Weblogue colectivo do projecto Mediascópio - CECS / Universidade do Minho | RSS: ATOM 0.3 |



Aquiles perante a ira de Zeus Sobre a exposição das fotos dos filhos de Saddam Hussein, Udai and Qusai, pergunta Don Wycliff, no Chicago Tribune: "How far is too far?" E recorda: "In Homer's "Iliad," the Greek hero Achilles incurs the wrath of Zeus and virtually all the other gods by disrespecting the body of the fallen Trojan hero Hector. Instead of returning Hector's body to his people, Achilles ties it to his own chariot and, for 12 days, drags it three times daily around the tomb of his beloved companion Patroclus. The outrage ends only after Zeus sends him a message: "... tell him that the gods frown upon him, that beyond all other/immortals I myself am angered that in his heart's madness/he holds Hector beside the curved ships and did not give him/back." Obviously, the proscription against misusing or abusing the body of a slain enemy goes back a long way in Western literature and history. So it was no small thing for the Defense Department last week to release to the media gruesome photos of the slain sons of Saddam Hussein, Udai and Qusai".

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Paulo Mendo aprecia Este conhecido clínico escreve sobre blogs em "O Primeiro de Janeiro": "Temos assim em pleno desenvolvimento uma área de cultura viva, em que ideias, posições, comentários, estudos, críticas nascem diariamente, criam disputas, suscitam questões, em ambiente de entusiasmo e de camaradagem intelectual, que se está a tornar visita diária indispensável dos cada vez mais internautas deste mundo". Nova é a ideia, que expressa, do interesse do computador, da Internet e dos blogs para a terceira idade. Só não simpatizo - hélas! - com o cenário apontado de uma vida mais parada, de uma vida sem sair de casa.

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Berlusconi, sempre ele! Os negócios multisectoriais do chefe do Governo italiano, Silvio Berlusconi, não param de lhe trazer aborrecimentos políticos: o seu ministro da Justiça, Roberto Castelli, quis impedir as investigações judiciais a alegadas fraudes fiscais no grupo mediático Mediaset, do primeiro ministro, argumentando que o caso caía sob a alçada da lei de imunidade, recentemente aprovada (de certo modo "ad casum"). Não só a oposição, mas inclusivamente parceiros da coligação, como os democratas cristãos, reagiram duramente contra esta pretensão. Uma crise política esteve à beira de eclodir. O governo recuou e as investigações prosseguem. Segundo o Guardian, "It is claimed that offshore subsidiaries of the Berlusconi group bought US film rights and sold them to Mediaset, its TV arm, at inflated prices which allowed the TV network to cut its tax bill. The alleged fraud was after Mr Berlusconi gave up running his empire, but the prosecutors claim to have evidence he knew of it." (Fontes: Daily Telegraph e Guardian)

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Blogs: "um verdadeiro acontecimento"? Eduardo Prado Coelho volta às páginas do Público, depois de uma interrupção, e recomeça, escrevendo sobre blogs. Um excerto da parte final: "Pode ser uma observação verrinosa, um comentário sardónico. Pode usar toda a agressividade que quiser, porque isso faz parte das regras do jogo. É possível que se esteja a formar uma nova forma de intervenção ou novos processos de produção e exposição do pensamento. É possível que seja um mero fenómeno de moda e que mais tarde possamos dizer: houve um verão em que só se falava em blogues, lembram-se? Mas é um facto que surgiu um novo dispositivo, uma nova maneira de participar na cena pública, um novo tom, uma outra energia. Para quem acredita que o lugar onde se escreve condiciona o que se pensa e escreve isto pode ser um verdadeiro acontecimento".

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E NÃO ACONTECE NADA? As relações entre políticos e jornalistas têm conhecido episódios edificantes, nos últimos dias. *O caso de Alberto João Jardim tornou-se crónico e, aparentemente, quase todos temem dizer o que pensam sobre o comportamento do personagem. Desta vez, além dos recados para todos os lados, incluindo para o Primeiro Ministro, decidiu implicar com o jornalista do Público que cobre os assuntos madeirenses, ou seja, "albertojoaninos". Desejou que ele "fique desempregado", por alegadamente, com outros correspondentes locais, "denegrir a imagem da região". Recentemente, escreveu que "o Tolentino defecou no Público mais um prosa contra os direitos autonómicos da Madeira". Estaremos todos obrigados a dizer: "Deixem lá! É o estilo do Alberto João!?". "Quousque tandem abutere Catilina patientia nostra? (...) O tempora, o mores!". * Passou sem grandes referências um texto de Luís Filipe Menezes, no "Público" de domingo, que contém insinuações da maior gravidade contra um "jornal de 'referência'", "qual vaca sagrada da comunicação social", cujo nome não é referido, mas que todos sabem ser o "Expresso". Afirma ele que uma notícia feita por uma jornalista, na Cidade Invicta, "saiu integral do Porto, havia sofrido um primeiro ajuste editorial em Lisboa, havia sofrido um segundo após uma ameaça política de um ministro, e um terceiro após uma intervenção mais 'comercial' de um outro membro do Governo". Poderá dizer-se, também neste caso, que "é mais uma do Luís Filipe Meneses". Mas isto é assim? Dizem-se coisas deste calibre e não acontece nada? Actualização: Francisco José Viegas comenta, no JN, o caso Alberto João Jardim e as declarações que proferiu no Chão da Lagoa. Deixo a última frase: "Eu, como sou um liberal, limito-me a sorrir. Afinal de contas, trata-se de Alberto João Jardim." A pergunta é: será que ficamos, assim, esclarecidos sobre o que é ser liberal?

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Ainda a TSF Escreve o blog Respirar o Mesmo Ar: (...) uma rádio não é só o que quem a faz produz, é também o modo como quem escuta o que ela produz, constrói dela um entendimento.

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"The New York Times" vai ter um Provedor O novo director do diário The New York Times aceitou a recomendação do grupo que inquiriu sobre as irregularidades verificadas em torno e a propósito do caso de Jayson Blair, de que seja criado o cargo de "ombudsman" ou provedor, que aquele jornal designa também por "public editor". Uma outra recomendação do grupo aponta para a criação de "senior-level posts for editors to monitor internal compliance with the paper's standards and to insure that assignments and promotions within the newsroom are made on a more transparent basis." O relatório completo pode ler-se no site da empresa que edita o NYT. Este influente diário norte-americano era o único dos grandes jornais que não tinha achado necessário dotar-se de provedor. Como escrevia ontem o USA Today, "The Washington Post, the Chicago Tribune, The Sacramento Bee and The Oregonian all have ombudsmen, but Times editors have traditionally felt they were best at policing their own shop."

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"Importante, se for verdade" No número de Agosto, já distribuído, da American Journalism Review, vem o texto de Jill Rosen, intitualdo "Important if True", cuja leitura é proveitosa. O sumário: "Despite periodic spasms of concern over discredited stories relying on unnamed sources, the practice of granting anonymity has survived and thrived. Will the Jayson Blair episode reverse the momentum?" No texto são citadas palavras de John Temple, editor do Rocky Mountain News: "To me the discussion is central not because people would act out of malice--not like Jayson Blair--but because newspapers are better when they're discussed, weighed and critiqued."

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Emissão planetária na beatificação de Madre Teresa O Vaticano pretende fazer do acto de beatificação de Madre Teresa de Calcutá, em 19 de Outubro próximo, um "acontecimento televisivo de repercussão mundial". A cerimónia evocará igualmente o 25º aniversário do pontificado de João Paulo II. O Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais está a organizar as condições para que a transmissão, que ficará a cargo da RAI, possa ser difundida para os cinco continentes.

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Sentença inédita em Espanha A “Audiência Nacional”, numa medida sem precedentes, condenou a TVE – Televisão Espanhola por ter violado os direitos fundamentais da greve e da liberdade sindical. Esta situação surgiu na sequência da denúncia do sindicato Comisiones Obreras ter denunciado a TVE de manipulação informativa nos “Telediários” do dia 20 de Junho de 2002, dia de greve geral em Espanha. De acordo com a sentença, “não se estabeleceram mecanismos de controlo e critérios objectivos para a distribuição dos tempos, espaços, e conteúdos”. Não sei se o direito à greve e o da liberdade sindical foram violados (é uma perspectiva que pode merecer discussão), mas que a liberdade de informação e o direito à informação não foram respeitados, lá isso não parece deixar dúvidas. Foi talvez por isso que esta sentença deixou em estado de sítio a TVE e sobretudo o director de informação Alberto Urdaci, cuja cabeça é insistentemente pedida pela oposição, que já tinha chamado a atenção para as coberturas da TVE da catástrofe do “Prestige” e da “Guerra do Iraque”. Não é pois de estranhar que a oposição espanhola qualifique a decisão da “Audiência Nacional” de histórica por ser a primeira vez que a estação pública é acusada de “censura e manipulação da informativa”. O facto que esteve na base da intervenção do sindicato CC OO foi o “Telediário 2”, apresentado e dirigido por Urdaci, no qual foi divulgada uma sondagem, da qual apenas foram apresentados os resultados que favoreciam ou reforçavam a posição governamental relativamente à greve, pretendendo, pretensamente, desmobilizar os potenciais grevistas. Apesar da total ausência de referências à sentença na TVE, os próprios funcionários da casa relatam situações e casos concretos da falta de objectividade nos telediários. As reacções na imprensa são também violentas e incisivas. O “El País” intitulou o seu editorial de 26/07/2003 “Al servício del Gobierno”, enquanto que no desenvolvimento do respectivo texto refere que “a TVE actuou em plena sintonia com as consignas governamentais que pretenderam tornar invisíveis os grevistas” e que “a TVE foi apanhada em flagrante violação não só das mais elementares regras jornalísticas, mas também das suas obrigações legais como serviço público”. Por outro lado, o “El Mundo” do mesmo dia, em editorial, é muito contundente ao afirmar que “na TVE não se nomeia os altos cargos pela sua capacidade profissional, mas pela sua cedência à submissão”. O "El País" tem acompanhado de muito perto este facto e o "Público" já o referenciou.

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Blogs: "the freest media the world has ever known" " (...) In the last few years, however, we have had a clean test, and it's weblogs. Weblogs are the freest media the world has ever known. Within the universe of internet users, the costs of setting up a weblog are minor, and perhaps more importantly, require no financial investment, only time, thus greatly weakening the "freedom of the press for those who can afford one" effect. Furthermore, there is no Weblog Central -- you do not need to incorporate your weblog, you do not need to register your weblog, you do not need to clear your posts with anyone. Weblogs are the best attempt we've seen to date of making freedom of speech and freedom of the press the same freedom, in Mike Godwin's famous phrase. (...) The one incoherent view is the belief that a free and diverse media will naturally tend towards equality. The development of weblogs in their first five years demonstrates that is not always true, and gives us reason to suspect it may never be true. Equality can only be guaranteed by limiting either diversity or freedom. The best thing that could come from the lesson of weblog popularity would be an abandoning of the idea that there will ever be an unconstrained but egalitarian media utopia, a realization ideally followed by a more pragmatic discussion between the "diverse and free" and "diverse and equal" camps. " Fonte: Clay Shirky's Writings About the Internet

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TSF em quatro minutos O que se passa na TSF constituirá apenas um assunto interno ou, mais restritamente ainda, um problema de gestão? Será que os ouvintes da estação não têm nada a dizer ao que se anuncia para o canal? É certo que a TSF é uma estação privada, que integra um grupo privado (ainda assim, com umas ligações não despiciendas ao Estado, por interposta PT). Mas, será que os ouvintes só contam para efeitos estatísticos e de cálculo da audiência e do share? (mesmo por esse lado, pelos vistos, a situação até não está má; bem pelo contrário). Que se passa então? As perguntas ocorrem-me, a propósito da anunciada intenção da Administração desta rádio de limitar a quatro minutos o tempo máximo de duração das notícias (com excepção do período das seis às 10 da manhã). Quatro minutos? Numa rádio que se define precisamente por ser uma Rádio de Notícias? Sem explicações sobre os porquês? Sem dizer nada sobre as consequências para a identidade da própria rádio? (Neste ponto, parece quase hilariante a informação que vem hoje na imprensa, de que Henrique Granadeiro admite que, em vez dos quatro minutos rangelianos, se possa passar à cota dos seis minutos. A cedência não anula o essencial de nenhuma das questões atrás colocadas, parecendo-me até que as torna ainda mais pertinentes). Em suma, a minha questão é esta: se a informação da TSF, em lugar das condições para se qualificar ainda mais, vier a ser espartilhada e açaimada, não será que a rádio portuguesa, a informação jornalística e a própria vida democrática ficarão mais pobres? Aos bloggers e a todos quantos (n)os lêem (sem ilusões de que são pouco mais de meia dúzia): enquanto ouvintes, enquanto interessados no futuro da TSF, que nos cabe fazer? (Não refiro, no quadro deste comentário, a programação de qualidade que a TSF indubitavelmente tem, quer no plano dos debates, quer no plano musical)

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FEJ apela ao debate sobre protecção das fontes A Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) apelou a um debate urgente em defesa do “princípio sagrado” da protecção das fontes, envolvendo jornalistas, empresas de media e políticos, a propósito do caso de David Kelly. “Nada - a não ser crimes graves – justifica a revelação das fontes dos jornalistas”, disse o presidente da FEJ, Gustl Glattfelder. “É um ‘princípio sagrado’, reconhecido pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e também reconhecido pelo Conselho da Europa na sua Recomendação R (2000) 7, que os jornalistas têm o direito de não revelar as suas fontes de informação”. (Fonte: Newsletter do Sindicato dos Jornalistas)

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V Congresso Português de Sociologia A comunicação é um dos muitos temas propostos para debate no V Congresso Português de Sociologia, que se irá realizar em Braga, no Campus de Gualtar da Universidade do Minho, de 12 a 15 de Maio de 2004. A Associação Portuguesa de Sociologia, entidade que promove a iniciativa, acaba de anunciar igualmente o tema geral do Congresso: Sociedades Contemporâneas: Reflexividade e Acção. As propostas de comunicação deverão ser apresentadas, acompanhadas de resumo, até 30 de Novembro próximo.

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A Rádio em Espanha Segundo um estudo publicado em Espanha, a rádio daquele País goza de muito boa saúde. O “Estúdio General de Audiências” (EGA) concluiu que a rádio, no seu conjunto, tem 24 792 000 ouvintes. Apenas 10 621 000 espanhóis não ouvem rádio. A maior parte dos ouvintes, prefere as rádios generalistas e preferem o período da manhã para ouvir rádio. Este estudo foi dado a conhecer na imprensa de Espanha no dia 20 de Julho e reporta-se ao período compreendido entre 18 de Junho e 3 de Julho de 2003. "Informe Semanal" 30 anos em antena O programa “Informe Semanal” da TVE – Televisão Espanhola, cumpriu trinta anos de emissão ininterrupta. É uma verdadeira instituição da informação no país vizinho, sempre baseada no rigor e competência. O seu formato foi inspirado no celebérrimo “Sixty Minutes” da CBS, cuja emissão arrancou em 1968. O fundador do “Sixty Minutes”, Don Hewitt afirmou, no “El País” de 2003-07-23, que o segredo do sucesso do seu programa residiu em dois aspectos: 1. A virtude de saber escolher os seus colaboradores e deixá-los trabalhar em paz; 2. Converter as histórias na chave de todo o seu trabalho. De acordo com o fundador do programa, “a sua tarefa era fascinar as audiências” e confessou-se “contrário à existência de linhas editoriais”, razão pela qual nunca teve nenhum tema tabu.

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Google News com os jornais francófonos O Google lançou hoje uma edição do seu serviço noticioso em francês, o qual cobre, em permanência, e segundo a empresa, cerca de 500 títulos do universo francófono. Além da primeira página, este serviço engloba seis secções: internacional, França, cultura, tecnologia e ciência, saúde, desporto e economia). (Fonte: Le Nouvel Observateur)

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O jornalismo em democracia Recupero o texto de Estrela Serrano, Provedora do Leitor do DN: - papel do jornalismo no confrontar os políticos com as suas promessas eleitorais; - as funções do jornalismo numa sociedade democrática: a ideia de um jornalismo "vigilante do funcionamento das instituições", que responsabilize o poder político perante os cidadãos, por contraposição a "um jornalismo centrado nos eventos e nos discursos oficiais, prisioneiro de fontes autorizadas e «bem informadas», oficiais ou oficiosas _ sejam do campo político, da justiça, do desporto ou de qualquer outro _ nem sempre capaz de se posicionar criticamente face às pressões a que, sobretudo em momentos de crise, está sujeito". - o alargamento do debate público, confinado quase exclusivamente a determinados «actores», que ocupam o espaço público «tradicional» _ jornais, rádio e televisão. "Contudo - nota Estrela Serrano - o espaço público tende a alargar-se e a «democratizar-se» através da Internet, nomeadamente em espaços alternativos, de que os blogues são um exemplo, não obstante o acesso a esse meio ser ainda limitado a algumas elites e de não se conhecerem suficientemente os seus contornos e as suas implicações. Trata-se, contudo, de um importante meio de transmissão e troca de ideias, embora de características diferentes dos espaços de opinião dos media tradicionais, desde logo sem os seus constrangimentos e sem que os autores que aí se expressam possuam o mesmo tipo de responsabilidade perante o público".

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Uma pequena nota: a peça sobre blogs (Ver post “Blogs chegam hoje ao Telejornal”, de dia 26) foi emitida ontem, por volta das 20h45. Foi referido que iria decorrer um encontro sobre weblogs em Braga, em Setembro, mas se não estou em erro a data e o local não foram referidos. A peça incluía depoimentos dos autores de diversos blogs: Bomba Inteligente (Carla Hilário de Almeida, julgo eu – se não for este o nome, as minhas desculpas desde já), Dicionário do Diabo (Pedro Mexia), Gato Fedorento (Tiago Dores, Miguel Góis, Ricardo de Araújo Pereira e Zé Diogo Quintela), Reflexos de Azul Eléctrico (Bragança de Miranda), e, como já tinha sido mencionado, a Elisabete Barbosa. Espero não me ter esquecido de ninguém.

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Atenção aos sinais A ideia da cabala, que a Direcção do PS diz existir contra este partido, ou seja, a existência de uma rede, de um grupo, seja lá o que for, que conspira na sombra para açaimar ou imobilizar o maior partido da oposição carece de demonstração. Lançada para o ar, no quadro que é de conhecimento público, pode até ter efeitos deletérios e perigosos. Neste contexto, pareceu-me que o último artigo ("Tomar a sério") que Pacheco Pereira escreveu no Público era bem mais do que uma exigência de que Ferro Rodrigues explicasse as afirmações que havia feito no comício de Góis. O que quero dizer é que a ideia de um poder que se move na sombra - de baterias apontadas não necessariamente apenas aos socialistas - seria matéria muito grave para ser ouvida e reiterada e, pelo menos, não se ficar atento a todo o tipo de sinais. A existir um tal processo em curso, os media teriam, necessariamente, de desempenhar um papel -chave. As forças que se movem na sombra - veja-se o caso das organizações terroristas - carecem, como de pão para a boca, dos jornalistas e dos órgãos de informação e sabem, como ninguém, tirar partido da sua lógica mediática. Neste contexto, vale a pena ler o encadeamento de factos recentíssimos, que Teresa de Sousa faz hoje na sua coluna semanal, precisamente intitulado "Zonas de Sombra". A prudência aconselha que se olhe em todas as direcções. Mesmo que seja para concluir que, como dizia o outro, "é só fumaça". * Um complemento, sugerido pelo Ter Voz: de Clara Ferreira Alves, "O cadáver adiado", no Diário Digital.

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Tendo em conta que o "post" que tentei publicar a partir de Espanha continha algumas gralhas, vou novamente proceder à sua publicação. Os Jornais de grande circulação e a aproximação aos leitores Os meios técnicos das televisões e rádios, a informação em “tempo real” que atira para o baú o interesse da notícia que só pode ser publicada no dia seguinte, fizeram com que os jornais redireccionassem a sua estratégia informativa para a análise e aprofundamento das notícias da véspera e para a informação que, normalmente, não interessa aos meios audiovisuais, designadamente a informação regional, de proximidade. Daí o grande desenvolvimento e mesmo tradição que a imprensa regional granjeou em França e Espanha, onde existem diários regionais de grande expansão e tiragem. Embora mais recentemente, o fenómeno começou a chegar a Portugal. Primeiro com as edições Norte e Sul do “Público”, “Diário de Notícias” e “Jornal de Notícias” e, mais recentemente, com edições mais localizadas do JN e “Público”. Na nossa vizinha Espanha, uma nova tendência está em curso. O jornal “El Mundo”, diário de grande expansão, está a testar um novo modelo de aproximação com os leitores e com as suas regiões. Em algumas regiões espanholas, em vez de publicar uma edição regional – modelo normalmente seguido – está a lançar a edição nacional em conjunto com um diário regional, oferecendo um verdadeiro dois em um – dois jornais, informação do mundo, nacional e, muita informação regional. Estão nesta situação a Galiza, com o “Correo Galego”; Baleares, com o “El Dia de Baleares”; León, com o “la Crónica de León”; e Burgos com o “El Correo de Burgos”. Este é um modelo com vantagens, embora também com inconvenientes. O inconveniente é o facto do leitor ter que consumir dois jornais distintos, com uma organização e estruturação diferentes e, como é evidente, com notícias repetidas ou que sobrepõem. As vantagens residem na possibilidade de promoção do diário regional, ao alargar o campo de potenciais leitores e, consequentemente, do diário nacional; a diversidade e quantidade de informação é muito grande; a informação local sai claramente beneficiada, tanto em quantidade, qualidade como diversidade. Um exemplo a seguir e que, numa perspectiva de concentração crescente no campo dos media e de constituição de grandes grupos, pode ter um cabimento e uma pertinência mais próximos do que aquilo que se pode imaginar.

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A TSF debatida nos blogs No Dicionário do Diabo:

"A TSF é, desde os anos em que ainda era pirata, a minha rádio. Só deixei há muito de ouvir o Fórum - como expliquei, sou masoquista apenas ao Sábado - e tento manter-me católico evitando ouvir Madre Pintasilgo e o Bispo Alarve; mas acompanho o Grande Júri, o Flashback, o Pessoal e Transmissível, os noticiários e sobretudo as jornadas informativas quando há temas mais candentes. A saída de Carlos Andrade não me agrada nada, porque sempre foi das pessoas por quem tive respeito na TSF (e não o conheço de lado nenhum). E o dedo de Rangel que aí vem só pode estragar, porque Rangel parece viver, há vários anos, apenas para estragar boas ideias. Espero que a TSF continue a ser a TSF, porque mesmo incrivelmente esquerdista é a nossa melhor rádio. Se eu tiver que ouvir a Renascença, torno-me um homem-bomba."
Resposta do Outro-Eu:
Oh, Diabo! Há elogios risíveis. Fica-se com aquela sensação de que estão a querer ser simpáticos mas a atirar completamente ao lado. É o caso de Pedro Mexia, a falar da TSF. Diz, no Dicionário do Diabo, que "mesmo incrivelmente esquerdista é a nossa melhor rádio". Isto de ser "a nossa melhor rádio" - para quem, como eu, lá trabalha - é bom de ouvir. Mas a frase vem inquinada de trás. "Esquerdista"? Dá vontade de rir. Pedro Mexia não esconde que é de direita. Deve ser esse o problema. A TSF, não é. Ou seja, a TSF não segue a cartilha de Mexia porque, que eu saiba (e podem ter a certeza que sei do que falo), não segue cartilha alguma. Qual será o melhor exemplo que Pedro Mexia encontra do suposto esquerdismo da TSF: ter ouvido aqui há tempo uma canção de José Afonso? Mexia deve ter tudo contabilizado. Estou a arder de curiosidade.
Entretanto, já há réplica e tréplica, bem mais desenvolovidas. O Valete Fratres também entrou em cena, para reforçar o argumento político-ideológico. Se isto quer dizer alguma coisa... . A seguir com atenção.

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Fronteiras da Imagem com a Palavra Na Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra, decorre hoje à tarde o doutoramento de Isabel Calado, que apresenta uma tese intitulada "Fronteiras da Imagem com a Palavra - contributo para uma abordagem da representação e cultura visuais". Trata-se de um trabalho de grande fôlego, que postula a necessidade de romper com um quadro em que as imagens aparecem como “elementos de comunicação supostamente secundários, laterais, extra ou para-textuais" e aponta para a necessidade de, salvaguardando diferenças, especificidades e até irredutibilidades entre a palavra e a imagem, explorar as enormes zonas de interface, complementaridade e diálogo entre os dois universos culturais. Isabel Calado é docente da Escola Superior de Educação de Coimbra. Tem diversos trabalhos publicados, designadamente "A Utilização Educativa das Imagens", na Porto Editora.

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O "Globo" tem 15 blogs! Há órgãos de comunicação que proíbem os seus profissionais de terem blogs. Outros, pelo contrário, incentivam ou, pelo menos, não menosprezam essa prática. É o caso do brasileiro O Globo On Line. Neste jornal, são nada menos de 15 os colunistas com blog no site do próprio órgão. Os assuntos vão da ciência à política, da música à economia, e do desporto às tecnologias.

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Negócio e blogs, de novo A empresa de estudos de mercado Jupiter Research acaba de realizar um estudo sobre os "consumidores de blogs" (assim mesmo!). As perguntas-chave colocadas também falam por si >> Who is consuming Weblog content? >> How should businesses best take advantage of the Weblogging environment as a business tool? As conclusões supõe-se que se aplicam aos EUA (o press release não é explícito): "Weblog readers currently comprise only four percent of the online community, and Weblog creators, only two percent. Although the Weblog audience is small, several businesses including Groove Networks, Jupitermedia, and BizNetTravel have taken the opportunity to capture this audience's attention through business Weblogs. As Weblog consumption grows, business Weblog creators must identify to which audience, and by which means, Weblogs will be most beneficial. Of online users who read Weblogs at least once per month, 61 percent have annual household incomes of at least $60,000, suggesting a target audience for business Weblogs. Enterprises should follow business Weblog best practices to be well positioned for the future as the popularity and readership of business Weblogs increases. In the meantime, businesses can catch the attention of a small yet lucrative market in a personal, authoritative manner by using the Weblog platform."

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Descontracção O MUNDO NUM CLICK - Jornalismo startpage é o nome de um site que se propõe como página de acesso a uma série de meios de comunicação social nacionais e estrangeiros, além de instituições do campo dos media. Até aqui tudo bem. É útil, não terá ainda tanta informação como o Eu Sou Jornalista, mas parece ser de utilização mais fácil. Entendeu o seu responsável colocar lá um link para o Jornalismo e Comunicação, o que naturalmente agradecemos. Só achamos graça foi à rubrica sob a qual nos meteram lá: "Descontração". Dado o carácter de entretenimento e evasão deste blog, só podem ter querido mesmo escrever "Descontracção". *** O mesmo site insere uma sondagem na qual se pergunta aos visitantes: "Considera que as Universidades de Comunicação Social preparam convenientemente o futuro jornalista?". Supondo que existe algo chamado "Universidades de Comunicação Social", elas saem muito mal cotadas: de um total de 86 votos, 72 por cento acham que não.

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Manifesto pela qualidade da TV para crianças Mais qualidade na televisão para crianças é o que exige um Manifesto aprovado por 17 grandes instituições espanholas, por iniciativa do Defensor del Pueblo (o equivalente, grosso modo, ao nosso Provedor de Justiça). O documento salienta o facto de ser reduzidíssima, sobretudo no período da tarde, a programação para os mais pequenos, tida pelos operadores como pouco rentável. Refere o sistemático incumprimento de disposições legais nacionais e comunitárias, relativamente aos conteúdos das emissões televisivas, em horários diurnos. Exige, por outro lado, a criação de um Conselho do Audiovisual, ao nivel do Estado, com a incumbência de assegurar o cumprimento de normas que estejam ou venham a ser estabelecidas. O Manifesto foi apoiado por organizações como UNICEF, Comisiones Obreras, UGT, Organización de Consumidores y Usuarios (OCU), Federación de Asociaciones de Prensa de España (FAPE) e Asociación de Usuarios de la Comunicación (AUC). “Queremos parar esta cadena de improperios, mal gusto y violencia que perturba a nuestros niños y adolescentes, respetando siempre la libertad de expresión”, assinalou o Defensor del Pueblo, Enrique Múgica.

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Empresas recorrem aos blogs Nos EUA, em especial, cresce a cada dia o uso dos blogs no âmbito dos negócios e, também, na gestão da vida interna das empresas. Algumas estão mesmo, segundo notícia do Chicago Tribune, a substituir e-mails, faxes e telefones por blogs.

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Número da "Telos" sobre Arte Digital

É interessante a consulta do mais recente número da revista espanhola TELOS. A edição de Julho-Setembro compreende um dossier dedicado á "arte digital": "de la mano de expertos y artistas reconocidos, explora una nueva cultura audiovisual y multimedia intervenida por una conversión substancial que afecta a la comunicación." Outros artigos deste número: *La empresa responsable, Justo Villafañe *Lecciones de Irak, de Antonio Pasquali *La crisis de las revistas científicas y las nuevas oportunidades de Internet, de Dídac Martínez *En una época sin respuestas políticas-culturas juveniles, de Néstor García Canclini *Oligopolios mediáticos: La televisión contemporánea y las barreras de entrada, de Valério Cruz Brittos * Comunicación en tiempos bélicos: La guerra de la información en Afganistán, de Jörg Becker.

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Acontece ... mas não devia acontecer O JN volta hoje com notícias sobre a extinção do Acontece, na RTP2: "Carlos Pinto Coelho planeou a retoma do programa a 11 de Agosto. Até ao seu último dia de emissão, antes das férias, nada lhe tinha sido avançado sobre um eventual fim do programa. Nesse dia, recebeu até a indicação do director de Informação para anunciar o regresso do "Acontece". O seu pedido de rescisão foi entregue em Setembro do ano passado, esclarece, mas até à data não obteve qualquer resposta." O Jornal dá igualmente conta das reacções de Emídio Rangel ("erro crasso"; "a eliminação de uma referência fundamental da RTP"; "se já se tem um programa completamente firmado junto do público alvo, qual é a razão desta mudança?" ) e de António Pedro Vasconcelos (que lamenta que o fim do "Acontece" não seja acompanhado de sinais positivos que apontem para alternativas.).

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Das seis matérias que o Público insere hoje na sua página de Media, pelo menos quatro já foram objecto de tratamento neste e noutros blogs nos últimos dias; uma, pelo menos, tem quase uma semana.

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Blogs chegam hoje ao Telejornal A RTP tem previsto apresentar no Telejornal de hoje um trabalho sobre blogs que tem estado a preparar nos últimos dias. Margarida Neves de Sousa é a jornalista que coordena e edita a informação recolhida sobre o assunto. A Elisabete Barbosa, do Jornalismo e Comunicação (e também do Jornalismo Digital, do Blog Clipping, etc), foi uma das entrevistadas, para falar, nomeadamente sobre o encontro. Um mote implícito: que importância é essa dos blogs a ponto de já serem pretexto para um encontro nacional? Vamos ver se a RTP dá argumentos. ACTUALIZAÇÃO: Não consegui ver o TJ completo, mas pareceu-me que a peça prevista não foi para o ar.

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Quem deve ser o dono do off ? "Quem deve ser o dono do off?", pergunta Luiz Weis, no derradeiro número de Observatório da Imprensa, do Brasil. Trata-se de retomar a discussão sobre o comportamento da BBC, no caso das informações sobre o modo como o governo de Blair lidou com o dossier das armas de destruição maciça atribuídas a Saddam Hussein. Para ele "trata-se, obviamente, de um caso extremo, em mais de um sentido da palavra, envolvendo a definição dos limites da responsabilidade jornalística no uso do off". Caso que liga com um outro: "O ombudsman da Folha, Bernardo Ajzenberg, conta na edição de domingo (20/7) que a editora-executiva Eleonora de Lucena determinou aos repórteres que devem comunicar a origem das informações em off, sempre que os seus "superiores hierárquicos" o solicitarem. E estes, "conhecendo a identidade das fontes que são mantidas no anonimato, devem cuidar da manutenção do sigilo". A preocupação da editora parece procedente. Ela acha que "o emprego de informações ?off the record? está banalizado no jornal" e, por isso, "é preciso redobrar os cuidados na apuração e os controles na edição de notícias obtidas desse modo". Luís Weis, reconhecendo que a posição da editora da Folha abre lugar para "um poderoso debate", não concorda com esta exigência: "É óbvio que isso torna mais difícil "redobrar os controles" etc. Mas o uso do off ? ou do not for attribution, para ser mais exato envolve, como estas Notas já observaram, uma cadeia de relações de confiança. Para "trás", entre repórter e fonte. E para "frente", entre repórter e chefias. E, por último, entre o jornal e o seu leitor. (...) E como em qualquer outra situação de vida, segredo compartilhado é segredo desfeito."

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Dia da Galiza e nova norma linguística Hoje, 25, é o Dia da Galiza ou o Dia da Pátria Galega, conforme se queira. É também o dia de S. Tiago. Apesar da facilidade de comunicação e de circulação entre o Norte de Portugal e a Galaiza; apesar ainda da proximidade cultural, em muitos aspectos, as distâncias continuam a ser significativas. Por exemplo, tanto quanto me apercebi, passou praticamente por referir o facto de ter sido aprovada no passado dia 12 uma nova normativa do galego que se pode considerar um pouco mais próxima do português. O que leva a publicação "A Nosa Terra" a escrever na sua última edição: "Quen escriba Galiza, libraría, cuxo ou ouvir estará a empregar a normativa oficial. O pasado sábado día 12 a Academia daba o visto bo ao acordo normativo e puña fin a un proceso que se iniciaba en novembro de 1999, cando a AS-PG convocaba aos representantes das tres Universidades mais ao Instituto da Língua Galega para chegar a un consenso que elimínase o conflicto ortográfico. Os cambios son oficiais desde o propio sábado xa que a Academia ten autoridade na materia. A Xunta, nun próximo consello, aprobará as medidas para facela efectiva." A actual norma linguística tem mais de 20 anos, datando de 1982, mas foi desde cedo objecto de contestação por sectores importantes dos meios culturais e académicos galegos, que defendiam uma maior aproximação ao português. De facto, a questão linguística tornou-se um tema´da luta política e ideológica. Em 1999, a Associação Sócio-Pedagógica Galega tomou a iniciativa de convidar representantes das três Universidades da Galiza para iniciar um processo de exame da norma linguística. Outras instituições ligadas à língua se associaram. A Academia Galega da Língua, entidade com poder decisório na matéria, não viu, inicialmente, estas démarches com bons olhos. Contudo, a mudança de presidente veio abrir novas perspectivas, uma vez que Xosé Ramon Barreiro, o novo titular do cargo, se mostrava mais aberto a uma política linguística consensualizada. Nas novas condições, foi possível, com negociações que se prolongaram por quase quatro anos, chegar a uma proposta que caberá, agora, à Xunta concretizar. (A fim de evocar este Dia da Galiza, o Centro de Estudos Galegos da Universidade do Minho abriu hoje um site sobre a Galiza e as relações desta com o nosso país).

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"Acontece" desaparece Morais Sarmento já tinha pré-anunciado e hoje só vi a notícia no JN: o programa Acontece, uma espécie de joia da coroa do Canal 2 da RTP, vai desaparecer e dar lugar a outro. A notícia é ambígua. Em título diz que Programa "Acontece" será rejuvenescido , mas no corpo da peça refere que Almerindo Marques, presidente do Conselho de Administração da RTP, anunciou que "o programa de Carlos Pinto Coelho não vai figurar na grelha do Canal Conhecimento que deverá ser lançada em Outubro". E acrescenta: "O programa "Acontece" será substituído por outro de moldes mais rejuvenescidos e conhecerá então uma outra designação. À questão de se o seu fundador e apresentador se manterá à frente do novo magazine cultural, Almerindo Marques respondeu que Carlos Pinto Coelho pediu já a rescisão do contrato."

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Uma pequena notícia sobre o continuado crescimento do número de blogs à escala mundial: neste momento já serão perto de três milhões...

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Um fórum da TSF sobre ... ... ... a TSF A ideia-desafio vem, formulada na negativa, no blog Ânimo: "por causa do confessado amor por uma rádio que nos tem ajudado a tornar os dias mais leves, queremos ajudar, aqui, a minorar os estragos, mantendo-nos de olhos e ouvidos bem abertos, para que nada se perca do projecto inicial. Erros,desvios,insuficiências,quem os não tem. É por isso e porque sabemos que a TSF jamais fará um FORUM para saber O QUE É QUE ACHA QUE SE VAI PASSAR COM A TSF (e ... por que não?!) que divulgamos na íntegra a acta da reunião entre o Conselho de Administração e o Conselho de Redacção, a carta de Andrade e o comunicado dos Trabalhadores." E lá vem a anunciada acta, mais outra documentação relevante já referenciada neste blog e um primeiro (e azedo) comentário de JMC muito crítico da actual TSF e esperançoso na direcção, que aí vem, a partir de 18 de Agosto, de José Fragoso. O comentário de JMC não poupa a actual equipa dirigente da TSF: "...gostava, já agora, que me dissesses quem é que pôs a TSF neste estado de absoluta indigência (manda um jornalista 12 dias para Barcelona por causa do Quaresma, que nem sabe ligar uma frase seguida, e não ligou pêva ao golpe militarem S. Tomé; há quanto tempo a TSF deixou de estar na frentes das notícias e da reportagem jornalística?; além do Fórum, que por acaso é uma invenção, mais uma, dessa tão sinistra figura rangeliana como tu e outros lher chamam, diz-me o que é que os Andrades, Alves, Villas e Cassianos promoveram de diferente, e de melhor, na TSF pós-Range?l; etc., etc., etc.).". Parece que há aqui lógicas de "grupos" a funcionar. Ou não será? O debate está aberto. Com o reconhecimento, que me parece justo, de que, com defeitos e limitações, a TSF continua a ser uma referência. E que isso se deve muito a muitos dos seus profissionais.

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O jornalismo pode matar? A pergunta não pode ter maior actualidade, depois do caso de David Kelly, e volta a ser colocada no site do Observatório de Imprensa. Leneide Duarte-Plon recorda os casos de Bérégovoy e de um outro político francês, dos anos 30, para reflectir sobre o jornalismo hoje, em conversa com o jornalista especialista francês Thomas Ferenczi. Alberto Dines, director do Observatório, escreve, a propósito do caso do cientista-conselheiro inglês e da polémica entre o governo Blair e a BBC: " (David Kelly) Não foi executado na Torre de Londres mas num patíbulo dominado pelos fantasmas dos reis-facínoras criados por Shakespeare: ** A BBC ensandecida no esforço para valorizar a sua independência no mercado internacional de TV all news. ** A mídia comercial assanhada para desmoralizar a denúncia da BBC de que o governo Blair havia "esquentado" a informação que justificaria a invasão do Iraque. ** O governo Blair desesperado com o desprestígio da adesão incondicional ao esquema troglodita da família Bush. ** Os deputados conservadores doidos para cortar o orçamento de uma empresa pública como a BBC. ** A esquerda inglesa exaltada com a possibilidade de livrar-se do perfumado neotrabalhismo de Tony Blair. ** A ferocíssima imprensa inglesa no jejum do verão, incapaz de meias medidas, pronta para crucificar o primeiro que aparecer – o mordomo da rainha, um político homossexual ou uma garota de programa. (...)"

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Jovens: mais Internet do que TV Há dias, alguém escrevia num blog que uma vantagem deste novo meio de expressão consistia no facto de há três semanas não ver televisão. Não sei se é uma vantagem. Mas pode estar a desenhar-se uma tendência (significativa?passageira?). Agora, leio no Contrafactos a referência a um estudo sobre o uso da Internet entre 2600 jovens com idades compreendidas entre os 13 e os 24 anos que conclui, precisamente - e no título da peça que o USA Today dedica à matéria - que "Internet tops TV in battle for teens' time". ''The reality is the media landscape has changed,'' says Wenda Harris Millard of Yahoo, which commissioned the study with media agency Carat North America. ''It's not that it's about to change. It has.''

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O novo contra o velho jornalismo Jeff Jarvis, preparou um artigo sobre weblogs para a Nieman Reports, mas não gostou das alterações introduzidas no texto pelo editor. No seu blog pessoal publicou as diferenças entre o texto antes e depois de ser editado. E escreveu isto sobre o jornalismo: Journalism still needs to escape its closed, think-tank think and get out there and use the tools the audience is using. They need to read what the audience is writing. They need to listen. That's what is so damned exciting about weblogs. Weblogs give you the chance to hear your audience and what they really care about -- if only you are ready to listen. Reacções aqui e aqui.

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Médico opera para jornalistas e outros intelectuais Começou há dias a "operar" o Médico Explica Medicina a Intelectuais, um blog que se apresenta deste modo: "São tantos os dislates que se ouvem e lêem, por vezes inconscientes, que decidi esclarecer quem me procurar, para que os jornalistas (e outros intelectuais!) sejam o veículo para os 'media' não fomentarem a iliteracia científica". Apesar do tique anti-jornalista que transparece não apenas no cabeçalho, mas igualmente em posts que dão destaque a comentários de terceiros, a ideia é interessante e potencialmente útil. Refiro o tique apenas porque o jornalismo é um campo social em que coexiste a competência e a incompetência, como entre os professores, os médicos, e outros grupos profissionais. Como é sabido, há também "posturas" de médicos que contribuem igualmente não apenas para a iliteracia científica, como para a própria doença. Portanto, a questão está mal posta quando é proposta anti-qualquer coisa ou para esclarecer os ignaros. Dito isto, todos temos a beneficiar dos esclarecimentos deste Médico.

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Mais uma crónica sobre blogs. Esta é de Francisco José Viegas e, entre outras coisas, aborda a questão – por vezes polémica – da relação dos blogs com o jornalismo. Fica aqui um excerto: “Os blogs não põem em risco o jornalismo, evidentemente, nem os jornais: mas desafiam-os, obrigam-os a moderar a sua marca ideológica e as suas tentativas de manipulação, lançam reptos à preguiça das redacções e à sua modorra, provam que não é preciso ser-se profissional do jornalismo para escrever sobre a passagem do tempo ou sobre a actualidade – mas que o profissional do jornalismo deverá ser mais exigente, mais rigoroso, mais culto e mais informado do que tem sido até agora”.

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Posição dos trabalhadores da TSF Consideraram os trabalhadores da TSF: 1)Inaceitáveis as circunstâncias que forçaram a demissão da direcção e das chefia de redacção; 2) Rejeitar qualquer despedimento na TSF, já admitidos pelo presidente do conselho de administração; 3) Exigir à administração que torne possível o reassumir de funções da direcção demisssionária; 4) Rejeitar qualquer descaracterização do projecto TSF; 5)Manifestar estranheza pelo facto destes acontecimentos ocorrerem num quadro de reforço das audiências pelo quarto trimestre consecutivo que tal como reconhece o presidente do conselho de administração "...estão entre os mais altos da TSF". (Fonte: Telefonia Virtual)

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Nova imagem da RTP É hoje que a estação pública apresenta a sua nova imagem institucional, segundo noticia o Diário Económico. Um mesmo nome com nova assinatura e grafismo, para uma nova empresa a ser criada no início de 2004. "A novidade será apresentada na mesma altura em que a administração fará o balanço de um ano do plano de reestruturação da empresa, que deverá estar terminada até ao final deste ano.".

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Assinalando blogs O ritmo do nascimento dos blogs deixa-nos incapazes de acompanhar a passada. E de assinalar logo alguns que, mal surgem, cintilam no firmamento blogosférico. Isto é: espicaçam, inquietam, rasgam horizontes, interrogam. Diferentes entre si, ficam hoje estes três: - Reflexos de Azul Electrico, elaborado por José Bragança de Miranda; - Socio(b)logue, de João L. Nogueira; - Apanha Imagens, sobre fotografia.

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Legisladores travam FCC Por 400 votos contra 21, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América votou quarta-feira o bloqueamento das recentes decisões da FCC de facilitar a concentração nos media. Trata-se, segundo observadores, de um facto pouco frequente, neste tipo de situações. No entanto, a decisão terá de passar ainda pelo crivo do Senado. Com a ameaça da Casa Branca de vetar as intenções da Câmara, prevê-se que se procurem, agora, soluções de compromisso. É, entretanto, de salientar, que a oposição às medidas da FCC traduz, de algum modo, um vastíssimo movimento de pressão contrária à concentração mediática. (Fonte: The New York Times).

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José Fragoso é o novo director da TSF Carlos Andrade, director da TSF, demitiu-se do cargo, em divergência com a Administração, tendo sido já substituído pelo jornalista José Fragoso. O motivo da demissão é, salutarmente, assumido pelo presidente do CA da TSF Rádio Notícias, Henrique Granadeiro, que refere, em comunicado, que as divergências se prendem com "os meios a afectar no lançamento da nova grelha da TSF, em Setembro próximo". O presidente do CA considera que "o lugar que a TSF tem hoje no panorama da Rádio Portuguesa é-lhe (a Carlos Andrade) devido em larga medida e está reflectido nos dados de audiência e de share recentemente divulgados e que estão entre os mais altos da história da TSF". Actualização: Segundo o Diário Económico, "a decisão da demissão foi originada pelo «número significativo de despedimentos planeado e que irá afectar sobretudo os jornalistas» da TSF, referiu ao Diário Económico uma fonte do grupo. Reestruturação que levará a que, em Setembro a Lusomundo lance «a nova TSF», fruto de um plano apresentado por Emídio Rangel." Por sua vez, o site da Telefonia virtual transcreve a carta de despedida de Carlos Andrade e dá conta da reacção dos trabalhadores da estação.

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A tendencia regionalizdora da imprensa e uma realidade. Depois das pujantes realidades francesa e espanhola, com diarios regionais de grande expansao e tiragem, Portugal comeca a ter tambem experiencias desse tipo, com as edicoes regionais do "Publico" e "Jornal de Noticias". A proximidade e complementaridade com outros media, sao campos e trunfos que a imprensa esta a tentar explorar. Contudo, na vizinha Espanha, uma tendencia diferente esta a emergir. O jornal "El Mundo", esta a testar um novo modelo. Em algumas regioes, em vez de editar a edicao local, esta a lancar a edicao nacional juntamente com um diario regional. E o caso da Galiza, juntamente com o "Correo Galego"; Baleares com o "El Dia de Baleares"; Leon com o "La Cronica de Leon; e Burgos com o "El Correo de Burgos". E caso para dizer que esta e a verdadeira sinergia e complementaridade entre a imprensa regional e a nacional de grande expansao.

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"Deep linking" é legal na Alemanha É o que, do meu ponto de vista, se chama uma boa notícia, dada pelo E-Media Tidbits : depois de vários tribunais terem declarado ilegal o deep linking, o Supremo Tribunal Federal alemão acaba de declarar a prática legal naquele país. O "deep linking" é a ligação, na Internet, para artigos específicos em sites públicos, sem passar pela página principal (homepage). A decisão judicial por um tribunal de ultima instância surgiu de um processo em tempos posto pelo grupo de media Georg von Holtzbrinck contra o Paperboy (motor de pesquisa de notícias). Nomalmente, este tipo de empresas queixa-se que o "deep linking" as prejudica, ao evitar que os visitantes contactem vcom os banners publicitários. Por causa desta acção, o Paperboy viu-se forçado a suspender os seus serviços. Importa referir, porém, que a decisão do Supremo alemão apenas se aplica aos sites de acesso gratuito.

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Governo francês apoia jogos vídeo O governo francês criou uma bolsa de quatro milhões de euros para apoiar novos criadores de jogos video apassarem as suas ideias à prática. O ministro da Cultura , que anunciou a medida, procura, desta forma, dar "um sinal de que existe um potencial muito forte na indústria dos jogos video em França", num quadro de mercado que vive tempos difíceis. Recorde-se que são franceses alguns dos grandes fabricantes e editores deste tipo de jogos e, nomeadamente de Infogrames, o maior editor de jogos interactivos da Europa. (Fonte: BBC News).

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Blog: entre o chat e a coluna Houve uma ideia lançada ontem, no debate da NTV sobre a blogosfera, creio que pelo Ricardo de Araújo Pereira, do Gato Fedorento, que gostaria de registar: a de que a natureza dos blogs se situa algures entre o chat e a coluna jornalística semanal. Mais imediata do que esta, mas mais cuidada (na qualidade da escrita) e um pouco menos rápida do que o chat. Ou seja, o blog permite alguma intervenção e alguma conversa "em cima" do que se passa, mas sem aquela imediaticidade, aquela colagem às coisas e à conversa sobre as coisas que se verifica no chat. Seria, por isso, uma "passada" que assegura um mínimo de distanciamento e uma boa dose de elasticidade.

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Nova revista de lazerFora de série” é o nome de uma nova revista de periodicidade trimestral que vai ser lançada na sexta-feira, juntamente com a edição do Diário Económico. A revista, que dá corpo a um novo projecto editorial, define-se como de "lazer, consumo e tendências".

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Partilho da inquietação do Contrafactos, quando pergunta:

Porque é que a Carta do ministro dos Negócios Estrangeiros ao director do Público, onde se apontam "faltas de ética profissional, com V. Exa a publicar trechos de conversas privadas que tínhamos tido antes de eu desempenhar as actuais funções", não teve um desmentido na "Resposta do PÚBLICO"?

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“Afinal”, pergunta a jornalista Carla Borges Ferreira, na Briefing, “quantos clientes tem a TV Cabo?”. Pelos vistos, parece que depende de quem faz a pergunta… porque a resposta pode variar entre 800 mil, 1,2 milhões ou cinco milhões. É obra.

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Ainda a memória da Internet Talvez não seja novidade, mas existe um projecto, o Internet Archive, que é provavelmente o maior do mundo no que diz respeito à preservação dos conteúdos digitais. Os materiais arquivados estão disponíveis para pesquisa através da Internet, sem encargos, através da funcionalidade “Wayback Machine”. O Internet Archive está em funcionamento desde 1996, e tem já uma “pequena” colecção de páginas da Web: mais de 10 biliões, segundo dizem os seus responsáveis. O Internet Archive tem algumas limitações, como é de esperar num projecto desta envergadura: as páginas só são disponibilizadas meses depois da sua publicação na WWW, e há muito material que não é abrangido. Os blogs, por exemplo, são incluídos, mas não exaustivamente, pelo que a maior parte das páginas acaba por se “perder”. Só por curiosidade, o Jornalismo e Comunicação tem apenas duas entradas, de Maio e Setembro de 2002, e o Ponto Media conta com 11. E o registo mais recente do jornal Público é de 21 de Novembro passado. Nas FAQs do site está tudo explicado sobre o funcionamento do Internet Archive. Acredito que o que já foi feito seja ainda uma gota de água, mas pode ser um ponto de partida para preservar o efémero que circula na Internet. Julgo, no entanto, que há ainda muitas questões por debater, no que diz respeito a este gigantesco arquivo. Faz sentido que apenas uma organização tenha esta tarefa em mãos? Seria benéfica a criação de estruturas em cada país que se responsabilizassem – seguindo, claro, um modelo comum – pela recolha das páginas instaladas nos domínios nacionais, para posteriormente adicionar esses registos ao “arquivo-mãe”? Ou isso iria traduzir-se numa burocracia interminável que apenas atrasaria e dificultaria ainda mais a tarefa que o Internet Archive tem vindo a realizar de forma razoável? Em caso de se optar por estruturas nacionais, e especificamente em relação a Portugal, que instituição teria capacidade para levar a cabo um projecto destes, sabendo-se que envolve custos materiais elevados e a necessidade de disponibilizar recursos humanos? Basta ver que, por exemplo, a Biblioteca Nacional (BN) se debate com inúmeras dificuldades na microfilmagem e/ou digitalização de edições periódicas em papel (jornais e revistas), e estas são bastante menos que as páginas na Web, em crescimento exponencial. Mesmo assim, este assunto tem vindo a ser pensado pela BN, que no final do ano passado organizou o “Encontro sobre Preservação Digital – Experiências e Estratégias”, e por bibliotecas nacionais de diversos países.

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Revelar a identidade da fonte Deveria a BBC ter revelado qual a sua fonte de informação, no processo que terá levado ao suicídio de David Kelly? O "Diário de Notícias" colocou a questão ao presidente do Sindicato dos Jornalistas, ao director do Público e ao director do DN. A peça ganharia, porém, outro interesse se colocasse o problema não apenas sobre o que se passou depois, mas também antes da morte do cientista-conselheiro, uma vez que, depois da morte, a família de Kelly terá concordado com a divulgação. Ora a questão já era motivo de polémica no Reino Unido antes de sexta feira passada, nomeadamente por causa ds fortísimas pressões do Governo e de outros sectores políticos para que a BBC divulgasse a identidade da sua fonte.

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“O público, esse desconhecido”O público, esse desconhecido” é o tema da última coluna da provedora do leitor do DN. São tão raras as reflexões sobre os media e o jornalismo a partir dos utilizadores da informação que não poderia deixar de fazer referência a esta peça de Estrela Serrano. “De facto – observa a provedora - apesar do aperfeiçoamento dos métodos de pesquisa, sobretudo inspirados no modelo do «consumidor» construído pelo marketing e pela publicidade, o conhecimento assim obtido depende cada vez menos da intervenção directa do público. Os dispositivos tradicionais usados nos estudos de audiência fornecem a ideia de um público anónimo, instantâneo, atomizado, redutível a práticas simples e descritíveis”.

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Blogs de novo na NTV O programa "Livro Aberto" que vai para o ar hoje, a partir das 22h, na NTV, será dedicado aos blogs. Foi, pelo menos, esse o tema anunciado na semana passada por Francisco José Viegas, ele próprio um blogger. O "Livro Aberto é um "programa sobre leituras que, a pretexto da relação entre livros e leitores, vai discutindo assuntos de interesse geral, resultem eles de temas universais ou de vivências locais ou particulares. Será um programa aberto ao movimento editorial, ao interesse pela leitura, às experiências e aos eventos que estimulem a utilização do livro como fonte de prazer e conhecimento."

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FCC: em mudança? A Federal Communications Commission (FCC) pode estar em vias de sofrer remodelações. O presidente, Michael Powell, terá confidenciado a vontade de deixar o cargo, enquanto três dos quatro restantes membros estarão igualmente a encarar seguir outros rumos. A notícia é do New York Times. Refira-se que o Financial Times noticiava ontem que o grupo News Corporation, de Rupert Murdoch, está a desenvolver uma forte acção de lobbying no sentido de dissuadir o congresso de travar as regras facilitadoras da concentração dos media, recentemente estabelecidas pela FCC. Um dos argumentos invocados é o de que uma marcha atrás poderia levar Nurdioch a vender algumas das suas estações de TV nos Estyados Unidos.

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Amazon: dos livros à leitura A Amazon está, ainda segundo o New York Times, a negociar com vários editores com vista ao desenvolvimento de um plano que possibilitará a pesquisa online de dezenas de milhares de livros (com excepção dos de ficção) em formato digital. O programa designa-se Look Inside the Book II. "It would expand on a current program that lets shoppers read a table of contents, a first chapter or a few selected pages provided by the publishers of certain books. But Look Inside the Book II would let online browsers search by terms like "Caravaggio," "sans-culottes," or "Osama bin Laden," and then see a list of books mentioning the term along with the sentence that contains it. Browsers could then choose to see several pages around that citation."

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Vous avez dit courriel? Os franceses têm graça : lembraram-se agora de impor o uso do termo « courriel » em vez de « email ». A medida afecta, para já, tudo quanto seja documento, publicação ou site oficial. O Ministério da Cultura, que tomou a decisão, quer limpar a língua da contaminação crescente das expressões e termos ingleses.

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Fonte suicidada e ... manobras de diversão A imprensa sensacionalista britânica chama "rato" ao jornalista Andrew Gilligan e as forças mais conservadoras apelam ora a um maior controlo da BBC ora à sua privatização pura e simples. A lógica, agora, é a do bode expiatório: quem deverá ser responsabilizado pela morte de David Kelly, conselheiro científico do Ministério da Defesa britânico e do número 10 da Downing Street? Deveria o jornalista (e a a estação) ter revelado a identidade da sua fonte de informação, quanto ao modo como o governo de Blair lidou com o dossier das armas de destruição maciça? Esse é um ponto sensível - e, poderíamos dizer, decisivo - no que respeita à independência e credibilidade do jornalismo. Não é frequente que casos destes cheguem ao ponto a que este chegou. Mas não será avisado aproveitar o clima emocional que o suicídio provocou para pôr em causa o dever ético dos jornalistas de não revelarem as suas fontes de informação, quando assim tenham com elas acordado. De qualquer modo, a pressão foi de tal ordem - desde logo sobre o próprio cientista - que a BBC se viu forçada a transgredir um princípio que, desde 1937, nunca tinha violado: vir publicamente confirmar que Kelly foi de facto a sua fonte. Está ainda por apurar se uma informação de tanta gravidade foi (ou não) difundida depois de devidamente verificada. Se tal não ocorreu, a posição da BBC fica claramente vulnerabilizada. De qualquer modo, o fulcro do problema - o de saber se o Governo britânico carregou nos tons para sensibilizar a opinião pública para a causa da intervenção militar - esse já pouca gente o discute. Como salienta hoje o editorial de Le Monde: "Que les proches de Tony Blair essaient de détourner l'attention du public sur la tragédie de cet homme est compréhensible, mais cela ne doit pas effacer l'essentiel : le gouvernement britannique n'avait pas les preuves qu'il prétendait avoir, notamment dans le fameux rapport publié en septembre, sur l'existence, le type et le danger des armes de Saddam Hussein." Para uma perspectiva do que têm escrito sobre o assunto alguns jornais britânicos, clicar aqui e aqui.

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Tendências do Cinema em 2002 As receitas de bilheteira da indústria de Hollywood registaram, em 2002, um crescimento de 13,2 por cento face ao ano anterior, o que constitui a taxa de crescimento mais acentuada dos últimos vinte anos, sublinha o último número da newsletter do Obercom, citando o Relatório Focus 2003 - World Film Market Trends sobre as tendências do mercado cinematográfico mundial. O relatório, recentemente apresentado em Cannes pelo Observatório Europeu do Audiovisual aponta ainda para a estagnação da frequência de cinema na Europa: "quanto à circulação de obras europeias fora do seu mercado doméstico, desceu acentuadamente (de 102 milhões de bilhetes vendidos, em 2001, para 60 a 65 milhões, em 2002). Um dos factores explicativos avançados pelo Observatório Europeu do Audiovisual é a inexistência de projectos com potencial comercial à escala europeia, e não apenas à escala nacional. Uma das fraquezas do cinema europeu será, em particular, a carência de filmes para o segmento adolescente -essa foi a categoria etária que, nos Estados Unidos, mais contribuiu para o aumento na frequência de cinema. Aliás, à escala mundial, os títulos europeus de maior sucesso são precisamente 007 e Astérix".

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Continuando a conversa sobre a memória da Internet Sobre o depósito legal - logo, obrigatório - dos conteúdos digitais e, nomeadamente, dos blogs, algumas observações feitas levam-me a pensar que a questão levantada é pertinente e actual - urgente, até! Mas talvez haja que "matizar" ou, como sugere o ContraFactos, de fazer depender o arquivamento de uma manifestação de concordância dos interessados (a posição do ContraFactos é um pouco diferente: o arquivamento ficaria dependente de uma iniciativa do autor dos conteúdos nesse sentido). O tema apresenta uma dimensão gigantesca, quase irrealizável. Porém, haverá formas de distinguir o que é prioritário e o que é acessório, o que se obtem pela via da recolha exaustiva e o que se consegue pela via da amostragem, etc. Como sugestão para reflectir sobre a questão de fundo, deixo o link para uma tese recentemente defendia em França, no âmbito de um mestrado de Documentação e Informação, intitulada LE DEPOT LEGAL DES DOCUMENTS DIFFUSES SUR INTERNET (um documento de anexos da tese pode ser consultado aqui). Porque esta é uma conversa que deverá continuar e que não deverá ficar apenas pela conversa.

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Jornalismo Cívico em livro A "Livros Horizonte" acaba de publicar "Jornalismo Cívico", um livro organizado por Nelson Traquina e Mário Mesquita, que contitui "uma introdução ao mais importante movimento jornalístico norte-americano desde o 'novo jornalismo' da década de 1960´: o 'jornalismo cívico'", também designado "jornalismo comunitário" ou "jornalismo público". O volume abre com textos dos dois organizadores e desenvolve-se, depois, através de contributos de outros autores, nomedamente daquele que é tido como um dos fundadores do novo movimento: Jay Rosen (que "é daqueles críticos que põem os cabelos em pé a jornalistas com ouvido duro para críticas e pouco espaço mental para interrogações", nas palavras há anos escritas por um ex-jornalista do JN, Helder Bastos). O "jornalismo cívico" emerge de um sentimento de crise de credibilidade das bases tradicionais da actividade jornalística e da consciência de que ele pode ser feito de modo tal, que restabeleça os canais de comunicação com as sociedades que serve e em que opera. Em versões mais "soft", concretiza-se em iniciativas, mais ou menos consistemntes e continuadas, de cobertura aprofundada de assuntos próximos do quotidiano dos cidadãos e de manifesto interesse público. Em versões mais radicais, preconiza o que poderia ser quase uma ruptura epistemológica: o jornalismo enquanto arma de "empowerment" das comunidades locais, na resolução dos seus problemas. Entre os dois pólos, tem vindo a desenvolver-se uma grande variedade de projectos e iniciativas, de que o livro agora publicado procura dar conta. Escusado será dizer que me parece muito importante que o público português possa ter acesso aos textos publicados neste livro. Complementos disponíveis online: - Doing Civic Journalism - "Public Journalism and Democracy" (texto de uma conferência de Jay Rosen) - Getting the Connections Right Public Journalism and the Troubles in the Press - What are journalists for?, por Jay Rosen; - Journalists to Citizens: "Drop Dead!" - "Part of Our World: Journalism as Civic Leadership".

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Por detrás das páginas de um grande jornal O jornal The New York Times tem ultimamente andado na ribalta nem sempre pelas melhores razões. Visitando o seu site, encontrei, há dias, um texto que apreciei e que não me importaria de ver também em jornais portugueses. Trata-se da apresentação de uma parte daqueles que fazem o diário, mais particularmente o Editorial Board, que tem a seu cargo duas páginas diárias de opinião, incluindo as dos colunistas e as cartas dos leitores. Algo que desconhecia: "The editorial department of the paper is completely separate from the news operations and Ms. Collins (a responsável por este board) answers directly to the publisher, Arthur Sulzberger Jr." A peça, publicada no jornal, não só apresenta cada um dos membros desta equipa, como explica como funciona esta importante parte do jornal. Um enquadramento do significado da criação das páginas de opinião no NYT, em 1970, pode ser lido no prefácio do livro de J. Rosen "Getting the Connections Right - Public Journalism and the Troubles in the Press".

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O site Educare, noticiou a realização no Brasil de uma Campanha de Educação para os Media, promovida pela Agência Nacional dos Direitos da Infância: "Porque a educação para os media é um dos direitos da infância, está a decorrer, no Brasil, uma campanha sobre as relações entre as crianças e a comunicação social. Isto pouco depois de ser lançado o livro sobre os media e a violência sexual contra crianças e adolescentes". No site da ANDI, podem ser obtidas informações complementares.

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"Lugar ao Sul" Como me acontece com frequência, tenho estado a ouvir mais uma edição do programa "Lugar Ao Sul", de Rafael Correia, na Antena 1 da RDP. Já escrevi sobre esse trabalho notável de um homem discreto, competente e atento ao seu país. Hoje dei comigo a relacionar o programa com aquele item do Abrupto, sobre os objectos desaparecidos (mas podia ser também sobre aquele tema, lançado esta semana, também por José Pacheco Pereira, sobre a preservação da memória colectiva). O problema (e o desafio) não está, é claro, no que caiu em desuso ou pura e simplesmente desapareceu de circulação. Está, parece-me, justamente, na memória de um percurso, individual e colectivo, que foi habitado´por esses objectos e, em alguma medida, construído por eles. E está também na velocidade com que o novo substitui o antigo eno próprio conceito de novo e de antigo.

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TV digital em Espanha Arranca segunda-feira em Espanha a Digital +, a plataforma de televisão digital que resultou da fusão de Canal Satélite e Vía Digital. Os assinantes terão para escolher mais de 75 canais, agrupados en “pacotes”, cujos preços variam dos 22 aos 49,80 euros mensais.

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Sítio web para jovens repórteres Jovens repórteres que queiram mostrar o jornalismo que são capazes de fazer passam a ter um espaço aberto a colaborações de todo o mundo: trata-se do greatreporter.com, criado em colaboração com a equipa original que está por detrás do site da BBC News Online. Apresenta-se como um "expositor global para o trabalho de jovenes reporteres" que tenham dificuldades de ver os seus trabalhos publicados nos media dominantes. Funciona ainda como agência de notícias e organizará regularmente entrevistas com figuras às quais os jovens repórteres possm não ter acesos fácil.

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As "16 palavras" de Bush A organização "watchdog" FAIR - Fairness & Accuracy In Reporting publica um trabalho intitulado "Bush Uranium Lie Is Tip of the Iceberg - Press should expand focus beyond "16 words", em que dá conta dos passos que levaram à polémica instalada nos EUA em torno das armas de destruição maciça e da relação do ex-regime de Saddam com a Al-Kaeda. As "16 palavras" a que se refere o título reportam-se ao discurso do presidente norte-americano sobre o estado da União: "the British government has learned that Saddam Hussein recently sought significant quantities of uranium from Africa."

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A conhecida escola de formação de jornalistas de Paris Centre de formation et de perfectionnement des journalistes (CFPJ) vai passar a ser controlada por uma instituição dedicada à formação de quadros. A decisão foi tomada ontem pela justiça francesa, na sequência de um processo que se arrastava desde Maio e que se temia poder levar ao fim do centro, devido a dificuldades económicas. A solução encontrada conta com o apoio da comissão de trabalhadores da empresa e da associação dos antigos alunos.

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TV´s francesas censuram presidente da República Recomendo a leitura da coluna de Daniel Schneidermann, no Le Monde, intitualada "Chirac censuré". Reporta-se à tradicional entrevista do presidente francês na festa do dia da França, o 14 de Julho evocado na passada segunda-feira. Escreve Schneidermann: "C'est une séquence bien rodée. La mise en scène de la "traditionnelle-intervention-du-14-Juillet-du-chef-de-l'Etat" est à présent aussi "traditionnelle" que son sujet. Avant : voilà ce qu'il devrait dire. Le jour même : il va le dire, il le dit, il l'a dit. Après : voici les (copieux) extraits de ce qu'il a dit. Et les (pertinentes) raisons pour lesquelles il n'a pas dit ce qu'il n'a pas dit." Com este pormenor apimentado: a propósito da greve dos chamados "intermittents du spectacle", que tem vindo a comprometer diversos festivais, Chirac denunciou, de forma reiterada ("Un certain nombre d'entreprises, je le répète, de l'audiovisuel ou du spectacle ..."), o papel de empresários do audiovisual, incluindo, pelos vistos, os dos canais que o estavam a entrevistar. Depois de terem criado a expectativa sobre o que o presidente iria dizer, os canais tiveram de "meter a viola no saco" e evitaram pôr no ar aquilo que ele tinha de facto dito. A isto se chama, como observa Daniel Scnheidermann, censura.

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Não iria faltar muito até que a blogosfera se transformasse numa oportunidade profissional para o jornalismo. A Wired dá a conhecer a história de Rafat Ali, um jornalista que já trabalhou no “Inside.com” e no “Sillicon Alley Reporter”, e que agora se instalou em Londres. O seu blog, PaidContent, sobre negócios de media online, conseguiu interessar patrocinadores e anunciantes de tal forma que Rafat Ali tem aqui a sua única fonte de rendimento.

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O Sindicato dos Jornalistas (SJ) apresentou ontem (data de início da reunião do Conselho de Ministros da CPLP), às organizações de jornalistas de países lusófonos, um primeiro esboço para a criação de uma Federação de Jornalistas de Língua Portuguesa. Os principais objectivos desta estrutura passam pela “promoção da língua portuguesa, a defesa da liberdade de expressão e a intervenção conjunta ao nível de organizações e instâncias internacionais”. Parece-me importante – e o próprio texto deixa transparecer essa ideia – que haja um esforço no sentido de agregar as iniciativas de cooperação que se têm realizado entre as organizações de jornalistas dos diversos países, que talvez desta forma pudessem deixar de ser pontuais e alcançassem uma maior dimensão e eficácia.

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Mário Mesquita reflecte hoje, no Público, sobre "Teorias do escândalo, a propósito da nova série documental da RTP 2, baseada na comparação de escândalos actuais com outros, de natureza semelhante, ocorridos na primeira metade do século XX. Alguns excertos:

* "As notícias baseadas em acidentes, acasos ou escândalos garantem (ou, pelo menos, parecem garantir), além da curiosidade do público, a autonomia profissional, ao contrário da informação difundida por porta-vozes institucionais." *"Em certos países, a informação televisiva desligou-se dos modelos dos jornais de referência que, durante muitos anos, lhes serviram de referência. Passou a falar-se de "tabloidização" da informação televisiva. Dan Rather criou um neologismo: a"showbizificação" (em inglês, "showbizification") das notícias televisivas." * "Qual o efeito social e político dos universos de redundância centrados nos escândalos dos representantes eleitos e de outros cidadãos ligados à política ou tão-só personalidades notórias da vida social? John B. Thompson (Political Scandal - Power and Visibility in the Media Age, Londres, Polity Press, 2000) identifica quatro diferentes interpretações dos efeitos dos escândalos na vida política e social: (1) a teoria da não - consequência, que os reconduz a meras perturbações efémeras resultantes da "cultura dos media"; (2) a teoria durkheimiana e funcionalista do escândalo, segundo a qual a publicitação dos escândalos equivale a um reforço das normas sociais e das instituições, na medida em que a sociedade se confronta com a necessidade de sancionar as transgressões dos seus membros; (3) a teoria da banalização, oriunda ou herdeira das perspectivas da teoria crítica, postula que a revelação de factos secretos da vida das figuras públicas tem por efeito futilizar o debate público, desviando-o das questões essenciais para circunstâncias menores; (4) a teoria da subversão, ligada ao olhar dito "pós-moderno" (cultural studies), encara os textos dos "tabloides" sobre a política como formas de ridicularização subversiva da ordem institucional e cultural. John B. Thompson não se reconhece por inteiro em nenhuma destas abordagens e propõe-nos uma síntese alternativa: os escândalos são lutas pelo poder simbólico em que a reputação e a confiança estão em jogo. A destruição da reputação e da confiança não é consequência obrigatória do escândalo, mas frequentemente estas saem, se não eliminadas, pelo menos, abaladas ou enfraquecidas."

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Jogos vídeo: um mundo desconhecido Seis em cada dez adolescentes portugueses com idades entre os 10 e os 18 anos possui consola de jogos ou game boy, segundo os resultados do novo estudo da Marktest, Markteen. Este valor sobe dos 61.1% para os 73.1% se se considerar apenas os rapazes. É junto dos mais jovens que encontramos maior taxa de penetração: 70.4% dos jovens entre os 10 e os 12 anos diz ter este equipamento, tal como 62.8% dos que têm entre 13 e 15 anos e 52.1% dos que estão na faixa dos 15 aos 18 anos. Da mesma forma, em meio urbano é maior este valor: os jovens residentes na Grande Lisboa e no Grande Porto são os que registam maior taxa de posse de consolas e game boy: 72.3% e 69.2%, respectivamente. Finalmente, os teens pertencentes a famílias da classe social mais elevada (alta/média alta) registam também um valor superior à média: 75.2%. Apesar do grau de penetração dos videojogos, dos jogos de computador, nomeadamente online, dos conteúdos e das práticas que lhes estão associados, a verdade é que sabemos muito pouco sobre este universo de práticas, de lazeres, de relações, de interesses. É mais uma faceta de um lado invisível - e no entanto fortíssimo - da vida social, nomeadamente dos jovens.

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"O Lugar da História" motiva petição à RTP Uma petição posta a circular na Internet invoca a "sociedade civil" para exigir ao Conselho de Administração da RTP que recue na anunciada decisão de suspender o programa "O Lugar da História", apresentado por José Hermano Saraiva. A petição recolhe, neste momento, mais de 1360 assinaturas e a própria Associação de Professores de História se tem movimentado no sentido da recolha de nomes subscritores.. O texto do abaixo-assinado pergunta: Pode um povo sem memória ser viável no futuro?" E faz notar: "Num espaço audiovisual às vezes tão pouco interessante, as noites de sábado eram um oásis para quem quisesse descansar o espírito do muito e profuso lixo televisivo e, ao mesmo tempo, descobrir nos caminhos tortuosos do passado os passos, os dramas, as alegrias e a inventiva dos homens e mulheres que nos antecederam. Os sábados eram um tempo de prazer para descobrir a nossa História mas também a História dos outros. Nós, membros da Sociedade Civil, não queremos que, em nosso nome, se tomem as piores opções para a Televisão Pública, isto é, para a televisão que nós pagamos. O programa O Lugar da História tem cumprido essa missão. Como serviço público que é, tem ajudado a divulgar, com qualidade, temas que se pensava pertencerem apenas às academias, tem ajudado alunos e professores a terem aulas mais vivas e mais interessantes, tem levantado questões e tem esclarecido dúvidas. E não será essa, também, uma das funções da televisão?"

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"Reportagem" encenada no Sky News O canal britânico de televisão «Sky News» suspendeu um jornalista e um produtor, na sequência de uma notícia publicada hoje pelo jornal «The Guardian» de que o canal teria encenado uma reportagem durante a cobertura da Guerra do Golfo. De acordo com o jornal, uma equipa do canal de televisão terá filmado um submarino britânico numa alegada operação militar durante a intervenção aliada no Iraque, quando afinal o submersível se encontrava estacionado na base, simulando exercícios para os jornalistas. (Fonte e desenvolvimento da notícia: Expresso online)

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O "DEPÓSITO OBRIGATÓRIO" DA INTERNET PORTUGUESA "Quem guarda os CD-ROM, quem guarda os discos alternativos, quem guarda os fanzines, quem guarda os panfletos políticos e a parafernália dos objectos de campanha, quem guarda os arquivos digitais, quem guarda a Internet portuguesa?" As perguntas são de José Pacheco Pereira, no Público. E revestem uma actualidade e pertinência que não carecem de demonstração. Ao descurar-se toda a produção e expressão da criatividade que se manifesta no ciberespaço, é uma parte significativa da memória colectiva que fica de lado e se perde. O assunto tem merecido alguma preocupação por aqui. Tenho um colega que fez precisamente dessa questão o tema do seu projecto de investigação.

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Arons e o Código do Expresso O ex-secretário de Estado da Comnunicação Social, Arons de Carvalho, insurge-se contra a possibilidade aberta pelo novo Código de Conduta jornalística do Expresso de considerar aceitável a obtenção de informações através de escutas telefónicas, se estas forem consideradas "de interesse público" pelo jornal. Considerando o Código razoável, o actual deputado do PS considera, na edição de hoje do Público, que "não há interesse público que justifique chegar a esse ponto". "Deste modo, o 'Expresso' admite explicitamente que os jornalistas ao seu serviço cometam, não apenas uma grave falta deontológica, mas um crime punido pelo Código Penal. Com efeito, o artigo 192º do Código Penal pune a intercepção, gravação, registo e a divulgação de conversa ou comunicação telefónica 'sem consentimento e com intenção de devassar a vida privada das pessoas'.

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Um novo blog: "miniscente - pensamento, escrita, não dito, artes, desilusionismos", de Luís Carmelo. Mais um escritor e académico na blogosfera.

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Artigos sobre a blogosfera Blogosfera: creación de una comunidad a través de los enlaces, de Juan J. Merelo, Víctor R. Ruiz y Fernando Tricas, na revista digital Enredando:

"Aunque muchos han querido verlas como poco más que una expresión del ego de sus autores y han tratado de minimizar su interés, lo cierto es que hay una buena cantidad de ejemplos que las muestran como una interesante herramienta para la difusión del conocimiento. La importancia de cada bitácora por separado es relativa, y en muchos casos nula, pero el hecho de que las bitácoras tiendan a agruparse en comunidades, le proporciona mucho más interés al fenómeno".
Para os autores, eCuaderno, de José Luis Orihuela "es (la bitácora) la más central; es decir, (...) está situada más o menos en medio de todas las demás" Onda Blogueira: Alarmismo com fenômeno morre na mesmice, de Fabio Leon Moreira, no site do Observatório de Imprensa, do Brasil:
"Quem tem um blog tem um mundo particular. Como uma casa a ser arrumada ou, para ser mais exato, um quarto, salvaguardadas as proporções de privacidade, o blogueiro atualiza da forma que vier à cabeça um dos mais inventivos meios de comunicação já inventados. Uma vanguarda talvez só comparada ao surgimento dos correios ou da máquina de escrever. Ao navegar num desses blogs que, por definição, se apresentam como diários virtuais na internet, percebe-se a espantosa facilidade de se poder ler/comentar toda sorte de informações testemunhadas ou sentidas na pele dos autores, cujo perfil mais adequado ainda está em estado de indefinição por parte dos órgãos que lidam com as oscilações das estatísticas."
Blog discute nova ferramenta, de Gleice Carvalho:
"Alunos de pós-graduação da Cásper Líbero criaram um blog para abrir o debate sobre um novo formato de entrevista coletiva de imprensa, que veio a reboque da internet: a coletiva web. A experiência de criar e manter um blog está sendo vivenciada pelos alunos e substitui a monografia impressa, normalmente aplicada em trabalhos de conclusão. A proposta é que os alunos possam experimentar na prática todo o aprendizado obtido na disciplina Novas Tecnologias em Comunicação e Marketing, sob a batuta do professor-mestre Celso Matsuda."

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Radiografia sugere "degradação" da situação dos jornalistas "O recurso sistemático a trabalho precário e à substituição de jornalistas por estudantes de jornalismo, avaliações de desempenho arbitrárias, esvaziamento das redacções e estagnação dos salários, são alguns dos traços essenciais que caracterizam a situação que se vive em várias empresas de comunicação social", segundo uma extensa radiografia do Sindicato dos Jornalistas, ontem divulgada. O texto é o resultado de uma reunião recente da Direcção do SJ com o Conselho de Delegados Sindicais e consttui uma análise pormenorizada da situação nas redacções dos mais importantes meios de comunicação social portugueses A situação em várias empresas jornalísticas é caracterizada, pelos dirigentes sindicais, com base nos seguintes traços essenciais:

- Desrespeito generalizado por direitos consagrados em lei e nos contratos colectivos de trabalho - Tentativa de diminuição da capacidade reivindicativa e do exercício dos direitos sindicais - Recurso generalizado à substituição de jornalistas por estudantes de jornalismo, constituindo uma prática sistemática de trabalho ilegal - Recurso a utilização de formas de trabalho precário (recibos verdes e contratos a termo) - Proliferação de contratos individuais de trabalho, fixando regras à margem das convenções colectivas - Elevado número de empresas à margem de qualquer associação patronal - Avaliações de desempenho dos jornalistas e outros trabalhadores sem a negociação prévia dos respectivos regulamentos com as organizações representativas dos trabalhadores - Agravamento do esvaziamento das redacções, designadamente com recurso às rescisões ditas amigáveis - Estagnação dos salários - Atribuição discricionária de aumentos salariais.
Para combater estes problemas e a degradação do exercício do jornalismo que eles acarretam, o SJ decidiu reclamar a acção do Inspector-Geral do Trabalho e dos tribunais de Trabalho; propor aos grupos parlamentares que agendem o debate, no plenário da Assembleia da República, da situação em que se encontra a comunicação social portuguesa; e sugerir ao Presidente da República uma «presidência aberta» sobre esta matéria. O texto completo da radiografia feita encontra-se aqui.

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Volta e meia, encontro blogs que não consigo ler a não ser um post ou post e meio. O texto interrompe-se de forma inopinada. Alguém sabe explicar-me porquê?

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FCC vista por um ex É interessante ler a entrevista que o ex-presidente (democrata) da Federal Communications Commission (FCC) norte-americana dá á revista Mother Jones e às recentes medidas que facilitam a concentração dos media. Registo um pormenor que até nem tem directamente a ver com o foco principal da entrevista: "I would like to have the FCC say things that are true. Let me give examples. This FCC says that the Internet completely and totally transforms the media landscape. In any given week, Americans spend in total ten times more time looking at the TV screen for news than looking at the PC screen. Point number two: Think about how many people are hired by web portal companies to do investigative journalism. Would the number be greater than zero? Point number three: Think about how many people are hired by web portals even to write news. Would the number be greater than zero?"

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22 jornalistas iranianos na cadeia Com os cinco jornalistas presos no Irão no passado sábado, eleva-se a 22 o número daqueles profissionais que se encontram detidos pelo exercício do jornalismo. A organização Repórteres Sem Fronteras acaba de manifestar "a mais viva preocupação" por mais esta vaga de detenções, que se segue à morte, em circunstâncias obscuras, de uma fotojornalista de dupla nacionalidade (iraniana-canadiana).

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Crawford Kilian, autor do livro Writing for the web está a testar a versão beta do Typad, o novo serviço ligado à ferramenta de criação de blogs Movable Type. O blog chama-se precisamente writing for the web. No entanto, Killian, professor numa universidade do Canadá já possuia um outro blog denominado Metawriting. Sugiro também uma visita à sua página pessoal onde é possível encontrar um conjunto de links interessante. Dica de Jornalistas da Web.

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O Blogouve-se - Entre o que é preciso e o que ficou por dizer do livro "Tudo o que se passa na TSF", de João Paulo Meneses, publica, ontem e hoje, posts de comentário ao Código de Conduta (CC) divulgado no sábado pelo Expresso.

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Não é só por cá que a esfera política “descobre” os blogs… No Reino Unido o Parlamento agendou para ontem à noite um encontro com cerca de 120 bloggers, em que o tema da discussão era precisamente “how politicians can best use the "blogosphere" to further policy and public interaction”. Já há algumas referências sobre o encontro (e, sem grandes surpresas, aparecem em blogs): - Tom Watson – Labour MP - Vox Politics – net campaigning and e-democracy - Plasticbag.org Não era interessante que a AR fizesse a mesma coisa? ;)

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XPTO na NTV XPTO é um novo programa diário da NTV ontem estreado. Hoje, terça-feira, dedicará parte do seu tempo a analisar o fenómeno dos blogs, contrapondo-os às tertúlias. Como convidados: Jorge Marmelo, do Apenas Um Pouco Tarde , eu próprio, pelo Jornalismo e Comunicação e João Nuno Coelho, sociólogo e membro de um grupo denominado "Sociedade civil", que organiza várias tertúlias na cidade do Porto. O XPTO define-se como "um talk show virado para o faixa etária entre os 16 e os 26 anos". Tem diariamente um tema base e rubricas permanentes de cinema, música, moda etc. É transmitido na NTV entre as 17 e as 19, sempre em directo.

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"Importante é o brindezinho" De um texto de Eduardo Jorge Madureira, no "Diário do Minho" de domingo:

Hoje, como se sabe, é difícil encontrar um jornal ou uma revista que não tenha o hábito de presentear generosamente os seus utentes. No futuro, as regras da concorrência determinarão os novos caminhos que a imprensa deverá seguir. Pode-se, claro, seguir o rumo da qualificação do jornalismo. O mais provável, contudo, é que, em vez de ser por melhor imprensa, a opção seja por mais prendas. Criado o hábito, será difícil mudar de caminho. Por este andar, texto sem brinde, é texto sem leitores. Por mim, já me vou então prevenindo. Brindes é o que muitos frequentadores de quiosques agora quase apenas querem. A boa informação arrisca-se a ser algo mais ou menos irrelevante. Importante é o brindezinho. Neste capítulo, a semana foi, sem dúvida, próspera. Uma espreitadela bastante rápida a dois ou três quiosques permitiu estabelecer uma lista, evidentemente pouco exaustiva, que inclui: uma máquina de barbear descartável de lâmina tripla, um colar romântico, uma toalha de praia, uma almofada de praia, um porta-moedas em três cores e um gel Sanex, um rádio lanterna, um anel mágico de paixão, duas bases para copos em bambu e, finalmente, uma bobina Krypton Fluor. Os ofertantes são as revistas "AutoPress", "Bravo", "Cosmopolitan", "Crescer", "Elle", "GQ", "Guia Astral", "Máxima Interiores" e "Mundo da Pesca".
Agora, até escapulários de Nossa Senhora do Carmo — "a última moda no Brasil, são fios para usar ao pescoço, que trazem imagens dos seus santos protectores, além de uma oração para cada ocasião", dizia o anúncio do "24 horas" .

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» Felisbela Lopes e Sara pereira (orgs) A TV do Futebol; Porto: Campo das Letras

» Televisão e cidadania. Contributos para o debate sobre o serviço público. Manuel Pinto (coord.), Helena Sousa, Joaquim Fidalgo, Helena Gonçalves, Felisbela Lopes, Helena Pires, Luis António Santos. 2ª edição, aumentada, Maio de 2005. Colecção Comunicação e Sociedade. Campo das Letras Editores.

» Weblogs - Diário de Bordo. António Granado, Elisabete Barbosa. Porto Editora. Colecção: Comunicação. Última Edição: Fevereiro de 2004.

» Em nome do leitor. As colunas do provedor do "Público". Joaquim Fidalgo. Coimbra: Ed. Minerva. 2004

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