notas telegráficas: 1) Entre "mais de cem" e "mais de 2000" vai uma distância que é impossível que um jornalista medianamente dotado que tenha estado no local não fosse capaz de ver à vista desarmada (se calhar este é que é o problema!); 2) O DN, que é o jornal que dá a notícia mais pequena (embora com fotos), é o que coloca o número de manifestantes maior; 3) É interessante verificar o número sugerido pelo Público - "mais de cem" - e o investimento na cobertura: equipa com repórter e repórter fotográfico (mesmo aceitando que não pode haver uma relação directa de correspondência entre relevância jornalística de um acontecimento e número de "actores" envolvidos); 4) Última nota: não é politicamente correcto procurar ser-se crítico nestas matérias, como se tem visto nas últimas semanas.

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Um novo relatório da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), há dias divulgado, mas que passou relativamente em silêncio nos media, indica que mais de 60 países restringem violentamente a liberdade de informação na Internet. Na China, no Vietname, na Malásia e noutras nações um simples clic "mal dado" pode levar um cidadão à cadeia. Mas também em países democráticos estão a crescer as limitações, a pretexto da luta contra o terrorismo. (O texto integral, com 151 páginas, aqui).

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Cem dias de solidão - assim se intitula um outro alerta da RSF, evocando os 75 dissidentes, entre os quais 26 jornalistas, presos pelo regime de Fidel Castro em 18 de Março passado e condenados a pesadas penas de prisão, por delito de opinião.

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Realiza-se terça e quarta-feira, em en Vilanova, na Catalunha, o "Seminario de Periodismo Digital NetMedia". É organizado pelo Net Media e pelo Grupo de Periodistas Digitales. O programa organiza-se em torno de quatro temas: produção de notícias para Internet, interactividade e integração multimedia, a redacção multimedia e multifunções e criação de portais informativos locais.

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Acaba de nascer o Blog Minho Online: apontador de blogs minhotos. Vem acompanhado de um forum sobre o qual escreve Artur Azevedo: "Aqui podem dar a conhecer os vossos blogs, divulgar blogs que achem interessantes e trocar ideias com outros utilizadores sobre o mundo fascinante dos blogs." (dica de Do Lado de Cá).

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Pedro Fonseca, no ContraFactos: "(...) gostava de integrar a "tribo" dos que pensam sobre os efeitos sociais, mediáticos, tecnológicos e prospectivos dos blogs. Para onde caminhamos, o que fazemos agora num quadro geral de futuro, qual o passado que vai condicionar ou estimular novas vertentes desta comunicação pública? E como será o futuro? Será pago, medíocre e tecnologicamente controlado? Ou serviço público, onde a selecção natural de qualidade prevalecerá e a tecnologia será neutra?" Para além do registo de eventos, factos, situações e comentários, é também isso que me motiva nesta coisa dos blogs.

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O brasileiro Observatório da Imprensa lançou um debate e uma votação sobre o tema "Há necessidade de uma emissora mundial de notícias em língua portuguesa?" Para votar sobre a ideia de uma emissora de TV só de jornalismo, de alcance mundial e em português, pode clicar aqui. Para debater a ideia, pode fazê-lo neste blogue (o sistema de comentários está, de momento, inactivo, mas há sempre o mail).

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A ler, este artigo de Mark Day no diário The Australian: "Newspapers not yet ready to die". Há sinais preocupantes de crise. Por exemplo: nos EUA, os mais recentes dados sobre a circulação indicam um declínio da ordem dos oito por cento nos jornais, na última década (1993-1993), que não é táo acentuado no caso das revistas. Porém, se se olhar para a televisão de sinal aberto, os sinais são bastante mais "alarmantes": "Twenty years ago the big three networks, ABC, CBS and NBC, controlled the viewing habits of Americans. In the decade 1991 to 2001 network viewing declined from 55 per cent of prime-time viewing to 33 per cent. The share of all-day parts declined from 50 per cent to 31 per cent. As Heidi Dawley wrote in Media Life: "If newspapers have been slumping, the big three networks have fallen out on to the floor face-first by comparison, in terms of losing viewers." Na Austrália, o quadro é mais positivo, em geral: "(...) the circulation of all newspapers is up 1 per cent over the decade, with Monday-to-Friday sales down 6 per cent, Saturdays up 2 per cent and Sundays up 3 per cent.". Algumas explicações para estas tendências: multiplicação das escolhas, fragmentação do mercado, queda abrupta dos jornais vespertinos... A Internet não terá constituído propriamente uma causa, uma vez que a tendência de crise já se notava antes. Uma outra ideia curiosa: o envelhecimento do leitorado não é, ipso facto, causa de preocupações: a longevidade e a maior disponibilidade podem ser factores favoráveis à leitura de jornais.

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Sugiro um exercício: sabendo que, como escreve hoje Umberto Eco no DN, as guerras tornam as pessoas maniqueístas, proponho que se leia de seguida o artigo "Mesmo errando, pode-se ganhar", do próprio Eco, e o de Pacheco Pereira, anteontem, no Público, sob o título "O Iraque É Também Nossa Responsabilidade". Procurando, tanto quanto possível, pôr de lado partis-pris e ser imparcial qb. De horizontes diferentes, são dois textos que questionam. E que não deixam morrer um debate que não perdeu actualidade pelo facto de ter terminado (?) a guerra.

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Foi já criado um grupo de trabalho interno para preparar o lançamento do futura RTP2, conhecida como Canal Sociedade e que será dirigida por Manuel Falcão. Nuno Brandão (investigador da área da comunicação), Carlos Vargas (jornalista) Ana Campos Henriques (financeira) Alice Milheiro (produtora) vão ficar responsáveis pela logística e organização do novo projecto que está a desenvolver colaborações com entidades da sociedade civil. (Fonte: Público).

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A web é o mais importante instrumento para a liberdade de expressão alguma vez inventado depois da linguagem", diz Martin Nisenholtz, CEO do New York Times Digital, em entrevista ao dotJournalism. A entrevista merece ser lida. Deixo a resposta à pergunta "Que pode o webjornalismo conseguir que o jornalismo impresso não possa?":

"First, the Internet is the freest distribution system ever invented. The fact that NYTimes.com is read literally everywhere on earth is a miracle. We take the First Amendment very seriously here in the US and the web is the most important first amendment tool since the invention of language. It's much more powerful than print as a distribution vehicle because it goes everywhere and it's very difficult to stop. Second, the web is much better than print at reader input. Take a look at movies.nytimes.com and you will see our readers helping one another find the best movies through a simple rate and review function. Third, the web carries digital data regardless of its form. We can combine text, photography, graphics, audio and video in ways that no other medium can do. The best young journalists understand that this is a genuinely new form of expression. Fourth, we are not constrained by newsprint, either in form or in the cost structure of the business. Speaking of movies.nytimes.com, we offer 5,000 film reviews. Fifth, you can slice and dice content in almost unlimited ways. Through our NewsTracker service, for example, I can deliver to you all of the most relevant stories that we publish on a particular topic. This doesn't negate the serendipity of our home page and section fronts; on the contrary, the service brings you things you might otherwise miss if you're a busy person."

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Ignacio Ramonet recebeu ontem o doutoramento honoris causa pela Universidade de Santiago de Compostela. No acto, o director de Le Monde Diplomatique proferiu um discurso em que defendeu a criação de "um quinto poder cidadão" para fazer frente ao poder dos grandes meios que não assumem o seu papel de "quarto poder" ou de "contra-poder" e que, em lugar de defenderem a cidadania, se passam "para o outro lado". Defendeu ainda a elaboração de uma "ecologia da informação" orientada para a "descontaminação" e o "retorno à verdade". (Comentário: simpatizo com algumas destas ideias; sou, porém, profundamente crítico do enquadramento dicotómico que as informa, que acho potencialmente perigoso).

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A Revista Adolescentes! foi adquirida recentemente pela jornalista Isabel Stilwell, segundo noticia o site da Meios e Publicidade. O título tinha sido criado em 1997 pela jornalista e era pertença da Pressmundo, empresa do universo Lusomundo/PT.

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Isto dos blogues tem momentos que fazem lembrar uns carroceis que há nas festas e que permitem mudar de lugar durante "mais uma voltinha, mais uma viagem". Ao visitar as Conversas de Café (obrigado, Inês!) descubro o caminho para aquilo que já sabia existir: Do lado de cá , o novo blogue da Sara Oliveira, presidente do GACSUM, associação de estudantes de comunicação social da Universidade do Minho, a qual suspende, assim, o Pergaminho, feito para as aulas de jornalismo. Aqui, entretanto, dou de caras com a porta para o blog de publicidade. Aproveito a oportunidade para agradecer a referência a este blogue feito no Pastilhas e o link do recém-chegado (e bem-vindo) Cartas de um Jovem Jornalista.

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Vem aí a "fase oral" nos jogos vídeo. Segundo o Libération:

"Avant, lorsque quelqu'un parlait à sa console, on pouvait légitimement soupçonner l'émergence d'un certain désordre mental. Ce n'est plus forcément le cas. Il est possible que cet individu se livre à une partie de Socom : US Navy Seals. Ce titre, que vient de publier Sony, est le premier conçu pour le jeu en ligne sur Playstation 2. Il met en scène ces troupes américaines d'élite, les Seals (en français: les phoques), confrontées à un assortiment varié de situations périlleuses impliquant d'ignobles terroristes. Chaque joueur, une fois connecté au Web, pourra communiquer avec ses camarades de combat (Seals ou terroristes, au choix) au moyen d'un micro et d'un casque, fournis avec le jeu. En réunissant jusqu'à 16 joueurs sur une même partie, les soldats du monde libre pourront bientôt partir à l'assaut de la vermine, sans doute communiste".
Há, porém, que prestar atenção a alguns pormenores que podem ser ... decisivos para o desenrolar do jogo:
"Il faut éviter de parler la bouche pleine ou de ricaner bêtement, sans quoi le fidèle soldat balance une grenade n'importe où."

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A Federal Communications Commission (FCC) anuncia segunda-feira a versão final da nova regulamentação recentemente aprovada, que alivia as limitações existentes sobre a concentração dos media. No Congresso dos EUA prepara-se, entretanto, uma resolução que pode travar a entrada em vigor de tais medidas.

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Sobre as decisões da FCC, vale a pena ler o artigo Big Media's Silence, de William Safire, em The New York Times. Deixo a abertura: "Over the protests of 750,000 viewers and readers, three appointees to the Federal Communications Commission last month voted to permit the takeover of America's local press, television and radio by a handful of mega-corporations. If allowed to stand, this surrender to media giantism would concentrate the power to decide what we read and see — in both entertainment and news — in the hands of an ever-shrinking establishment elite."

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O caudal da atenção mediática aos blogues vai crescendo, engrossando ... até parar de chover. Depois passa. Hoje, além do texto do Público, vem a peça da Visão: "Bem-vindo à blogosfera", de Gabriela Lourenço e Mário Rui Cardoso.

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Carlos Vaz Marques, o do Pessoal e ... Transmissivel, que passa na TSF antes da hora do jantar, criou o blogue Outro, eu. Uma citação de Agustina que lá colhi:

"Os assuntos idiotas tinham-se multiplicado e era preciso ter opinião sobre tudo: sobre a eutanásia, sobre a fecundidade masculina, sobre diversas guerras e os assassínios em série. Sobre cada um dos políticos e a vida particular deles; sobre o livro da moda e as férias exóticas".
(via Silhuetas).

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Mais um texto de opinião no Público: "Viva Os Blogues!!", de Leonete Botelho.

"(...) Nos seus pequenos territórios envidraçados, tudo pode ser dito sem castigo, tudo pode ser feito sem censura. São uma mistura de "voyeurs" e exibicionistas em estilo "soft" (...) Mas do que mais gosto nos blogues é da sua diversidade. Intrínseca e extrínseca. Faz-me acreditar que o futuro é possível sem que tenhamos todos de nos alistar em qualquer coisa, sem que tenhamos todos de ter rótulos redutores, esquerda-direita, homem-mulher, conservadores-liberais, e tantas coisas que tais. Que todos podemos ser constelações improváveis. E sermos, assim, sempre um pouco mais ricos".
É curiosa esta insistência dos observadores-comentadores no lado voyeur e exibicionista dos bloggers!

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Quantos blogues haverá no planeta? Qual será a dimensão da blogosfera? Phil Wolf, do Blogcount, fez as contas e chegou aos seguintes números: deve haver entre 2.4 e 2.9 milhões de blogues no activo. Para saber como chegou a tal conclusão, vale a pena ler o texto, que explicita o caminho seguido (fonte: Revista de Blogs - Metablog de Jose Luis Orihuela que teve a amabilidade de fazer igualmente referência ao 1º Encontro Nacional de Weblogs que vai decorrer em Setembro próximo na Universidade do Minho, em Braga).

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Filipe Alves, estudante de Comunicação Socal da Universidade do Minho acaba de criar o blog Apolus, dedicado às artes, letras e ideias. Abre com uma proposta de regulamentação do jornalismo que se faz nas universidades.

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ESPECTÁCULO DE LANTERNA MÁGICA Depois de ter estado presente na inauguração dos novos espaços da Cinemateca em Janeiro último, o Illuminativ-Theater, formado por Jarin Bienek e Ludwig Maria Vogl regressa amanhã a Lisboa para apresentar uma série de espectáculos de lanterna mágica de maior fôlego e ambição. O espectáculo que será apresentado em duas ocasiões na Cinemateca Portuguesa inclui algumas das mais populares “histórias” para lanterna mágica (o Velho Moinho, a Dança Macabra, uma erupção no Monte Vesúvio). Para além dos espectáculos na Sala Dr. Félix Ribeiro, amanhã e depois às 21.30, Karin Bieneke e Ludwig Maria Vogl apresentarão duas demonstrações mais curtas da arte da lanterna mágica no Sábado, no espaço da Sala dos Carvalhos, às 16.00 e às 17.30. O Illuminativ-Theater tem como ambição recuperar a autêntica tradição da lanterna mágica e restitui-la a um público contemporâneo tal como poderia ter sido presenciada há mais de 100 anos. Através de uma cuidada reconstituição das técnicas e formas de expressão que deram a este antepassado do cinema o enorme fascínio que exerceu no século XIX, o par combina a projecção de imagens, com a leitura de histórias, a música ao vivo, o canto e a dança. (Fonte: informação da Cinemateca).

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Para além de ler, escrever e contar, a alfabetização do século XXI deveria possibilitar aos jovens aprender novas competências que há 20 anos não eram tidas como essencias. É esse um dos pontos fortes de um inquérito realizado para a AOL Time Warner Foundation: "The survey found that a significant majority of respondents place 21st century literacy skills, such as technology competency, critical thinking, media literacy and communication skills, at the top of education priorities. Ninety-two percent of respondents think that young people need different skills today than they did 10-20 years ago, while only 42 percent felt that young people are being taught the critical skills needed for success in the 21st century, either in school or in other settings". (Fonte: Benton Communications Policy)

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O CDS-PP parece ter desistido do v-chip para controlar a violência e a pornografia na televisão. É o que, pelo menos, dá a entender, ao apresentar hoje, à boleia das propostas governamentais relacionadas com o sector da televisão pública, uma recomendação ao Governo para que crie uma comissão de classificação de programas televisivos. O projecto popular resulta de várias audições públicas e, segundo o Diário de Notícias, visa impedir ou regular, consoante os casos, a emissão de conteúdos pornográficos ou violentos, o que passará a ser punível com coimas até 500 mil euros.

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Um livro intitulado «Tudo o que se passa na TSF» vai ser distribuído a partir de sexta-feira, nomeadamente com a edição de um dos diários do mesmo grupo a que a TSF pertence, o Jornal de Notícias. O autor, João Paulo Menezes, coordenador da TSF no Porto, alerta, em declarações que vêm hoje no Diário Económico, para os problemas que mais afectam o jornalismo radiofónico, a saber: o abuso de linguagem especializada,em especial na informação económica; e a prática de jornalismo em rádio por parte de profissionais sem qualquer formação especíifca neste meio. Em declarações à Agência Lusa, citadas pela Rádio Universitária de Coimbra, João Paulo Menezes afirmou que "a obra pretende assumir-se simultaneamente como `livro de estilo` da TSF Radiojornal e como um manual para as centenas de estudantes que todos os anos se lançam nos cursos de jornalismo ou comunicação". O autor é jornalista da TSF e docente da cadeira de Jornalismo Radiofónico há vários anos em cursos superiores do Porto. A ideia de escrever o livro surgiu há alguns anos, quando começou a leccionar a cadeira e percebeu que não havia material de suporte devidamente focalizado na realidade portuguesa, apenas traduções ou originais brasileiros. No entanto, o jornalista garante que "a obra também pode ser lida por quem, simplesmente, gosta de ouvir rádio, já que a sua leitura ajudará a compreender melhor o fenómeno". João Paulo Menezes disse que, embora se trate de uma obra individual, a construção deste livro beneficiou da ajuda de "alguns dos principais pensadores do fenómeno mediático em Portugal", como Mário Mesquita e Rogério Santos, e do brasileiro Eduardo Meditsch.

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A Assembleia da República discute hoje três propostas de lei do Governo relacionadas com a televisão: - Proposta de Lei da Televisão, que vem dar corpo legislativo aos princípios enunciados nas “Novas Opções do Audiovisual” aprovadas em Dezembro do ano passado. - Proposta de Lei de Financiamento do serviço público de radiodifusão e de televisão - Proposta de Lei de Reestruturação do sector empresarial do Estado no domínio do audiovisual. Em foco vai estar o modelo que o Governo pretende estabelecer para o Canal 2 e a re-introdução da taxa, agora baptizada de Taxa de Audiovisual, cujos rendimentos serão repartidos entre a RTP e a RDP. Entretanto, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) acaba de enviar uma carta aos deputados, na qual lembra que o Governo não o consultou acerca de diversas disposições destes três diplomas, em matérias em que a Constituição a tal obrigaria, o mesmo não tendo feito com a Alta Autoridade para a Comunicação Social. Na carta, o SJ faz prospostas concretas sobre aspectos específicos das propostas hoje em discussão. Sobre a proposta de financiamento do serviço público, o Diário Económico avançava ontem um conjunto de dados, segundo os quais a verba a obter pela Taxa de audiovisual vai cobrir menos de 10% dos custos da RTP. Relativamente ao Canal Sociedade, o DE afirma que o Governo quer transmitir, «logo que possível» a sua concessão para uma entidade a criar e que represente a «sociedade civil». Enquanto ela não for constituída, a titularidade do canal será mantida pela futura ‘holding’ Rádio e Televisão de Portugal, mas mesmo em período de transição, a exploração do referido canal irá integrar um órgão consultivo representativo da chamada sociedade civil. Segundo a proposta, esse canal será vocacionado para «a cultura, ciência, investigação, inovação, acção social, desporto amador, confissões religiosas, produção independente, cinema português, ambiente e defesa do consumidor e experimentalismo audiovisual».

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Acaba de ser publicado no país vizinho, pela Fundación Auna, um relatório anual de referência, intitulado "eEspaña 2003: informe sobre el desarrollo de la sociedad de la información en España". Comentando os resultados, o director do site Enredando, Luis Angel Fernández Hermana, afirma que este documento colta a colocar Espanha na cauda da União Europeia:

"Según este trabajo, la clave del "atraso" reside en el estancamiento del número de hogares con acceso a Internet (17.3%) y los equipados con ordenadores personales (35,6%). Esto, según los autores del informe, apunta a un cierto fracaso de las medidas tendentes a incentivar la demanda individual de los usuarios. Desde este punto de vista, los dedos apuntan a la Administración Central, que se ha quedado muy lejos de sus promesas (...)".

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Há quem se atreva a vaticinar o que será o jornal do futuro. Por exemplo, Mario Garcia, citado na MediaBriefing.com: ?Muchos han pronosticado la inminente desaparición de los periódicos, primero con la llegada de la radio, luego con la de la televisión y ahora con Internet. Pero todavía estarán con nosotros mucho tiempo?. Así de contundente se ha mostrado el experto en diseño Mario García en una conferencia pronunciada en Dubai (Emiratos Árabes Unidos) con motivo de la presentación del nuevo diseño del periódico árabe en inglés Gulf News, realizado por su compañía. Para García, en los próximos años los periódicos evolucionarán para adaptarse a las nuevas necesidades de sus lectores y anunciantes, obligados además por la competencia con otras nuevas fuentes de noticias que proporcionan información al instante a la audiencia. En esta línea de evolución, considera que no sería extraño que ?la mayoría de los periódicos adopten el tamaño tabloide, incluso el A4?, algo que, según el especialista, podría producirse antes de lo que muchos creen. Pero eso sí, sin olvidar que el factor principal de esa evolución será el desarrollo del contenido para adaptarse a las nuevas necesidades de los lectores y a la competencia."

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O último número da revista canadiana COMMposite inclui, entre vários textos, o artigo "Le vertige du miroir : comment la télévision piège le téléspectateur", de Pierre Gandonnière, cuja leitura me pareceu interessante. Deixo aqui o resumo: "La télévision joue-t-elle à réactiver le stade du miroir lacanien? Ce texte en pose l'hypothèse. L'analyse comparative du dispositif télévisuel et du modèle de Jacques Lacan montre un jeu spéculaire sur les imagos où il est bien question d'identification. Dans les deux dispositifs, l'autre est appelé vers une identité à incarner. Mais si le processus décrit par la psychanalyse vise à l'avènement d'une personnalité autonome, dans le cas de la télévision, le dispositif conduit au coeur d'un piège narcissique qui l'enferme dans une dépendance au média. L'expérience télévisuelle serait donc de nature régressive, privilégiant les processus primaires. L'identité de téléspectateur est induite par le média par trois processus : 1. Le dispositif télévisuel. Il assigne une place et un rôle au téléspectateur. 2. Les signes de reconnaissance que le média lui adresse. Ils permettent au téléspectateur de savoir ce qu'on attend qu'il soit. 3. La nourriture informationnelle. Elle entretient le téléspectateur dans cette identité. Elle construit pour lui un monde cohérent auquel il est adapté".

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O célebre jornal online norte-coreano OhMyNews provocou nos últimos dias um verdadeiro sururu no país: publicou uma foto com, nada mais nada menos do que 23 quadros superiores dos serviços de espionagem do país, reunidos com o presidente da República. O mais curioso é que, segundo o jornal, a foto foi fornecida, juntamente com outras, pelos serviços da própria Presidência.

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Hoje é dia de S. João. Em boa parte das terras em que se faz festa e é feriado, é dia de descansar de uma longa noite de farra e folia. Não assim numa freguesia do concelho de Valongo, nos arredores da cidade do Porto. Desde tempos remotos, ali se faz uma festa durante todo o dia de S. João, que é diferente de todas as outras: centenas de Bugios mascarados e vestidos garridamente lutam contra os Mourisqueiros - um exército invasor bem organizado (veja-se as ressonâncias em confronto com a actualidade!!). Mas não se julgue que os mouros são simplisticamente identificados com os maus da fita. São, antes, um campo prestigiado e, sobretudo, decisivo para a refundação anual da comunidade local. O que isso possa querer dizer num contexto que já foi agrícola e que hoje é uma amálgama incoerente em que coexistem sectores e actividades económicas - é difícil de dizer. O que é verdade é que a fFesta da Bugiada, mais de uma vez tematizada em cinema e vídeo, é das manifestações populares mais ricas que conheço. Uma daquelas em que os processos de comunicação e os intercâmbios antes, durante e depois da festa mais acontecem- sem que haja quase necessidade de palavras: apenas dança, música, gesto, reprersentação. Não lhe falta o lado louco. e subversivo. Quem não puder lá ir, mas quiser ler algo sobre a Bugiada pode encontrar na BOCC um texto - A Bugiada: festa, luta e comunicação - que escrevi há dois ou três anos.

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Vai decorrer na Universidade do Minho, em 17 e 18 de Setembro de 2003, o I Encontro Nacional sobre "O Ensino do Jornalismo em Portugal". A iniciativa é do grupo de trabalho de Jornalismoe Sociedade da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação - SOPCOM, que, desta forma, proporciona um espaço de partilha de informação e debate das experiências existentes neste âmbito. Além de responsáveis dos cursos das Universidades e dos Politécnicos, bem como de docentes e investigadores interessados nesta matéria, poderão participar também jornalistas ligados directa ou indirectamente à formação, bem como estudantes de jornalismo. A fim de proporcionar um debate mais enriquecedor, o grupo organizador elaborou um guião de questões, solicitando contributos que apresentem e problematizem o percurso de cada um dos cursos existentes em Portugal. Uma parte das questões colocadas pode ser objecto de análise por todos os interessados nesta problemática, como é óbvio. Na verdade, a questão da formação em jornalismo constitui uma matéria de tal sensibilidade e relevância pública que mal andaríamos se fosse tratada nos círculos académicos.

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Políticos que fazem o contrário do que dizem e jornalistas que têm problemas por não estar definida a fronteira entre vida pública e vida privada - eis, no essencial, o teor do argumento do telefilme «Debaixo da Cama», que a RTP1 estreia nesta quarta-feira, pelas 22h.15. O telefilme teve a realização de Bruno Niel, produção de Paulo Branco e argumento de Eduardo Cintra Torres. Está previsto que, após a emissão, se realize um debate, em princípio moderado por Judite Sousa, a propósito do tema do filme.

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Alguns blogues recentes, com proximidades relativamente ao campo comunicacional: Cibertrópicos - usabilidade, webmarketing e cibercultura; e Cidadania na Sociedade da Aprendizagem, um blogue de Mário Franco que trata temas da actualidade, incluindo referências "que contribuam para um melhor exercício da cibercidadania".

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O Destaque do Público de hoje incide sobre os blogs, e mais concretamente sobre a sua relação com a política. Ficam aqui os links dos artigos, da autoria de Maria José Oliveira (os nove primeiros) e de António Granado (o décimo): - A nova Ágora da democracia, ou quando a política chega à blogosfera - Os blogues da discórdia - Pacheco pereira “perde tempo” com blogues (Abrupto) - Blogue familiar (Blog de Esquerda) - Primus inter pares (Coluna Infame) - Agência de notícias da blogosfera (Cruzes Canhoto) - Animal, Statler e Waldrof (Blogue dos Marretas) - A esquerda relativa (País Relativo) - É um blogue português com certeza (No Quinto dos Impérios) - Um fenómeno com seis anos

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Acaba de sair na Hampton Press o livro "Journalism Education in Europe and North America - An International Comparison", de que foram editoras as professoras alemãs Romy Froelich e Christina Holtz-Bacha. Um dos aspectos curiosos ligados à génese desta obra é que demorou cerca de quatro anos a vir a lume. De facto, o capítulo que para lá escrevi com a minha colega Helena Sousa foi entregue em 1999. De tal modo estávamos convencidos que o livro não sairia que pusemos há bastante tempo uma versão sensivelmente idêntica do texto na BOCC.

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Para quem não pôde ler o texto "A blague dos blogues", de Pedro Rolo Duarte, publicado no DNA de sábado, alguém (perdi o rasto à fonte - alguém ajuda?) teve a gentileza de o digitalizar e disponibilizar na net. Aqui.

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O "spam" ou lixo de correio electrónico está a converter-se num grave problema que pode vir a afectar o próprio uso do e-mail como modo de comunicação. Não sei se têm a mesma percepção do problema, mas a grande maioria das muitas dezenas de mensagens que diariamente recebo não passam de lixo, que, pelo menos à primeira vista, não tem pátria de origem. Há indicações que sugerem que o problema é muito mais norte-americano do que europeu. Não sei se é verdade. O que sei é que os filtros parecem ineficazes para os vendedores da banha de cobra, de graus de mestrado e doutoramento, de ervas medicinais, receitas miraculosas para estender e alargar o pénis, raparigas russas que aguardam o nosso telefonema e o infalível viagra com receita médica. O que está aqui em causa não é meramente um problema de incómodo ou de perturbação da actividade de cada pessoa; trata-se de um abuso e de um ataque à privacidade. Como tal a pratica do spam deve ser combatida. O recurso aos bloqueadores e aos filtros parece ser pouco eficaz, até porque quem invade os correios electrónicos por esta via recorre a processos cada vez mais sofisticados. Por exemplo: a armadilha do hyperlink para não voltar a receber correio ("opting-out") - em muitos casos, o endereço não existe e, noutros, o acto de clicar fornece (ou reforça) o conhecimento do endereço que, muitas vezes, é fabricado por processos informáticos automatizados. Pelo que tenho lido, a posição de muitos governos e organizações internacionais, União Europeia incluída, é a defesa do "opting-in", que exige algum tipo de manifestação expressa de vontade do destinatário de que está interessado (ou, pelo menos, não se opõe) à recepção de determinado tipo de marketing por e-mail. Mas isso, como parece evidente, não basta. O recurso a métodos de acção terroristas surge na mente de alguns. Na semana que acaba de terminar, foram motivo de chacota os comentários de um senador durante as audições sobre violação de direitos de autor na comissão de justiça do Senado dos EUA, quando advogou a destruição remota dos computadores dos prevaricadores (pelos vistos o próprio senador é também um músico com discos no mercado). Haverá caminhos eficazes que estejam a ser desenhados ou postos em prática? Salvo notícias esporádicas, não vejo que este assunto preocupe muita gente, nomeadamente dos media.

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O jornal The New York Times cita hoje uma entrevista dada por Walter CronKite à CNN, na qual o famoso ex-"anchorman" da CBS confessa continuar a ter frequentemente pena de não estar em funções, sobretudo em momentos especiais. Mas aquilo de que teria mesmo gostado era de ter sido editor: "Daily, I miss not being on the air, but I miss the managing editor role of helping set the agenda, if you please. Deciding what is the more important story ... what is the story most likely to affect our viewing audience -- the American people, in our case. This is the highest journalistic calling. And I miss it". Mais adiante, Cronkite sublinha a referência de natureza ética que nele deixou um editor local que ia dar graciosamente aulas de jornalismo ao liceu que ele frequentava: "(...) I'm very proud, I think I have a very keenly developed journalistic ethic. I had very good mentors, beginning in high school. I was lucky enough to be in high school, which at an early age when most high schools didn't have journalism teachers or journalism courses, I had an old city editor from a local paper who donated his time to teach us journalism. And he was -- he had journalism in his gut. And he just was so firm on honesty, impartiality, lack of prejudice and accuracy. It was embedded in me. And I was lucky enough in my college and then in my very early jobs to have that kind of a mentor."

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Ainda no NYT, de novo a relação dos blogs com o mundo empresarial e os megócios, no texto "The Corporate Blog Is Catching On". A directora de uma firma de San Francisco coloca a pergunta: "There is a sense that blogging is about to explode in the business area, but who's brave enough to do it yet?"

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Judite de Sousa vem hoje justificar-se e justificar a RTP quanto à "conferência de imprensa" de Fátima Felgueiras, recorrendo a argumentos estimáveis mas falaciosos. Na sua coluna semanal no Jornal de Notícias, recorre a Freud para dizer que "o objecto ou o sujeito de desejo pode tornar-se um objecto ou um sujeito de rejeição" e a Dominique Wolton que considerou que os intelectuais "são, desde sempre e em todos os países, reservados ou até hostis à televisão". A apresentadora explica: "Para os políticos, Fátima Felgueiras não é uma mulher "gostável". Com o seu estilo, com a sua fuga, com os seus ataques, ela é uma figura politicamente incorrecta e os políticos não apreciam o género. Quanto aos jornalistas, uns entregam-se ao choro do perdedor, outros não conseguem compreender um "media" que os fascina, mas cuja complexidade não entendem: a informação em tempo real, a imprevisibilidade do directo, a semântica da imagem, o exclusivo controlo sobre a pergunta num directo ou num "live on tape" e a consequente impossibilidade de controlo da voz das pessoas, a grelha como espaço simbólico da televisão generalista, a gestão da antena…etc.. Quanto aos outros, alguns revelam um pensamento tão ligeirinho que o melhor… bom, o melhor é mesmo reflectirmos sobre o que nos diz um homem insuspeito, o sociólogo francês Dominique Wolton." Há dois argumentos débeis e com o seu lado falacioso na argumentação de Judite de Sousa. Um é o do grande público. O ensaio de Wolton, de meados dos anos 80, reporta-se a um panorama audiovisual que o próprio autor reconhece hoje tendencialmente em vias de extinção. O "Elogio do Grande Público" soa hoje, cada vez mais, a uma "Elegia sobre o Grande Público". A outra debilidade é que Judite de Sousa quer defender a lógica televisiva em geral, esquecendo as responsabilidades específicas do prestador de serviço público. Sobre este ponto, a autora não diz rigorasamente nada. O que não deixa de ser inquietante, embora, por outro lado, perfeitamente coerente com a orientação do seu director que só conhece a distinção entre "bom e mau jornalismo". E, a propósito, Judite de Sousa, constato que todas as posições oriundas da RTP, até hoje lidas e escutadas sobre este caso, foram todas de pura auto-justificação. Nunca um sinal, por mínimo que fosse, de valorização ou reconhecimento da validade de um argumento ou de um bocadinho de um argumento. E não foram poucas as vozes que se fizeram ouvir. Devem ser todas desses intelectuais que não compreendem a natureza do meio televisivo.

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Ainda sobre a RTP: não é edificante o teor do episódio das reportagens que o canal público se propõe realizar nos países do Leste da Europa candidatos a membros da União Europeia. Carlos Fino e Carlos Santos Pereira encontram-se no centro da polémica, com este último a sugerir que se pode estar perante um caso de «plágio» e de «apropriação fraudulenta de propriedade intelectual alheia». Santos Pereira apresentara em tempos, com Onofre Costa, um projecto de reportagens naqueles países, ao tempo em que Carlos Fino tinha responsabilidades na Direcção Editorial na RTP. Num memorando entregue ao Conselho de Redacção da RTP e ontem citado pelo DN, nota que Carlos Fino "conhecia perfeitamente o projecto" que havia apresentado: "o processo passara-lhe pelas mãos enquanto subdirector de Informação e chegámos a falar pessoalmente sobre o mesmo», sublinha Santos Pereira, expressando a sua «indignação» perante o sucedido. A proposta foi, porém, congelada e surge agora concretizada por Carlos Fino, na sequência de uma pequena tempestade interna sobre o futuro daquele profissional dentro da empresa. Um contacto da Comissão uropeia, entidade a quem foi solicitado apoio financeiro para este trabalho, terá dado conta da grande semelhança entre as duas propostas. Na edição de hoje do DN, Carlos Fino mostra-se surpreeendido por esta polémica, sublinhando que o projecto a que está a dar corpo não é dele mas da RTP que se terá candidatado a um concurso da União Europeia.

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Uma notícia do Frankfurter Allgemeine Zeitung refere que "o maior e mais caro sistema público de televisão do mundo", a ARD/ZDF, da Alemanha, propôs ao governo que os possuidores de aparlhos de televisão pasem a pagar, a partir de 2005 uma taxa de 18 euros mensais. A medida, que representa um aumento de 11 por cento, surge no quadro de um vivo debate sobre o papel do serviço público de televisão, "num país cujas taxas de TV se encontram já acma da média internacional". (Fonte: EJC)

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O Senado dos Estados Unidos iniciou ontem um processo que pode levar a um recuo pelo menos parcial na recente decisão da FCC (Federal Communications Commission) de facilitar a concentração no sector mediático. No relato de The New York Times: "Moving with unusual speed, the Senate today began the process of reversing the recent decision by federal regulators to loosen media ownership rules and enable the nation's largest newspaper and broadcasting conglomerates to grow even larger. A broadly bipartisan group of the Senate Commerce Committee approved legislation by voice vote to restore the earlier limits on the number of television stations a network can own. The bill would also restore most of the restrictions that have long prevented a company from owning both a newspaper and a radio station or television station in the same city."

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A organização norte-americana FAIR - Fairness & Accuracy In Reporting, que se dedica à análise e escrutínio dos media, conta uma história interessante, na sua última edição. De acordo com uma entrevista dada no domingo passado ao programa semanal Meet the Press, da NBC, o general Wesley Clark, ex-comandante das tropas dos EUA no Kosovo, relatou que, escassas horas depois dos ataques do 11 de Setembro, foi contactado telefonicamente por funcionários ligados à Casa Branca - que no entanto não identifica - solicitando-lhe que fizesse declarações a estebelecer uma relação entre os atentados e o terrorismo de Etado de Sadam Hussein. Eis a transcrição da entrevista: "'You got to say this is connected. This is state-sponsored terrorism. This has to be connected to Saddam Hussein.' I said, 'But--I'm willing to say it, but what's your evidence?' And I never got any evidence." Ao conbtrário do que, segundo a FAIR, costuma acontecer com este tipo de programas, que merecem citação e destaque na imprensa do dia seguinte, desta vez, a declarações deste teor seguiu-se ... o silêncio. (O texto da transcrição da entrevista pode ser lido aqui). O general Clark, actualmente na reserva, tem sido falado como um dos possíveis candidatos às próximas presidenciais dos Estados Unidos pelos democratas). A entrevista dada à NBC veio reforçar ainda mais essa perspectiva.

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Leio no "Cidadão Livre", e dele cito: "Numa pesquisa primária, verifiquei que o El País, o El Mundo, o Le Monde, todos têm um link para o projecto de Constituição da Europa nas suas homepage. Em contrapartida nem o Público, nem o DN o fazem. Porque será?" Indiferença? Distracção? Oposição?

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Tendo apreciado queixas de dezoito Câmaras Municipais da área de intervenção do Centro Regional de Castelo Branco da RTP e da Assembleia Municipal de Vila Pouca de Aguiar contra a cessação das emissões regionais do operador público no final do ano de 2002, a Alta Autoridade para a Comunicação Social deliberou: "a) Registar que a RTP deixou, a partir do final de 2002, de desdobrar a sua programação regional, passando esta cobertura a ser igual para todo o país; b) Lamentar o sucedido, que parece fragilizar aquela cobertura, matricial na filosofia do serviço público, ainda que o Conselho de Administração do operador prometa melhorias na oferta da sua cobertura regional; c) Declarar que vai continuar a acompanhar a situação da informação regional da RTP, nomeadamente na óptica da necessidade de formalizar normativo que adequadamente caracterize esta fundamental vertente do serviço público de televisão."

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Sugiro a leitura do texto "Newspapers Should Open Up to Kids - Moynihan on Closing the Generation Gap", de Shawn Moynihan na Editor & Publisher. Trata-se do testemunho de um jornalista que trabalhou por algum tempo numa escola pública. Durante o breve período que durou a experiência, grande parte do investimento consistia em conseguir que os alunos prestassem atenção e aprendessem alguma coisa. Rapidamente verificou que o assunto que conseguia concitar a atenção dos alunos era a abordagem dos assuntos da actualidade e a experiência do professor como jornalista. Diz o autor: "It became clear to me that newspapers have both a responsibility and an opportunity. We have a responsibility to improve education and awareness of current events by remaining dedicated to NIE programs. But we also have an opportunity to reach young people by showing them (at an impressionable age) not just what newspapers produce, but how they work" (Nota minha: NIE - Newspapers in Education).

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O escândalo desencadeado pelo caso Blair, ex-jornalista do The New York Times, está a levar à adopção de medidas em vários media, no sentido de tornar eficazes algumas práticas e rotinas orientadas para a exactidão e a credibilidade da informação. Segundo o Mediabriefing.com, no The Seattle Times "se empiezan a implantar normas y sistemas en aras de la fiabilidad. En Seattle, más que inventar algo nuevo, lo que han hecho es resucitar un viejo sistema de comprobación de la veracidad que pretende ser una especie de auditoría independiente sobre el modo de trabajar y el resultado del trabajo periodístico de los profesionales del Times. El procedimiento fue utilizado durante las décadas de 1970 y 1980 y consiste básicamente en enviar encuestas a las fuentes citadas en los artículos y reportajes, para comprobar cuál es su reacción ante el trabajo del autor".

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Dois textos que deverão ir directinhos para o Blog Clipping da Elisabete Barbosa: o de Pacheco Pereira, no Público (de resto, já lá está), e a síntese do Escrita em dia de ontem, feita pelo Pedro Fonseca no ContraFactos. Por outro lado, leio no Textos de Contracapa que a Visão vai publicar algo sobre o fenómeno da blogosfera. No texto "Espelho Meu, Espelho Meu", JPP escreve, a dado passo: "Os actuais autores de blogues não sabem a felicidade que têm de ter esse instrumento, porque eles são a realização de um sonho que parecia inatingível para gerações de estudantes com pretensões intelectuais do liceu e da universidade: ter uma revista literária, um jornal onde se pudesse escrever o que se quisesse. Gerações de jovens "litterati" tiveram essa vontade, alguns realizaram-na com enorme esforço. Era muito caro, os procedimentos para publicar burocráticos e onerosos, as tipografias a chumbo obrigavam a morosas revisões, primeiras provas, segundas provas, linóleos, gravuras, etc., etc. E, num país como Portugal, antes do 25 de Abril, era muitas vezes impossível devido à censura. Eu tive essa experiência e sei como é. (...) A blogosfera, um neologismo aceitável porque transmite a ideia "atmosférica" e comunitária que os blogues ainda são, reflecte as correntes do resto do espaço público mais do que muitos dos autores de blogues pensam. Para além do carácter estético e literário de muitos textos, da utilidade dos blogues para o trabalho científico, do seu papel como "media" alternativos, eles aumentam a informação, e não são uma mera continuidade do "mundo exterior", acrescentando dimensões novas."

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A revista Mariana, lançada há um mês pela Celditor, do grupo de comunicação de Jacques Rodrigues, vai suspender a publicação, não devendo sair para as bancas no próximo sábado. De acordo com o site Meios & Publicidade a decisão de encerrar a publicação "prende-se, acima de tudo, com algum mal-estar vivido na redacção, já que os conteúdos eram garantidos por diversos elementos da revista Maria".

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O que é que faz com que um blog possa ser considerado bom? Glenn Harlan Reynolds, em The Good, The Bad, and the Blogly, tenta dar uma resposta pelo menos discutível: "the most important of those things are (1) a personal voice; and (2) rapid response times".

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A notícia está no Aviz e chegou-me nas Conversas de Café: Hoje, à meia-noite, no «Escrita em Dia» (Antena 1), quatro bloguistas: Nuno Costa Santos, Pedro Mexia, Pedro Lomba e José Mário Silva, vão falar de blogs. Pedro Mexia e Pedro Lomba poderão anunciar os seus novos blogs, depois do desaparecimento da Coluna Infame.

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O jornalista Joaquim Vieira, presidente do Conselho Directivo do Observatório da Imprensa, escreve na última edição do seu homólogo brasileiro sobre o jornalismo no caso Casa Pia: "A análise do que de bom e mau tem feito a mídia acerca do assunto daria um excelente curso para formação profissional em jornalismo. Sobretudo para alertar sobre o que não fazer: ** exibir na íntegra (durante cerca de 15 minutos), no noticiário do jantar, um filme erótico com crianças, feito por um médico pedófilo, obtendo-se assim o efeito contrário do que se diz denunciar; ** abusar do depoimento de testemunhas não identificadas, cujas afirmações não podem ser confirmadas por fontes delas independentes; ** não tentar ouvir os visados pelas denúncias, omitindo-se o contraditório, que é (ou devia ser) regra deontológica do jornalismo; ** ignorar a presunção da inocência de qualquer cidadão, até trânsito em julgado de uma sentença que o condene."

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Vasco Eiriz, colega das Escola de Economia e Gestão, da Universidade do Minho, propõe no seu Emprreender, um blog que, centrado no marketing, estratégia e gestão, toca alguns assuntos de interesse para o campo comunicacional. Ontem, por exemplo, propunha uma "volta a Portugal" com base nas notícias do JN. Hoje noticia um doutoramento sobre sociedade da informação e uma conferência internacional sobre e-Publishing.

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A célebre "Conferência de Imprensa" do Rio merece hoje os comentários de Vasco Graça Moura, no Diário de Notícias: " (...) o tempo gasto pelas televisões com uma dama que fugiu para o Brasil para não ter de prestar contas à justiça é uma das situações mais achincalhantes da comunicação social em Portugal nos últimos anos. (...) Se é esta a interpretação que a RTP faz da sua missão, alguma coisa está gravemente errada e pede remédio imediato. Mas será que alguém se preocupa com apurar e sancionar responsabilidades?""

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A Universidade de Coimbra vai atribuir o doutoramento honoris causa ao filósofo Jacques Derrida, sendo padrinho o cineasta Manuel Oliveira. A cerimónia deverá ter lugar na parte final de 2003.

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Can Weblogs help students? é o título de um texto sobre a criação de weblogs por alunos de uma universidade indiana. Alunos e um professor contam as suas experiências. Dica de MediaTIC.

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O último número da revista "JJ-Jornalismo e Jornalistas" (nº14, relativo a Abril-Junho) dá destaque ao tema "Jornalistas Fardados - Ligações Perigosas", ecoando ainda os debates sobre a cobertura jornalística da guerra no Iraque.´No mesmo número, Diana Andringa aborda o tema "Ética, jornalismo e media", centrado no caso do escândalo da pedofilia, enquanto que José Vegar escreve sobre "O que queremos informar", concluindo, depois de ver, ler e ouvir o que os media publicaram sobre Entre-os-Rios e a Casa Pia, que "o trabalho jornalístico feito (...) confirmou o estado a que chegamos em 2003, o apogeu de uma tendência surgida nos anos 90, e que se adivinhava imperial: o primado absoluto do espectáculo sensacionalista, o desprezo deliberado e assumido pelas regras mais elementares do ofício". Nesta edição da JJ, Carla Martins escreve sobre "Jornalismo de investigação", com referências ao caso português, enquanto que Carla Baptista considera que "Universidade e Redacção (estão) de costas voltadas", deixando recados para os dois lados. Há, depois, a apresentação de um trabalho sobre debates políticos televisivos, feito por Nilza Mouzinho de Sena e apresentado por Suzete Francisco e José Frade, uma entrevista a Luís Suarez, um jornalista com 85 anos e mais de 60 de profissão, que é actualmente presidente da Federação Lationo-Americana de Jornalistas, e um texto de Acácio Barradas sobre José Craveirinha (que também foi jornalista).

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No Mar Salgado, encontrei esta pertinente observação: "No passado domingo o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa afirmou na TVI que o facto de os telejornais portugueses serem de quase uma hora e meia era um sintoma do terceiro-mundismo português. Elogiamos-lhe a isenção. Afinal de contas, ao domingo os telejornais são grandes porque incluem os seus comentários na TVI e o dos seus encarniçados concorrentes na RTP.Mas já agora, gostávamos de fazer uma pergunta. Quantos países europeus têm antigos líderes e actuais altos dirigentes de partidos a comentar notícias nos telejornais ? Será isto um sintoma de desenvolvimento, de abertura do debate democrático, de vanguardismo comunicacional ? Ou é também um sintoma de terceiro-mundismo ?".

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É importante prosseguir o debate sobre a cobertura televisiva da "conferência de imprensa" de Fátima Felgueiras, na semana passada. Alguma troca de ideias tem ocorrido no espaço de comentários de alguns dos posts dos últimos dias e este continua aberto à participação dos visitantes. Hoje é José Rodrigues dos Santos que vem invocar, no Público, o seu estatuto de "o único doutorado em jornalismo em Portugal" (!), e de professor da mesma área há 15 anos, e, ainda, de pesquisador sobre o assunto em todo o mundo, e contra-atacar que nunca viu "um manual de jornalismo de serviço público". "O que existe é diferença entre o bom e o mau jornalismo." Quanto ao argumento, não diria que não é sério, mas que, pelo menos, é pobre e fraco. Antes de tudo isso, ou interligado com tudo isso, há uma coisa que se chama bom senso e bom gosto. De resto, JRS não é escrutinado como académico. Isso é para outros locais e noutros momentos. Devo salientar uma coisa: acho legítimo e positivo que a RTP defenda e explicite eventuais argumentos que considera ter para actuar como actuou. O que me parece criticável é não ir além de um registo de argumentação, que consiste em desqualificar os argumentos de quem a critica. Porque é que não há-de tomar os próprios termos do debate que se instalou como motivo de atenção e até de tratamento em antena? Porque é que o problema tem de ser sempre colocado em termos de defesa-ataque? E uma vez que JRS invoca o jornalismo no quadro do serviço público, dizendo, ao fim e ao cabo, não saber o que é, conviria lembrar o seguinte: a informação da RTP, que hoje se reconhece estar melhor (e daí também parte do estranhamento quanto ao caso FF), tem tido JRS em posições de responsabilidade editorial em tempos de mau jornalismo e de bom jornalismo. Ficamos a saber que para JRS e Judite de Sousa a cobertura de FF foi "bom jornalismo". Era bom que a RTP se habituasse à ideia de que só tem a ganhar com uma maior interacção com a sociedade e que essa interacção não se pode circunscrever à observação e exibição de curvas de audiência ou à auto-justificação. Um pouco mais de humildade - e de escuta - não lhe ficaria mal.

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"A conferência de imprensa de Fátima Felgueiras, no passado dia 11, transmitida em directo na abertura dos principais noticiários dos três canais de televisão, constitui um pseudo-evento, no sentido em que o define Daniel Boorstin - acontecimentos "artificiais", não espontâneos, criados para serem cobertos pelos media e cujo sucesso depende da amplitude da sua cobertura. Correspondem à procura crescente de notí­cias que caracteriza as democracias contemporâneas.(...)". As afirmações são de Estrela Serrano, provedora do Leitor do Diário de Notícias. Todo o texto me parece bastante bem construÃído e sugestivo.

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E por falar em pseudo-eventos, vale certamente a pena ler o exercí­cio de João César das Neves, no mesmo DN, sobre "O fim do Jornalismo". Colocando-se no ano 2020, escreve o autor: "Alguns dizem que o problema começou na viragem do século, com a obsessão mediática pelos prazeres de Bill Clinton ou a ilusória cobertura detalhada da guerra do Iraque; outros recuam até à época áurea de Watergate. Mas para lá da polémica, ninguém duvida que a morte do jornalismo profissional em 2020 tem uma origem antiga. E que o motivo está, não no excesso da censura mas na falta dela, não na falta de acesso às fontes mas no excesso dele. (...). "Assim morreu a imprensa. Literalmente. Mas não se lhe sente a falta. Hoje, quem quer informações sérias obtém-nas directamente das fontes. Pessoas, empresas, polí­cia, câmaras, tribunais, etc. publicam boletins na aeronet, em sites apropriados e os institutos de estaté­stica e de estudos político-sociais fazem a análise.(...)". É interessante analisar a mitologia subjacente ao texto. Nomeadamente o mito das fontes de água pura, onde todos vãobeber.

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Uma proposta alternativa ao S.João é ir a Paris participar num debate sobre o tema "Será que os jornalistas ainda têm poder?". A iniciativa é promovida conjuntamente pela Livraria Tekhnê (especializada em temas de comunicação e media) e a CNRS Aditions. O motivo é a saí­da do nº35 da revista Hermes, dirigida por Dominique Wolton (com coord., neste número de Jean-Marie Charon et Arnaud Mercier. O fim de tarde de debate ocorre no dia 24, às 18.30 nas instalações da Livraria (7, rue des Carmes 75005 Paris, Metro: Maubert-Mutualité).

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Mais um livro que acaba de sair, de João Pissarra Esteves: "Espaço Público e Democracia: Comunicação, Processos de Sentido e Identidades Sociais", da Colibri. Diz o autor que "este é um livro sobre comunicação e política" que procura discutir a questão de saber "como se estabelecem as suas relações da actualidade, nas sociedades complexas e nas democracias pluralistas".

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Os repórteres fotográficos reunem-se hoje, às 21 horas, na sede do Sindicato dos Jornalistas (SJ), em Lisboa, para formalizar a constituição do seu núcleo profissional e, por esta via, "aprofundar a actividade sindical nesta área do jornalismo". A informação é da newsletter do SJ.

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O livro "A Comunicação - Temas e Argumentos", de José Rebelo, é amanhã (segunda-feira, pelas 18 horas) apresentado, na Livraria Bulhosa de Entrecampos, em Lisboa. Diz José Manuel Mendes, na apresentação, que "o que se nos oferece atravessa domínios tão relevantes como os que se prendem com o direito de informar e ser informado, os media e a cultura, a justiça, a publicidade, os jornalistas e a literatura ou a responsabilidade na formação de uma opinião plural e consciente, as globalizações, o discursos da violência na televisão, a etiologia dos fenómenos manipulatórios, o conceito e as implicações do serviço público de comunicação social e, entre mais, a Internet, a teledemocracia, as estratégias da antropomorfização maquânica".

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"TV Conservadora, Precisa-se" - considera Mário Mesquita, a propósito da cobertura televisiva da "famosa conferência de imprensa do Rio de Janeiro" por parte dos três canais generalistas. Um excerto: "Contra as teorias radicais da televisão do povo (com mais rigor: "populista"), parece-me preferível a televisão da democracia representativa. Em que diferem? A informação televisiva populista funciona, à  semelhança dos "tablóides" sensacionalistas, como sismógrafo das emoções populares, tendo como personagem central o povo desfeito em lágrimas (Entre-os Rios), reivindicativo (portagens da Ponte), justiceiro (Padre Frederico), eufórico (Expo-98) ou heróico por procuração (Timor). O telejornal da democracia representativa pressupõe, como na imprensa de referência, a vontade de introduzir a hierarquia possível na vertigem dos acontecimentos."

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Um blog é diferente de um website, no sentido em que a unidade de base de um website é a webpage, enquanto que a unidade do weblog é o post. Isto, que parece óbvio, suscita problemas complicados ao ní­vel da indexação e gestão da informação e, sobretudo, dos motores de pesquisa. Para acompanhar o que se está a fazer a este nível, vale a pena fazer uma visita ao Microdoc.News, especialmente ao post Blogstreet Takes Content Management to a New Level.

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Um dos bloggers que, no Canadá, se tem dedicado a relação do fenómeno dos blogs com o "knowledge sharing and management" - Sébastien Paquet - anunciou há dias que, em boa parte graças à actividade no âmbito do seu weblog, conseguiu um emprego como investigador do National Research Council of Canada (NRC)'s Institute for Information Technology.

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Carlos Chaparro, jornalista, doutor em Ciência da Comunicação e professor de Jornalismo na Escola de Comunicação e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo (USP), passou a publicar semanalmente a coluna "Reescrita" no portal brasileiro Comunique-se (exige registo prévio para aceder). Trata-se de um espaço de análise e crítica dos media. "Esta não será uma coluna teórica, mas de observação da prática dos cenários da comunicação", segundo o autor. Carlos Chaparro é português. Chegou ao Brasil em 1961 e foi trabalhar como repórter, editor e articulista em vários jornais e revistas de grande circulação, entre eles Jornal do Comercio (Recife), Diário de Pernambuco, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo, Diário Popular e revistas Visão e Mundo Económico. Em 1982, Chaparro formou-se em Jornalismo pela ECA da USP. Também por esta Universidade concluiu o mestrado em 1987, o doutoramento em 1993. Chaparro é autor de três livros: "Pragmática do Jornalismo" (São Paulo, Summus, 1994), "Sotaques d´aquém e d´além-mar - Percursos e géneros do jornalismo português e brasileiro" (Santarém, Portugal, Jortejo, 1998) e "Linguagem dos Conflitos" (Coimbra, Minerva Coimbra, 2001). Entre 1989 e 1991 foi presidente da INTERCOM - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, principal sociedade científica brasileira na área da Comunicação Social. Mantém no jornal O Ribatejo, há vários anos, uma das poucas tribunas de análise dos media que existe em Portugal. A sua coluna no Comunique-se pode ser lida aqui. (Fonte: JBCC).

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A organização Repórteres Sem Fronteiras acaba de manifestar preocupação por mais uma onda de ataques à liberdade de imprensa no Irão. A pretexto de alegadas ameças por parte dos EUA , as autoridades do país ordenaram, nos últimos dias, o encerramento temporário do diário Kayhan, a proibição de viajar para o estrangeiro a um jornalista de orientação reformista e a censura de uma carta aberta de parlamentares crticos do Ayatollah Khamenei. Neste momento, oito jornalistas iranianos encontram-se encarcerados por delitos de opinião.

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A ler o artigo de José Medeiros Ferreira no Diário de Notícias: "Felgueiras e o primeiro poder". "Em nenhum outro país da União Europeia poderia um caso semelhante merecer directos de outro continente de quase uma hora no telejornal mais nobre."

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...E partilho, no geral, da opinião de Santana Castilho ("Académicos e Jornalistas"), ao defender, com base no caso dos jornalistas que relata e que conheço relativamente bem, a possibilidde de obtenção de graus por vias menos convencionais. Salvaguardaria apenas a necessidade de os processos nesse sentido serem mantidos sob efectivo controlo de instâncias científicas, para não se tornarem (mais uma) uma porta fácil de as instituições - à cata de novas fontes de financiamento para não deixarem "nas vascas da morte" o "cavalo do inglês" - passarem a fazer vista grossa à emissão de diplomas.

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Deixo aqui cópia da mensagem que hoje enviei ao Director de informação da RTP: "Venho manifestar a minha total discordância relativamente à cobertura que a RTP (Canal 1) realizou do espectáculo de Fátima Felgueiras a partir do Brasil, com direito a longa transmissao em directo, entrevista exclusiva pré-gravada e enviada especial ida de Lisboa. Posso assegurar que a leitura que faço de quanto se passou, podendo, porventura não ser partilhada pela maioria dos telespectadores - o que, para o caso, me parece irrelevante - é partilhada por muitas pessoas de diferentes idades que, como professor e cidadão, tenho contactado. Não deixa de ser um sinal dos tempos que seja precisamente o operador de "serviço público" que se presta a uma tão evidente submissão aos interesses de uma "fonte" que, não sendo acusada, é para todos os efeitos uma foragida. Admitindo que em antena tivesse, entretanto aparecido algum sinal da discordância que, de vários lados, de imediato surgiu em torno da actuação da RTP, aguardei até hoje. Não vi qualquer gesto nesse sentido, o que me leva a apresentar, por esta via, o meu protesto. Aproveito o ensejo para comentar o que, sobre este assunto, vem hoje no Expresso. A ser verdade, considero intolerável a intromissão do Governo na orientação editorial da RTP e contra isso protesto de forma veemente. Não pode ser aceitável uma prática desse tipo, em nenuma circunstância, sob pena de voltarmos a tempos que julgávamos ultrapassados. Com os melhores cumprimentos, Manuel Pinto"

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Criei, j? h? algum tempo, no âmbito do Encontro de Weblogs, um weblog que re?ne not?cias sobre a blogosfera publicadas em Portugal. Por enquanto, inclui pouca coisa. Fico à espera, e agradeço desde j?, contribuiç?es que possam chegar. O blog chama-se Blog Clipping.

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Mais uma achega em relação à abertura dos telejornais com Fátima Felgueiras: o DN publica hoje um “apanhado” de opiniões distintas, sobre a actuação das televisões, que vale a pena ler – os intervenientes são Miguel Gaspar, Paquete de Oliveira, José Miguel Júdice, Alfredo Maia e Alcides Vieira. Segundo o DN, a direcção de informação da SIC foi a única (das três estações) que mostrou disponibilidade para comentar as opções editoriais relacionadas com a conferência de imprensa da autarca de Felgueiras.

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O editorial de José Manuel Fernandes no Público de hoje fala sobre o encerramento do blog Coluna Infame”, por decisão dos seus criadores. Sobre este fenómeno dos weblogs, o director do Público diz: “A blogosfera é mais democrática, mais aberta, mais plural, mais interessante e mais rica do que os espaços de debate da maioria dos meios de comunicação tradicionais, mesmo os famosos fóruns de discussão radiofónicos (para não falar dos talk-shows televisivos). Na blogosfera reage-se à actualidade em cima da actualidade, e o comentário (ou "post") colocado num blog gera quase de imediato uma cascata de reacções”. Ironicamente, foi isso que ditou o final do “Coluna Infame”.

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Prémios Gazeta 2002 *Grande Prémio Gazeta - jornalistas José Pedro Castanheira e Valdemar Cruz pelo trabalho Annie: A Vida Fantástica, publicado no Expresso. *Prémio Revelação - Marta Curto, pela reportagem As Encantadoras de Cavalos, publicada na revista Pública. *Prémio Imprensa Regional - Açoriano Oriental, pela sua «meritória capacidade de renovação e de adaptação aos novos tempos» *Prémio Gazeta de Mérito - cartoonista Luís Afonso, pelo trabalho no Público e A Bola. Fonte: Diário de Notícias

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Ainda sobre o papel das TVs no espect?culo montado por F?tima Felgueiras (FF): - Os canais s?o obviamente livres de transmitir o show e as pessoas igualmente livres de o ver e de sobre ele emitir a opini?o que entendam (v. p. ex.: ? a Liberdade, est?pido!, no Liberdade de Express?o). Julgo que n?o ser? nada disso que est? aqui em causa. Importante, do meu ponto de vista, é procurar compreender os significados do que se passou (tomando o que se passou como afloramento - mais um - de uma tendência de longa duraç?o). Ora o que se passou foi - é um aspecto que quero acrescentar ao que j? escrevi - a submiss?o "canina" dos canais televisivos à l?gica e ao interesse da fonte. F?tima Felgueiras marcou o dia, a hora, o formato e o modo. E ainda lhe sobrou tempo para fazer um n?mero extra precisamente com o operador p?blico de televis?o, "aquele que n?o defende os valores do mercado, mas os do interesse p?blico". H?, por certo, no caso, uma convergência de interesses conjunturais entre FF e as televis?es. Mas n?o vi qualquer sinal indiciador de que estas, ao serem abordadadas, se tenham, de algum modo, n?o digo articulado entre si, mas procurado negociar o que quer que fosse quanto ao modo como o show deveria ocorrer. Tudo ou quase tudo esteve do lado da fonte. Ora, é leg?timo perguntar: se isto é poss?vel ("et pour cause!") com uma foragida à justiça, uma outsider, o que se poder? passar com fontes dotadas de grande poder estratégico e t?ctico e com recursos econ?micos e simb?licos de grande envergadura? - No caso, n?o se tratou de um mero "directo", com os aspectos inerentes e pr?prios desse tipo de emiss?es. Tratou-se, antes, a meu ver, de algo que se aproxima mais de um "mega-acontecimento", anunciado e planeado ao mil?metro, aquilo a que Dayan e Katz chamaram acontecimentos cerimoniais, mega-eventos, media events. - Tive curiosidade de ver as not?cias de ontem no Canal 1 da RTP. Pelo que me foi dado ver, nem uma leve alus?o às cr?ticas que, j? no dia 11 e sobretudo ontem, surgiram em v?rios lados, incluindo a blogosfera (Textos de Contracapa, Abrupto). ? esta atitude arrogante (autista) que é mais dif?cil de mudar se mostra neste tipo de instituiç?es.

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Jornalismo sem jornalistas Alberto Dines comenta os últimos desenvolvimentos nos media brasileiros, escrevendo, a dada altura: "O patronato e os profissionais que contrataram para escapar das aflições estão tentando inventar um jornalismo sem jornalistas. Como o Brasil é a terra dos milagres, pode ser que consigam. Releases não faltam, os assessores de imprensa afirmam que nunca as redações foram tão acessíveis e generosas".

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E, por falar em Alberto Dines, recomendo igualmente a leitura, na mesma ediç?o do Observat?rio de Imprensa, do texto do mesmo autor, intitulado "Os perigos da simplificaç?o", centrados em dois casos recentes dos EUA: as medidas da FCC sobre concentraç?o dos media; e a crise no jornalismo na sequência do escândalo Jayson Blair. Escreve: "Por mais que se tenha decretado que a m?dia americana é uniforme, indiferençada, controlada pela Casa Branca, pelos grupos econômicos e pelas doutrinas de Leo Strauss, a verdade é que nos dois casos descortinou-se um ambiente muito diversificado, marcado por controvérsias e confrontos". E acrescenta algumas notas que bem poderiam ser aplicadas à realidade portuguesa: "O mais perigoso dos subprodutos da homogeneizaç?o que domina a m?dia brasileira é a generalite, generalizaç?o compulsiva e trituradora que reduz os fenômenos aos seus aspectos mais toscos e rudimentares. A desculpa é a necessidade de tornar a an?lise intelig?vel mas, na realidade, esta "facilitaç?o" beneficia mais os jornalistas preguiçosos e/ou preconceituosos do que o p?blico. Em busca da descomplicaç?o recorre-se ao clichê e com o clichê produz-se uma adulteraç?o do quadro t?o perigosa quanto a falsificaç?o do seu conte?do. Se optamos pela fenomenologia é indispens?vel levar em conta as particularidades e n?o apenas as essências. Do v?cio n?o escapam alguns cr?ticos da m?dia e pelos mesmos motivos: a equalizaç?o grosseira, no tapa, d? menos trabalho do que a investigaç?o em busca de nuances. Como vivemos neste momento sob a égide da filosofia de almanaque pode-se dizer que separar o joio do trigo é mais complicado e demanda mais esforço do que jogar tudo no mesmo saco. ? sempre mais f?cil armar um diagn?stico totalizador (quando n?o totalit?rio) do que buscar uma avaliaç?o diferençada, mais sutil e contrastada. Com a ajuda das muletas do apriorismo ideol?gico, os fatos concretos e seus desdobramentos tornam-se agentes passivos de uma coletânea de teorias conspirat?rias. (...)".

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O Acesso à Internet dispara no primeiro trimestre de 2003, segundo o Diário Económico de hoje que cita dados da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom): "O número de subscrições de serviços de acesso à Internet ascendeu a 5,74 milhões no final do primeiro trimestre de 2003(...). Este valor representa um aumento de 51% no crescimento do total de clientes do serviço, numa comparação com o trimestre homólogo de 2002 e de 11% face aos três meses anteriores. Cerca de 95% de todos os acessos registados, continuam a ser representados pela modalidade de acesso 'dial up', valor equivalente a 5,4 milhões de subscrições de serviço. Em contrapartida, o acesso que mais cresceu foi o de alta velocidade, através da banda larga, agregando quer o cabo, quer a ADSL atingindo, no seu conjunto, cerca de 309 mil clientes. A modalidade registou uma subida na adesão - que ronda os 19% - entre o último trimestre do ano passado e o primeiro do corrente ano, e 154% entre os primeiros trimestres de 2002 e 2003.(...)"

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Entendo que o tratamento do caso "F?tima Felgueiras" nas televis?es e, em particular, na RTP deve ser objecto de reflex?o e debate. J? é preocupante e sintom?tico do estado do panorama televisivo português (e, de certo modo, do pa?s) que os três canais generalistas se submetam, todos, em pleno hor?rio nobre, à vontade de uma foragida à justiça, com uma emiss?o em directo a partir do Brasil, durante mais de meia hora. Ainda poder?amos admitir que os canais, atendendo à dimens?o que o caso adquiriu, impusessem regras à entrevista e, sobretudo, cuidassem, com especial?ssima atenç?o, do modo de tratamento daquilo que seria mais ou menos previs?vel que a senhora viesse a dizer. N?o. T?o previs?vel como a comovente e demag?gica comunicaç?o ao pa?s, foi a ida autom?tica da emiss?o para as ruas e cafés de Felgueiras (ou para a sede nacional do PS). Que a RTP tenha, "pavlovianamente", alinhado com os canais comerciais j? é motivo de inquietaç?o. Que o canal de serviço p?blico, pago por todos n?s, faça a seguir uma "reprise", entronizando o que h? de mais conden?vel em todo este caso - eis o que deveria desencadear uma ampla acç?o c?vica junto do canal. Confesso que n?o pude, a n?o ser fragmentariamente, acompanhar a cobertura dos v?rios canais, para l? da primeira meia hora dos "telejornais". Admito, assim, que a reflex?o que faço possa sobre-estimar ou subavaliar aspectos relevantes. Os coment?rios dos leitores existem para isso. (J? agora: salvaguardando quest?es de oportunidade - ou oportunismo - julgo que h?, no que disse F?tima Felgueiras, motivos para prosseguir o debate sobre o nosso sistema de justiça). E temo que, agora n?o o fazendo porque se est? no calor da casu?stica, e, depois n?o o fazendo porque o consenso se n?o alcança, tudo continue como antes.)

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A revista Editor & Publisher, através de Joe Strupp, prossegue a an?lise e reflex?o sobre as sequelas do caso Jayson Blair. Considera que, com este e outros casos recentes, h? "um problema de credibilidade no jornalismo, nestes tempos dif?ceis". Para ajudar a compreender melhor as quest?es envolvidas, inquiriu mais de uma dezena de editores, directores e especialistas em quest?es medi?ticas, em torno dos t?picos: "Are newspaper standards going to pot? What is the root of the current epidemic of ethical errors? How much does competing with new Internet and cable news outlets have to do with it? And what can be done to save face, change policies, and root out possible wrongdoers?" Vale a pena ler a peça que da? resultou.

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A TV Globo Internacional passará a transmitir para a Europa via satélite, a partir de Lisboa, 24 horas por dia, a partir de Setembro, segundo anuncia hoje o portal Infoamerica. O canal será de acesso pago e utilizará a rede da TV Cabo, mas poderá ser visto em todo o lado menos precisamente em Portugal, país onde a SIC tem direitos de exclusividade e onde já existe o GNT. Com o novo canal de cabo europeu a Globo passa a ter o sinal distribuído pelos cinco continentes.

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A crise de credibilidade do jornal The New York Times tem raízes e dimensões que vão muito para além do caso Blair, segundo o "mediawatch group" FAIR: "While Blair's record was shameful, it is important to recall that the Times has been guilty of sloppy or inaccurate reporting involving domestic and international stories of greater consequence than those Blair covered."

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Da reportagem de José Manuel Fernandes, director do Público, a participar no congresso da Associação Mundial de Jornais, a decorrer em Dublin: "Não esqueçam: o nosso problema é circulação, circulação, circulação", enfatizou Juan António Giner, do grupo de consultores Innovation. E para resolver os problemas de circulação, só há uma solução: "Conteúdo, conteúdo, conteúdo". Talvez por isso Juan António Giner tivesse deixado gelados muitos dos editores e directores presentes quando, dirigindo-se aos proprietários e gestores dos jornais, lhes disse: "Se o vosso jornal está sistematicamente a perder vendas, despeçam o director, tal como uma companhia de aviação despediria um piloto que deixasse o seu avião perder sistematicamente altitude." Mas para definir que conteúdos devem os jornais oferecer para se aproximarem dos seus leitores é necessário conhecer esses leitores - e é aí que se chega à conclusão que a maioria dos diários, sobretudo nos países desenvolvidos, está a envelhecer com os seus leitores e não consegue substituir os que morrem por leitores das novas gerações."

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"Os chatos" são aqueles jornalistas que, tipo matilha, não largam a presa nem à lei da bala. O problema são, segundo Joaquim Fidalgo, os que, depois de dizerem "não falo", acabam por dar troco aos jornalistas. "Depois não se queixem de que os jornalistas são uns chatos. Se quem diz "não falo" de facto não falasse, não havia chato no mundo que lhe soltasse a língua, pois não?..."

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O Blogo criou um Posto de Escuta - Ecos da Blogosfera portuguesa. É uma espécie de "clipping" dos blogs.

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De acordo com uma dica do "Le Café Pédagogique", nos Estados Unidos vai ser criado um novo domínio na Internet, o Kids.us, com o objectivo de promover o acesso destes a conteúdos que lhes são especificamente dirigidos. A sua entrada em funcionamento está prevista para Setembro. O texto do Café era o seguinte: "Selon S&T Presse USA du 30 mai, le gouvernement américain vient de décider la création d'un nouveau nom de domaine : kids.us. Il ouvrira en septembre. Le projet courait depuis plus d'un an. Il répond à un souci légitime : protéger les enfants des contenus inappropriés sur le réseau. Les sites devront montrer patte blanche pour obtenir une adresse en kids.us. Cependant lors des derniers états généraux du nommage internet, des critiques s'étaient élevées contre ce projet. D'abord pour en dénoncer les arrières-pensées commerciales. Cet espace "propre" sera très attractif pour les parents et les entreprises. Mais aussi pour en montrer les limites : qu'entend-on par un espace "propre" aux Etats-Unis ? Cette définition est-elle universelle ? Est-elle la même à tous les âges ? Les outils informatiques sont-ils vraiment capables d'effectuer une veille efficace ? La stratégie du ghetto est-elle la plus adaptée pour protéger les enfants ? On sait que le premier risque sur Internet pour les jeunes passe par le courrier et le chat : c'est celui des mauvaises rencontres. La mise en place de ce ghetto numérique ne pare pas ce risque. La stratégie éducative semble autrement efficace. Mais elle implique un investissement scolaire ou parental...".

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O conflito que eclodiu tendo como epicentro os blogs Coluna Infame e Blog de Esquerda vai ficar a marcar o percurso da jovem blogosfera portuguesa. É importante ler os posts dos últimos dias para se perceber isso. É igualmente importante ler este caso imprevisível no quadro que vai muito para além da blogosfera, como nota hoje Pacheco Pereira no Abrupto (um post a ler). Para já, aregistar e lamentar: o cancelamento - o fim? - do Coluna Infame.

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Passou-me o anúncio de há dias sobre os Webby Awards 2003, da International Academy of Digital Arts & Sciences . Eis alguns dos contemplados: Best Practices: Movable Type Net Art: Listening Post News: Google News Film: indieWIRE Print+Zines: AlterNet

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Jornais italianos importantes, como o Corriere della Sera, La Stampa e La Reppublica aderiram à greve em defesa da liberdade de informação no país: os sites não foram actualizados e as edições impressas não devem sair amanhã. A Federação dos editores considera que se trata de uma greve política, que contradiz o próprio motivo que levou a convocá-la, uma vez que se traduz em prejuizo do direito do público à informação. Por sua vez a Federação italiana de sindicatos de jornalistas reconhece tratar-se de uma greve política, mas sublinha que ela é feita em nome de questões essenciais para a democracia, que considera estarem ameaçadas por pressões e medidas legislativas do governo de Berlusconi: o pluralismo e a independência dos media. Recorde-se que esta greve da imprensa, que será dentro de dias seguida por uma da rádio e TV, foi convocada na sequência da mudança de director do Corriere della Sera, alegadamente por pressões de Berlusconi.

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Eduardo Jorge Madureira, na Edição Minho do Público: "Se a gente que nunca desperdiça uma oportunidade para criticar a comunicação social estivesse um pouco mais atenta (ou se recorresse menos a lugares-comuns) poderia reparar na qualidade que reside em diversos jornais portugueses. É, obviamente, verdade que há muitas críticas a fazer ao jornalismo nacional, mas é também evidente que muitas delas são bastante ignorantes e correspondem apenas ao nosso gosto de dizer mal de tudo. Um gosto, aliás, sem qualquer consequência. Há gente que se farta de queixar do sensacionalismo e que, na hora em que tem de escolher um jornal ou qualquer outro média, prefere precisamente aquele que for o mais sensacionalista. Há gente que, por exemplo, está sempre a dizer que detesta os indescritíveis noticiários da TVI, mas que nunca recorre às alternativas disponíveis. Se não gosta, porque é que o vê? Se gosta, porque é que se queixa?"

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O "Le Café Pédagogique" referiu-se aos weblogs como o fenómeno do ano: "Mode ou révolution ? Les weblogs sont le phénomène de l'année sur Internet. Il s'agit de sites personnels présentés sous forme de calepins où les internautes livrent leurs réflexions, leurs humeurs. De nouvelles communautés apparaissent". Além disso remete-nos para um interessante dossier do site La FING, onde muitas referências a blogs são deixadas.

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"WHAT CHILDREN WATCH - An analysis of children's programming provision between 1997-2001, and children´s views" é o título de um extenso estudo (112 páginas" hoje pubicado no Reino Unido, da responsabilidade das Broadcasting Standards Commission e Independent Television Commission. Alguns dos capítulos: Quantitative Analysis of Children’s Programming Provision: 1996-2001; Time Measures; Diversity in Programme Provision; Children’s Viewing Habits; New Media; The Role of Television; When, Where and How are Children Watching?; Children’s Understanding of Television.

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Serão os reality shows a chave para a interactividade dos media? Henry Jenkins, na MIT Technology Review, ilustra esta possibilidade com o programa televisivo "Survivor", e explica o papel da Internet neste processo, sobretudo através das discussões em fóruns de opinião: "O conteúdo da reality television parece ter sido idealmente concebido para o tipo de interacções sociais que resultam em discussões online - bisbilhotice, especulação e investigação". As potencialidades económicas desta interactividade não são esquecidas: "A reality television tornou-se uma plataforma de teste onde as empresas de media testam novas abordagens ao marketing e relações com consumidores. A reality TV é também o espaço onde os consumidores têm oportunidade de experimentar novas formas de interagir com os conteúdos mediáticos".

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Televisão interactiva: do "pay-per-view" ao "pay-per-play". O último número da newsletter espanhola Bit traz um trabalho interessante sobre uma nova tendência no âmbito da televisão interactiva: "pagar para jogar": "Cuando el significado de términos como pay-per-view (pago por visión) es ya bien conocido por los espectadores de la TV digital, la búsqueda de modelos de negocio viables para el sector impone otros nuevos. El denominado pay-per-play, o "pago por juego", comienza a sonar cada vez más, conforme las empresas de TVi depositan buena parte de sus esperanzas en el concepto que encierran estas tres palabras. La modalidad consiste sencillamente en que el espectador paga por acceder a un juego, a través de su televisor, durante una sola partida o por un período de tiempo determinado. Algunas de las principales plataformas europeas de TV digital han probado ya con éxito el sistema. Y los datos sobre su aceptación son concluyentes: el año pasado, el pay-per-play supuso el 80% de los ingresos de la TVi en Europa, según un informe de la newsletter especializada iTVT(...)". O texto completo aqui.

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